Aula 4 - Hiperemia e Congestão PDF

Title Aula 4 - Hiperemia e Congestão
Course Patologia Geral
Institution Universidade do Oeste Paulista
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Anotações feitas em aula em base....


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Hiperemia e Congestão - São alterações que acontecem com o acúmulo de sangue dentro de vasos de órgãos. - Pode acontecer de forma ativa ou passiva. **Hiperemia e congestão são a mesma coisa, a diferença é que a hiperemia é ativa, e a congestão, passiva.  Hiperemia ativa (nome mais comum): - Processo ativo, alguma coisa faz um estimulo para que o sangue fique armazenado dentro do vaso.  Congestão passiva / hiperemia passiva / congestão: - Processo passivo, algo oclui fazendo com que o sangue não seja drenado do vaso CONCEITO GERAL: **Tanto para a hiperemia quanto para a congestão - Consiste no aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos de um órgão ou território orgânico. - O que muda da hiperemia para a congestão, é a forma que acontece o acumulo de sangue, ou há alguma coisa que oclui e não deixa o sangue chegar, ou tem algo que oclui e não permite que o sangue seja drenado. - Se o indivíduo tiver uma insuficiência cardíaca esquerda, ele irá apresentar um edema pulmonar, por exemplo, sendo um desses mecanismos prevalentes. HIPEREMIA ATIVA: - Aumento do influxo/entrada de sangue num órgão ou tecido devido a dilatação arteriolar (aumento do calibre do vaso leva a um aumento da quantidade de sangue em seu interior). - Diferentemente da congestão, que é sempre patológica, ela pode ser tanto fisiológica quanto patológica. - Exemplos da hiperemia fisiológica, são: o exercício físico, vergonha, raiva, digestão, bebida (principalmente em orientais).  Causas/etiologias - Fisiológicas: digestão, exercícios físicos, reflexo na ira e na vergonha, ereção. - Patológicas: 1) Paralisação dos nervos vasoconstritores: hiperemia neuroparalítica (rara) 2) Estímulo dos nervos vasodilatadores: febre (tentativa do organismo de refrigerar o próprio organismo) 3) Agentes físicos ou químicos: inflamações – histamina, serotonina, prostaglandina, mais comuns 4) Infecção: conjuntivite (hiperemia ativa ocular por infecção), amigdalite (hipermeia ativa da amigdala por infecção) → não necessariamente infecção, pode ser por falar muito também.

 Morfologia - Macroscopicamente: tecidos em cor vermelho vivo (ocorre pois trata-se de sangue arterial) - Microscopicamente: vasos arteriais dilatados e cheios de hemácias (se houver hemácia fora é hemorragia)  Consequências - Inexpressivas: normalmente, elas são inexpressivas, não gerando nenhum tipo de alteração importante no organismo - Edema Discreto: há um edema discreto, pois como o vaso está dilatado, a permeabilidade aumenta e sai um pouco de exsudato - Aumento do Metabolismo: e o efeito mais importante é o aumento do metabolismo e defesa locais frente a infecções (ela é útil ao organismo, não é ruim, significa que o organismo está funcionando e a reagindo frente às lesões, fornece aporte celular no caso de inflamação). CONGESTÃO PASSIVA - É o retardo do efluxo/saída de sangue de um determinado órgão ou tecido. - Decorre da redução da drenagem venosa. - Pode ser local ou sistêmica, ou seja, alguma coisa que acontece no órgão e impede a saída do sangue, ou algo que acontece longe do órgão e leva a isso (nesse caso normalmente é consequência).  Causas/etiologias - Locais: 1) Oclusão da luz venosa por trombo: um exemplo bem simples é a formação de uma massa coagulada de sangue na saída venosa, ou seja, o sangue chega, mas não é drenado, levando ao congestionamento do sangue no vaso, e por isso, é chamado de congestão ou hiperemia passiava (não foi porque chegou mais sangue e, sim, porque ele não saiu) → médicos recomendam ao paciente que caminhe para estimular a circulação, pois sangue que não circula, coagula. Um dos maiores problemas de pacientes acamados é a formação de trombo. 2) Torção da alça intestinal, ovário ou testículo: órgãos suspensos podem sofrer mecanismo de torção, isso leva à obstrução de veias. 3) Encarceramento de hérnias: exteriorização e permanência de alças intestinas (hérnia inguinal) no saco herniário, isso leva a progressiva dificuldade do retorno venoso. 4) Compressão venosa por tumor - Sistêmicas: 1) Aumento da viscosidade sanguínea: decorre de falta de hidratação 2) Varizes: decorrentes de alteração nas válvulas ou bomba plantar das veias. 3) Insuficiência cardíaca congestiva: pode ocorrer de ambos os lados ou apenas direita ou esquerda. O lado esquerdo é responsável pela circulação sistêmica. Normalmente ocorre a esquerda e em seguida a direita. **O lado direito do coração é de onde saem as artérias pulmonares. Um paciente hipertenso, caso não seja tratado, tem tendência a desenvolver uma hipertrofia cardíaca, principalmente da câmara esquerda. Se a luz ventricular esquerda está mais comprometida, a contração

