Title | Resumo - Aparelho faríngeo |
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Author | Thomás Cavalcanti Pires de Azevedo |
Course | Embriologia Humana |
Institution | Universidade Federal de Alagoas |
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Resumo sobre o aparelho faríngeo da embriologia humana...
Thomás Azevedo Embriologia – Aparelho Faríngeo
Aparelho faríngeo estruturas que contribuem para a formação da cabeça e do pescoço Arcos faríngeos Bolsas faríngeas ficam entre os arcos internamente Sulcos faríngeos separam os arcos externamente Membranas faríngeas junção dos epitélios do sulco (ectoderma) com o da bolsa (endoderma)
Arcos faríngeos Começam a se desenvolver no início da 4ª semana, através da migração do mesoderma e das células da crista neural (se diferenciam em mesênquima que produzem as saliências maxilares e mandibulares do 1º arco) para a futura região da cabeça e do pescoço Se formam em torno (parte lateral) da faringe primitiva do embrião São numerados numa sequência cefalocaudal Ao final da 4ª semana, o centro da face é formado pelo estomodeu (boca primitiva resultante do rompimento da membrana bucofaríngea) O rompimento dessa membrana (em torno do 26º dia) promove a cominucação entre a faringe primitiva junto ao intestino anterior e a cavidade amniótica Os 4 primeiros arcos são bem definidos e visíveis (ao final da 4ªsemana) O 5º arco não é visível e nem funcional O 6º arco não é visível, mas é funcional Cada arco tem: Artéria faz a nutrição; originada do troco arterial do coração primitivo; formada pela migração de células do mesoderma; derivada dos arcos Haste cartilaginosa formam o esqueleto do arco; formada pela migração e diferenciação das células da crista neural; derivada das cartilagens Componente muscular formam músculos estriados da cabeça e pescoço; formado pela migração das células do mesoderma; derivado dos músculos Nervos sensores e motores denominados de neuroectoderma do encéfalo; derivados dos nervos 1º arco Arco mandibular Primórdio da mandíbula e da maxila Possui 2 saliências (sequência cefalocaudal)
o Saliência maxilar origina a maxila, osso zigomático e a porção escamosa do vômer o Saliência mandibular forma a mandíbula e dois ossículos da audição (martelo e bigorna) Nervo trigêmio Origina os músculos da mastigação, o ligamento esfenomandibular e o ligamento anterior do martelo Cartilagem de Meckel relacionada ao desenvolvimento da orelha 2º arco Cartilagem de Reichert relacionada ao desenvolvimento da orelha Origina o estribo, o processo estiloide do osso temporal, o ligamento estilohoide, o corno menor do osso hioide e os músculos da expressão facial 3º arco A cartilagem do 3º arco se ossifica e origina o corno maior e o corpo do osso hioide Origina o músculo estilofaríngeo 4º ao 6º arco As cartilagens desses arcos se fundem e formam as cartilagens laríngeas (cricóide, aritenóide, corniculada e cuneiforme), exceto a epiglote (se desenvolve a partir do mesênquima da saliência hipofaríngea, que é derivado do 3º e do 4º arcos) e a cartilagem tireoide 4º arco origina os músculos cricotiróideo, levantador do véu palatino e
constritores da faringe 6º arco origina os músculos intrínsecos da laringe O 2º arco se sobrepõe no 3º e no 4º, formando uma depressão ectodérmica, chamada de seio cervical OBS: a faringe primitiva, derivada do intestino anterior, alarga-se cefalicamente onde se encontra com o estomodeu, e estreita-se caudalmente onde se liga ao esôfago
Sulcos faríngeos Durante a 4ª e a 5ª semana, o embrião apresenta 4 sulcos faríngeos, os quais separam os arcos faríngeos externamente Formados pelo ectoderma O 1º par de sulcos forma o canal auditivo ou meato auditivo externo Os outros sulcos ficam no seio cervical e são obliterados à medida que o pescoço cresce
Bolsas faríngeas
Formado por endoderma Situado internamente aos arcos faríngeos O 1º par de bolsas fica entre o 1º e o 2º arco Os 4 primeiros pares de bolsas são bem definidos O 5º par é ausente ou rudimentar Endoderma das bolsas + ectoderma dos sulcos = membranas faríngeas (separam as bolsas dos sulcos) 1ª bolsa Tuba faringotimpânica (tuba auditiva) Cavidade timpânica 2ª bolsa Seio tonsilar Epitélio da superfície da tonsila palatina 3ª bolsa Timo desenvolve-se a partir de células do endoderma do 3º par de bolsas faríngeas Paratireoides (inferior) 4ª bolsa Paratireoides (superior) Corpo ultimofaríngeo se funde à tireoide, originando as células parafoliculares (células C), as quais produzem calcitonina
Membrana faríngea São formadas a partir do encontro dos epitélios dos sulcos (ectoderma) e das bolsas (endoderma), os quais logo são separados por mesênquima A 1ª membrana faríngea torna-se a membrana timpânica (único par de membrana que contribui para a formação de estruturas no adulto)
Desenvolvimento da face Ocorre entre a 4ª e a 8ª semana Cinco primórdios da face (centros de crescimento ativo) aparecem como saliências em torno de estomodeu Saliência frontonasal vesículas ópticas formadoras dos olhos, testa, dorso e limite rostral do estomodeu e do nariz Par de saliências maxilares limites laterais do estomodeu Par de saliências mandibulares limite caudal da boca primitiva As saliências são produzidas pela proliferação de células da crista neural Placóides nasais
