Atividade sobre o Brasil como Líder regional, ator global PDF

Title Atividade sobre o Brasil como Líder regional, ator global
Author Nina Quadros
Course História Da Política Externa Brasileira
Institution Universidade Federal de Santa Maria
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Atividade sobre o Brasil como Líder regional, ator global...


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Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Ciências Econômicas e Relações Internacionais Curso de Relações Internacionais Disciplina de Política Externa Brasileira – CIE 1067

Aula 12: Líder regional, ator global Santa Maria, 22 de novembro de 2017 Prof. Ms. Junior Ivan Bourscheid Aluno (a): Marina Moura de Quadros ATIVIDADE 1. A partir da noção utilizada de apreciar a região como plataforma para a inserção internacional do Brasil, analise os principais desafios apresentados à busca de liderança brasileira na região. Considere elementos históricos das relações regionais, elementos referentes ao projeto contemporâneo de liderança e elementos das estruturas domésticas dos países da região (foco na situação atual). A análise deve estar atenta às necessidades do projeto de liderança consensual, engendrando mecanismos de participação, representatividade e legitimidade que permitam a construção de um projeto coletivo com a liderança brasileira. A grande distância da América Latina tanto dos grandes centros geopolíticos quanto dos geoeconômicos proporciona um cenário no qual um ator pode se destacar nessa região como um líder a fim de ajudar a si e aos demais a chegar nesses centros e ter mais participação. Essa oportunidade estaria em conformidade com as ambições brasileiras em tomar uma posição de líder regional. A América Latina fez várias demonstrações buscando atingir sua liberdade da influência norte-americana, começando pelo Consenso de Washington, que propunha a reestruturação da economia latino-americano com base no neoliberalismo. Essa proposta foi vista como uma tentativa padronização e homogeneização das economias, resultando em contestações e críticas à dinâmica devido aos diferentes patamares de adaptação ao projeto na América Latina. Também houve resistência ao projeto ALCA no qual os governantes (como FHC e Lula) fizeram uso de protelação a fim não romper totalmente com o projeto, principalmente com os EUA, mas por outro lado, também não querendo fazer parte. As pretensões de afastamento dos Estados Unidos foram perpetuadas pela crise do neoliberalismo, modelo que recebeu muitas contestações na América Latina. Assim, há a abertura de um espaço para a construção de um projeto diferente e mais apropriado para a

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região, tendo o Brasil como propulsor, o que seria o legitimador da preponderância brasileira. A Unasul surgiu como um projeto de emancipação da região e também como um exemplo de construção institucional da liderança brasileira (recebendo investimento brasileiro). Teria uma proposta multisetorial, envolvendo não só a esfera econômica, mas também a política, cultural e etc, buscando demonstrar que o Brasil se interessa nos mais diversos setores da estrutura estatal dos vizinhos. Historicamente, no Brasil a aproximação com os vizinhos foi incipiente, sendo mais importante em alguns momentos e menos importante em outros (mas esteve sempre presente). Mas houveram barreiras nessa aproximação como carências infra estruturais, mudanças frequentes nos processos de negociação e mudanças institucionais. Também há uma desconfiança em relação ao Brasil, com a ideia de que a abertura de relações com o Brasil favorece somente ele, pois não teria interesse em participar no processo de melhoria dos vizinhos. Mas no início do século XXI, o Brasil voltou-se para a região (rompendo com o “afastamento”) ao perceber a região como uma plataforma de inserção da região no SI e correspondendo ao interesse brasileiro de construção de uma ordem multipolar. Com a abertura paulatina da América do Sul ao comércio internacional criou-se a possibilidade de intermediação de relações (ponte) gera a possibilidade de cobrança de “pedágio”. Dessa forma, o Brasil poderia trabalhar como ponte entre os grandes poderes e pequenos países, se posicionando no SI entre abismos e construtor de consenso nas relações internacionais. As vantagens de ser essa ponte seriam poder controlar os fluxos de interação política e ideológica entre o norte e o sul, sendo o interposto que liga ambos e tendo maior capacidade de ter suas demandas atendidas; possibilidade de exigir um “pedágio” de cada fluxo em cada direção (criando um comércio de triangulação); e tornar-se indispensável para o Sistema Internacional, sendo visto como um vínculo entre os velhos e os emergentes poderes. Assim, percebe-se a busca por liderança e não dominação, o que traz o desafio da legitimação do Brasil como líder regional. Mas para isso existem algumas variáveis a se considerar. Até que ponto o Brasil consegue arcar com os custos (materiais, imateriais e de percepção) da liderança regional? E até que ponto isso é interessante para o Brasil? Seria a projeção internacional mais interessante do que garantir a estabilidade interna? Também é um agravante a política adotada ser de um governo específico e não de Estado, fazendo com que o

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projeto não tenha continuidade, e os receios dos vizinhos, considerando como nas relações históricas o Brasil se mostrou interventor....


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