A Cultura Do Palácio - resumos PDF

Title A Cultura Do Palácio - resumos
Author Rafael Saldanha
Course História da Cultura e das Artes
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Summary

Warning: TT: undefined function: 32 Warning: TT: undefined function: 32Módulo 5A Cultura do Palácio: Renascimento e ManeirismoTempo e Espaço: - Fome. - Peste. - Grande Cisma da Igreja que dividiu. - Queda de Constantinopla (1453) – intelectuais e artistas bizantinos deslocam-se a Itália trazendo a t...


Description

Módulo 5 A Cultura do Palácio: Renascimento e Maneirismo Tempo e Espaço: • Fome. • Peste. • Grande Cisma da Igreja que dividiu. • Queda de Constantinopla (1453) – intelectuais e artistas bizantinos deslocam-se a Itália trazendo a tradição clássica, que contribuir o processo de renovação cultural e artísticas do Quatrocentos italiano. Crescente otimismo no Homem, renascimento do Humanismo e do Classicismo. Reforço das cidades-estado e a consolidação das grandes famílias burguesas, que suportam a atividade artística e cultural (os mecenas) foi determinante para a emergência do Renascimento. Vitoria de Florença sobre Milão fez crescer o orgulho cívico e patriótico e ideais humanistas de renascimento do Classicismo. Florença beneficiou de uma situação económica, de um conjunto de mecenas e artistas notáveis que conciliaram o pensamento clássico e a doutrina cristã. Pretendendo assim traduzir a beleza exterior reflete a nobreza de alma. Para os humanistas italianos, Deus cria o universo como forma e medida, proporção e harmonia. É criado um novo sistema de valores fundado no estudo da natureza (naturalismo) e das formas humanas (anatomia), e que entende o Homem no centro do Universo (antropocentrismo), criação da perspetiva. Artista adquire um novo estatuto social, homem de saber universal, erudito e humanista Descobrimentos: • Novas rotas comerciais • Descoberta de continentes • Novis produtos • Escravatura • Colonização

Globalização económica, social e cultural

Lugar: O palácio Com o crescimento das cidades

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Ascensão social e económica da burguesia

Palácios como a habitação das elites

Símbolo de poder, aqui decorre um estilo de vida requintada proporcionam-se: – Festas e Banquetes, – Saraus de Música, – Teatro e Poesia, – Tertúlias e Encontros Culturais Os palácios são: – Em pequenas cortes voltadas para os prazeres da vida – Centros culturais e artísticos, com bibliotecas, museus, coleções de arte e objetos raros, oficinas e escolas por onde passam os mais notáveis artistas.

Características: • Robustos e sóbrios • Simplicidade • Inspiração romana: rigor compositivo, repetição das janelas, arco romano e o opus reticulatum • Solidez, utilidade, beleza e decoro – funcionalidade na organização interna, harmonia e proporção entre as partes • Planta quadrangular, organizada em torno de um pátio central. • Piso térreo: serviços e criadagem • Piso intermédio: área social • Piso superior: área privada A imprensa: Humanismo: movimento intelectual e cultural que se opõe á escolástica medieval prepõe o estudo do pensamento, das letras e das artes da antiguidade clássica. Assenta no racionalismo antropocentrismo individualismo. Os humanistas e reinterpretam a Biblia conferindo um sentido mais humanista á religião, conciliando a espiritualidade cristã e o racionalismo clássico. A Invenção da imprensa em 1455 por Gutenberg foi determinante para difusão das ideias humanistas favorecendo a livre circulação de ideias e o debate crítico. Reforma e Contrarreforma: • Movimento de contestação iniciado por Martinho Lutero em 1517 • Criticava: – Os privilégios do Papa – A ostentação, a acumulação da riqueza da Igreja Católica – A venda de indulgencias (para a construção da basílica de São Pedro). • Rejeita os cardeais bispos e padres considerados intermediários de Deus • Instituiu "livre exame" ou seja a livre interpretação dos textos bíblicos.

