Resumos de Organizações I- Professor Samuel PDF

Title Resumos de Organizações I- Professor Samuel
Author Marta Lucas
Course Psicologia Das Organizações I
Institution Universidade da Beira Interior
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ORGANIZAÇÕES-operacionalização de órgãos -regulam o funcionamento na sociedade A Psicologia do Trabalho e das Organizações (PTO) estuda o ser humano nas suas dimensões individual e social nas situações relacionadas com o trabalho, procurando compreender e solucionar os problemas salientes no contexto. O negócio não é natural, o que é natural é o ócio. A PTO propõe-se ajudar o sujeito (organização) a organizarse e cria estruturas para o ser humano ter bem-estar individual e coletivamente.  As organizações são células da sociedade, portanto a comunidade pode retirar a legitimidade de existência dessa organização. “Ni el rey comeria si el labrador no labrase” 

As organizações são um sistema sociotécnico composto por subsistemas que integram ações individuais e coletivas “Homem” como causa e fim último da Organização Razões para a existência de organizações:  Sociais;  Materiais;  Efeito Sinergia Na atualidade, o funcionamento das organizações está a ser condicionado por meio do distanciamento-PANDEMIA Organização-Associação de indivíduos ou unidades sociais, dotadas de estrutura, tendo em vista alcançar objetivos-divisão do trabalho/coordenação.   

Missão:-tipo de organização, atividades, produtos/serviços, direção de futuro Objetivos:- económicos, sociais, produtivos, comerciais, ambientais Estratégia:- o que fazer para alcançar os objetivos, de acordo com a missão; e tendo em conta os ambientes interno e externo

Apesar das diferentes definições de diferentes autores, a maioria das definições parte de pressupostos comuns: -Associações de indivíduos ou grupos; -Objetivos; -Estruturas dotadas de meios para atingir esses objetivos. São dependentes das pessoas, damos uma forma humana às organizações, mas não de pessoas em concreto. As pessoas são vistas como em transito, as pessoas mudam ao longo do tempo, mas a organização é perene. Os locais de trabalho têm uma centralidade assustadora na nossa vida. Se não estamos bem naquele trabalho é difícil estar bem para além dele. 

Toda a organização supõe ao ser criada uma planificação- utilizando de modo racional os meios disponíveis nos quais se incluem indivíduos e grupos Nível Organizacional- Características Estruturais Nível Grupal- Grupos e Processos grupais Nível Individual- Individuo e suas interações

ESTRUTURA Explicita a forma como o trabalho é dividido e coordenado, criando uma disposição de conjunto (desenho da estrutura) que define/estrutura os órgãos que compõem a organização (e como se interligam) e a forma como ela vai operar para atingir objetivos A divisão de trabalho (distribuição das tarefas entre as pessoas) e a hierarquia (distribuição de poder pelas pessoas segundo posições hierárquicas) Mintzberg (1983) define estrutura como o total da soma dos meios utilizados para dividir o trabalho em tarefas distintas e em seguida assegurar a necessária coordenação entre as mesmas Cinco mecanismos base para a coordenação do trabalho: -Ajustamento mútuo (realiza a coordenação do trabalho pelo simples processo de comunicação informal); -Supervisão direta (mecanismo de coordenação pelo qual um individuo se encontra investido de responsabilidade pelo trabalho dos outros); -Estandardização dos processos de trabalho (os processos de trabalho são estandardizados, quando o conteúdo do trabalho é especializado ou programado); -Estandardização dos resultados (especificar de antemão, as dimensões do produto, ou o desempenho a atingir); -Estandardização das qualificações dos trabalhadores (as qualificações e o conhecimento são estandardizados logo que se especifica a formação daquele que executa o trabalho. Determinantes da estrutura  Estratégia  Dimensão e idade  Tecnologia  Meio Características da estrutura Complexidade: -Diferenciação vertical -Diferenciação horizontal -Diferenciação espacial Formalização: grau de estandardização das funções Centralização: grau de centralização da tomada de decisão ESTRUTURA FORMAL -Grau de diferenciação horizontal -Grau de formalização e centralização ESTRUTURA INFORMAL -Comportamentos, relações e estratégias não previstas e rede de interações espontâneas -Estrutura de poder e de influência não previsto, mas real e poderosa

