Aula 5 - Tempos cirúrgicos PDF

Title Aula 5 - Tempos cirúrgicos
Course Técnica Cirúrgica
Institution Universidade do Oeste Paulista
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Anotações de aulas da Unoeste...


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TÉCNICA OPERATÓRIA – aula 05

11/03/19 BIANCA F.

Tempos Cirúrgicos Conceitos “São manobras e gestos sucessivos executados do início ao fim da cirurgia, separadas por funções e com objetivos diferentes” 

Diérese



Hemostasia



Síntese

Todos os protocolos foram criados de acordo com os tempos cirúrgicos.

DIÉRESE É uma manobra destinada a criar descontinuidade ou divisão das estruturas ou tecidos, criando uma via de acesso. Ela é feita de várias formas, que são: 1. Incisão – bisturi ou laser. Tem um trajeto linear e é feita com um instrumento de corte, seccionando os tecidos moles por meio de uma lâmina ou laser. 2. Secção – ato de cortar com a tesoura ou outro instrumental cortante. 3. Divulsão – separar tecidos. Pode ser feita com o dedo ou instrumentos separadores, como o farabeuf. 4. Punção – acesso por instrumento perfurante, como uma agulha. Feita para drenagem de líquido das cavidades do inerior dos órgãos, coleta de fragmentos de tecido e de líquidos orgânicos para exame diagnóstico, injeção de contraste e de medicamentos. 5. Dilatação – aumento de diâmetros de canais e orifícios naturais, como por exemplo o bocal usado na endoscopia para aumentar a cavidade bucal.

Fundamentos Toda diérese segue algumas regras, pois não adianta violar a estrutura sem seguir protocolos. Para isso há os seguintes fundamentos: 

Ter extensão suficiente – o bisturi é altamente importante, pois se colocamos ele em um local para fazer a incisão, é necessario ter noção do tamanho necessário para fazer a cirurgia.



Bordas nítidas e não contusas – para não deixar cicatrizes feias.



Atravessar tecidos respeitando anatomia e planos – um de cada vez.



Não lesão outras estruturas adjacentes, nervos e vasos



Acompanhar linhas de força e fibras

HEMOSTASIA 1

TÉCNICA OPERATÓRIA – aula 05

11/03/19 BIANCA F. É uma manobra destinada a evitar ou estancar (conter) sangramentos. Seu alcance eficiente ultrapassa o ato cirúrgico. No ato evita a perda excessiva de sangue, propicia melhores condições técnicas e aumenta o rendimento do trabalho. Após a operação favorece a evolução normal da ferida operatória, evita a infecção e a deiscência, afastando a necessidade de reoperação para drenagem de hematomas e abscessos. Há três tipos: 1. Prévia 2. Temporária 3. Definitiva

1. Prévia - Feita antes da cirurgia para evitar o sangramento durante ela. Dois exemplos são os anestésicos com vasoconstritores ou enfaixamento (garroteamento). Todos os instrumentos não produzem danos na parede vascular, não favorecem a trombose.

2. Temporária - Feita para evitar sangramento durante um tempo apenas, e depois é desfeita para retomar o fluxo, como em cirurgias cardíacas, que é necessário pinçar as cavas e a aorta, já que não podem ser pinçadas de maneira definitiva. Um exemplo é o garroteamento ou o pinçamento.

3. Definitiva - É cortar, seccionar, amarrar ou grampear o vaso, de forma que o fluxo sanguíneo nunca mais irá retornar a passar naquela região.

 Ligadura É basicamente a amarração de vasos com fios cirúrgicos. Muito usado com clipes, que fecham duas laterais para poder se seccionar ao meio. Há os staplers vasculares, que são vários grampos que correm cortando e grampeando ao mesmo tempo. Fios que amarram sem cortar o vaso.  Cauterização É a parada do sangramento provocada pela formação de um coagulo na extremidade sangrante, devido à aplicação de agentes físicos como calor, eletricidade ou substâncias químicas.  Sutura Suturar o vaso, em anastomoses por exemplo, ou secções de aorta.  Tamponamento Realiza-se pela compressão da área sangrante, fazendo um tampão. Tampões, que podem ser feitos de gaze e xilocaína, ou balões que comprimem a estrutura parando o sangramento, por exemplo. São formas e podem ser temporárias, mas também podem ser definitivas. Exemplos:  Manobra de Pringle: fígado sangrando e aí faz o fechamento dos vasos do hilo hepático para tentar encontrar o sangramento.  Compressão de feridas: colocar compressa em cima das feridas e segurar para estancar o sangramento. 2

TÉCNICA OPERATÓRIA – aula 05

11/03/19 BIANCA F.

SÍNTESE É a última parte da cirurgia. Após separar os tecidos, fazer o que se tem que fazer contendo os sangramentos, é necessário fazer a aproximação correta das bordas dos tecidos visando apressar a cicatrização. Os pontos da sutura seguem uma regra, pois devem ficar organizados. A sutura manual, quando bem feia, apesar de mais demorada, obtém resultados dificilmente superáveis.

Mesa conforme tempo cirúrgico O instrumental e a mesa se baseiam nos tempos e na equipe cirúrgica. Ela muda conforme o posicionamento do cirurgião e também muda a ordem dos instrumentos. Os instrumentos de diérese devem ficar embaixo, em primeiro lugar, mais próximos ao cirurgião. Os instrumentos da hemostasia vêm logo depois, ainda embaixo, mas mais afastados do cirurgião e do instrumentador, logo após os de diérese. Em cima ficam os instrumentos de síntese. No quarto quadrante, que fica em cima e após os instrumentos de síntese ficam instrumentos especiais e específicos à cirurgia, que nem sempre se encontram lá.

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