Lourenço de Médicis: • Família Médicis é uma das mais ricas famílias da Europa • Família que elevou a Florença a centro do Humanismo e do Renascimento. • Lourenço, o Magnífico: • Reuniu artistas, cientistas e eruditos mais importantes. Florença, capital • governou com grande habilidade política intelectual e • desenvolveu o comércio economia artística da Europa • patrocinou as artes, as letras e as ciências Teoria Heliocêntrica, Copérnico: • fundador da astronomia moderna • Sol centro do universo • Movimento concêntrico dos astros em volta do sol • Movimentos da Terra: – Rotação diária – Traslação anual – Inclinação do eixo de rotação • Opõe-se ao geocentrismo (terra no centro do universo) uma teoria católica. Pintura renascentistas: Italiana Florentina Contextualização: • Pintura renascentista segues bases científicas: arte é demonstrável como qualquer outra ciência. • O artista passa a ser entendido como erudito e humanista mudando de estatuto social. • Florença centro do Renascimento. Características: • Exercício intelectual de experimentação e analise do mundo. • Privilegiam o racional, definindo normas regras e valores estéticos • Conceitos: proporção equilíbrio e harmonia • Aplicação da perspetiva através do desenho • A cor define a dimensão psicológica das personagens • Descoberta do chiaroscuro – Modelação tridimensional de volumes • Desenvolvimento da perspetiva linear por Brunelleschi – ilusão de espaço tridimensional. • Pintura do 400: perspetiva superpõem-se á ação dos homens. •

Leonardo da Vinci: – Pintor, escultor, arquiteto, matemático, engenheiro, filoso entre outras. – Encarnou o espírito humanista – Acredita que a pintura deve captar a dimensão psicológica das personagens, não apenas o real. – Tratado de Pintura (1498): desenho como cosa mentale, é um processo intelectual, o artista deve conhecer as leis da natureza e do Homem para os representar.

– Última Ceia: Perspetiva com rigor científico, exprime o drama da ação, com os seus gestos, expressões etc. – Mona Lisa: introduz nova técnica, o sfumato (os contornos são “esfumados” perdendo a nitidez) e a perspetiva aérea. O sfumato conferi-o mais naturalismo á obras. •

Miguel Ângelo: Teto da Capela Sistina



Rafael: influencias: do desenho de Miguel Ângelo, do sfumato de Leonardo da Vinci e das temáticas e valores clássicos.

Pintura renascentistas: Italiana Veneziana Sec. XVI Características: • Manipulação da cor e da luz • Contemplação do mundo através dos sentidos •



Giorgione: – Temáticas: profanos, tratadas de forma alegórica, poética e misteriosa e melancólica. – A tempestade: privilegia a cor, a paisagem e o ambiente nostálgico. Ticiano: – Temáticas: religiosas, eróticas, mitológicas e retratos. – Domínio da aplicação da cor e da luz

Inovações da pintura renascentista: Novos processos: • Perspetiva: linear e aérea • Aproximação ao naturalismo: estudo da natureza e da anatomia • Enquadramentos arquitetónicos • Novos suportes: telas e cavaletes, facilitam a circulação de obras Novas técnicas • Pintura a óleo: maior tempo de secagem, mais pormenor • Utilização do sfumato • Pigmentos aglutinantes Novas temáticas: • Retrato • Nu • A paisagem Arquitetura Renascentistas: Contextualização: • Surge em Florença na 1ª metade do sec. XV • Principal arquiteto: Brunelleschi, método de representação através da perspetiva.

