1ª resenha (Um homem com uma câmera) PDF

Title 1ª resenha (Um homem com uma câmera)
Author Paulia Barreto
Course Tópicos de Literatura Brasileira
Institution Universidade Federal do Ceará
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Summary

Parte da primeira avaliação da disciplina, o professor pediu que fizéssemos resenhas de filmes reproduzidos em sala de aula. O nome do filme está no arquivo....


Description

Tópicos de Literatura Brasileira Professor: Marcelo Magalhães Aluna: Paulia Rocha Barreto (397341)

Resenha crítica sobre o filme “Um homem com uma câmera”, de Dziga Vertov, em relação com o texto de João do Rio

O filme é uma sequência de vários vídeos que representam várias situações que são comuns ao nosso dia-a-dia e que nós mesmos já vivenciamos, o que gera certa identificação (ainda que o filme date de uma época bem anterior à nossa). E essa identificação também ocorre por causa das questões sociais que são sutilmente abordadas no longa de Dziga Vertov. A ideia do título em relação com o que se passa no filme é interessante de ser pecebida porque até mesmo os indivíduos desta época somos muito acostumados a ativas as câmeras de nossos celulares quando queremos registrar algo, seja por foto ou por vídeo (como é o caso). O homem por trás da câmera registra cenas que acha interessantes, mas sem que elas sejam desconexas entre si e sem que deixem de atingi-lo, de certa forma (pois se a cena se passa na praia, o homem da câmera está vestido como quem vai à praia; se está filmando na rua, também veste-se de acordo). A sequência de fitas apresentada no filme se assemelha com a própria fluidez do pensamento humano, pois a própria vida parece com um cinematógrafo, sendo ela um de dimensões colossais. “Cada homem tem no crânio um cinematógrafo de que o operador é a imaginação. Basta fechar os olhos e as fitas correm no cortical com uma velocidade inacreditável”, como discorre João do Rio na introdução de seu livro Cinematógrafo (crônicas cariocas). Claro que a velocidade do rolo de filme não chega nem perto da velocidade com que os filmes correm pela nossa mente, mas acreditamos que o cineasta quis dar essa semelhança justamente para mostrar quantas informações e imagens, sons e cores, conseguimos capturar com a lente de uma câmera ainda é menor que a quantidade que capturamos com as nossa próprias lentes oculares,

pois “tudo quanto o ser humano realiza não passa de uma reprodução ampliada da sua própria máquina e das necessidades instintivas dessa máquina” (João do Rio, 2009). Em um paralelo um pouco mais direto entre o filme e o texto, chamamos a atenção para o fato de que quase não se pode crer que João do Rio (pseudônimo de Paulo Barreto) não tenha assistido o filme ou que o cineasta Dziga Vertov não tenha lido o texto. Este é quase como um roteiro daquele, complementando e acordando com basicamente todos os elementos que compõem a obra. A questão social abordada em ambos também são fatores complementares que contribuem para essa relação entre os dois....


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