Resumos Biologia- Imunidade PDF

Title Resumos Biologia- Imunidade
Author Soraia Costa
Course Biologia
Institution Ensino Secundário (Portugal)
Pages 8
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Summary

6º Biologia- ImunidadeSistema Imunitário: O Sistema Imunitário é constituído pelas células, tecidos ou órgãos implicados na defesa do organismo. Estas estruturas protegem o organismo contra agentes agressores biológicos (microrganismos) ou químicos (toxinas). São ainda responsáveis pela destruição d...


Description

6º Biologia- Imunidade Sistema Imunitário: O Sistema Imunitário é constituído pelas células, tecidos ou órgãos implicados na defesa do organismo. Estas estruturas protegem o organismo contra agentes agressores biológicos (microrganismos) ou químicos (toxinas). São ainda responsáveis pela destruição de células envelhecidas ou anormais (cancerosas) do próprio organismo. Imunidade: Conjunto de processos fisiológicos que permitem ao organismo reconhecer substâncias/agentes estranhos ou anormais, neutralizá-los e eliminá-los. Agente Patogénico: Organismo vivo capaz de produzir uma doença infeciosa num hospedeiro. Pode ser uma bactéria, Vírus, protista, fungo, etc. -Vírus Os vírus são seres acelulares (sem estrutura celular) e são parasitas intracelulares que só manifestam características vitais dentro de células vivas por eles invadidas (procarióticas ou eucarióticas). Utilizam a maquinaria da célula que invadem para se reproduzirem. O material genético do vírus pode ser DNA ou RNA.

Como é que os vírus se reproduzem? Os vírus ligam-se a recetores presentes na membrana plasmática da célula hospedeira e o seu invólucro proteico funde-se com a mesma. Os componentes internos do vírus entram na célula e as proteínas virais são degradadas. O DNA viral passa a integrar o DNA da célula hospedeira e é replicado, sendo posteriormente transcrito. Sendo que o DNA da célula infectada deixa de se expressar. Assim sendo produzem-se proteínas virais que vão fazer parte da constituição nos novos vírus. Os novos vírus formados abandonam a célula.

-Bactérias Seres vivos unicelulares procarióticos. Fazem parte do reino Monera. Algumas possuem cápsula, sendo que essas são multirresistentes. As bactérias possuem fímbrias e flagelo que as ajudam na sua locomoção. Como é que as bactérias se reproduzem? As bactérias reproduzem-se por reprodução assexuada (divisão binária ou bipartição). O DNA bacteriano liga-se à membrana plasmática da própria célula. O DNA replica-se com a ajuda de enzimas. A célula começa a dividir-se, com a ocorrência de citocinese. Obtém-se assim novas bactérias. Constituição do Sistema Imunitário 

Órgãos Linfóides Órgãos Linfóides primários: Locais de formação de células imunitárias (timo e medula vermelha óssea). Órgãos Linfóides Secundários: Locais de circulação e armazenamento das células imunitárias (amígdalas, gânglios linfáticos, baço, apêndice)



Células Efetoras - (Leucócitos- Glóbulos Brancos)

Leucócitos Granulares (possuem lisossomas) -Eosinófilos ou Acidófilos (núcleo com dois lóbulos e possuem afinidade com corantes ácidos) -Neutrófilos (núcleo com mais de 2 lóbulos- zonas mais dilatadas do núcleo e possuem afinidade com corantes neutros)

-Basófilos (Possuem grande afinidade com corantes básicos)

Leucócitos Agranulares -Monócitos (núcleo com forma de rim) -Linfócitos (Citoplasma escasso, pois o núcleo é muito grande) Linfócitos T (Não produzem anticorpos, produzem interferões) Linfócitos B---» Plasmócitos (produzem anticorpos)

