Title | Aparelho Respiratório |
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Course | Introdução A Semiologia Médica |
Institution | Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais |
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Roteiro prático de exame físico....
ROTEIRO EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA MÉDICA 4º PERÍODO – PUC BETIM Prof. Roberto Veloso Gontijo e Silvio Zeppone Acadêmica Bruna Vaz Cardoso Queiroz Cançado Aluno: ______________________________________ INSPEÇÃO ESTÁTICA: Estado da pele e estruturas superficiais da parede torácica: ___________________ Forma do tórax: ________________ Simetria: ________________ Cicatrizes, abaulamentos, retrações: ________________ Biótipo (Ângulo de Charpy): ________________ DINÂMICA: Ritmo (Normal, dispneico, platipneia, ortopneia, trepopneia): normais – anormais Amplitude: profunda – superficial Tiragem: presença – ausência Circulação colateral: presente – ausente Cianose: sim – não Frequência (eupneia, taquipneia, bradipneia e apneia. 12 a 20 (irpm) : _________ Inspeção do pescoço: ______________________ Padrão respiratório (Cheyne-Stokes; Biot; Kussmaul; Suspirosa ou ansiedade) :___________ Tipo respiratório (abdominal, torácico, toracoabdominal) : _________________ Sinal de Lemos Torres (derrame pleural): abaulamento assimétrico do tórax (sentado) Sinal de HOOVER (tiragem patológica) PALPAÇÃO Estrutura da parede torácica: (pontos de dor, pele, tecido celular subcutâneo, músculos, cartilagens, ossos, enfisema subcutâneo).
Expansibilidade (anterior, posterior, ápices e bases): Preservada – aumentada, diminuida. Elasticidade: Preservada – alterada. Frêmito toracovocal: Preservado – aumentado, diminuido. Sensibilidade: sem dor – pontos dolorosos. Identificar limite inferior do pulmão: (borda da mão) _________________ PERCUSSÃO: (localizar) Buscar nota musical na axila Percutir face anterior, laterais e posterior.
Frêmito Von Plash (supraclavicular) Som claro pulmonar: ____________________________ Hipersonoridade: _______________________________ Macicez:______________________________________ Submacicez:___________________________________
INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA MÉDICA
Roberto Veloso Gontijo Bruna Vaz Cardoso Queiroz Cançado
Timpanismo:___________________________________ AUSCULTA SONS NORMAIS: escreve o local e a característica da ausculta: Som traqueal: ________________________________ Som broncovesicular: _________________________ Murmúrio Vesicular: ___________________________ SONS ANORMAIS: ausente – presente (qual): _______________________________ Descontínuos: Estertores finos e estertores grossos. Contínuos: Roncos, sibilos e estridor De origem pleural: Atrito pleural
SONS VOCAIS: Ausculta da voz falada: ________________________
Ressonância vocal: Sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica. Torácica (33) – Voz nitidamente pronunciada e cochichada. Broncofonia: Aumento da ressonância vocal Pectorilóquia fônica: Ausculta-se a voz falada com nitidez (patológico)
Egofonia: É uma forma especial de broncofonia, ou seja, é uma broncofonia que adquire qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de cabra. Aparece na parte superior dos derrames pleurais. Pode ser observada, também, na condensação pulmonar .
INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA MÉDICA
Roberto Veloso Gontijo Bruna Vaz Cardoso Queiroz Cançado
ROTEIRO EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO Prof. Roberto Veloso Gontijo e Silvio Zeppone Acadêmica Bruna Vaz Cardoso Queiroz Cançado
Projeção na parede torácica: Pulmões: Tem-se como referência uma linha que acompanha a 4ª costela, correspondendo a cissura horizontal, situada entre o lobo superior e o lobo médio. O limite inferior do lobo inferior deve ser demarcado nas duas fases da respiração: inspiração articulação da 11ª costela para a 12ª; expiração linha horizontal que se origina com a respectiva vértebra. Coração: Forma oval. Na junção da 3ª costela com o esterno inicia-se uma linha que se estende para baixo e para fora em direção ao entrecruzamento do 4º ou 5º EIC com a linha hemiclavicular esquerda. Fígado: O limite superior corresponde a uma linha horizontal que acompanha o 5º ou 6º EIC direito até a linha axilar anterior; a partir desse ponto, segue um trajeto horizontal em direção à interseção da 6ª ou 7ª costela com a linha axilar média. Fundo do estômago (espaço de Traube): Delimitado inferiormente por uma linha mais ou menos reta que acompanha o rebordo costal esquerdo e, superiormente, por uma linha curva de convexidade voltada para baixo e que se inicia da 5ª ou 6ª cartilagem costal e se prolonga até o cruzamento da linha axilar anterior com a 9ª ou 10ª costela esquerda. Baço: Sua projeção ocorre na face lateral do hemitórax esquerdo. Seu limite superior corresponde a uma linha curva, de concavidade superior, cujo ápice situa-se no cruzamento da linha axilar média com a 9ª ou 10ª costela. Linhas torácicas:
Fonte: PORTO, 2017
Regiões torácicas: Região supraclavicular: Área delimitada pela borda superior da clavícula, pelo prolongamento cervical da linha esternal e pela borda superior do trapézio.
INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA MÉDICA
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Região clavicular: corresponde à área de projeção superficial da clavícula. Região infraclavicular: Compreende a área delimitada pela borda inferior da clavícula, pela borda anterior do deltoide, por uma linha horizontal traçada a partir da 3ª articulação condroesternal e pela borda do esterno. Região mamária: Seu limite superior corresponde ao limite inferior da região infraclavicular. Os limites laterais são as linhas axilares anteriores e a linha esternal. O limite inferior é demarcado por uma linha horizontal que parte a 6ª articulação condroesternal. Região inframamária: É circunscrita pela linha horizontal que passa pela 6ª articulação condroesternal, pelo rebordo costal e pela linha axilar anterior. Região supraesternal: Limite superior são os primeiros anéis da traqueia; o inferior, a fúrcula esternal e os laterais, as bordas internas dos músculos esternocleidomastóideos. Região esternal superior: Limite superior é a fúrcula esternal; o inferior, uma linha transversa que passa pela 3ª articulação condroesternal e os laterais são as linhas esternais. Região esternal inferior: Compreendida entre a linha transversal que passa pela 3ª articulação condroesternal e o apêndice xifoide. Região axilar: Limitada pelo côncavo axilar, pelas linhas axilares anterior e posterior e pelo prolongamento da linha horizontal que passa pela 6ª articulação condroesternal. Região infra‐axilar: Compreende desde o limite inferior da região axilar até o rebordo costal, tendo como limites laterais as linhas axilares anterior e posterior. Região supraescapular: Forma triangular; cujo limite superior é a borda superior do trapézio; o inferior, a borda superior da omoplata e seu prolongamento até a coluna vertebral; o limite interno é a linha medioespinal. Região supraespinhosa: Corresponde à fossa supraespinhosa. Região infraespinhosa: Corresponde à fossa infraespinhosa.
Posição do médico e paciente O paciente deve sentar-se e o examinador fica de pé, movimentando-se ao seu redor. INSPEÇÃO ESTÁTICA: Estado da pele e estruturas superficiais da parede torácica. Forma (observar diâmetro anteroposterior): Tórax chato; tonel ou barril; infundibuliforme (pectus excavatum); cariniforme (pectus carinatum); em sino ou piriforme; cifótico; escoliótico; cifoescoliótico. Simetria Cicatrizes, abaulamentos, retrações Ângulo de Charpy – biótipo DINÂMICA: Ritmo: Observar a forma e a amplitude das incursões respiratórias o Normal (sucessão regular de movimentos respiratórios, de profundidade mais ou menos igual).
o Ritmos respiratórios anormais (alterações na sequencia, na forma ou na amplitude): dispneico, platipneia, ortopneia, trepopneia, Frequência: Eupneia, taquipneia, bradipneia e apneia. Adultos: 16 a 20 incursões respiratórias por minuto (irpm). Amplitude dos movimentos (observar os movimentos respiratórios): profunda – superficial.
INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA MÉDICA
Roberto Veloso Gontijo Bruna Vaz Cardoso Queiroz Cançado
Tiragem: Nas regiões axilares e infra-axilares, os EIC apresentam ligeira depressão durante a inspiração. Fenômeno fisiológico (pessoas magras) ou patológico (obstrução, neoplasia, asma, enfisema). Sinal de Lemos Torres (derrame pleural): na inspeção dinâmica aparece um abaulamento que ocorre na expiração, dos últimos espaços intercostais nos derrames pleurais de pequeno e médio volume Sinal de HOOVER (tiragem patológica): Pacientes portadores de hiperinsuflação pulmonar grave, cujo diafragma se mantém retificado e rebaixado. Durante a inspiração, a contração de suas fibras promove, paradoxalmente, a diminuição do diâmetro látero-lateral do tórax inferior. Dessa maneira, o que se observa, à inspiração, é retração do terço inferior do tórax e não a expansão, como seria esperado normalmente. Expansibilidade: Avaliada pela inspeção e método palpatório. Tipo respiratório: o Abdominal (ambos os sexos em decúbito dorsal) o Torácico (principalmente sexo feminino) o Toracoabdominal (predominante no sexo masculino e crianças) Cianose: sim – não Inspeção do pescoço: Observar auxilio de musculatura acessória, retração das fossas supraclaviculares e fúrcula esternal.
Circulação colateral Padrão respiratório: o Cheyne-Stokes: O paciente apresenta, de modo cíclico, incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima; neste momento, os movimentos começam a cair gradativamente, podendo ocorrer apneia.
Fonte: PORTO, 2017
o Biot: Ocorrência de períodos de apneia que interrompem a sequência de incursões respiratórias. Nítida variação de amplitude de movimentos torácicos (arritmia respiratória).
Fonte: PORTO, 2017
o Kussmaul: Amplas e rápidas inspirações interrompidas por curto período de apneia após as quais ocorrem expiração profunda e ruidosas que ,por sua vez, são sucedidas por pequenas pausas de apneia.
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Roberto Veloso Gontijo Bruna Vaz Cardoso Queiroz Cançado
Fonte: PORTO, 2017
o Suspirosa (ansiedade): Na qual, vez por outra, interrompendo a sequência regular de incursões respiratórias, surge uma inspiração mais profunda seguida de uma expiração mais demorada.
Fonte: PORTO, 2017
PALPAÇÃO Expansibilidade: Avaliar ápices (examinador atrás do paciente, as mãos sobre as regiões do ápice, os polegares se tocam levemente em ângulo quase reto, no nível da vértebra proeminente. Solicita-se que o paciente respire fundo e observe os movimentos de suas mãos) e bases (seus polegares devem estar próximos ou mesmo juntos na altura das apófises espinhosas da 9ª ou 10ª vértebra torácica, enquanto a palma da mão devem abraçar o máximo da área correspondente às bases).
Elasticidade: preservada – alterada Frêmito toracovocal: Vibrações palpáveis quando o paciente emite algum som. Solicita-se que o paciente fale “trinta e três” enquanto o examinador desliza sua mão em barra grega, comparando regiões homólogas. Para delimitar a borda inferior do pulmão: utilizar a borda ulnar da mais e observar o frêmito toracovocal. Estrutura da parede torácica: pontos de dor, pele, tecido celular subcutâneo, músculos, cartilagens, ossos, enfisema subcutâneo. PERCUSSÃO Buscar nota musical na axila (oco axilar)
Frêmito Von Plash (supraclavicular): percussão digitodigital especial dos ápices pulmonares. Percutir face anterior (paciente sentado ou em decúbito dorsal), laterais (paciente com as mãos na cabeça) e posterior (apenas quando o paciente está sentado). Realizar sempre comparando regiões homólogas (barra grega). Som claro pulmonar: Restante do tórax. Hipersonoridade: Aumento de ar no alvéolos (enfisema pulmonar é a causa mais comum).
