“WAGS” Reality Show – O seu formato e recepção. Análise do ponto de vista feminista PDF

Title “WAGS” Reality Show – O seu formato e recepção. Análise do ponto de vista feminista
Author Ana Bernardo
Course Cultura Pop
Institution Universidade Nova de Lisboa
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“WAGS” Reality Show – O seu formato e recepção. Análise do ponto de vista feminista.
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Mestrado em Ciências da Comunicação Seminário de Cultura Pop 1.º Semestre – Ano Lectivo 2016/2017 30 de Janeiro de 2017

“WAGS” Reality Show – O seu formato e recepção. Análise do ponto de vista feminista

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Introdução Nas páginas que se seguem levaremos a cabo uma análise do reality show WAGS – Wifes and Girlfriends of Sportstars, criado e emitido internacionalmente, pelo canal por cabo norte americano E!TV. De pontuais telespectadores passivos passamos a investigadores activos, escolhendo este objecto como tema de investigação e reflexão para o seminário de Cultura Pop do Mestrado em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias. Moveu-nos o interesse em sinalizar aspectos discursivos que identificámos na nossa audiência passiva. Estes aspectos discursivos incomodaram-nos enquanto indivíduos e despertaram a reflexão enquanto académicos: a hierarquia WAG pela qual estas mulheres se regem, o aparato social que as move e abre caminho às suas carreiras profissionais e/ou à dedicação familiar, e a organização do dia do casamento, que lhes confere segurança a vários níveis, por se tratar do selo matrimonial, são alguns destes elementos que constroem o guião desta série. Colocaremos estes elementos em dialéctica entre si, procurando abordar a série através do modelo das relações dentro e fora da câmara, nomeadamente da discussão entre Real e Falso, e ainda do ponto de vista feminista. Não foi adoptado o Acordo Ortográfico de 1990 para a redacção deste trabalho, com excepção dos excertos da comunicação social e websites citados.

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WAGS – Wifes and Girlfriends of Sportstars, é uma série reality show criada pelo canal E!TV – Pop of Culture, emitida pelo mesmo deste 18 de Agosto de 2015. Conta a história e a vida das esposas e das namoradas de desportistas norte-americanos, bem como de mulheres solteiras à procura de parceiros desportistas. O programa assenta sobre a ideia de apresentar ao mundo uma vida glamorosa, social e relaxada contraposta com as carreiras profissionais, sacrifícios e problemas conjugais destas mulheres. O foco da série são as mulheres, tendo os parceiros pouco tempo de antena durante a série. O público alvo são mulheres e jovens mulheres consumidoras de programas reality show, e homens, numa escala mais pequena, que se interessam pela cultura norte-americana, no caso das expectadoras fora dos USA e pela vida destas mulheres (devorante chamemos-lhes WAGS) em matéria de elementos discursivos que identificámos e iremos abordar mais à frente. Muitos bloggers, jornalistas e críticos expressaram a sua opinião sobre esta série. Os comentários e críticas não são abonatórias, percebendo-se de imediato que a premissa do programa não corresponde à forma como os críticos a percepcionam. A premissa feminista de resgatar as vidas destas mulheres da sombra dos parceiros falha redondamente, contribuindo, segundo as opiniões, para a construção de uma imagem falsa, excêntrica e superficial. «“Women Abetting Gross Series” seems every bit as applicable (…)1, that viewers won’t be getting any nuanced, genuine insight into their sacrifice and struggles – just a lot of champagne swilling, “cat fighting” and haughty looks familiar to the realityTV genre.»

WAGS divide-se em duas temporadas, tendo a primeira estreado em 18 de Agosto de 2015 e a segunda a 26 de Junho de 2016, perfazendo o total de vinte episódios. Para a nossa análise escolhemos três episódios de cada temporada. São eles:

Temporada 1 •

Ep. 1 “The WAG life”.

A série estreia com as WAGS a explicar a importância de se ser esposa e namorada de desportistas, a estrutura das suas vidas sociais e a vida glamorosa que vivem diariamente.