Que caraterísticas têm os leucócitos que lhes permitem dar respostas imunitárias? -Circulam no sangue, na linfa intersticial ou na linfa circulante; -Deformam-se para penetrar entre as células da parede dos vasos capilares para as atravessar (diapedese) -Têm recetores (glicoproteínas específicas) à superfície da membrana que lhes permite prender bactérias. Imunidade Inata (Defesa não Específica) Está presenta em todos os seres multicelulares, esta connosco desde nascença e funciona de igual forma para todos os agentes agressores. -1ºLinha de Defesa (Barreiras físicas e químicas que impedem a entrada de seres estranhos) Pele: Primeira barreira mecânica e química para os corpos estranhos, incluindo microrganismos. Pelos das Narinas: Primeira barreira à entrada dos microrganismos existentes no ar inspirado. Mucosas: Membranas que recobrem as cavidades do corpo (tubo digestivo, vias respiratórias e vias urogenitais) que segregam muco que fixa os microrganismos, dificultando o contacto com as células. No muco existe mucina, uma substância tóxica para alguns microrganismos. Secreções e enzimas: Glândulas sebáceas, sudoríparas e lacrimais segregam substâncias tóxicas para muitas bactérias (Ex. lisozima, enzima que se encontra na saliva e nas lágrimas, digere a parede de bactérias, destruindo-as). O estômago produz ácido clorídrico e enzimas do suco gástrico que destroem microrganismos que são ingeridos juntamente com os alimentos. -2ºLinha de Defesa (atua após a entrada dos agressores) Resposta Inflamatória Local e Fagocitose: Se um dedo, por exemplo, for picado por um alfinete que está infetado com agentes patogénicos. As células que foram rompidas, bem como estes agentes patogénicos, que são normalmente bactérias, ao dividirem-se produzem substâncias químicas e assim sendo os leucócitos sabem que terão de atuar. A este processo de atração dáse o nome de quimiotaxia. Os Basófilos diferenciam-se então em mastócitos que começam a produção de histaminas. Estas vão atuar ao nível dos vasos sanguíneos induzindo a sua dilatação, facilitando a ocorrência da diapedese e permitem uma maior chegada de sangue àquela zona. Ao ocorrer esta dilatação saí plasma e forma-se um inchaço. Os neutrófilos e os monócitos passam para o meio intersticial, sendo que os segundos se diferenciam em macrófagos. Ocorre fagocitose das bactérias. Respostas Sistémica: Corresponde ao conjunto de reações que podem envolver todo o organismo quando invadido por agentes patogénicos. Os agentes patogénicos e os leucócitos, ao fazerem, respetivamente o ataque e a defesa, libertam substâncias químicas. Estas substâncias, quando detetadas pelo hipotálamo desencadeiam um aumento de temperatura,

causando febre, que vai resultar no aumento da fagocitose, diminuindo também a multiplicação dos microorganismos. No entanto este aumento de temperatura pode ser perigoso, pois altas temperaturas podem levar à desnaturação das proteínas. Para além disto, as células lesadas libertam substâncias químicas, que quando detetadas pela medúla óssea desencadeando a produção de leucócitos, aumentando o número destes em circulação. Interferões: Glicoproteínas que ajudam a limitar a propagação de determinadas infeções virais, no caso dos vírus serem multirresistentes. Quando o vírus afeta uma dada célula, passa a estar ativo o seu gene que codifica a produção de interferões. Estes são então produzidos e libertados e vão posteriormente ligar-se à membrana das células vizinhas, enviando sinais para o núcleo destas. A célula é estimulada a produzir proteínas antivirais que vão bloquear a replicação do vírus. Imunidade Adquirida/ Adaptativa (Defesa Específica)- 3ºLinha de Defesa -Processos extremamente eficazes, dirigidos especificamente contra determinados agentes agressores; - A resposta do organismo ao agente invasor melhora a cada novo contacto (o que não se verifica com a defesa não específica); - Verifica-se especificidade e memória e é feita por linfócitos; Antigénios: estruturas que são consideras estranhas ou proteínas presentes nas membranas dos antigénios. Determinantes Antigénios: Funções da Resposta Imunitária Específica: 1º) Identificação/Reconhecimento – O invasor é reconhecido pelos linfócitos com recetores capazes de atuar sobre esse corpo estranho. 2º)Reação – O sistema imunitário reage, preparando os agentes específicos que vão intervir no processo. 3º) Ação – Os agentes do sistema imunitário neutralizam ou destroem as células ou corpos estranhos. 

Linfócitos T- São produzidos na medúla óssea a partir de linfoblastos e terminam o seu processo de diferenciação no timo. Produzem substâncias químicas. Distinguem-se dos linfócitos B pois possuem proteínas recetoras diferentes. Matam algumas células cancerígenas e são responsáveis pela rejeição de órgãos aquando dos transplantes.

…Realizam a Imunidade Celular (mediada por células) Os macrófagos (célula apresentador do antigénio) envolvem e fagocitam o agente estranho, digerindo-o, no entanto o seu antigénio não é destruído, é exibido, ou seja, passa assim a fazer parte da sua membrana. O linfócito T liga-se ao antigénio, ficando assim ativo, iniciando a sua divisão e produzido mediadores químicos.

