Resumos DE TEAP Completo PDF

Title Resumos DE TEAP Completo
Author Gabriella S. Henrique
Course Psicanalise
Institution Universidade Nove de Julho
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Contém resumo de como interpretar testes projetivos....


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RESUMOS – TEAP II - O QUE É PERSONALIDADE? O termo personalidade vem do latim persona, fazendo uma alusão às mascaras usadas pelos atores romanos ao representar as tragédias gregas. Os testes projetivos vem de origem psicanalítica, nesta perspectiva, a personalidade se define por “um organismo vivo, em um meio social, reagindo a necessidades internas assim como a estímulos ambientais.”(ANZIEU, 1989, p.267). Portanto, é um processo gradual, complexo e único para cada indivíduo, constituído por elementos geneticamente herdados, bem como adquiridos no ambiente onde se insere. O grau de adaptação dos indivíduos ao mundo que o cercam, depende muito das características de personalidade, uma vez, que estas, determinam nossos limites, a capacidade de atingir sucesso, felicidade e realização na vida. É nossa personalidade que restringe ou expande as nossas possibilidades de escolha, de partilhar experiências e até mesmo, de vivenciá-las de forma plena. a personalidade é constituída por aspectos relativamente permanentes, que dizem respeito à estrutura psíquica, e também por aspectos dinâmicos. Em outras palavras, explica a forma pela qual as pessoas interagem com o mundo externo e o que a diferencia dos outros. Em suma, o estudo da personalidade envolve os fatores determinantes (aspectos estruturais), as motivações que levam as pessoas a se comportarem de certa maneira e o funcionamento psicológico, todos estes fatores pode ser identificados pelos os métodos projetivos.  Dimensões da Personalidade - Dois aspectosimportantes são: 1. Temperamento; 2. Caráter. O temperamento considerado como um aspecto biológico inato, ou seja, herdado geneticamente;  Determina a maneira como-o indivíduo irá reagir diante das situações.  O caráter; considerado-o aspecto moral da personalidade, moldado ao longo da vida do indivíduo, em um diálogo com a cultura;  É a forma habitual e constante de agir.

O estudo da personalidade Busca explicar os fatores determinantes das diferenças individuais da personalidade.

- PROJEÇÃO As técnicas projetivas se distinguem de outros testes dado que tem ambiguidade de interpretação, aborda os processos de personalidade, se distingue na liberdade de resposta, meio de abordar as condições externas e internas da percepção, diferente dos testes psicométricos, que possuem precisão, padronização e validade. Os testes projetivos tem razão na psicose, a critica é que deixa a desejar na padronização, fidedignidade, validade e sensibilidade. As técnicas projetivas são utilizadas como instrumentos de avaliação da personalidade, bem como de outros aspectos importantes da vida das pessoas, como as relações interpessoais e dinâmica familiar. Estas técnicas se apoiam na leitura do fenômeno projetivo.