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Lowry, B. (17 de August de 2015). TV Review: ‘WAGS'. Obtido de www.variety.com

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As primas Natalie e Olivia têm uma pequena zaragata com Barbie Blank; postas em evidência as inseguranças da relação de Nicole com Larry que ameaçam a viagem das WAGS a Las Vegas. •

Ep. 2 “Set a Date or Die!”.

Ashley finalmente consegue que o noivo Dashon marque uma data para o dia do casamento, e é uma vez mais desapontada. Nicole traz ao de cima as inseguranças de imagem da Natalie e da Olivia quando lhes marca uma sessão fotográfica seminua. Os conflitos entre as primas e a noiva Barbie persistem. •

Ep. 8 “You’re in a Fake Relationship”.

A Natalie não se sente confiante em tomar o passo de ir viver com o namorado. A Sasha tem alguns problemas com a gravidez e Olivia finalmente deixa de ser a única solteira do elenco. Autumn pensa que a relação de Natalie é falsa. Argumentos: Natalie não sabe onde o seu namorado será colocado na próxima temporada, o que não preocupou Natalie. Temporada 2 •

Ep. 2 “Foul Play”.

Um prolema por resolver entre Autumn e Natalie ameaça arruinar a Viagem de Spring Training, um evento de futebol americano, durante a qual a Barbie é convidada a fazer o primeiro lançamento da bola; a Nicole encontra uma forma de lidar com os problemas confiança na relação com o namorado Larry e a Sophia muda-se para o apartamento da irmã Olivia sem a sua permissão. •

Ep. 3 “Drama”.

A Olivia revela ao novo elemento do elenco, Tia que o namorado não é tão confiável como Tia pensa; Tia vinga-se de Olivia jogando-se ao namorado desta, Mercedes; Natalie aproxima-se no namorado Shaun, como quem tem uma relação num estado suspenso, obrigada a lidar com as suas emoções. •

Ep. 12 “Thai The Knot”.

As WAGS exploram Phuket na Tailândia; Tia releva um grande segredo sobre a sua vida romântica (de que afinal não é WAG) e Larry, finalmente, pede Nicole em casamento.

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“I probably love my husband more than you love your boyfriend. There is no comparison. Husband and wife are different from boyfriend and girlfriend. » Autumn.

As WAGS organizam-se socialmente de acordo com uma hierarquia de poder e influência no seio do universo WAG: em primeiro lugar, no topo, estão as esposas; depois as noivas, seguido das namoradas e, por fim, das solteiras. O objectivo destas mulheres é o de se tornar esposas. Nos episódios que analisámos encontrámos alguns exemplos da força das esposas exercida sobre as namoradas. «“WAG world” – the queen WAG is the wife, then the fiancée, then the girlfriend, and then there’s just hoes.» atesta Autumn no primeiro episódio. Vejamos que a palavra “hoe” é aqui empregue com o sentido depreciativo, adjectivando de “prostituta” todas as mulheres solteiras que se aproximam dos homens desportistas. A hierarquia traduz-se nas conversas e conflitos que acontecem entre estas mulheres e na forma como elas se relacionam entre si. As esposas relacionam-se com esposas, as namoradas fazem planos com namoradas. Nas suas conversas está quase sempre presente o elemento discriminatório «She is just a girl. Who she thinks she is?». Autumn é uma das esposas da série que fala abertamente sobre a hierarquia WAG: «I generally hang out with wives instead of girlfriends (…) Because we don’t know if they’re just the flavour of the week. » Esta barreira social é ultrapassada com a oficialização do matrimónio. Tomemos o exemplo de Ashley North parceira de Dashon Goldson, também ela filha de uma WAG. A Ashley mantém um relacionamento com Dashon há 11 anos do qual nasceu uma filha, mas com quem nunca oficializou o matrimónio. A Ashley esforçando-se por se casar, oscila entre namorada e noiva, e o seu noivado é desfeito na primeira temporada. Este limbo social e hierárquico não a permite inserir na categoria de “esposa” mas, ainda assim, Ashley, por ser mãe, não é apenas uma namorada. Este impasse traduz-se em grande frustração e instabilidade para a WAG, tanto que esta não regressa na segunda temporada da série. Existe, portanto, aqui um foco que é absolutamente central à produção da série, e absolutamente central na forma como estas mulheres desenvolvem as suas vidas: “the ring”. O anel de noivado cela em si não só o matrimónio, mas a segurança das suas 4

