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Title They Live - Um filme estranho com uma mensagem poderosíssima
Author Guilherme Vieira Vian
Course Teorias da Imagem
Institution Universidade Estadual de Campinas
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Summary

Artigo sobre They Live, de acordo com um olhar da semiologia...


Description

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Instituto de Artes Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação Comunicação Social - Midialogia

Guilherme Vieira Hipólito Vian¹ (R.A.: 217341)

THEY LIVE - UM FILME ESTRANHO COM UMA MENSAGEM PODEROSÍSSIMA

CAMPINAS 2018

Guilherme Vieira Hipólito Vian R.A.: 217341

THEY LIVE - UM FILME ESTRANHO COM UMA MENSAGEM PODEROSÍSSIMA

Trabalho final da matéria de Teorias da Imagem, do curso de Comunicação Social: habilitação em Midialogia, da Universidade Estadual de Campinas. Professor(a): Prof. Dr. Francisco Elinaldo Teixeira

Campinas – São Paulo 2018

THEY LIVE - UM FILME ESTRANHO COM UMA MENSAGEM PODEROSÍSSIMA Guilherme Vieira Hipólito Vian¹ R.A.:217341 RESUMO Este artigo tem como objetivo analisar minuciosamente o filme They Live, realizado em 1988 por John Carpenter, através de um olhar crítico de nossa época, relacionando às críticas feitas pelo filme com críticas de Guy Debord à sociedade de

sua época. Além disso, irei utilizar o conceito de Zeitgeist neste artigo, abordando como que isso é utilizado no filme, além de mostrar algumas das inspirações que John teve antes de pensar em seu filme. Desta forma, penso em mudar o pensamento que alguns podem ter sobre esta obra, que pode inicialmente parecer um filme estranho, mas que na verdade possui uma mensagem poderosíssima por trás de tudo. PALAVRAS-CHAVE: John Carpenter; They Live; Eles Vivem; Teorias da Imagem; Zeitgeist; Espírito do Tempo; Guy Debord; A Sociedade do Espetáculo; Oito horas da manhã; George Nada. 1. INTRODUÇÃO Desde os primórdios de nossa sociedade temos algum meio de comunicação, seja apenas gestos com a mão ou até mesmo os meios de comunicação mais avançados que já vimos até hoje, como por exemplo a internet. Através disto, temos sim muitos avanços que são possibilitados a nós, seja uma nova forma de estudar a sociedade através de uma rede extra-física, como fez Pierre Lévy, ou até mesmo novas formas de tecnologia e de conhecimento, como por exemplo os estudos das linguagens de programação, dos bancos de dados e da análise de sistemas. Outrossim, também começamos a utilizar estes meios de comunicação que foram desenvolvidos no último século como forma de propagar os braços do capitalismo, para que este conquiste novos públicos e consiga se sustentar através da publicidade e propaganda. Com isso e com o desenvolvimento do marketing, temos novos meios que estimulam o consumismo através dos meios de comunicação. Porém, esses novos meios estimulantes sempre vão proporcionar o controle de massa, para que possamos construir um pensamento coletivo dos membros da sociedade e nos aproveitando disso para construirmos pessoas que não criem pensamentos críticos. Através deste método, muitos governos conseguiram adquirir popularidade, como por exemplo Adolf Hitler, que se utilizou de filmes de propaganda na época do nazismo, Ronald Reagan que conseguiu se mostrar como uma pessoa otimista e carismática em todo momento e, mais atualmente, temos Jair Bolsonaro que conseguiu se eleger apenas criando uma imagem utópica para muitos brasileiros.

Dessarte, temos que os meios de comunicação podem ser literalmente um quarto poder, pois podem também controlar uma sociedade diretamente ou indiretamente. Observando isto, John Carpenter procurou criticar esta forma de manipulação em seu filme They Live, de 1988, quando Ronald Reagan estava no poder dos Estados Unidos da América e tentou manter a felicidade mascarada em seu país através da manipulação do pensamento das pessoas. Através disto, estarei relacionando o tema do filme à ideia do comunicólogo Guy Debord escrita em seu livro A Sociedade do Espetáculo e, além disso, estarei falando do espírito do tempo da época. 2. THEY LIVE, Um filme estranho mas com uma mensagem poderosíssima 2.1 Sobre John Carpenter, o diretor de They Live

Figura 1: Sophie Gransard, John Carpenter, 2017.