Freud amplia a concepção de projeção em 1913, no artigo “Totem e Tabu”, considerando um mecanismo normal que determina como cada indivíduo percebe o mundo que o cerca. Neste sentido, não projetamos apenas os conflitos e aquilo que nos incomoda, mas, também lembranças conscientes e inconscientes que influenciam e possuem um papel decisivo na forma pela qual os sujeitos percebem a estímulos atuais. Os testes projetivos pode-se dizer que estes favorecem a descarga e desvelamento de pontos vulneráveis do psiquismo dos sujeitos. Como são testes com embasamento psicanalítico, estes concebem que somos regidos por motivações inconscientes, e consequentemente, apontam para existência de uma estrutura de personalidade e de traços que interagem de forma dinâmica, do emprego de mecanismos de defesa, justamente o que constitui em material a ser revelado pela interpretação das elaborações e produções dos sujeitos em situações de teste. a projeção pode apresentar-se de algumas formas. A seguir vamos conhecer alguns tipos: • Projeção Especular: o indivíduo reencontra características que pretende serem suas na imagem do outro. Por exemplo: Um aluno ao assistir uma aula de um professor que narra sobre sua experiência profissional pode vislumbrar seu futuro, ao ouvi-lo com atenção e almejar ser no futuro com este professor, em termos, de postura ética e atuação, ou seja, o professor é como a imagem de um espelho para este aluno. Se divide em duas: Optativa: coloca caracteristicas que ela gostaria que fizessem delas, conta uma história que não é real, mas que gostaria que fosse. Indicativa: desloca, projeta a si mesmo nos desenhos que fez (TAT). • Projeção Catártica: o indivíduo atribui à imagem do outro não mais as suas características ou as que desejariam fossem suas, mas, as que erradamente não pretende ter, recusa considerar como suas e das quais se livra, deslocando-se para outro. Por exemplo: Uma pessoa é bastante agressiva ao se comunicar com os outros e comumente reclama da hostilidade das pessoas ao responder suas perguntas. • Projeção Complementar: A pessoa atribui aos outros sentimentos e atitudes que justifiquem as suas, ou seja, a culpa é do outro.Por exemplo: Uma pessoa não gosta de uma pessoa e a trata com desdém, ao mesmo tempo, afirma que a mesma que é culpada. Ainda acrescenta que a pessoa não fez nada para conquistar a sua confiança. Concluindo, por este motivo os estímulos usados nas técnicas projetivas são, de maneira geral, pouco estruturados, propiciando o surgimento de aspectos do funcionamento interno do indivíduo. E de certa forma, impedindo que ele se refugie em informações convencionais, não importa apenas o que ele projeta, mas o que também se recusa em projetar.

- APERCEPÇÃO E DISTORÇÕES APERCEPTIVAS Percepção: Corresponde a descrição objetiva da realidade, é uma representação mental de captações físicas e fisiológicas, como percebemos informações sensoriais, como o cérebro responde a estas informações e sensações que nos trazem sentido para nossa experiência.

Apercepção: pode ser compreendida pelo “ processo pelo qual uma experiência é assimilada e transformada pelo resíduo da experiência passada, ou seja, é a interpretação subjetiva da percepção, que é apenas a interpretação objetiva de um estímulo”. BELLACK PROPÕE 4 TIPOS DIFERENTES DE DISTORÇÃO APERCEPTIVAS: • Projeção simples: transferência por aprendizagem. Por exemplo: uma pessoa recebe rejeições sucessivas na vida, ela caba por uma tendência a sentir-se rejeitada me todas as relações que estabelece (INCONSCIENTE) • Projeção invertida: Pode-se entender este conceito pela definição de Freud do mecanismo de defesa da formação reativa. Segundo Laplanche, Pontalis (1999) se refere “atitude ou hábito psicológico de sentido aposto a um desejo recalcado e constituído em reação contra ele.”(p.200)Por exemplo: a demonstração de um pudor extremo a tendências exibicionistas(INCONSCIENTE). • Sensibilização: Indivíduo sob tensão emocional / psicológica: traz como resultado imediato uma maior percepção da imagem na memória.Por exemplo: Uma pessoa está com muita fome e pode ao se deparar com a placa de uma farmácia se confundir com uma de restaurante, uma lanchonete (INCONSCIENTE COMPLETAMENTE). • Externalização: quando sujeito reconhece sua apercepção como subjetiva.Por exemplo: ao contar uma história de alguma prancha do TAT e reconhece a que a mesma destaca um fato de sua vida (PRÉ-CONSCIENTE, CONSCIENTE). Alguns fenômenos podem corroborar para o surgimento das distorções aperceptivas, entre eles: fenômeno psicológico coletivo, a hipnose, psicoterapia (transferência e contratransferência) e em quadros psicopatológicos graves, como a psicose.

Interpretação Sentido que a experiência pode ter Nível de ansiedade: a ansiedade influencia na interpretação.

O conceito de regressão que estabelece uma relação próxima com as técnicas projetivas, por favorecer a interrupção temporária da censura, liberando um material vasto que evidencia os conflitos, fantasias, desejos e emoções.