coronária se altera. O sangue chega da circulação, passa pelo átrio e ventrículo direito, vai para o pulmão, volta para a câmara esquerda, onde, devido a hipertrofia, a luz é menor, mas a quantidade que chega é a mesma. Então ocorre um acumulo progressivo e retrogrado de sangue nas vias pelas quais ele passou antes de chegar nesse ventrículo (átrio esquerdo, pulmões, veias pulmonares, átrio e ventrículo direito), isso aumenta a pressão de tais vasos e gera extravasamento de transudato, o que resulta em aumento de liquido nos alvéolos, chamado de edema pulmonar (edema agudo de pulmão). Esse edema é reversível, mas mostra que o lado esquerdo não está bom. - No caso de doença de chagas, por exemplo, há uma hipertrofia do ventrículo do lado direito do coração antes da do esquerdo. O espaço para receber o sangue das veias cavas é menor, havendo um acumulo de sangue nas vias retrogradas, levando a congestão nos órgãos do corpo, podendo levar até a morte, pois se acumula muito sangue desoxigenado nos órgãos, podendo causar: encefalopatia hipóxia, edema de cabeça e pescoço, de membro inferior, superior, anasarca – edema generalizado, congestão hepática – hepatomegalia, esplenomegalia.  Insuficiência cardíaca direita - Edema de cabeça e pescoço - Estase da veia jugular (estase = diminuição do fluxo sanguíneo) - Edema dos membros superiores e inferiores - Fígado em noz moscada (como há comprometimento do sistema porta, o sangue que vai se acumulando no fígado começa a extravasar e hemáceas (poucas) saem do vaso, essas hemáceas entram em lise e o Fe das hemáceas se deposita no fígado, e confere ao mesmo o aspecto de noz moscada.  Insuficiência cardíaca esquerda - Congestão pulmonar - Aguda: edema pulmonar - Crônica: hemossiderose – inicialmente acumula sangue, com um aumento de pressão hidrostática. O aumento dessa pressão faz extravasar um pouco de hemácias, que no tecido extravascular, é digerido pelo macrófago, produzindo hemossiderina, que é tóxica. FASES DA CONGESTÃO: Aguda - Macroscopicamente: tecido de coloração vermelho-azulada, exemplo é o dedo com hipóxia - Microscopicamente: vasos venosos cheios de hemácias. Artérias são mais espessas que veias, portanto, só dá para diferenciar a hiperemia da congestão sabendo a história do paciente, pois vasos cheios de hemácias pode ser uma coisa ou outra. Crônica - Macroscopicamente: tecidos de coloração ferruginosa/acastanhada (fígado em nóz moscada) - Microscopicamente: macrófagos com pigmento de hemossiderina. Há extravasamento de hemácias (não são reconhecidas pelo corpo quando fora dos vasos), que leva a fagocitose local das hemácias (a parte férrica permanece dentro do macrófago), digestão da hemoglobina e acúmulo local de hemossiderina (parte férrica da hemoglobina).

CONSEQUÊNCIAS DA CONGESTÃO CRÔNICA: - Alterações do metabolismo celular: ocorre, pois a congestão impede a chegada de sangue artéria, o indivíduo pode iniciar o processo de degeneração celular - Esteatose, geralmente ocorre no fígado, mas pode ser no coração e nos rins também - Atrofia: devido à isquemia - Edema: devido ao aumento da pressão hidrostática → saída de transudato de dentro do vaso - Substituição do parênquima (parte principal) → pode ser substituído por tecido fibroso, o órgão entre em atrofia....


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