relações, a estabilidade das suas relações, e das suas vidas. O anel traduz, dentro da mentalidade WAG, o amor do parceiro pela parceira, pensamento este que podemos encontrar também noutras séries de televisão. No universo WAG, quanto maior o diamante, maior é o amor do noivo. Natalie diz a Barbie «Can I see your ring? No ofense but is a little bit small”, comentário que deixa Barbie absolutamente furiosa. Se o anel está para a demonstração de amor, o dia do casamento está para a ostentação económica e este é um dos blocos que cimenta a série. O dia do casamento como um dos mais importantes de toda a vida destas mulheres e que nenhuma situação ou imprevisto pode estragar. A televisão transmite a mensagem de que é importante criar o dia do casamento perfeito, o que num sentido ideológico contribui para a criação social da ideia de que o papel da noiva é hoje mais importante do que o papel da esposa. Sobre isto Zakos diz: «As a genre, reality television programming (and, more specifically, wedding-themed reality television programming) fits this model perfectly in that it is created and maintained for profit and ultimately seeks control through self-regulation. » Um dos focos da segunda temporada 2 é o casamento de Barbie Blank e Sheldon Souray mostrando cenas dos preparativos da cerimónia, da escolha do vestido e da viagem até Cabo, México, onde se celebrou o matrimónio. Há um momento da série em que Barbie diz a Nicole que a amizade entre as duas acaba se esta ficar noiva em Cabo, durante os festejos do casamento. Podemos constatar que se trata de uma disputa pela atenção, a noiva debaixo dos holofotes. « (…) the going to look for a dress, and you trying on a dress that is not ok. (…) Really? You are not engaged. It would take away from everything I have planned my whole life. I don’t know I could ever forgive somebody knowing how long I have been planning this day. I don’t know if our friendship would ever be the same, we could never be friends again. » A discussão das duas revela a importância do vestido no dia do casamento e o noivado como validação e razão para uma mulher o poder experimentar. Outro momento é de quando Barbie está a experimentar vestidos de noiva e recebe um telefonema da organizadora do casamento que lhe dá a notícia de que o espaço para a cerimónia já não está disponível. «Are you kidding me, right? We are like five weeks out. This is not ok. This is like ruining my whole wedding now. » O programa passa sempre a ideia de que os casamentos correm de forma muito pacífica e feliz, excluindo a realidade de que todos os casamentos têm complicações. O foco no dia do casamento e no vestido conferem às expectadoras e aos expectadores um 5

escape dos problemas comuns à vida conjugal. «It’s not just a way to re-enact your princess moment (…) It’s a way to enjoy the dress without the stress of the real wedding day. The pressure’s off”2. Isto deve-se ao facto de os telespectadores procurarem, activamente, conteúdos que lhes satisfaçam as suas necessidades voyeur. Em matéria de autenticidade, este é o único casamento que vemos ser celebrado na série resultando a gravação do momento como uma prova cabal do acontecimento. Todavia, não podemos descurar que se trata de um programa em formato reality-show, que segue um guião pré-estabelecido. « Reality television is uniquely positioned to use wedding-themed programming to influence potential consumers through its claims to realness—the couples are “real” couples, and their choices may therefore carry more weight than the average fictional character’s because they are supposedly just like the rest of us, which makes their choices appear attainable». 3