Portanto, a tarefa do psicólogo ao interpretar os testes projetivos é desvendar as motivações inconscientes e conscientes que surgem na elaboração das respostas ou produções dos sujeitos. E cabe aqui dizer, que estes aspectos devem ser analisados conjuntamente com dados de história de vida, coletados anteriormente, bem como com a queixa ou motivo da avaliação e são ferramentas de uso exclusivo de psicólogos.

- DESENHOS Os desenhos fornecem dados menos suscetíveis a várias distorções e restrições que afetam a comunicação verbal [por exemplo]. Sua “linguagem” é bem mais independente dos fatores conscientes que induzem ao erro na comunicação oral ou escrita, pois o que a linguagem dos desenhos transmite nem sempre é reconhecido pelo sujeito, e por isso escapa da vigilância da mente. Porém, se por um lado essa linguagem indireta reflete a personalidade de modo mais fidedigno, ela também é bem mais fácil de compreender." É importante frisar que a quantidade de informações rastreada nos desenhos depende da experiência e da capacidade aperceptiva do psicólogo ao analisar a produção do paciente. Em todas as técnicas projetivas é preciso observar os comportamentos verbais e não verbais expressados pelo indivíduo no momento da aplicação, ao receber as instruções e suas reações aos estímulos apresentados. É importante frisar que a quantidade de informações rastreada nos desenhos depende da experiência e da capacidade aperceptiva do psicólogo ao analisar a produção do paciente. Em todas as técnicas projetivas é preciso observar os comportamentos verbais e não verbais expressados pelo indivíduo no momento da aplicação, ao receber as instruções e suas reações aos estímulos apresentados.

Evolução geral do grafismo: O grafismo da criança é desenvolvido progressivamente em conformidade com seu aparato cognitivo, portanto, os desenhos livres e temáticos apenas tem valor diagnóstico aos oito anos de idade, por nesta fase, a criança, apresenta uma melhor coordenação motora e habilidade de escrita. A criança no jardim de infância já possui um repertório bem amplo e consegue desenhar vários objetos, mais ainda experimentando as possibilidades de combinações e cores, sem se ater a detalhes do que desenha. Já entre seis e sete anos, iniciando o processo de alfabetização, é mais precisa e tem uma postura mais crítica de sua produção e, é capaz de fazer uma figura humana composta dos quatro elementos: cabeça, tronco, pernas e braços e mãos, por exemplo. Aos nove e dez anos, os desenhos são mais realistas e apresenta riqueza em detalhes. Com onze, doze anos e o pré-adolescente possuem atitude mais crítica e podem relutar para executar a tarefa, os desenhos são ainda mais realistas. No caso de pessoas com habilidades artísticas é preciso ter critério, pelo fato, destas, terem conhecimento de algumas técnicas de desenho, como por exemplo, o uso de sombreamento e os traços em avanços e recuos. É valido levantar sempre o histórico educacional, o método de alfabetização no qual a criança está sendo submetida bem como, as influências sociais e culturais , pois todos estes aspectos intereferem no desenvolvimento cognitivo e emocional. É importante salientar que para um processo de avaliação da personalidade seja confiável é preciso realizar a combinação de outras técnicas projetivas e gráficas, entre elas, o Teste Gráfico HTP (Desenho da Casa, Árvore e Pessoas), composto de um jogo com oito desenhos temáticos. A finalidade do HTP é realizar uma análise progressiva do desempenho do indivíduo e da qualidade global dos desenhos, o que permite identificar a os aspectos estruturais do conflitos, mecanismos de defesa mais utilizados pelo sujeito e traços psicodinâmicos.

