4 Aula Imunidade anti-infecciosa e imunoprofilaxia PDF

Title 4 Aula Imunidade anti-infecciosa e imunoprofilaxia
Course Imunologia Veterinária
Institution Universidade Federal do Pampa
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Anotações da disciplina de imunologia veterinária administradas pelo professor Graciano. Informações sobre a matéria de imunidade anti-infecciosas e imunoprofilaxia....


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Breno Gonçalves – Medicina Veterinária

Imunidade anti-infecciosa e imunoprofilaxia

Imunoprofilaxia = vacinas entrariam na imunoprofilaxia; patógenos: vírus, bactérias Gram+ e -, protozoários, helmintos, fungos, ecotoparasitas; Vírus, bactérias e protozoários = microrganismos intracelulares; há dois tipos de situação, uma onde o patógeno é intracitoplasmático; em outra situação, o patógeno está contido dentro de um vacúolo; a diferença básica é a questão da apresentação desses antígenos via MHC; quando o antígeno é intracitoplasmático: MHC de classe I; quando ele é endossomal (dentro de um vacúolo), geralmente é MHC de classe II; a resposta imune vai ser gerada; há uma resposta adaptativa: linfócitos T CD4+, há também as células T citotóxicas (CD8+); as células T citotóxicas vão reconhecer MHC de classe I, uma sequência de 7 aa, que é reconhecida por TCR, essa célula lança sobre a célula que está infectada perfurinas, desestabilizando a membrana, fazendo ela morrer; a célula infectada está produzindo substancias contra a infecção, principalmente óxido nítrico e espécies reativas de O2 (água oxigenada), esses reagentes induzem morte celular, e morte das células adjacentes, não só das células infectadas; função do sistema imune: manutenção da homeostasia; As células T CD4+ são auxiliares, ajudam; resposta de padrão Th1, nesse caso, que é mediada principalmente por IFN-gama; essa

resposta potencializa as células da imunidade inata, para produzirem mais NO e ROS; Anti-inflamatórios esteroidais (corticoides), só existiam esses, cortam totalmente a resposta imune; já os não esteroidais inibem uma via em específico; A base da vacina: indução prévia de memória, manipulação do sistema imune; se formos desenvolver uma vacina; adjuvantes: compostos inseridos junto com a partícula do organismo, que vão potencializar a resposta imune; alúmen: partículas de alumínio muito pequenas, essas partículas atraem células imunes, há uma inflamação no local da vacina, há direcionamento da resposta inflamatória; vacinas monovalentes e polivalentes = vacina contra um, e contra vários antígenos; um único patógeno tem muito peptídeo, imagina uma V10, como muito mais peptídeos; pode ser que a resposta imune é “dissolvida”; se meu sistema imune estiver focado em um único patógeno, talvez haja uma resposta mais eficiente, uma memória mais eficiente; para potencializar uma resposta, talvez se aumentar a produção de Il-12 seja uma boa coisa, pois irá fazer com que haja a morte do patógeno mais rápido; alguns patógenos modulam a resposta da célula hospedeira, modulando a resposta essa célula ao invés de produzir IL-12 passa a produzir IL-10, que é uma citocina regulatória, desativa as células; se tenho IL-10 ao invés de IL-12, essas células ao invés de proliferar vão ser desativadas; alguns patógenos modulam a resposta celular pra bloquear a resposta adaptativa; A base da resposta imune contra os fungos é basicamente a modulação da resposta das células apresentadoras de antígenos por meio de carboidratos próprios; esse mecanismo induz muito

a produção de IL-10, as células são desativadas, não havendo uma resposta eficiente; se for produzir uma vacina contra fungos, talvez seria interessante aumentar a produção de IL-12, ou diminuir a produção de IL-10; Os organismos desenvolveram mecanismos de conviver conosco; conviver requer ceder; a maioria das interações que temos não são patogênicas, doenças são eventos raros; todos os organismos desenvolveram mecanismos de convivência conosco; os fungos têm um monte de açúcares em sua superfície desativando a produção de IL-12, nossas células passam a produzir IL-10 que desativa a resposta imune; Helmintos: geralmente cães e gatos são acometidos de helmintos já no nascimento; um cão nasce com vermes, antes de vermifugar o dono vacina, dá as três doses de V10, não irá resolver; o helminto está utilizando dos nutrientes do animal, o animal não terá uma boa resposta, ele está mal nutrido; outro fator, há uma diluição de fatores, há uma coinfecção (duas infecções ao mesmo tempo), há uma resposta múltipla, não há um foco; a resposta a helmintos é Th2, bem como a resposta contra ectoparasitos; se Th1 é baseado na liberação de IFN-gama, Th2 é baseada em IL-4 que é uma citocina que bloqueia interferon, e interferon bloqueia IL-4; IL-4 estimula linfócitos B a se diferenciarem e produzirem anticorpos; tem papel também na ativação de células (basófilos, eosinófilos, mastócitos); helminto é um organismo multicelular, o macrófago não consegue fagocitá-lo; há liberação de enzimas, células liberam enzimas proteolíticas no contato entre o helminto e a mucosa intestinal, isso serve para desestabilizar esse contato, e são eliminados junto com o fluxo do bolo fecal; os anticorpos também ajudam, há presença de anticorpos tanto na área de mucosa (Ig-A), como

outros anticorpos que vão grudar, estimulando resposta complemento; é uma resposta baseada em IL-4, que antagoniza com IFN; isso é outro motivo para que a resposta em um cão com vermes não vai dar certo: o IL-4 produzido antagoniza o IFN; se o microambiente inflamatório tem IL-4 e interferon, não vai responder pra ninguém direito; Para os ectoparasitos, há a mesma lógica seguida anteriormente; temos um boi cheio de carrapato, se eu vacinar não vai adiantar, a resposta não vai ser tão boa quanto poderia ser, pois há todo um mecanismo de resposta paralisado por causa de um outro tipo de infecção; a resposta contra os ectoparasitas é muito semelhante à resposta contra helmintos; é muito mais difícil fazer uma vacina, é um antígeno que está “fora” do nosso organismo, é muito difícil atingir um organismo desse; por ser um organismo multicelular, são muito mais complexos; Bactérias Gram+ = produção de toxinas; Quando estamos imunizados contra raiva, por exemplo, há geração de um monte de anticorpos, a intenção é que se a gente vier a entrar em contato com o vírus, vamos ter tanto anticorpo que vai neutralizar a partícula viral antes de entrar nas células; esse é o mesmo mecanismo do bloqueio de toxinas de bactérias Gram+; o tétano, por exemplo, a bactéria não infecta célula, o que é perigoso é a toxina, toxina tetânica, que se liga ao receptor e impede com que o ligante endógeno se liga lá; na toxina botulínica há relaxamento muscular, o individuo não contrai musculatura nenhuma, morre por relaxamento do diafragma; já a toxina tetânica, faz com que o indivíduo tenha espasmos, fica com a musculatura enrijecida; vacinas contra bactérias Gram+, ou contra suas toxinas são mediadas por anticorpos;...


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