Características: • Arquitetura despojada de todo o supérfluo: sem frescos, as janelas sem vitrais • Planta central coberta por uma cúpula • Quadrado e círculo figuras perfeitas • Valorização da geometria • Utilização da perspetiva para a representação da arquitetura. • O arquiteto e o artista utilizam o desenho como processo criativo. Brunelleschi: • Conhecimento da arquitetura e sistema de proporções clássicas a partir das ruínas romanas. • Influência da arq. romana do Panteão romano • Aprofundou o sistema clássico • Estabeleceu um sistema racional das raízes matemáticas e geométricas • Reflete o intelecto humano e não a doutrina cristã (laicização) Arquitetura: Alto Renascimento (1495-1520) Bramante: • Espírito inovador • Inspiração humanista – procura pelo perfeição ideal • Simplicidade estrutural, rigor e a perfeição ao utilizar as ordens arquitetónicas • Sistema de proporções harmoniosos • Basílica de São Pedro do Vaticano: programa clássico e monumental, equilíbrio de volumes, planta de cruz grega inscrita num quadrado. • Criação da cruz grega Miguel Ângelo: • Basílica de São Pedro: Cruz grega, acrescentou o pórtico na fachada, colunata dupla, frontão clássico, projetou a Cúpula – monumentalidade da Basílica Escultura renascentista: Contextualização: • O ambiente cultural do 400 é motivado por ideais humanísticos e o fascínio pela antiguidade clássica. Características: • Autonomia da escultura face á arquitetura, ditada por normas e programas específicos. • Influencia classicista • Aspiração do Humanismo, antropocentrismo e do individualismo. • Representações naturalistas do corpo humano • Aperfeiçoamento do estudo de anatomia • Captação dos traços expressivos • Aplicação da perspetiva e da composição geométrica • Seguindo as leis de proporções • Caracter monumental • Estatua de vulto redondo

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Temáticas: nu, retrato, relevos e estátuas equestres, religiosas, mitológicos e profanos. Reflete o gosto dos mecenas. Artistas: Donatello

Escultura Alto Renascimento: Miguel Ângelo, Pietà: • Composião em forma piramidal; • Serenidade e harmonia prevalecentes sobre a emoão da situaão retratada; • Expressividade das personagens; • Representaão da Virgem como jovem e sobredimensionada relativamente a Cristo; • Criaão direta a partir do bloco de mrmore, sem construir modelos prvios (talhe direto); • Realizaão material da forma idealizada pelo artista; • Tratamento anatmico rigoroso; • composição segundo os cânones clssicos; • autonomizaão da escultura. Maneirismo: Sec. XVI Contextualização: • Divisão da igreja (Reformistas – contestação á iconografia e Contrarreforma – reforça as imagens sagradas). • Europa desagregada. • Roma saqueada. • Temos de crise religiosa (na Igreja Católica), política (Itália) e cultural. • Ao positivismo humanistas sucedera a dúvida, a agustia e a inquietação. • O desencanto e a resignação dos artistas refletem os tempos. • Difusão do renascimento demorada, quando o renascimento chega a toda a Europa, já Itália criava o Maneirismo e Barroco. Características: • Individualismo • Valorização da expressão (formal e plástica) e do individualismo • Substituição do racionalismo, harmonia pela complexidade, pelo artificialismo e pela ambiguidade, procura a inovação e originalidade. • Movimento, torção, deformação e tensão • Insólito, imaginário e o fantástico • Experimentalismo de expressão livre e pessoal Pintura: • Temáticas religiosos, mitológicos, alegóricas e retratos • Composições complexas e movimentadas • Corpos com cânone alterados (diferentes dos ideais do Renascimento) • Figuras em posições contorcidas • Domínio técnico

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Cores artificiais intensas Fortes expressividade Pintores: Tintoretto e Miguel Ângelo

Escultura: • Temáticas profanas preferência pelas temáticas mitológicas e alegóricas. • Domínio técnico • Formas em posturas contorcidas (contraposto e duplos contraposto) • Rostos expressivos • Exploração de jogos de volumes e contrastes • Composições complexas possíveis • Artistas a Cellini e Giovanni Da Bologna Arquitetura: • Igrejas-salão: – Planta de cruz latina – Naves laterais transformadas em capelas – Cabeceira reduzida a capela-mor – Transepto não saliente e – Cúpula sobre o cruzeiro – Decoradas com colunas entravamentos e frontões clássicos. – Composições e dimensões inovadores nichos, medalhões esculpidos, volutas e •

Palácios e Villas: – Desenvolvem-se em torno de vários pátios e de diferentes tamanhos – Decoração com elementos de ordens clássicas reinterpretados. – Integração do jardins e parques envolventes – Liberdade formal e conceptual, – Utilização da ordem regras renascentistas. – Cânone substituído pela livre experimentação, – Flexibilidade das proporções. – Criação de efeitos ilusórios de perspetiva.

