Title | AULA3 - Rinite - Resumo Otorrino |
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Author | Reino Resumos |
Course | Módulo Xix : Raciocínio Clínico e Diagnóstico Diferencial I |
Institution | Universidade do Extremo Sul Catarinense |
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RESUMO DAS AULAS DE OTORRINO, CONTEUDO DA AULA MAIS TRANSCRIÇÃO DO AUDIO DA AULA...
Otorrino –aula 3 Mod 20
adenoide, desvio de septo, concha media bolhosa.
Após 2-3 dias do inicio do quadro, há secreção purulenta.
RINITE Altamente prevalente Diagnostico clínico Inflamação da mucosa nasal caracterizada pela presença de um ou mais dos seguintes sintomas (não precisa ter todos): Prurido nasal – identificado pelo pcte, acompanhante ou pela prega horizontal no nariz.
Coriza Espirros – em crises (em salvas ou esternutatórias) Obstrução nasal Hiposmia Classificação Infecciosas (vírus, bactéria, fungos) Não infecciosas: Ocupacional Alérgica Idiopática Eosinofílica não alérgica
obstrução nasal (↓ventilação) por hipertrofia de
Hormonal Induzida por drogas Outras
Tratamento: Antibiótico – amoxicilina 50mg∕kg Corticoide oral – prednisolona 1mg∕kg por 5 dias (para fluidificar a secreção)
Gotas nasais: soro fluidificantes, corticoide spray Não usar vasoconstrictor a principio. RINITE INFECCIOSA CRONICA Pouco comum em SC. Doenças ulcerosas e granulomatosas: leishmaniose, hanseníase, tuberculose, sífilis Podem estar associados a imunodeficiências Desconfia-se quando se visualiza ulcera com perfuração de septo. (Em SC, é mais comum pós-operatória ou devido a cocaína) Tratamento é da doença de base. RINITES NÃO INFECCIOSAS
RINITE INFECCIOSA VIRAL
RENA = rinite eosinofílica não alérgica
Etiologias Rinovírus Coronavírus Parainfluen
Vírus sincicial respiratório Adenovírus Influenzae
Transmissão: contato pessoal (compartilhar copo, talheres) Quadro clínico leve – resfriado comum (mal-estar, coriza, obstrução nasal) quadro mais grave pelo Influenza: Epidêmica Sintomas de maior gravidade (pcte prostrado) Predispõe a complicações secundárias – princ. Idosos e crianças pequenas.
Tratamento: sintomático Hidratação – orientar maior ingesta líquidos. Higiene nasal – Fluidificante nasal: soro, de preferencia com válvula para evitar contaminação (soro normal = máximo 15 dias e mantido na geladeira).
Descongestionante, se coriza. Pode associar anti-histamínico. Antitérmico, analgésicos – se necessários. Prevenção: Vacinação anual contra vírus influenza. Indicação: idosos > 60 a, crianças < 5anos, pcte com comorbidade.
RINITE INFECCIOSA BACTERIANA Etiologia
S. aureus S. pneumoniae S. pyogenes Haemophilus influenzae Neisseria meningitidis Bacilos gram negativos
Quadro Clínico: ocorre após a quebra da homeostase do nariz, com um quadro viral anterior ou em um pcte com
RINITE ALERGICA Inflamação da mucosa nasal mediada por IgE Genética: propensão se pais são alérgicos – criança não nasce alérgica. Vai se tomar quando exposta a substancias.
Fisiopatologia: Alérgeno entra em contato com fagócitos (tipo de células apresentadoras de antígeno), carrega esse alérgeno ao linfócito Th0. O Linfócitos Th0 pode fazer uma resposta inespecífica Th1 (logo pcte não torna-se alérgico) ou resposta alérgica Th2. Isso vai depender de alguns fatores: Tipo e dose do antígeno Citocinas presentes (processo inflamatório do nariz)
No caso do alérgico, ele vai fazer uma resposta Th2, fazendo expressão diferencial de moléculas co-estimulatórias nas células apresentadoras de antígeno Também vai secretar interleucinas, como a IL 4 e 13 → estimulam linfócito B → plasmócito: produção de IgE específica Quando for novamente exposto ao alérgeno, o pcte já terá células T de memória.
Classificação: mais didática, pouco usada na clinica.
Fatores desencadeantes: A poeira tem um pouco de tudo
Na figura da esquerda: pólen chega a mucosa, uma célula apresentadora de antígenos (APC) pega o antígeno do pólen e leva ate o Th0, que vai fazer uma resposta via Th2. O Th2 secreta interleucinas, fazendo o linf B se diferenciar em plasmócito e produzir anticorpos específicos para esse antígeno, que vão se ligar aos mastócitos e ficar na mucosa.