John Howard Carpenter nasceu em 16 de janeiro de 1948 em Carthage, em Nova York, nos Estados Unidos da América, e é filho de Milton Jean Carter e Howard Ralph Carpenter. A partir de seu pai, um professor que era líder do curso de música da Western Kentucky University, John passou a se interessar e a ser introduzido no meio da arte. Por tal motivo, quando atingiu a idade permitida, ingressou na USC School of Cinematic Arts, em Los Angeles e começou a estudar cinema. A partir de 1962 começou a fazer os seus primeiros curta-metragens, quando tinha cerca de 14 anos, e quando alcançou 22 anos ganhou um prêmio acadêmico peça realização de The Resurrection of Broncho Billy(1970). Após esta época, o mesmo conseguiu a participação em vários filmes como roteirista, ator, compositor, produtor e diretor. Desta forma, começou a desenvolver a sua cinematografia, que inclui vários filmes que são clássicos de terror hoje em dia, como por exemplo A Bruma

Assassina(1980), Fuga de Nova York(1981), O Enigma de Outro Mundo(1982), O Homem das Estrelas(1984), Halloween: A Noite do Terror(1978). Um acontecimento que é importante abordar aqui neste instante, é que Halloween(2018), a última versão de Halloween: A Noite do Terror que foi refilmada, não possui John na direção, mas sim na composição da trilha sonora do filme, o que nos mostra que além de ser um ótimo diretor, é também alguém que seguiu alguns dos passos do pai e alcançou o conhecimento nesta área também. 2.2 Contextualizando o filme

Figura 1: John Carpenter, George Nada, 1988.

Eles Vivem, ou They Live, em inglês, de John Carpenter, pode parecer um tanto quanto estranho para aqueles que tem o seu primeiro contato com a obra, mas que com certeza teve os seus mínimos detalhes pensados por seus realizadores, e que merece ter cada parte de sua integridade estudadas para que possamos internalizar tudo o que este filme se propõe a nos ensinar. Devemos, portanto, iniciar este artigo científico contextualizando a história do filme, pois sem esta não poderíamos dar continuidade ao nosso raciocínio relacionando a obra e às teorias envolvidas. Primeiramente, no início do filme, temos um morador de rua que chama George Nada em sua jornada por Los Angeles, nos Estados Unidos da América. Neste momento, George está procurando um emprego para que possa se estabelecer nesta grande cidade, que visivelmente ele não cria muitas expectativas sobre esta. Acaba conhecendo um homem que chama Frank Armitage, que o ajuda a trabalhar como construtor numa empreiteira e acaba se tornando o seu melhor amigo durante a sua jornada nesta grande cidade. Com isso, após andar por algum

