Resenha do filme - Uma mente brilhante PDF

Title Resenha do filme - Uma mente brilhante
Course Saúde Mental II
Institution Centro Universitário Cesmac
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Uma mente brilhante: resenha crítica do filme

Dirigido por Ron Howard, o filme é baseado na vida do matemático, brilhante e pouco sociável, John Nash (interpretado por Russell Crowe). Produzido nos Estados Unidos e lançado em 2001, é uma adaptação do livro que traz a bibliografia do matemático. O protagonista desperta o interesse de sua aluna, Alicia (Jennifer Connelly), que apesar se ver o seu comportamento excêntrico, casa-se com ele e o acompanha pelo resto da vida. Há também o Parcher (Ed Harris), que é o misterioso agente do departamento de segurança americana, o Charles Herman (Paul Bettany), que é o colega de quarto do Nash, considerado o seu melhor amigo, e o Sol (Adam Goldberg) que é seu amigo durante a faculdade e vira seu colega de trabalho depois. O filme começa em Princeton, e mostra o embotamento afetivo e o comportamento antissocial do protagonista (que se isola em seu quarto, se recusa a participar de atividades como aulas, e outras realizadas em grupo), afirmando que precisa encontrar uma ideia original, uma tese para defender. Após uma conversa com o Charles, sai para um bar e lá tem uma ideia/teoria a respeito da competição, volta para casa para colocá-la no papel. Ele termina então o seu curso de matemática, reconhecido pela sua teoria, e é convidado a trabalhar no MIT, que é um instituto de pesquisa de matemática e engenharia dos EUA mais conceituado. Com ele, leva dois colegas. Nessa época, é obrigado a dar aulas e é convidado a desenvolver um trabalho para o Governo dos EUA, após colaborar com o pentágono por duas vezes. Nesse trabalho, delegado por Parcher, ele tem que encontrar padrões em revistas que circulam no país, que só ele seria capaz de identificar (delírio de grandeza), para encontrar mensagens dos soviéticos para infiltrados sobre um possível ataque às Nações Unidas. Nessa mesma época, conhece Alicia, uma aluna que se encanta por ele e eles acabam casando. Em um dos seus encontros, em uma exposição, ele apresenta delírio persecutório (alteração do pensamento), por acreditar que dois homens que estão no local estão falando sobre ele ou o estão perseguindo. Ele passa então a intensificar os sintomas da esquizofrenia, delírios persecutórios (acredita ser vítima de perseguição/conspiração) e alucinações (alterações da sensopercepção), e durante uma apresentação na faculdade ele entra em crise e sai correndo do auditório por causa das suas alucinações e delírios. Ele é então internado, e dessa maneira podemos entender o que era real e o que não era na vida dele. O seu colega de quarto e a sua sobrinha não eram reais, e o Parcher e a sua missão para o Governo dos EUA também não. A Alicia é informada da situação do marido, que tem esquizofrenia paranoide, e fica ao seu lado durante o tratamento. Ainda no hospital passa por eletroconvulsoterapia (ECT), e em casa faz uso de medicamentos. Sua capacidade cognitiva é alterada pelo tratamento medicamentoso e ele não consegue mais trabalhar, então para por conta própria de tomar os remédios e tem outra crise, dentro de casa, com sua esposa e filho pequeno. Nessa crise, ele vê o Charles, a sobrinha do Charles e o Parcher, porém percebe que a menina não cresceu desde a primeira vez que ele a viu, e isso fazia anos.

John Nash percebe então (insight) que aquelas pessoas realmente não existiam, e fala com a sua esposa que quer se tratar. Juntamente com o seu psiquiatra, ele relata que ainda vê todos os que não são reais, mas tem a consciência de que eles não existem. Ele volta para a faculdade e fica todo o tempo na biblioteca, onde começa a se relacionar com estudantes, que se interessam por suas explicações sobre matemática. Apesar de não apresentar mais crises, ele continua tendo alucinações com seus “amigos”, mas aprendeu a ignorá-las, tendo uma vida próxima do normal. Após alguns anos passou a lecionar na faculdade, e foi abordado por um senhor que o avisou que seria indicado ao Prêmio Nobel por sua teoria dos equilíbrios não-cooperativos (conhecido agora como Equilíbrio de Nash) aos 66 anos. Nessa parte o filme mostra o reconhecimento acadêmico pelas suas descobertas, e também a dedicação da sua esposa, que não o abandonou nos momentos mais difíceis das crises esquizofrênicas. O filme retrata os sintomas clássicos da esquizofrenia e a repercussão que eles têm na vida familiar e profissional do indivíduo. E como devemos dar importância a um tratamento que consiga tanto melhorar os sintomas da doença (já que nos casos como o de John, que duram mais de 6 meses, não há cura), como trabalhar uma terapia orientada para a família, para que ela entenda o que é a esquizofrenia, o que podem fazer para ajudar e também para que dessa forma não abandonem o paciente, o que é comum devido ao fato do indivíduo se tornar não produtivo e perder capacidade cognitiva com o tempo. O tratamento deve objetivar, secundariamente, a reinserção do paciente na sociedade como uma pessoa produtiva, sempre que possível....


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