Algumas configurações organizacionais (Mintzberg, 1995) - Estrutura simples - Burocracia mecânica - Burocracia profissional - Estrutura divisional - Adocracia MOTIVAÇÃO “Demasiadas organizações parecem acreditar que a única motivação para trabalhar é de ordem económica. Tratar ativos de conhecimento como ratos skinnerianos não é a forma de conseguir que as pessoas deem o seu melhor” “O Homo Economicus é calculista, auto-interessado e materialista… deseja maximizar a diferença entre o dinheiro que ganha e o esforço que investe para o alcançar” … a motivação aparece como um atributo individual e, neste sentido, uma pessoa está ou não motivada por natureza. Daí poderá decorrer que ninguém motiva ninguém. Mas também que algumas pessoas são particularmente dotadas para motivar outrem; têm essa qualidade ou é isso que delas se espera… …A motivação poderá também aparecer como um atributo de coisas- e não apenas de pessoas. Assim, algumas tarefas são entendidas como motivantes e outras não. Motivação na prática -Motivação e sistemas de remuneração; -Definição, enriquecimento e alargamento de funções; -Participação; -Horário Flexível; -Horário Comprimido; -Trabalho Repartido. Para que o dinheiro possa ser adequadamente utilizado como motivador é necessário conhecer a importância e o significado que cada pessoa lhe atribui; Para Locke (1980) a produtividade é explicada em cerca de 16% pela definição dos objetivos, entre 8 e 16% pelo desenho de trabalho, aumentando para cerca de 30% quando se considera o dinheiro na equação dos incentivos monetários. Não se deve ignorar o dinheiro como fator de motivação

Apesar da diversidade referida:

É consensual que o dinheiro pode perspetivar-se em função de 3 componentes: -Afetiva -Simbólica -Comportamental A motivação está na raiz do comportamento… - Natureza dos motivos. Porque atuamos? Qual a natureza da “energia” que se encontra na origem das nossas atividades, dos nossos esforços, dos nossos planos de ação e projetos? Qual a natureza desses agentes dinâmicos que originam e sustentam a organização e execução dos nossos atos? - O problema reside em saber se essas forças têm uma orientação ou uma direção intrínseca, constituindo vetores, ou se pelo contrário são aleatórias, fornecendo apenas energia para o arranque das ações, não apontando objetivos, metas ou finalidades. - Um terceiro problema diz respeito à natureza dos processos de funcionamento pelos quais os motivos influenciam a ação. Como é que os motivos atuam ao dinamizarem o comportamento. - Um quarto problema relaciona-se com as relações específicas da motivação com outros processos, atividades e níveis de organização psicológica (e.g., processos cognitivos – aprendizagem, perceção, atenção, memória), (e.g. processos afetivos e emocionais e ainda processos diretamente envolvidos nas escolhas).

Teorias Gerais Vs. Teorias Específicas (Organizacionais) -Teorias gerais referem-se a aspirações genéricas dos seres humanos, ou seja, não se centram exclusivamente no trabalho e comportamento organizacional. Discutem um conjunto de necessidades gerais que percorrem a vida e não se limitam ao trabalho. -Teorias específicas não foram desenvolvidas com a mesma tentativa de grande alcance. Procuram explicar o comportamento humano numa gama diversa de contextos. • Teorias de Conteúdo (focalizam o objeto da Motivação) Acentuam a compreensão dos fatores internos ao indivíduo. “Que necessidades possuem as pessoas?” “O que as leva a agir?”; O que motiva as pessoas? • Teorias de Processo (abordam como se exprime a Motivação) As pessoas diferem quanto ao que as motiva e as suas motivações variam com o tempo. Por outro lado, nem sempre agem de acordo com as suas necessidades; Como se desenrola o comportamento motivado? • Teorias do Resultado (focalizam porque se mantêm os comportamentos motivacionais) Procura compreender o comportamento motivacional das pessoas e controlar os fatores que contribuem para predizer o desempenho organizacional. • Teorias de Conteúdo -Teoria da hierarquia das necessidades (Maslow, 1954); -Teoria dos factores motivadores e higiénicos (Herzberg, 1966); -Teoria das necessidades de McClelland (1961); • Teorias de Processo -Teoria da expectativa (Vroom, 1964; Lawler, 1986); -Teoria da Equidade (Adams, 1965); -Teoria do enriquecimento da tarefa (Hackman & Oldman, 1976, 1980) ;

• Teorias de Resultado -Teoria da fixação de objectivos (Drucker, 1954; Locke, 1968); -Teoria do reforço (Skinner).