Surgem como espessamentos ovalados bilaterais do ectoderma superficial, nas partes ínfero-laterias da SFN São os primórdios do nariz, das cavidades nasais e do septo nasal Os placóides sofrem uma proliferação, se invaginam e formam as saliências nasais (elevações em forma de ferradura) mediais e laterais (formam as abas do nariz).Como resultado, os placóides ficam situados no fundo das fossetas nasais (primórdios das narinas e das cavidades nasais) As saliências maxilares sofrem uma proliferação do mesênquima, aumentam de tamanho e crescem medialmente uma em direção à outra e às saliências nasais, e isso faz com que as saliências nasais se aproximem para o plano mediano, assim como ocorre a aproximação das cavidades oculares medialmente Sulco nasolacrimal fenda que separa cada saliência nasal lateral da saliência maxilar A aproximação e, depois, a fusão das saliências nasais mediais com as saliências maxilares formam o segmento intermaxilar, o qual é importante para a formação da boca (lábio superior), do palato primário e da gengiva Há, também, a fusão entre a saliência maxilar com a saliência nasal lateral ao longo da linha do sulco nasolacrimal, estabelecendo a continuidade entre o lado do nariz e a região da bochecha superior formada pela saliência maxilar O lábio superior deriva da saliência maxilar, enquanto a bochecha inferior, o lábio inferior e o queixo são formados pela saliência mandibular OBS: resumindo lábio superior deriva da fusão entre a proeminência nasal medial com a proeminência maxilar (principalmente) lábio inferior deriva da fusão entre as proeminências mandibulares nariz proeminência frontal – forma a ponte proeminência nasal mediana – forma a crista, o septo nasal e a ponta do nariz proeminência nasal lateral – forma as abas do nariz OBS: nessas aproximações das mais diversas proeminências, tem que ter células que se proliferem e ocupem os sulcos existentes entre essas saliências, para que o bebê não nasça com o canal nasolacrimal aberto, o lábio aberto, o palato, entre outras estruturas
Desenvolvimento do palato Palato primário
Começa o desenvolvimento como sendo o processo palatino mediano (derivado do processo intermaxilar) Ele forma a parte pré-maxilar da maxila Representa apenas uma parte pequena parte do palato duro no adulto Se estiver fissurado chama de fenda anterior
Palato secundário É o primórdio das partes duras e moles do palato Se estende a partir de projeções mesenquimais que saem das faces internas das saliências maxilares, formando as prateleiras palatais O desenvolvimento da mandíbula faz com que a língua se desloque da sua raiz e assuma uma posição inferior na boca, assim como as prateleiras palatais se alongame ascendem para uma posição horizontal superior à da língua (esse processo é facilitado pela liberação do ácido hialurônico pelo mesênquima das prateleiras palatais) Gradativamente, se desenvolve osso no palato primário, formando a parte prémaxilar da maxila (aloja os dentes incisivos), e depois esse osso avança para as prateleiras palatais, formando o palato duro. As partes posteriores dessas prateleiras não são ossificadas, formando o palato mole e a úvula
A rafe palatina mediana indica a linha de fusão das prateleiras palatais Se estiver fissurado chama de fissura palatina ou fenda palatina (falha no encontro e na fusão das massas mesenquimais das prateleiras palatinas) OBS: forame incisivo forma a linha média entre o palato 1º (porção pré-maxilar da maxila) e o palato 2º (prateleiras palatais); é o canal nasopalatino OBS: fenda labial falha parcial ou completa da fusão das massas mesenquimais das proeminências nasal medial e maxilar em um ou ambos os lados OBS: a fenda palatina pode ser somada à fenda labial unilateral ou bilateral
Desenvolvimento da tireoide É a 1ª glândula endócrina a se desenvolver no embrião Se desenvolve a partir do espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva, formando o primórdio da tireoide À medida que o embrião cresce, a tireoide desce pelo pescoço (fica próxima ao osso hioide), mas fica conectada à língua por um curto período através de um tubo estreito, chamado ducto tireoglosso Quando o primórdio da tireoide fica maciço, se divide em lobo direito e lobo esquerdo, os quais ficam conectados pelo istmo da tireoide Com o desenvolvimento da glândula, o ducto tireoglosso degenera, porém sua abertura proximal persiste como uma fosseta, chamada de forame cego Um lobo piramidal se estende para cima e pode ficar preso ao hioide, enquanto o resto da tireoide fica na forma de divertículo bilobado
Cavidades nasais As saliências nasais mediais e laterais resultam no aprofundamento das fossetas nasais e na formação dos sacos nasais primitivos Inicialmente, esses sacos nasais ficam separados da cavidade oral pela membrana oronasal, a qual se rompe posteriormente, resultando na região chamada coanas primitivas (ficam na posterior do palato primário) Após o desenvolvimento do palato secundário, as coanas ficam localizadas na junção da cavidade nasal com a faringe Concomitantemente, as conchas nasais se desenvolvem como elevações das paredes laterais das cavidades nasais
Desenvolvimento da língua 1º arco forma 2 tubérculos linguais laterais e 1 tubérculo medial ímpar 2º, 3º e 4º arcos formam o 2º tubérculo mediano 4º arco forma o 3º tubérculo mediano (epiglote faz parte dos sistemas digestivo e respiratório)...