Existem três tipos de Linfócitos T: -Linfócitos T de memória: são armazenados nos órgãos de reserva, estando preparados para desencadear uma resposta mais rápida e vigorosa num segundo contacto com o mesmo antigénio. -Linfócitos T citotóxicos (Tc): Ligam-se às células infetadas ou células cancerosas, libertam proteínas (perforina), que formam poros na membrana citoplasmática, por onde penetram outros produtos de secreção que ativam mecanismos de morte celular por apoptose. -Linfócitos T auxiliares (Th): Reconhecem os antigénios estranhos ligados aos macrófagos, libertando mediadores químicos (citoquinas) que estimulam outras células do sistema imunitário (linfócitos B, fagócitos e outros linfócitos T) -Linfócitos T supressores (Ts): Segregam substâncias que moderam ou suprimem a resposta imunitária (divisão de células imunitárias e produção de anticorpos) quando a infeção já foi ultrapassada. 

Linfócitos B- São produzidos na medúla óssea a partir de linfoblastos e é lá que sofrem diferenciação. Distinguem-se dos linfócitos T pois possuem proteínas recetoras diferentes.

…Realizam a Imunidade Humoral (mediada por anticorpos) Neste tipo de resposta imunitária ocorre nos líquidos dos corpos (humores- leite materno, sangue, linfa). Quando é detetado um antigénio ou corpo estranho, os linfócitos B produzem e libertam nos humores proteínas denominadas anticorpos ou Imunoglobulinas (Ig), que se fixam aos antigénios ou aos determinantes antigénios (proteínas mais específicas presentes na membrana dos antigénios do próprio agente invasor) do agente invasor, fazendo com que este seja mais facilmente fagocitado por macrófagos. Na primeira vez que um dado agente patogénico invade o organismo, este é identificado por um linfócito B cujo seu recetor é compatível com o antigénio ou com o determinante antigénio da célula invasora. Este linfócito B diferencia-se em plasmócitos que se multiplicam repetidamente, originando clones que produzem anticorpos em elevadas quantidades e com a mesma especificidade do inicial. A formação de plasmócitos é caraterizada pelo aumento do número de ribossomas e pela expansão do retículo endoplasmático rugoso, permitindo que estas células realizam uma intensa síntese proteica, principalmente de anticorpos. Alguns linfócitos B, os chamados de memória, são guardados nos órgãos de reservas e estão prontos para reagir rapidamente no caso de um novo contacto com o mesmo antigénio. Os anticorpos possuem 4 cadeias de aminoácidos (2 leves- L e 2 pesadas –H). Possuem uma região constante e uma região variável, sendo que esta última determina se o anticorpo se consegue ou não fixar a um determinado agente patogénico. Formas de atuação dos anticorpos:

-Neutralização: Os anticorpos impedem os agentes patogénicos de infetar outras células, até serem fagocitado. -Aglutinação: O complexo antigénio- anticorpo forma estruturas de grandes que são fagocitadas. -Precipitação de antigénios solúveis: Os anticorpos ligam-se aos determinantes antigénios de moléculas dissolvidas nos fluídos corporais (ex. Toxinas), formando precipitados que são posteriormente fagocitados. -Ativação do Sistema de Complemento: O complexo antigénio- Anticorpo ativa as proteínas de complemento, podendo algumas delas promover a lise celular dos agentes patogénicos. Memória Imunitária RESPOSTA IMUNITÁRIA PRIMÁRIA - Primeiro encontro entre os linfócitos e um determinado antigénio. RESPOSTA IMUNITÁRIA SECUNDÁRIA - Segundo encontro entre os linfócitos e um determinado antigénio. Esta resposta é mais rápida, mais intensa, dura mais tempo e aumenta o nº de células de memória. Vacinação As vacinas são soluções que contêm antigénios antenuados que desencadeiam uma resposta imunitária. Nas vacinas, as bactérias patogénicas e os vírus são previamente tratados de modo a perderam a sua virulência (capacidade de causar doenças), mantendo as suas propriedades antigénicas. Em contacto com estes antigénios são produzidos anticorpos que são armazenados e estão prontos para atuar caso aquele agente invasor ataque no futuro. São por vezes necessárias mais do que uma dose da mesma vacina, para se verificar uma sucessiva maior produção de anticorpos. – Imunidade Ativa (permanente) Imunidade Passiva- é de curta duração (temporária) e consiste na transferência de anticorpos, obtidos a partir de outros indivíduos que possuem imunidade ativa para uma doença em questão (ex. transferência de anticorpos da mãe para o filho via placenta ou leite materno) ou podem ser extraídos de animais.