Antecedentes remotos das Teorias Organizacionais Hoje- sociedade pluralista de Organizações; Sociedade no final do séc.XIX:  Poucas ou pequenas organizações;  Predomínio do trabalho agrícola;  Pequenas oficinas com artesãos independentes;  Pequenas escolas;  Profissionais autónomos (médicos, advogados)

Apesar de sempre ter existido TRABALHO, a história das organizações e da sua gestão é um capítulo recente. Sistematização de etapas do desenvolvimento histórico da Psicologia do trabalho:  Até 1920;  Período entre Guerras Mundiais (1920-1940)  Após a II Guerra Mundial (1940-1960)  A partir de 1960 até ao presente

Da calma manufatura para a produção em serie e em massa- Mudança abrupta dos níveis organizacional e individual. A transferência da habilidade do artesão para a máquina;  Maior rapidez  Maior quantidade  Maior qualidade  Redução do custo de produção A substituição da força animal e musculo humano pela maior potencia da máquina a vapor, indutora de maior produção e maior economia. Utilização capitalista da máquina intensifica o carater cooperativo e social do trabalho (Trangtenberg): -Ritmos rígidos; -Normas de comportamentos estritas; -Maior interdependência mútua. Para obter cooperação- as funções diretivas transformam-se as normas de controlo em normas de repressão. Revolução industrial: -Profunda modificação na estrutura empresarial e económica da época; -Não influencia profunda e diretamente os princípios de administração das empresas; -Empresas adotavam os modelos organizativos eclesiásticos e militares;

Dinâmicas (Intra-)organizacionais -Maquinização das oficinas; -Fusão de pequenas oficinas- as primeiras fábricas; -Menores custos produtivos- preços competitivos- alargamento do mercado consumidor; -Aumento dos mercados- Exigência de grandes contingentes humanos nas fábricas; Erros de administração demasiado intuitiva; Baixos salários e promiscuidade nas fábricas; Riscos de acidentes laborais; Longos períodos de trabalho

Crescente tomada de consciência de precariedade da vida e trabalho e da intensa exploração por uma classe económica mais favorecida. Primeiras tensões entre classe operária e proprietários da indústria.

Dinâmicas sociais -Urbanização e migrações massivas sem qualquer planificação; -Mecanização-divisão e simplificação de operações; -Ofícios tradicionais- tarefas semi-automatizadas e repetitivas; -Acidentes e doenças em larga escala; -Crescimento industrial improvisado e baseado no empirismo; NOVO CAPITALISMO- produção em larga escala a partir de grandes concentrações de maquinaria e mãode-obra criando situações problemáticas de organização do trabalho, de ambiente, de concorrência e padrão de vida. SOCIALISMO E SINDICALISMO- agentes da nova civilização. Início do seculo XX- primeiros esforços das empresas capitalistas para implantação de métodos e processos de racionalização do trabalho em estudos metódicos. Produtos elaborados através de operações parciais; Alienação- apaga da mente do operário o veículo social mais intenso. Visão Capitalista- trabalhadores como massa anónima. Problemas sociais, reivindicações. Baixo rendimento de trabalho. Problemas com equipamento

Realidade Negativa: Conjunto de contradições e feitos negativos no funcionamento interno das Organizações; Crise na organização e métodos relacionados com o fator de produção “trabalho”.

Abordagens Clássicas Taylor (EUA) – Análise de tarefas/Racionalização do trabalho; Fayol (Europa) – Análise do funcionamento e estruturas da empresa; Weber (Europa) – Racionalidade burocrática das organizações Objetivo comum Como criar organizações que com eficiência e eficácia atinjam os seus objetivos. Espaços de estandardização, hierarquização e de especialização na execução de tarefas, assim como de uma racionalidade comportamental prescrita por regras, regulamentos e autoridade formal.

Ponto de partida da OCT Ciência em lugar do empirismo e improvisação; Harmonia em vez de discórdia;

Cooperação e não individualismo; Rendimento máximo em lugar de produção reduzida; Desenvolvimento de cada Homem no sentido de incrementar a eficiência e prosperidade; Seleção e “Formação” dos trabalhadores; Articular o trabalho com a ciência; Divisão do trabalho e das responsabilidades. FREDERICK WINSLOW TAYLOR (1856-1915) Fundador da Administração científica Operário – Capataz - Contra-Mestre – Chefe de oficina – Engenheiro 50 patentes de inovações sobre máquinas, ferramentas e processos de trabalho. 1900- Começa a revelar ao público as teorias sobre Administração Científica. Críticas de Taylor aos Métodos e Práticas da Organização do Trabalho -Equívoco- Se o fator de produção trabalho aumentar implicará inevitavelmente desemprego e miséria dos operários. -Operários com excessiva margem de manobra e liberdade de ação- pautando o seu comportamento pela indolência e preguiça sistemáticas; atuação discricionária dos capatazes. -Patrões e gestores com um desconhecimento e alheamento dos métodos e gestão que orientam os processos de trabalho. 1ºperiodo Estudos do trabalho operário- Generalização para outros contextos Publicação de Shop Management-1903 -Técnicas de racionalização do trabalho do operário, através de Estudos dos Tempos e movimentos; -Análise de tarefas decompondo os movimentos, processos, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente; Detetou a necessidade de criar condições de pagar mais aquele que produz mais; Atribuição a cada trabalhador a tarefa mais adequada às suas condições físicas e aptidões. Taylor procurava:  Eliminação de todo o desperdício do esforço humano;  Maior insistência em que os operários se adaptem à tarefa –“Homem certo no lugar certo”  Maior cuidado em treinar os operários, de acordo com as exigências da tarefa;  Maior especialização de atividades;  Normas de atuação laboral bem definidas;  Objetivo administração- ter baixos custos unitários de produção;  Para realizar o objetivo anterior- aplicar métodos científicos de pesquisa para controlar as operações fabris;  Trabalhadores colocados em postos de trabalho em que os materiais e condições de trabalho foram cientificamente selcionados;  Formação/Adestramento e treino científico dos empregados para aperfeiçoar as suas aptidões;  Cultivo de uma atmosfera de cordialidade e cooperação entre administração e trabalhadores; Racionalização do Trabalho