Para você compreender como analisa-se os testes gráficos é preciso levar em conta três aspectos importantes, segundo Van Kolck (1984), autora responsável pela elaboração do protocolo para avaliação e interpretação do Desenho Livre: • Adequação à tarefa: Neste aspecto, observa-se se a produção apresentada está de acordo com o solicitado ou proposto e se a realização é convencional, original ou francamente fantasiosa. Além, da adequação gráfica, ou seja, se o desenho está de acordo com a evolução geral do grafismo, desenvolvimento cognitivo, com a realização própria do sexo, do nível sócio-econômico-cultural e eventualmente com a de determinados grupos patológicos. • Expressivos: Neste aspecto, analisa-se como o sujeito revela, em partes, seu modo de perceber e reagir a dadas situações. • Projetivos: Já neste, percebe-se como o sujeito atribui alguma coisa ou estímulo a interpretação que são as suas próprias. Friso que os dois últimos aspectos estão interligados na análise geral dos desenhos, aqui separei apenas para você compreender melhor. O como a pessoa desenha, o que desenha e a forma usa o espaço da folha nos dá a possibilidade de conhecer mais sobre aquele que desenhou, seus traços de personalidade e como interage no mundo que está inserido. Em suma, o uso da técnica do desenho livre é bastante recomendado por configurar em uma via de acesso a aspectos psicodinâmicos. Mas, não pode ser usado de forma isolada, preconiza-se que seja inserido em um processo avaliatório ou clínico. - O HTP O teste HTP* (casa-árvore-pessoa) propõe a realização de desenhos conhecidos da maior parte das pessoas e por meio deles, pode-se identificar vários níveis de projeção da personalidade. Além, de oferecerem para o clínico um parâmetro de comparação de produção dos indivíduos em particular com outras pessoas de idade cronológica semelhante, gênero e nível socioeconômico. A forma original do teste de Buck preconizava que os desenhos fossem realizados com lápis grafite no 2 (acromático), folhas de papel com o mesmo tamanho e formato, objetivando uma melhor padronização. Já Hammer (1991) introduziu o HTP cromático, ou seja, acrescentou ao jogo de três desenhos mais três realizados com o uso de giz de cera. Segundo autor, quando usa-se o giz de cera favorece o surgimento de conflitos subjacentes, pois perde-se o controle fornecido do lápis grafite e as defesas, por sua vez, se dissipam com mais facilidade. A tarefa de desenhos temáticos conhecidos pode ser comprendida com uma prova situacional e dá uma amostra de como o sujeito lida e se comporta em uma situação específica, oferecendo um material rico e vasto para investigação da personalidade. O HTP capta a visão de mundo no homem e permite identificar as relações estabelecidas com seus semelhantes familiares ou não bem como a representação que tem de si. Em aspectos gerais, o desenho da casa revela associações da vida familiar, ou seja, do indivíduo com seu ambiente. A árvore favorece a projeção de sentimentos mais profundos acerca da

personalidade e o self (eu), sejam eles, positivos ou negativos. O desenho das figuras humanas identifica fatores determinantes de aspectos psicodinâmicos nucleares, imagem corporal e as relações do indivíduo com as outras pessoas. Para você compreender bem como analisamos os testes gráficos é levar em conta três aspectos importantes, segundo Van Kolck (1984), autora responsável pela elaboração de um protocolo para avaliação e interpretação do Desenho Livre. Adequação à tarefa: Neste aspecto observa-se a produção apresentada está de acordo com o solicitado ou proposto e se a realização é convencional, original ou francamente fantasiosa. Além, da adequação gráfica, ou seja, o desenho está de acordo com a evolução geral do grafismo, desenvolvimento cognitivo, com a realização própria do sexo, do nível sócio-econômico-cultural e eventualmente com a de determinados grupos patológicos. Expressivos: Este aspectos analisa-se como o sujeito revela, em partes, seu modo de perceber e reagir a dadas situações. Projetivos: Já neste percebemos como o sujeito atribui alguma coisa ou estímulo a interpretação que são as suas próprias. É importante frisar que os dois últimos aspectos estão interligados na análise geral dos desenhos, aqui separei apenas para você compreender melhor. Além, de analisar em linhas gerais como o indivíduo fez o desenho e como distribuiu o mesmo na folla de papel oferece dados importantes sobre sua personalidade. Mas, adicionado a estes aspectos, o HTP de Hammer (1991), propõe uma análise detalhada de conteúdos, ou seja, aspectos que constituem o desenho temático, como por exemplo, as paredes da casa, o tronco da árvore e cabeça da figura humana....


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