Transporte DE Vitimas - Resumo Biossegurança PDF

Title Transporte DE Vitimas - Resumo Biossegurança
Author Allen Lima
Course Biossegurança
Institution Universidade Potiguar
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4.4 O transporte e imobilização das vítimas: parte essencial para o socorro com qualidade Agora que você já conhece algumas situações comuns em primeiros socorros, é necessário entender quanto aos métodos para imobilização da vítima. Assim, garante-se que ocorra a prevenção de novos dados e agravamento dos existentes. Além disso, pode ser necessário transportar a vítima em casos específicos, como a impossibilidade de chegada do socorro no local. Por isso, o socorrista deve se atentar para a correta imobilização (WALKERES, 2010; KAREEN, 2013). A premissa básica de primeiros socorros consiste em manter a vítima imóvel. Todavia, deve-se movimentá-la quando for necessária a realização de ressuscitação ou se houver riscos no ambiente. Mas vale lembrar que a situação da vítima deve ser bem analisada para avaliar a estratégica do transporte. No caso de ferimentos mais simples, como escoriações, o transporte para a movimentação é facilitado, visto não há necessidade de imobilização. Já em casos de traumatismo, deve-se imobilizar imediatamente a cervical e, em seguida, as outras lesões, caso existam. Mônica, de 78 anos, estava realizando um procedimento estético em uma clínica. Porém, ao tentar se levantar da maca, tropeçou e fraturou o tornozelo. No local, haviam duas auxiliares de estética que não sabiam como agir em caso de primeiros socorros. Assim, ambas movimentaram Mônica de volta para a maca, até a chegada de Roberta, que possuía conhecimento. Roberta, então, chama pelo resgate médico e observa o tornozelo de Mônica, já bastante inchado. Ela imobiliza o local com talas e gaze, pedindo para que a vítima não se mova, a fim de evitar maiores lesões. Quando o resgate médico chega ao local, a equipe diz ter havido um agravante na lesão devido a movimentação imprópria, comprometendo os ligamentos e os ossos de Mônica. Por isso, a recuperação será mais longa, mas sem sequelas.

Roberta, ao retornar para a clínica de estética, agenda um treinamento de primeiros socorros para todos os funcionários, reiterando a importância em conhecer as ações corretas em casos de emergência para não piorar a situação das vítimas.

De modo geral, o transporte efetivo de vítimas em primeiros socorros só deve ser realizado pelo socorrista quando houver extrema necessidade ou para afastar o paciente de perigos. A realização de imobilizações das regiões lesionadas para o transporte seguro de vítimas é o ponto essencial em primeiros socorros nesse contexto. Alguns pontos importantes devem ser considerados, como:   

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a imobilização em fraturas da coluna envolve apenas a imobilização da cabeça; em fraturas expostas, deve-se cobrir as extremidades ósseas antes de aplicar a tala; os materiais para tala podem ser adaptados de acordo com o que há no ambiente, desde que sejam rígidos e acolchoados; deve-se imobilizar acima e abaixo de lesões em grandes articulações; deve-se imobilizar as articulações acima e abaixo das fraturas no meio de ossos; para prender a tala, podem ser utilizados laços e elásticos, nunca sobre a lesão, mas acima ou abaixo dela; ao utilizar as talas, deve-se assegurar que não estão apertadas ou pressionando demais o local.

Em locais onde o acesso do serviço de resgate é dificultado, a imobilização e o transporte podem ser cruciais para salvar um membro lesionado, desde que realizados da maneira adequada, seguindo preceitos anatômicos. Um bom socorrista deve possuir os conceitos de anatomia bem fixados para que possa servir com sua profissão. Há diversos tipos de talas, construídas com materiais distintos. O ponto principal é a efetividade da limitação do movimento, ou seja, a tala deve ser capaz de impedir a movimentação do local lesionado, bem como das articulações e dos ossos

imediatamente anteriores e posteriores, conforme nos mostra a figura a seguir.

Deslize sobre a imagem para Zoom Figura 7 - A elaboração de talas deve respeitar a anatomia da lesão e utilizar materiais rígidos para imobilização e acolchoados para estabilização.Fonte: corbac40, Shutterstock, 2018.

Dessa forma, para que uma vítima possa ser transportada com segurança, deve-se realizar as ações para manutenção da estabilidade do membro lesionado. Afinal, o tempo de espera pelo resgate superior a 20 minutos sem imobilização pode comprometer a funcionalidade do membro de modo definitivo (KARREN, 2013). Assim, a análise do ambiente e da lesão, assim como o chamado do serviço de resgate, deve ser realizado de modo a ter conhecimento da estimativa de tempo de espera, para, então, se for superior a 20 minutos, decidir o tipo de tala e imobilização que deve ser realizada. As diversas técnicas de imobilização existentes podem ser estudadas e conhecidas para que, além dos conceitos gerais, o socorrista saiba como aplicar um tipo específico de contenção. Existem talas feitas com matérias préfabricados, materiais adaptados, feitas especialmente para um tipo determinado de lesão ou articulação, entre outros pormenores. Para conhecer mais sobre a ampla variedade de talas, leia o Manual de Socorrismo, mais especificamente o capítulo VIII, intitulado “Técnicas de Imobilização”, disponível no link: .

Com esses conceitos e práticas estudados, o socorrista pode identificar sintomas e ações para cada caso em específico. É importante que se tenha fixado os conhecimentos para que possam ser aplicados corretamente durante casos de emergências....


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