ÁCAROS * Dermatophagoides pteronysinus * Dermatophagoides farinae * Blomia tropicalis – mais prevalente aqui no Sul
*Foto de lado para economizar espaço. Quando o pcte já esta sensibilizado, na próxima exposição, quando o alérgeno se ligar ao seu IgE especifico, há degranulação dos mastócitos e liberação de vários mediadores, como a histamina.
Reação imediata: principal mediador liberado é histamina Vasodilatação (= obstrução nasal) ↑permeabilidade vascular (=perde liquido, coriza) Secreção glandular (=coriza) Estimulação de receptores H1 e fibras nervosas ( = espirros, prurido e rinorréia) Reação tardia Ocorre 4 a 12 horas após a exposição Não ocorre em todo o pcte, cerca de 50% pacientes Lesão tissular por eosinófilos
Aumento da incidência: Aumento da poluição atmosférica: aumento de IgE e infiltrado eosinofílico na mucosa nasal
Estilo de vida ocidental : predomínio da resposta inflamatória alérgica (alça Th2). Isso se deve a redução dos casos de verminoses, principalmente em crianças, pois era uma resposta Th1. Hoje, pela menor exposição a vermos, o balanço entre resposta Th1 e Th2 parece estar em desequilíbrio, tendendo para Th2.
* Local úmido e escuro * Temperatura: 21 – 28oC * Se alimentam pele descamada e fungos * Reproduzem-se nessas condições citadas acima, logo, especialmente em: colchão, travesseiro, carpete, almofadas e cobertores. - Nota-se que o principal local de reprodução de ácaros é do quarto, então ele deve ser o foco no tto não medicamentoso – troca mais frequente de roupa de cama, ventilar mais o quarto, usar talvez uma capa no colchão, não usar carpetes, tapetes de preferência antialérgicos, etc.
ANIMAIS * O gato é mais alergênico que o cachorro * Quais são os alérgenos ∕ de onde eles vêm: Descamação epidérmica Excreção de glândula sebácea Proteína da saliva e urina - Pior: o ácaro alimenta-se de todos esses restos e secreções. Logo, você pode ser alérgico ao gato e ao ácaro que o acompanha, ou somente ao ácaro. - Estudos mostram que quando a exposição é precoce, reduz o risco da criança tornar-se alérgica ao animal (porém pode ter ácaro!)
FUNGOS * Alternaria * Cladosporium
* Clima frio e úmido – no * Plantas podem ser res
* Penicillium * Aspergillus
* Paredes externas em geral são mais úmidas; tendo, assim, maior chance de ter fungos. Logo aconselha-se a afastar no mínimo 10 cm as camas de pcte alergenos dessas paredes que fazem contato com meio externo.
* Pode aconselhar a espalhar giz anti-alérgico ou gel de sílica nos armários e outros locais úmidos. * O ácaro também se alimenta de fungos, logo onde tiver fungo, vai ter ácaro.
INSETOS * Baratas – 30% da pop é alérgica: - Periplaneta americana - Blatella germanica * Alérgenos são proteínas oriundas de: Renovação e decomposição corporal Saliva Secreções POLENS – perguntar onde a pessoa vive, se tem muita planta, etc. * Árvores * Gramíneas - Eucaliptus - Lolium multiflorum (azevém) - Ligustrum - Antroxantum odoratum (grama-do - Platanus - Cynodon dactilon (grama comum) - Cipestres - Holcus lonatus (capim-lanudo) - Compostas - Paspalum notatum (capim Bahia) - Araucaria - Bromus inermis (capim cevadinha) Diagnóstico: CLINÍCO Anamnese: perguntar se pcte tem mais crises de espirro, obstrução nasal, se tem prurido nasal, tudo mais o que falamos até aqui. História de atopia: - Pessoal - Familiar
Exame físico: - Observar se o pcte tem o habito de coçar o nariz (ou tem a prega) - Sinal de Dennie-Morgan (prega ocular do atópico, ocorre pela congestão nasal, que impede a drenagem dos vasos da região peri-ocular). - Rinoscopia: mucosa rosa-pálida até cinza-arroxeada, presença de coriza, raias de muco, pode ter edema. Pausa para explicação sobre septo nasal e conchas...
- Testes alérgicos: intradérmico, punctura e RAST (IgE específica sérica) Intradérmico: mais específico, porem mais difícil de realizar, é preciso fazer injeções SC do material testado. Também tem maior risco de anafilaxia. Punctura: mais fácil de ser realizado e sem tanta chance (quase mínima) de anafilaxia. Limpa-se a pele do pcte com álcool e pinga-se os possíveis alérgeno na pele do pcte. Junto do alérgeno, é preciso fazer um controle positivo (gota histamina) e um controle negativo (gota SF 90).