1º Princípio- Atribuir a cada trabalhador a tarefa mais “elevada” possível de acordo com as suas aptidões pessoais- Seleção Científica do trabalhador; 2º Princípio- Solicitar a cada trabalhador uma produção nunca inferior à determinada para o tempo padrão estabelecido; 3º Princípio- Tarifas de remuneração por unidade produzida- Plano de Incentivos Salariais …racionalizar e simplificar o trabalho a fim de obter o maior rendimento com o menor esforço e com a maior remuneração 2º período Publicação do livro- Principles of Scientific Management 1911 Passagem para a Gestão Organizacional- Gestão Científica Racionalização do trabalho devia ser acompanhada de uma reestruturação geral e coerente da organização Estudos sobre administração geral- denominada administração científica. Princípios universais da Organização Científica do Trabalho - Princípio do Planeamento; - Princípio da Preparação; - Princípio do controlo; - Princípio da Separação entre a Conceção e execução

Ford -Um dos mais conhecidos precursores da administração moderna – Henry Ford (1863-1947) -Ford Motor Co. – Fabricou um modelo de carro a preços populares. Implantou a assistência técnica, o sistema de concessionários e uma inteligente política de preços. -Em 1913 fabricava 800 carros/dia -Em 1914 repartiu com seus empregados uma parte do controlo accionista da empresa -Estabeleceu um valor para o salário mínimo/dia e a jornada diária de 8 horas de trabalho -Foi um dos primeiros a utilizar incentivos não salariais. -Em 1926 empregava 150.000 pessoas fabricando 2.000.000 de viaturas/ano. -Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado. Para além disto criou uma eficiente cadeia de distribuição comercial. -Fez uma das maiores fortunas que um homem poderia conseguir, graças ao constante aperfeiçoamento de métodos, processos e produtos. Através da racionalização dos elementos de produção idealizou a linha de montagem. O que permitiu o desenvolvimento industrial da produção em série Moderno método pelo qual grandes quantidades de um determinado produto padronizado são fabricados. Simplicidade - Organização produtiva que emprega quantidades mínimas de um bem útil padronizado em material, mão-de-obra, desenho e ao mínimo custo possível. A condição precedente, necessária e suficiente para a existência da produção em massa é a capacidade latente ou desenvolvida de consumo em massa (e vice-versa!). - Três aspectos suportam a produção de massa: 1. A progressão do bem produzido através do processo produtivo é planeada, ordenada e contínua 2. O trabalho é entregue ao trabalhador ao invés de lhe dar a iniciativa de o ir buscar/procurar 3. As operações são analisadas e divididas nos elementos constituintes Efeitos da Produção de Massas:

1. Aumento do controlo industrial 2. O produto passa a ter o mais alto padrão de qualidade jamais obtido na produção de grandes quantidades 3. Desenvolvimento crescente de máquinas de produção que agrupam operações similares e reproduzem a habilidade manual a um grande grau de perfeição 4. O ser humano liberta-se da carga física, transferida quase totalmente para a maquinaria. Aceleração da produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e económico. Ford adotou 3 princípios Básicos Princípio da Intensificação Consiste em diminuir o tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado. Princípio da Economicidade Consiste em reduzir ao mínimo o volume de stock da matéria-prima, fazendo com que o automóvel fosse pago antes de vencido o prazo de pagamento da matéria-prima e mão de obra. “O minério sai da mina sábado e é entregue sob a forma de carro na terça”. Princípio da Produtividade Consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período através da especialização e da linha de montagem....


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