tempo, Nada encontra um grupo de pessoas de são claramente trabalhadores explorados que vivem em uma situação marginalizada ao lado de uma igreja local. Nesta igreja entram e saem carros e caixas à todo momento, e George, como uma pessoa curiosa, procura saber qual segredo que estas pessoas tanto guardam. Desta forma, descobre que nesta caixas existem muitos óculos escuros, que são fabricados de forma intensa, para uma grande quantidade de pessoas. Mas por que será que estes óculos são transportados com tanto sigilo? Após isto, momentos passam e é percebida a movimentação de oficiais da justiça ao redor da igreja, que parecem estar preocupados com o transporte intenso dos tais óculos. Porém, qual mal será que um simples óculos poderia oferecer ao Estado ? Da mesma forma que nós, George Nada se mantém muito mais curioso. A preocupação foi tanta, que as forças militares receberam uma ordem (Que obviamente veio de um esfera superior) para destruir o vilarejo e também a igreja, espancando os moradores (incluindo o seu melhor amigo) e ateando fogo nas casas. Com isso, Nada consegue despistar as forças policiais e adquirir uma caixa cheia de exemplares dos tão misteriosos óculos escuros que circulavam nos arredores e no interior daquela igreja. Dessarte, temos início ao desenvolvimento da narrativa de fato, quando George nada passa a descobrir o que são aqueles óculos, e o que estes objetos podem mudar não só na sua vida, mas podem também mudar uma sociedade inteira. Após o seu primeiro contato com os óculos, observamos que o comportamento do protagonista muda completamente, pois este está totalmente surpreso. Não vemos mais capas de revistas, vamos às mensagens subliminares que estão por trás daquelas revistas, como se fossem palavras escondidas e que o conjunto de cada símbolo das capas formam um subconsciente que induz sempre ao consumo. Não é diferente com banners, com a televisão, e nem com qualquer outro tipo de publicidade ou propaganda presentes no filme. Muito pelo contrário, cada propaganda revela o que há de pior e de mais manipulador no conjunto de suas simbologias. Além disso, temos não apenas propagandas que manipulam, mas principalmentes agentes superiores que controlam toda a sociedade, que são percebidos por George Nada através dos óculos, e que também percebem que são descobertos. Através de todos estes elementos que foram apresentados, temos agora a descoberta de uma sociedade literalmente extraterrestre que consegue manipular os seres humanos através de propagandas. Com isso, a trama do filme

vai se dar no embate de George versus os extraterrestres, e a sua tentativa de convencer todos os que o circundam de que vivem em uma sociedade que os manipula, e que estes devem “acordar” para a realidade. Por fim, dado que a principal parte do filme já foi apresentada, da mesma forma que a sua trama e todos os elementos altamente necessários para o desenvolvimento da minha análise de acordo com alguns teóricos, posso encerrar aqui a contextualização do que ocorre nesta obra, pois claramente temos agora a noção de que o filme irá criticar a manipulação do governo e da elite dominante em relação à publicidade gerada em demasia na sociedade. A partir deste ponto, estarei abordando algumas partes do filme em alguns tópicos abaixo, que por si só não diriam muita coisa, mas analisados podem dizer muitas coisas.

Figura 2: John Carpenter, Aliens, 1988.

2.3 Oito horas da manhã, de Ray Nelson. Para analisarmos um filme, precisamos também saber de onde surgiram às suas inspirações, além de apenas tangenciar algumas teorias das que conversam com o filme de alguma forma. Com isso, trago Oito horas da manhã, de Ray Nelson, que possui um contexto muito parecido com o que foi apresentado do tópico acima. Neste conto, há o mesmo personagem e o mesmo enredo, mas com apenas algumas mudanças. Em ambas as obras, é retratada a manipulação que um governo tenta nos impor e tenta nos influenciar de maneira supostamente amigável para que continuemos comendo de seu lixo sem que nós reclamemos. O processo de reconhecimento da manipulação é trabalhoso, como mostrado no filme com seu amigo, Frank, e no conto, com a namorada de George, Lil. Ambos os personagens

não representam apenas uma resistência, mas sim toda uma sociedade que não está definitivamente disposta a “acordar” de seu sonho e receber uma informação assim. Desta forma, ambos resistem, o tachando de louco e comportando-se de maneira que rejeitam acordar da hipnose que os reptilianos (no conto) e os alienígenas (no filme) impõem na sociedade, o que representa, na verdade, toda a elite que domina o planeta Terra. Além disso, em ambas as obras temos as tentativas de censura, visto que sempre estão tentando diminuir a reverberação daqueles que possuem o conhecimento depois que acordam. Da mesma forma, a resistência de George para não sucumbir aos reptilianos é evidente, e por tal motivo ele consegue trazer a verdade para todos. Ou seja, como mostrado, a resistência contra o modo de regência é essencial, visto que para lutarmos contra uma elite, temos que resistir em nossas ideias. Em ambos, George Nada se sacrifica para salvar a humanidade, tentando acordar o máximo de pessoas que conseguir. Quando George ataca uma central de comunicação, mostra ao mundo que existem pessoas em nosso meio que nos manipulam. O filme mostra que a manipulação está em nossos olhos, não enxergamos porque temos medo de sairmos de nossa felicidade ilusória, que é tão confortável para nós. A partir do momento que acordamos para a realidade e reconhecemos que somos manipulados, a sensação de tristeza por saber que fomos iludidos pode ser grande. Com isso, vemos que a elite pode até mesmo controlar a nossa vida através da mídia. Por fim, além do conto Oito horas da manhã, temos as histórias em quadrinhos “Nada”, de Ray Nelson e Bill Wray, que são apenas uma adaptação do conto. Com isso, temos as inspirações de John Carpenter para que pudesse fazer o filme, e em o que cada história se relaciona. Com isso, podemos começar a analisar o filme de acordo com teorias de fato.

