AULA 4 – Drenos E Sondas PDF

Title AULA 4 – Drenos E Sondas
Course Bases de Tec Cirúrgicas
Institution Universidade Federal do Piauí
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Bases de Tec Cirúrgicas
prof gustavo santos...


Description

DRENOS Finalidade de um dreno: tirar acúmulo de alguma secreção. Existem vários tipos de drenos e vários formatos. Dreno pode ter complicações. Pode contaminar porque é um corpo estranho e, dessa forma, pode permitir que uma bactéria de fora entre. Há alguns tipos de dreno que são mais rígidos e podem perfurar vísceras. Sistemas de drenagem 1. Aberto 2. Fechado: numa ponta do dreno fica uma bolsa hermeticamente fechada. A vantagem é que ele impede que a bactéria do meio externo entre e contamine o meio interno. 3. Laminar: um cilindro feito com o látex da luva, macio, drena por gravidade e por capilaridade. 4. Penrose: sempre colocado para ter uma drenagem aberta, com a outra ponta pro meio externo. Usado para abscesso subcutâneo. 5. Tubular: cilindro feito de um material mais rígido, mais resistente, então, ele mantém o formato. É uma fibra única (entendi fibra), então, se algum coágulo se soltar ele pode obstruir, por ser mais rígido ele pode causar complicações (escarificar, lacerar, inflamar, perfurar). Tem uma vantagem: permite que você injete alguma coisa de fora dele (soro, antibiótico). 6. Túbulo-laminar: um fabricante chamado improviso resolveu unir o dreno laminar com tubular, colocar tubos por dentro de um dreno laminar, funciona tanto por capilaridade com pela gravidade, geralmente usado quando tem muita secreção para drenar com pus grumos. 7. Kehr: usado única e exclusivamente para a via biliar. Tem o formato de T, a parte vertical do T vai ficar se exteriorizando e fica no colédoco e as outras duas partes que vão permitir que a secreção continue passando e que também seja drenada. Permite a injeção de contraste para ver se ainda há obstrução nas vias biliares. Deve ser retirado em 7 dias.

8. Portovac (Sucção): sanfonado, funciona por pressão negativa, a ponta desse dreno possui várias perfurações para evitar que ele oblitere. Se ele ficar encostando em alguma estrutura, fica sugando aquela estrutura e a pressão negativa cria um hematoma, isquemia, necrose e pode até perfurar alguma coisa. Utilizado em abdominoplastia.

9. Jackson-Pratt: o reservatório é uma pêra que gera uma pressão negativa mais suave que o dreno de sucção. Possui uma ponta de silicone que protege mais e também é mais maleável. Esta ponta funciona também como um dreno tubular Possui fissuras, ranhuras que drenam por capilaridade, diferente do Portovac.

10. Sentinela (não é um tipo de dreno, mas sim um tipo de uso, tipo classificação funcional): você coloca um dreno para “vigiar” uma anastomose de risco (por prevenção). Normalmente, são drenos dos tipos laminar ou túbulo-laminar. Este dreno fica até 7 dias. A retirada deve ser gradual para que o processo cicatricial ocorra da profundidade para a superfície; se o débito sugerir uma complicação, o dreno deverá permanecer no seu local, sem ser tracionado, monitorando a evolução da complicação. Drenos para secreções (laminar ou túbulo-laminar): utilizado por exemplo quando vai cortar o parênquima hepático, como para tirar um pedaço de fígado, vai sair bile e sangue também. O aspecto e volume das secreções são aferidos nas primeiras 2448h. O dreno é tracionado após este período e retirado se não houver indício de complicação; depois de seis, sete ou oito dias não vai sangrar.Esses drenos são colocados em locais que você tem certeza que vão sair secreções.

Imagem de uma cirurgia na Tireoide: região onde passa muitas estruturas importantes (vias aéreas). Se for uma cirurgia radical de cabeça e pescoço, como na tireoide, geralmente eles usam dreno de sucção. O tipo de dreno depende do tipo da secreção. Secreção subcutânea se usa o dreno laminar. Drenos para abscessos (tubular, túbulo-laminar ou laminar): geralmente com 24-48h já deve ter saído grande quantidade da secreção. Deverá permanecer no local de acordo com o débito e aspecto da secreção. Debito de um dreno = quantidade que saiu em 24h Drenos p/ grandes espaços: Dreno de sucção; ex: hérnias incisionais. Retirar dreno quando o debito dele estiver baixo de 50 ml, que é a capacidade que o corpo consegue reabsorver, mas, se em uma cirurgia sair mais que isso, deve deixar o dreno.

