Title | Autovalores e Autovetores |
---|---|
Course | Álgebra Linear 3 |
Institution | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Pages | 9 |
File Size | 197.9 KB |
File Type | |
Total Downloads | 33 |
Total Views | 206 |
Resumo de Autovalores e Autovetores...
AUTOVALORES E AUTOVETORES É uma transformação especial T : V W. (I)
T(v) = v
Onde, é o autovalor (escalar) e v é autovetor (se v 0). Como toda transformação linear pode ser escrita pela multiplicação de uma matriz por um vetor então: (II) T(v) = Av Igualando (I) e (II), tem-se: Av = v ou Av – v = 0 que resulta no sistema homogêneo: (III) (A – I) v = 0 Onde A é n x n, v = 0 é sempre solução (trivial). Os vetores v 0 para os quais existe um que resolve a equação (III) são chamados de autovetores da matriz A e os valores de , que conjuntamente com v resolvem a equação são chamados de autovalores da matriz A associados aos respectivos autovetores. Para que a equação (III) tenha solução além da trivial é necessário que o determinante da matriz dos coeficientes seja zero, ou seja, 1
det(A – I) = 0 o que resulta em um polinômio de grau n em , conhecido como polinômio característico. As raízes do polinômio característico são os autovalores da matriz A. Para se encontrar os autovetores basta substituir o valor do autovalor na equação original e encontrar o autovetor. O autovalor será, então, associado ao autovetor encontrado. Na verdade, o autovetor encontrado forma uma base para o espaço de solução da equação (III), dado o respectivo autovalor. Logo, qualquer múltiplo do autovetor também é um autovetor. Portanto: Sendo A a matriz canônica que representa um operador linear T, temos: autovalores de T ou de A: são as raízes da equação det(A – I) = 0, autovetores v de T ou de A: para cada , são as soluções da equação Av = v ou (A – I)v = 0.
2
Interpretação geométrica u é autovetor de T pois R / T(u) = u. v não é autovetor de T pois não R / T(v) = v.
3
Exemplo 1: Considere o operador linear definido no exemplo anterior: T: R2 R2 (x, y) (4x + 5y, 2x + y)
autovalores de
4 A 2
5 1 ,
matriz canônica de T.
Resolvemos a equação característica det (A – I) = 0: 5 1 0 4 4 5 A I 1 0 1 2 2 1
det (A – I) = 0 (4 – ) (1 – ) – 10 = 0
2 – 5 – 6 = 0
1 = – 1 e 2 = 6.
4
autovetores de A ou de T: Para cada autovalor encontrado, resolvemos o sistema linear (A – I)v = 0: 1 1;
x v y
5 x 0 4 ( 1) ( A 1 I) v 0 2 1 ( 1) y 0 5 x 5 y 0 2x 2y 0 x -y
Então, v 1 = (– y, y) sendo um de seus representantes o vetor v1 = (– 1, 1). 2 6;
x v y
5 x 0 4 6 (A I ) 0 1 6 y 0 2 2 x 5 y 0 2 x 5 y 0 x
5 y. 2
5 5 Então v 2 = ( 2 y, y) sendo um de seus representantes o vetor v2 = ( 2 , 1).
5
Exemplo 2: Determinar os autovalores e autovetores do operador linear: T : 3 3, T(x,y,z) = (3x – y + z, -x + 5y + z, x – y + 3z) Em forma matricial: x 3 1 1 x T y 1 5 1 . y Av z 1 1 3 z 3- -1 1 3 2 det[A - I] - 1 5- 1 11 36 36 0 1 -1 3-
Cálculo numérico: = 0 -36 = 0 logo 1 > 0 = 1 -10 = 0 logo 1 > 1 = 2 0 = 0 logo 1 = 2 Dividindo por ( – 2): ( – 2) (2 - 9 + 18) = 0 2 = 6 e 3 = 3 Os autovalores são 1 = 2, 2 = 6 e 3 = 3 Para achar os autovetores basta substituir cada um dos autovalores na equação (A – I) v = 0: Para 1 = 2: 1 1 1
1 3 1
1 x 0 1 . y 0 1 z 0
. Escalonando:
6
1 0 0
1 2 0
1 1 0 0 0 0
0 1 0
1 0 ou seja, y 0 e z x 0
Logo, v1 = (x,0,-x) = x (1,0,-1) Assim, qualquer múltiplo do vetor (1,0,-1) é um autovetor que tem como autovalor associado 1 = 2, (1,0,-1)
v1 =
Para 2 = 3: 0 1 1 x 0 1 2 1 . y 0 1 1 0 z 0 1 0 1 0 0 0 1 2 1 1 0 1 ou seja, z x e z y, x y z 0 1 0 1 1 1
Assim, v2 = (x,x,x) = x (1,1,1). v2 = (1,1,1) ou seus múltiplos. Para 3 = 6: 3 1 1 x 0 1 1 1 . y 0 1 1 3 z 0 0 0 4 8 0 0 0 2 4 0 1 2 ou seja, z x e 2z y 1 1 3 1 0 1
v3 = (z,-2z,z) = z (1,-2,1)
7
v3 = (1,-2,1) ou seus múltiplos. Observações: Se é um autovalor de A, o conjunto S de todos os vetores v V, inclusive v nulo, associados a , é um subespaço vetorial (próprio) de V. A matriz dos autovetores é chamada MATRIZ MODAL.
Exemplo 3:
3 A 1
1 3
equação característica: det(A – I) = 0. 3 1
1 0 3
( 3 )2 1 0
2 2 3 4 0
2 3 2 i 3 i 2
autovalores de A: os valores 1 3 i e 2 complexos, igualmente válidos para nós!
3 i
não são reais A possui autovalores
8
O procedimento para se determinar os autovetores é o mesmo. Assim, é possível encontrar os autovetores associados a estes autovalores.
Referências Bibliográficas: http://www.ene.unb.br/~flavia/aula16-adl.doc http://www.stamford.pro.br/ARQUIVOS/2002_Algebra.doc BOLDRINI, C. Álgebra Linear. 3ª ed. Editora Harbra, 1986.
9...