Figura 3: Bill Wray, Nada, 1986.

2.4 They Live e A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord

Figura 4: desconhecido, Guy Debord, 1953.

Uma vez que o filme que estamos analisando já teve o seu argumento brevemente apresentado, de forma que conseguimos nos localizar na trama do filme, podemos, assim, iniciar a nossa análise de uma forma muito mais aprofundada, levando em consideração alguns dos teóricos que possuem explicitamente as suas ideias colocadas no filme. Primeiramente, decidi colocar aqui Guy Debord, um comunicólogo de suma importância para a comunicação, e que conversa diretamente com a crítica feita pelo filme. Este, quando publicou a Sociedade do Espetáculo, em 1967, apresentou uma teoria que nos diz que a sociedade agora passou para um estado imagético, em que os meios de comunicação, em um estado pós capitalista, tornaram a sociedade em um espetáculo, um local altamente regido por imagens, em que pessoas são

controladas por estas e passam a ter uma relação social de pessoas mediadas desta forma. Com isso, criamos sujeitos que creem naquilo que veem, e se tornam sujeitos muito mais passivos, que podem ser facilmente manipulados apenas por verem uma imagem espetacularizada, sem que haja reluta ou o pensamento crítico de rejeitar algo apresentado por uma imagem. A partir de Debord, a passividade de um sujeito se dá na instância que este apenas ouve, mas não reage a nada, como se não fôssemos sujeitos que formam opiniões críticas e fazemos a nossa própria história, mas sim pessoas que apenas recebem uma informação e não a processam, criando indivíduos facilmente manipulados. Como exemplo, podemos citar os inúmeros anúncios publicitários que nos atingem diariamente, que nos mostram uma pseudofelicidade

gerada

pelos

produtos

expostos. Com

isso, somos

facilmente

manipulados, uma vez que desejamos adquirir essa felicidade. Atualmente, diferentemente da época em que Debord estava inserido, creio que temos um estágio mais avançado da Sociedade do Espetáculo, as redes sociais. Nesta, o espetáculo já não vem em grande quantidade através de uma esfera maior, mas sim nós mesmos que fazemos o espetáculo. Através de nossas postagens, colocamos na rede apenas aquilo que queremos que os outros vejam sobre nós, talvez momentos felizes, de festas e comemorações. E isso se dá pois temos a escolha de moldar o que queremos o que os outros pensem de nós mesmos, nos mostrando como pessoas felizes, sem problemas, entre muitas outras coisas, o que acaba nos tornando verdadeiras vitrines. Desta forma, percebemos que da mesma forma que nós mesmos podemos manipular os pensamentos dos usuários de uma rede, podemos também sermos altamente manipulados por aqueles que comandam as grandes mídias e principalmente o Estado. Desta forma, relacionando a teoria supracitada com They Live, podemos dizer que no filme, a todo momento vemos anúncios, que parecem ser alguma coisa mas são outras, e que escondem um verdadeiro significado por trás da felicidade exacerbada. Além disso, podemos ver em muitos momentos pessoas assistindo a televisão em meio à miséria como se tudo estivesse bem, o que nos revela que no filmes temos indivíduos que são altamente passivos, aceitando o fato de serem uma classe explicitamente explorada, e que apenas experimentam a vida através do que vêem, e não tentam experimentar algo vivenciando de fato. Da mesma forma que ocorre em uma sociedade espetacularizada, os indivíduos “dormem” para o que acontece ao seu redor, não enxergam e nem procuram criticar a ideologia