Doenças e Desequilíbrios do Sistema Imunitário

Alergias: São estados de hipersensibilidade a certos antigénios ambientais (alergénios). O antigénio (alergénio) entra no organismo e é captado por células apresentadoras (macrófagos) que ativam linfócitos T específicos. Os linfócitos T auxiliares produzem mediadores químicos que ativam linfócitos B, que vão posteriormente diferenciar-se em plasmócitos. Há síntese e libertação de anticorpos pelos plasmócitos que se vão ligar, através da sua parte constante, a vários tipos de células. Com a continuação da entrada do alergénio este vai-se combinar com os anticorpos existentes na superfície dos mastócitos. Estes

produzem e libertam histaminas que vão atuar ao nível dos vasos sanguíneos, causando a saída de fluídos, aumentando a secreção de muco e provocando a contração dos bronquíolos. -Hipersensibilidade Imediata: é a mais frequente. O individuo, em contacto com o alergénio produz anticorpos que se ligam aos mastócitos, havendo assim produção de histaminas que vão desencadear uma respostas inflamatória imediata (Alergias respiratórias, Alergias cutâneas, Alergias oftalmológicas, Alergias alimentares). -Hipersensibilidade Tardia: demora mais de 12h para se desenvolver. Os linfócitos T reconhecem o alergénio e passam a estra ativos, produzindo mediadores químicos (citoquinas), activando os macrófagos que vão combater o alergénio. Doenças Auto-imunes: O organismo reage contra os seus próprios componentes (organelos, células, tecidos, etc.) -Diabetes Tipo I- A glicemia é a concentração de glicose no sangue, sendo que esta é regulada por duas hormonas produzidas ao nível do pâncreas, a glucagon e a insulina. Nos indivíduos portadores desta doença, a produção de insulina é deficiente, pois os Linfócitos T destroem as células das ilhotas de Langerhans (local de produção de insulina no pâncreas) -Artrite reumatóide- Caracteriza-se pela destruição da cartilagem articular pelo sistema imunitário. -Esclerose em placas- Caracteriza-se pela destruição focal (“em placas”) de componentes do Sistema Nevoso (Cérebro e Espinal medula). Os Linfócitos T destroem a mielina dos neurónios e os Linfócitos B produzem anticorpos contra os constituintes da mielina. A mensagem nervosa vai passar muito mais lentamente. Imunodeficiências: Carateriza-se por vários tipos de deficiências no Sistema Imunitário (ausência de linfócitos T ou linfócitos B, deficiência de fagócitos, etc.) -Congénitas- Ausência de Linfócitos T e Linfócitos B devido a funcionamento anormal da medula óssea. Doentes extremamente vulneráveis, cujos doentes apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis. O tratamento baseia-se no Transplante de medula óssea ou na Terapia génica. Falta de linfócitos T → Maior sensibilidade a vírus e a infeções bacterianas intracelulares. Falta de linfócitos B → Maior sensibilidade a infeções bacterianas extracelulares. -Adquiridas- A SIDA é exemplo de uma imunodeficiência adquirida provocada por um vírus, cujo seu material genético é o RNA. Estes infectam principalmente os Linfócitos T auxiliares, mas infetam também outros linfócitos, macrófagos e células do sistema nervoso. O vírus da SIDA infeta uma dada célula, injetando-lhe o seu material genético. Graças à transcriptase reversa do próprio vírus, a cadeia de RNA Viral é transcrita, formando-se uma cadeia de DNA complementar. A partir desta cadeia de DNA é copiada a segunda cadeia, ficando uma cadeia dupla, designada de provírus. O provírus insere-se no DNA da célula

infetada, passando a ser transcrito e posteriormente traduzido, formando-se proteínas virais. Os novos vírus formados abandonam a célula. Etapas de Infeção pelo HIV 1. Primo-infeção Proliferação rápida do vírus (numa fase muito inicial) e diminuição da população de linfócitos T auxiliares (são infetados) (numa fase muito inicial). Já mais na fase final da primo-infeção o HIV diminui e os linfócitos aumentam. 2. Fase de latência Situação estabiliza durante vários anos, estabelece-se um equilíbrio, pois a resposta imunitária limita o desenvolvimento do vírus, são produzidos muitos anticorpos e proliferam linfócitos T citotóxicos que matam células infetadas 3. Fase da imunodeficiência (SIDA) Sistema Imunitário não responde convenientemente e o N.º de vírus aumenta, consequentemente o N.º de linfócitos T baixa drasticamente; Instalam-se infeções oportunistas. Seropositivo: Indivíduo infetado com HIV cujos seus linfócitos B produzem anticorpos anti-HIV. No entanto os anticorpos não conseguem atuar na grande maioria dos HIV, pois estes estão no interior das células infetadas. Um indivíduo seropositivo, mesmo sem sintomas clínicos, pode transmitir o HIV. Tratamento: Não há cura e não há vacina, contudo há fármacos que conseguem retardar a sua progressão (-AZT-azidotimina ou Zidovudina - Inibe a transcriptase reversa e os Inibidores de proteases – Bloqueiam a produção de proteínas virais)...


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