SONDAS Sondar: colocar uma sonda, um cateter, dentro de uma cavidade corporal. Permite que a secreção de dentro saia; que você conheça o conteúdo ou que se introduza algo (Ex.: paciente na UTI não está podendo se alimentar). Sondagem vesical Trajeto natural é passando pela uretra – exemplo: esvaziar a bexiga . Através da região suprapúbica - exemplo: quando um paciente tem câncer de próstata, e ela ta bem dilatada que comprime a uretra prostática, Indicações:  Retenção urinária. Um dos fatores mais comuns para provocar essa retenção é pós-operatório de cirurgia com raqui, em que a bexiga fica atônica.  No preparo cirúrgico de cirurgias longas, em que o paciente vai passar 5-7 horas na mesa operatória tomando muito soro e, após a cirurgia, o paciente vai ficar acamado por vários dias sem poder levantar ou vai ficar na UTI por alguma complicação, passa logo a sonda.  Monitorizar débito urinário: em pacientes chocados, desidratados, em sepse ou que você deseja saber o estado de hidratação, função renal, você passa a sonda pra ficar de hora em hora sabendo o quanto ele urinou pra anotar, porque se o paciente passa a não urinar nada, é algo sério.  Cirurgias urológicas , por exemplo, de próstata ou pacientes que sofreram traumas na bexiga , em que pode sangrar pra dentro da bexiga e formar coágulos. Ai no caso passa-se uma sonda, essa sonda tem uma entrada e uma saída, em que por um lado vai ficar jogando soro gelado dentro da bexiga (gelado pra provocar vasoconstrição e diminuir o sangramento) e o outro pra sair. Sonda de alívio (temporária) Por exemplo, em casos de cirurgias por raqui ou pacientes que estão com dificuldade de urinar (idosos), a enfermeira passa a sonda, esvaziou a bexiga, tira. Sonda de demora Fica presa na bexiga através de um balão, que é inflado por ar ou soro através de uma cânula, e impede que a sonda saia da bexiga fora do prazo estabelecido. Quando se quer tirar essa sonda, seca o balão e tira. Ela é de látex. Já em casos de pacientes que vão usar cronicamente (paraplégicos, por exemplo), você utiliza uma sonda igual só que siliconada que é mais difícil de infeccionar. Essa sonda é conectada a um coletor sem conexão ao meio externo, formando um sistema fechado, evitando, assim, infecção. 50% dos pacientes ficam com infecções por causa da colonização bacteriana da uretra. Então, nesses casos, quando é mais de uma semana, você deve botar a sonda siliconada. A lidocaína vai anestesiar e lubrificar. Vai facilitar a entrada da sonda. Sonda gastrointestinal Normalmente pela boca ou nariz. Melhor pelo nariz, na boca incomoda atrás da garganta, causa náusea. Plástico flexível ou silicone Radiopaca Indicada para: descomprimir o estomago, remover gás/liquido, administrar medicamentos e alimentos, tratar uma obstrução ou sangramento, lavagem, coletar conteúdo gástrico para análise. Sonda nasogastrica: Nariz, ou boca (aqui já é orogástrica) Baixo custo Sonda plástica Fácil de fazer Sonda nasojejunal (sonda de Dobbhoff): Usada para alimentação enteral Ponta pesada/flexível

Sonda siliconada Para ser passada, tem que ter fio guia. A medida que vai tendo peristaltismo, o estômago vai empurrando para chegar no jejuno. Olhar sinais, se tossir, é porque foi na via aérea.

Teste da audição: colocar o diafragma do estetoscópio na altura do estômago do paciente e injetar rapidamente 20 cc de ar pela sonda, sendo que o correto é a audição do ruído característico. Teste do borbulhamento: colocar a extremidade da sonda em um copo com água, sendo que se ocorrer borbulha, é sinal que está na traquéia. Verificação de sinais: Importância para sinais como tosse, cianose e dispnéia. Sonda de Sengstaken-Blakenmore Estancar hemorragia de varizes esofágicas. Sonda no formato longitudinal que insufla, que possui dois balões para comprimir as paredes do esôfago e parar o sangramento. Mas como eles iam saber exatamente onde começa e onde termina o esôfago? Aí eles tiveram a ideia de criar outro balão acoplado no final, só que circular, que quando é insuflado no estomago, ao puxar a sonda, ele topa no hiato esofágico e indica onde é o fim do esôfago, aí insufla o balonete longitudinal. Sim, mas aí vai obliterar o esôfago, o paciente vai engolir saliva, vai acumular e acabar aspirando. Aí os caras tiveram a ideia de perfurar o balonete, para que a saliva que o paciente venha a deglutir, vá direto ao estômago. Sonda retal Distensão abdominal (provocada por gases): funciona como se fosse um cano que você põe via retal pra deixar o ar sair. Lavagem retal: põe ela no reto, injeta uma secreção que causa diarreia osmótica. Obstruções severas. Põe o paciente na posição de SIMS, ou seja, decúbito lateral esquerdo , perna de baixo, a esquerda, fica apoiada na mesa, e a de cima o paciente flete bem.

Sonda de aspiração traqueal/sonda de Levin O paciente anestesiado acumula saliva, não vai aspirar a saliva, porque tem um balão insuflado que impede, mas no final, sempre antes de tirar o balão, o anestesista tem que retirar essa saliva que acumula para o paciente não aspirar. Possui aberturas laterais. Sonda de Fouchet: Este cateter geralmente é introduzido pela boca e utilizado para realizar drenagem espontânea ou lavagem gástrica (decorrente de obstrução gastrointestinal ou intoxicação medicamentosa ou por substâncias químicas) ou esofágica (na presença de megaesôfago). Também, está indicado em dilatações esofágicas, calibrar válvulas esofágicas anti-refluxo em cirurgias de megacolon e bariátrica, bem como serve de molde para curvatura do estômago e definir o diâmetro do estômago remanescente, entre outras. Seu objetivo é remover o excesso de líquidos e resíduos do esôfago e estômago....


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