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As mulheres são observadas ao longo do programa, quer pelos telespectadores, como pelas WAGS que integram o elenco. Premissas que resgatar o lado menos glamoroso e de sacrifício da vida das WAGS são deitadas por terra com o discurso um tanto moralista e agressivo que assenta na hierarquia WAGS. Por outro lado, a recepção pós-feminista da série entende estas mulheres como objectos sociais de desejo que vivem sob pressão de agradar aos parceiros, aos possíveis parceiros e à sociedade. «What makes a postfeminist sensibility quite different from both prefeminist constructions of gender or feminist ones is that it is clearly a response to feminism. (…) Feminist ideas are both articulated and repudiated, expressed and disavowed. Its constructions of contemporary gender relations are profoundly contradictory. On the one hand, young women are hailed through a discourse of 'can-do' girl power, yet on the other their bodies are powerfully re-inscribed as sexual objects; on one hand women are presented as active, desiring social subjects, yet

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ZAKOS, Katharine P. "Post-Feminism, Shaming, And Wedding-Themed Reality Television." (n.d.): Networked Digital Library of Theses & Dissertations. Web. 10 May 2016. 3 Pp. 18, Idem

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on the other they are subject to a level of scrutiny and hostile surveillance that has no historical precedent.»4 Na primeira temporada existem duas mulheres casadas, Sasha e Autumn, ambas mães e mulheres de família que se relacionam com outras esposas de desportistas. Em entrevista à revista VIBE as WAGS respondem:

«What do you want audiences to learn about you this season that they may not already know? Sasha: I hope they see that there’s more to me than the stereotype. I’m not a wife who kicks her feet up all day, sips champagne and goes shopping. We are the women that stand behind our great men because we’re great too. We do have a lot to offer, and I’m talented. I’m down to earth, and I don’t think I’m better than anybody. Autumn: I would like them to know that I’m more than just somebody’s wife. I’m educated. At the end of the day, I’m a mother of two girls that I want to be proud of me. We’re more than just wives and a pretty face behind an athlete. (…) »5

Percebemos pelas suas respostas que tanto Sasha como Autumn procuram distanciar-se da sombra dos seus maridos. «We’re more than just wives and a pretty face behind an athlete». Mas este discurso surge aqui contraditório às afirmações que as WAGS fazem na série relativamente às responsabilidades familiares de educar os filhos e apoiar os maridos em todas as circunstâncias. Autumn remete para si a culpa de o marido não ter o seu contrato celebrado para a próxima temporada, culpando-se de não o ter apoiado mais. Sasha e Autumn têm opiniões muito firmes no que concerne as mulheres fora e dentro do universo WAG. «Our men live in a tempting world (…) There’s a target on your back. Millions of people want your man. It’s like a war zone» Afirma Autumn no primeiro episódio da série. E acrescenta: «Men need sex. If you don’t want to give it, he’ll go and find it somewhere else». O discurso é o de constante suspeita de que “our men” possa ser atraído por outras mulheres, e de pressão para as WAGS se apresentarem e comportarem

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Gill, Rosalind (2007) Postfeminist media culture: elements of a sensibility. European journal of cultural studies, 10 (2). pp. 147-166. 5 ‘WAGS’ Stars Autumn And Sasha Talk Flipping Reality TV Fame Into Fortune. (22 de Novembro de 2016). Obtido de www.vibe.com.