Macicez ou submacicez: Área de projeção do coração, fígado e baço. Derrames ou espessamentos pleurais, condensações (pneumonia, tuberculose, infarto pulmonar, tumor). Timpanismo: Espaço de Traube, pneumotórax, caverna tuberculosa.
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AUSCULTA Paciente preferencialmente sentado, mas pode ser em decúbito dorsal e lateral. Tórax total ou parcialmente descoberto. Solicitar ao paciente que respire um pouco mais profundamente com os lábios entreabertos. Localizar: SONS NORMAIS Som traqueal: Componente inspiratório de ruído soproso, curto intervalo de silêncio e expiratório um pouco mais forte e mais prolongado. Audível na região da traqueia, pescoço e região esternal.
Fonte: PORTO, 2017
Som broncovesicular: Soma-se as características da respiração brônquica com as do murmúrio vesicular. A intensidade e a duração da inspiração e expiração tem igual magnitude, um pouco mais forte que no murmúrio vesicular. Auscultada na região esternal superior, interescapulovertebral direita e nível da 3ª e 4ª vértebra dorsal.
Fonte: PORTO, 2017
Murmúrio Vesicular: Universalmente audível, exceto nas regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3ª e 4ª vértebras dorsais. Componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e tom mais alto em relação ao componente expiratório que, por sua vez, é mais fraco, de duração mais curta e de tom mais baixo.
Fonte: PORTO, 2017
SONS ANORMAIS: Descontínuos: o Estertores finos: Ocorre do meio para o final da inspiração, frequência alta, duração curta. Comparado a um atrito de punhado de cabelo junto ao ouvido. Audíveis principalmente nas bases pulmonares. (líquido ou exsudato no parênquima pulmonar como pneumonia, congestão, doenças intersticiais pulmonares). o Estertores grossos: Frequência menor (mais grave), duração maior, audível em todas as regiões do tórax. Audíveis no inicio da inspiração e durante toda a expiração. (secreção viscosa e espessa como bronquites e bronquiectasias).
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Contínuos: o Roncos: Sons graves originados das vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento desses ductos (espasmos, edema, asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e nas obstruções localizadas). Ocorre tanto na inspiração como expiração, na qual predomina. o Sibilos: Sons agudos originados de vibrações das paredes bronquiolares e de conteúdo gasoso. Ocorre na inspiração e expiração, são múltiplos e disseminados por todo o tórax quando há comprometimento de toda a árvore brônquica. o Estridor: Ruído basicamente inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia.
De origem pleural: o Atrito pleural: No caso de pleurite, passa a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração. Comparado ao ranger de um couro atritado. Som de duração maior e frequência baixa. A sede mais comum são as regiões axilares.
SONS VOCAIS: Ausculta da voz Ressonância vocal: Sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica. Coincidem com as mesmas modificações do frêmito toracovocal. É mais intensa no ápice do pulmão direito, nas regiões interescapulovertebrais e esternal superior (mesma área da respiração broncovesicular). Torácica (33) – Voz nitidamente pronunciada e cochichada. Enquanto o paciente vai falando “trinta e três”, o examinador percorre o tórax com o estetoscópio, comparando regiões homólogas. Em condições normais, a ressonância constitui-se de sons incompreensíveis, pois o parênquima pulmonar normal absorve muitos componentes sonoros. Simpático às condensações – condensação inflamação, neoplasias, pneumonia, infarto pulmonar. Antipático aos derrames – atelectasia, espessamento pleural, pneumotórax, enfisema pulmonar.
Broncofonia: Aumento da ressonância vocal Pectorilóquia fônica: Ausculta-se a voz falada com nitidez (patológico) Egofonia: É uma forma especial de broncofonia, ou seja, é uma broncofonia que adquire qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de cabra. Aparece na parte superior dos derrames pleurais. Pode ser observada, também, na condensação pulmonar . REFERÊNCIAS: 1. BICKLEY, Lynn S. Bates, propedêutica médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015 2. PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017 3. PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
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