Renascimento Pela Europa: Países nórdicos: Contextualização: • Reforma protestantes e os conflitos e instabilidade pouco favorável ao classicismo. • Elite burguesa apreciadora da pintura de género: temática do quotidiano

Albrecht Dürer: alemão Influência • Perspetiva científica Clássica • Proporções do corpo e desenho anatómico • Desenvolveu estudos sobre geometria, perspetiva, medida e proporção. • Gravuras evidenciam o seu génio desenhador Grünewald: • Expressão: recorte dramático das personagens contribuir para a intensa carga mística. Bosch: • Mundo onírico, enigmático e obscuro • Obra alegórica recorre ao pecado e á loucura humana • Visões fantásticas mas pessimistas Pieter Brueghel: flandres • Pintura de género: quotidiano do povo • Baseia-se no real da natureza humana

Renascimento e Maneirismo Em Portugal: Contextualização: Renascimento • Chega a Portugal no Sec. XV e dura até ao seculo XVI. • Momento áureo da expansão portuguesa, chegada á Índia e ao Brasil Maneirismo • Surge em Portugal na crise dinástica do final do século XV (perda da independência e o domínio filipino) • Termina no período da Restauração e Guerras da Independência. Características: Arquitetura: • Influências italianas, manuelinas, plateresco (renascimento espanhol), colónias ultramarinas Restrição económica, valores • Modestas dimensões, impostos pela Contrarreforma • Sóbria e simples decoração • Arquitetos: Afonso Álvares e João de Castilho Pintura renascentista: • Temáticas religiosas • Melhor importância dada ao desenho

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Utilização da perspetiva académica Composições equilibradas e de grande clareza narrativa. Utilização da técnica claro-escuro. Cenários com motivos arquitetónicos clássicos Pormenorização realista dos acessórios Grande riqueza cromática Pintores: Vasco Fernandes (Grão-Vasco)

Escultura • Abandonou o gótico em 1517 – Chegada de mestres italianos e franceses atraídos pelo mecenato do rei e dos bispos. • Mistura das duas influências maneirista e renascentista. • Artistas Nicolau de Chanterenne e João de Ruão Arquitetura Manuelina: • Estilo chão edifícios horizontais de • Fachada Simples despojadas de decoração • pinturas a talha dourada • Decoração: azulejos e outros ornamentos. Pintura manuelina: • Influência italiana • Temáticas religiosas, temas históricos e retratos • Composições dinâmicas orientadas por linhas sinuosas e diagonais • Formas serpenteantes • Figuras em posições e gestos dinâmicos • Cromatismo vibrante • Cenários arquitetónicos ou paisagísticos • Artistas: Gregório Lopes e Gaspar Dias Caso Prático 1: Leonardo da Vinci Contextualização • Obre encomendada ao oficina Verrochio, e por monge de um convento •

Características e inovações: • Tema religioso: relata momento em que o anjo Gabriel comunica a Maria que foi escolhida para ser mãe do Filho de Deus • Composição: – Científica, matemática e geométrica – Sensação de ordem, equilíbrio e tranquilidade – Perspetiva linear e perspetiva aérea. • Técnica sfumato • Pormenorização das espécies vegetais •

Conceção das figuras: – Proporção anatómica



– Modulação dos volumes, claro-escuro – Expressões das personagens que valoriza na interpretação psicologia Luminosidade: – Luz suave e difusa – Transmite serenidade e quietude do ambiente...


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