Interferência de medicamentos: vários, entre eles vale lembrar dos Corticosteróides ( até 15mg/dia não interfere). Outros estão abaixo, junto com a quantidade de dias que tem que ficar sem usar para poder fazer o teste. Medicamento Cetirizina Hidroxizina Fexofenadina Terfenadina B 2-agonista Psicoativos
Dias 4 5 5 4 18 2
Medicamento Cetotifeno Loratadina Bloq H2 Cromoglicato Aminofilina Ranitidina
Dias 2 2 2 1 2 2
Tratamento: Controle ambiental: revisar todos os cuidados, mesmo que o pcte já tenha outra doença atópica. Lembrando dos tópicos que já falamos (roupa de cama, paredesexternas, lavar nariz, tirar animais de pelúcia do quarto).
Lavagem nasal – preferir os com válvulas. Há soros hipertônicos (mais efetivo), que funcionam melhor para adultos, criança em geral não tolera. Anti-histamínicos – um dos produtos mais importantes do tto. Usar sempre de 2ª geração para evitar sonolência. Posologia: 1 cp∕dia, por 10 dias. Se tosse alérgica, usar por 20d. - Loratadina 10mg: claritin - Levocetirizina 5mg: zyxem - Desloratadina 5mg: desal - Ebastina 10mg: ebastel - Rupatadina 10mg: rupafin - Fexofenadina 120mg: alle - Bilastina 20mg: alektos *Deslolaratina pode usar para hipertensos *Levocetirizina pode ser usado a partir de 6 anos *Rupatadina promete também efeito anti-inflamatório.
Anti-histamínico associado c∕ descongestionante nasal
- A importância de saber um pouco mais sobre as posições dos cornetos deve ao uso das medicações, que devem ir no corneto e não no teto do nariz.
Exames Complementares – auxiliam no tipo de alergia - Citologia nasal (swab por 5min no meato médio esfregaço) - Hemograma (eosinofilia, quando descartado parasitoses) - IgE sérica (espera-se de um pcte atópico, IgE elevada. Mas se o pcte estiver em franca reação pode estar consumida, diminuída)
Posologia: 12∕12h (exceto Ebastel D, que é 1cp∕dia). Todos com pseudoefedrina ″acordam″ o pcte, logo tentar usar longe do horário de dormir, tipo 6-7h da manha e 6-7h da noite. Também alertar o pcte sobre taquicardia e bloqueio da bexiga (paraefeitos) - Loratadina + pseudoefedrina: claritin D - Ebastina + pseudoefedrina: ebastel D - Fexofenadina + pseudoefedrina: allegra D - Desloratadina + pseudoefedrina: desalex D12 *Loratadina + pseudoefedrina só tem xarope e só pode usar a partir de 6 anos
Corticoide tópico nasal
Orientar para manter antileucotrieno o restante do inverno e usar o corticoide por 7d quando tiver crises. Modelo de tto para criança: Criança > 6 anos: usar descongestionante em xarope (tipo allegra D). Abaixo de 30kg: 2ml xarope por 2xdia Acima de 30kg: 5ml por 2xdia. Usar por 1 semana.
Pode usar em criança20% normal), testes alérgicos negativos e IgE normal Tratamento: Higiene ambiental, corticosteróide tópico e sistêmico, cirurgia para polipose (= rinite alérgica, exceto pelo antileucotrieno)
RINITE HORMONAL Gestacional: 2o e 3o trimestre, até 30d após o parto - Fisiopatologia: Progesterona relaxa musculatura lisa elevando volume sanguíneo e estrógeno inibe a acetilcolinesterase provocando predomínio do parassimpático na mucosa nasal edema - Tto: Corticosteróide nasal (seguro) Hipotireoidismo: não é comum - TSH – produção de ácido mucopolissacarídeo – edema de cornetos: obstrução nasal
Comum em padeiros Irritantes: Ácaros de estocagem Tintura de filmes fotográficos Látex Clinica: quando o pcte se afasta do trabalho (atestado ou férias) tem resolução dos sintomas, quando retorna, tem inicio do quadro. Tto: Se não for possível o pcte trocar de função ou ambiente no trabalho, é em geral um caso que nós usamos muitas medicações e por longos períodos. RINITE ATRÓFICA Pcte tem mucosa atrofiada, que pode comprometer até osso e cartilagem. Primária: Idiopática: atrofia de mucosa sem comprometimento ósseo ou cartilaginoso Pcte em geral não tem queixa (maioria só compromete mucosa mesmo), é um achado (rinoscopia ou TC).
Secundária: Iatrogênica (retirou muito corneto na cirurgia), granulomatoses Pcte tem crosta no nariz, pode ter odor fétido Tto: lavar mais o nariz. Se fizer infecção secund, atb. Ozenosa (pior): Atrofia osteomucosa do nariz Formação de muuitas crostas e secreção mucopurulenta Patologia de difícil controle, não se sabe tratar definidamente....