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melhor que as outras alternativas. Sente-se uma clara frustração do controlo matrimonial que resulta, uma vez mais, da culpabilização que as esposas remetem para si, uma responsabilidade unilateral do casal. Por extensão da relação, a WAG é representante do parceiro. «Would I do that? No, I wouldn’t do that. I’m representing my husband and that is no an appropriate behaviour», comenta Sasha no primeiro episódio da temporada quando Nicole alcoolizada dança de forma provocatória. «Whenever you’re walking in there, it’s a representation of your man, too. And I gotta’ represent him the best I can.» No episódio 2 da 2ª temporada “Foul Play” Barbie é convidada a atirar a primeira bola no jogo inaugural da temporada e convida as WAGS para a acompanhar nessa viagem de trabalho e em representação do noivo Sheldon. No universo da mentalidade WAG, em que as mulheres são responsáveis pelas práticas que possam prejudicam os parceiros – ameaçando a segurança da relação, quer estrutural quer financeira, e por fim da figura pública – trata-se de manter uma imagem de boa esposa e/ou namorada o que é em si, do ponto de vista feminista e pós-feminista tanto sexista como fastidioso. Sasha, Autumun e Ashley são mães. Sasha tem uma carreira musical, Autumn dedica-se à família e Ashley é consultora de moda. Do lado das namoradas e solteiras, tanto Olivia, Natalie, Tia e Sophia (as duas últimas integram a segunda temporada) têm carreiras de modelos e de representação. Confrontando os resultados num motor de busca online com as carreiras profissionais destas mulheres, rapidamente compreendemos que muitas sessões fotográficas para revistas desconhecidas são fictícias ou construídas para a série. Os produtores procuram apresentar um mundo em que estas mulheres têm carreiras profissionais, e consequentemente, estabilidade financeira. São raros os trabalhos que os espectadores encontram divulgados que correspondam às sessões fotográficas transmitidas na série. A campanha que Nicole Williams faz para a associação PETA pode ser encontrada online. Barbie Blank é talvez a WAG que tem a carreira mais real, por assim se dizer. Foi uma DIVA da WWE e é contratada para participar em eventos sociais em Los Angeles. Note-se que a WWE partilha com a série WAGS a teatralidade e construção de personagens. Por fim, Olivia e Natalie têm um blog em comum “Jérôme by Nat & Liv” cuja a última publicação data de 3 de Novembro de 2015. O canal do Youtube tem apenas

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treze vídeos, com muitas visualizações, o que ainda assim parece ser pouco para quem se sustenta a partir da criação de tutoriais sobre moda e maquilhagem.

*** Formato reality-show apresenta uma realidade fabricada que segue e respeita um guião previamente escrito. Em WAGS, eventos e incidentes não acontecem de forma imprevista; as vidas e actividades ou trabalhos das WAGS são pensados em favor da expectativa da audiência. O processo de produção tem em conta a opinião e a influência dos fãs/expectadores posicionando-os como consumidores e produtores. 6 WAGS é produto de uma cultura televisiva da qual uma das receitas é o espaço publicitário, e essa publicidade é incluída no guião da série e que se traduz em cenas em que as amigas se encontram num café, spa ou loja de guloseimas e uma delas informa o público dos seus planos, com quem e onde. A par de eventos sociais, as emoções que originam dramas ou momentos de cumplicidade entre os casais são também elas fabricadas. Para Campanella7, todos os indivíduos têm a sua autenticidade que pode ser suprimida e é liberta em momentos de intensa pressão. Todavia, em toda a série não há momento algum em que vemos cair as máscaras que cobrem a verdadeira face destas mulheres. Talvez porque as relações que são apresentadas não sejam verdadeiras. Se observarmos a relação de Olivia Pierson e Mercedes Lewis percebemos que os dois não terão passado muito mais que uma semana juntos em toda a temporada. Não há nada que pareça genuíno, não há empatia entre os dois. A máscara é colocada assim que a câmara começa a gravar. O mesmo acontece na relação de quatro anos de Nicole e Larry, um dos temas que mais marca a segunda temporada: o esforço unilateral de Nicole em se casar e ter filhos. No 12º episódio “Thai the Knot” Larry propõe Nicole em casamento. Nicole chora de tão emocionada, em contraste com as emoções vazias e sem expressão do jogador. Nicole interpreta o papel da namorada

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ZAKOS, Katharine P. "Post-Feminism, Shaming, And Wedding-Themed Reality Television." (n.d.): Networked Digital Library of Theses & Dissertations. Web. 10 May 2016, pp. 22 7 CAMPANELLA, Bruno, “Tirando as máscaras: o reality show e a busca pela autenticidade no mundo contemporâneo”, Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, Ecompós, Brasília, v.16, n.1, jan./abr. 2013

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