dominante, e por tal motivo existem os óculos que estão no filme. Eles servem para “acordar” estas pessoas e fazer elas verem e criticarem o que acontece ao seu redor. Como podemos ver em diversos momentos do filme, George tenta convencer as pessoas de seu erro de estarem apenas vivendo de uma forma miserável, sem um pensamento crítico e aceitando serem exploradas enquanto assistem às suas televisões. Em certo momento, George Nada entra em uma longa e violenta briga de 9 minutos com o seu melhor amigo, Frank Armitage, para tentar colocar os óculos nele e finalmente acordar o mesmo do sonho fictício que ele vive. Porém, não é à toa que a resistência de Armitage é tão grande, já que quando estamos neste estado de sociedade, temos pessoas que não querem sair de sua área de conforto, se mantendo sempre em um estado muito otimista e apenas aceitando a sua exploração. Como dito por Debord, os membros do governo e da grande elite, que estão no topo da sociedade, que possuem os meios de comunicação e, portanto, são aqueles que tem o poder de nos manipular. Por este motivo, temos os alienígenas do filme, que possuem poderes e controle fora do normal, e são estes que controlam o espetáculo e não querem ser descobertos, justamente para não ativarem o pensamento crítico das pessoas e posteriormente o rebatimento da ideologia dominante. Desta forma, temos em todo momento George Nada, Frank Armitage e todos aqueles que já usaram os óculos sendo constantemente perseguidos pelos alienígenas. Por fim, podemos avançar para a próxima ideologia que está implícita no filme. 2.5 They Live e o Zeitgeist Após a apresentação da teoria de Guy Debord relacionada com o filme que estamos analisando, não posso deixar passar despercebido o conceito de Zeitgeist. Este pode ser entendido como um espírito do tempo de uma época, que passa a mover as manifestações artísticas e que rege determinada sociedade como um todo durante um tempo, como por exemplo estamos tendo nos dias atuais, com o medo da volta do fascismo, estamos mais do que nunca discutindo a liberdade de expressão e o nosso lugar de fala, entre muitos outros causados por vários fatores, dentre eles as eleições de Donald Trump, e Jair Bolsonaro. Da mesma forma, outras

épocas foram atingidas por pensamentos contemporâneos, e durante a época em que They Live fora lançado, não foi diferente. Primeiramente, precisamos com certeza focar no contexto político dos Estados Unidos da América, uma vez que o filme por si só é uma crítica política. Nesta época, tínhamos o quadragésimo presidente no poder, Ronald Reagan, que foi uma das figuras mais importantes para que a crítica nesse filme existisse. Através deste, um político extremamente de direita, carismático para os seus eleitores e de discurso otimista, tínhamos a revolução conservadora, em que o mesmo aumentou a verba para os militares, e diminuiu os impostos, para que as pessoas tivessem mais dinheiro para gastar, aumentando o consumismo no país. A diminuição de impostos pareceu apenas ser algo bom para as pessoas, mas quando na verdade era apenas mais um jeito de as explorar. Com base nisso, John Carpenter também desenvolveu a sua crítica, nos mostrando que devemos mais do que nunca colocarmos os tais óculos para que não sejamos atingidos por essa tentativa de nos tornar pessoas compulsivas por compras. Claramente vivemos em um sistema capitalista que nos permite inúmeras coisas, porém, não devemos esquecer que este mesmo sistema é o motivo de inúmeras guerras ao redor do mundo, e que mesmo assim diz que outros sistemas que são o mal para a sociedade. Além disso, é também o motivo de muitas doenças psicológicas que atingem o mundo atualmente, como por exemplo a depressão e a ansiedade, que dizendo de maneira bem básica, são causadas pela necessidade de estarmos sempre fazendo algo, seguindo à risca o horário do relógio e nascendo para simplesmente ganharmos dinhei...


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