Biografia - Jean-Jacques Rousseau PDF

Title Biografia - Jean-Jacques Rousseau
Course História
Institution Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
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Tudo sobre o iluminista Jean-Jacques Rousseau...


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Biografia: Jean-Jacques Rousseau nasceu em 28 de junho de 1712 na cidade de Genebra (Suíça). É considerado um dos principais filósofos do iluminismo. Na adolescência foi estudar numa rígida escola religiosa. No final da adolescência foi morar em Paris. Foi convidado por Diderot para escrever alguns verbetes para a Enciclopédia. No ano de 1762, Rousseau começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram consideradas uma afronta aos costumes morais e religiosos. Em 1765, foi morar na Inglaterra a convite do filósofo David Hume. De volta à França, casou-se com Thérèse Levasseur. Suas fugas às perseguições e uma vida de aventuras e de errância, fizeram com que Rousseau passasse a levar uma vida retirada e solitária. Nesta época, dedicase à natureza e monta um herbário. Falece aos 66 anos, em 2 de julho de 1778, no castelo de Ermenonville, onde estava hospedado. Iluminismo: Movimento de ideias que teve suas origens no século XVII e que se desenvolveu especialmente no século XVIII, chamado por isso de ‘’século das luzes’’, ou ‘’da ilustração’’. Almejava ‘’iluminar’’ o senso crítico do homem buscando um mundo melhor. Para os filósofos do iluminismo, a razão seria a única capaz de explicar todos os mistérios do universo e, portanto de resolver todos os problemas. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa. A filosofia de Rousseau O Homem é bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo da vida em sociedade, a qual o predispõe à depravação. O homem e o cidadão são condições paradoxais na natureza humana, pois é o reflexo das incoerências que se instauram na relação do ser humano com o grupo social, que inevitavelmente o corrompe. Rousseau idealiza o homem em estado selvagem, pois primitivamente ele é generoso. Um dos equívocos cometidos pela sociedade é a prática da desigualdade, seja a individual, seja a provocada pelo próprio contexto social. Rousseau defende a formação do homem natural no seu lar, junto aos familiares, por constituir um ser integral voltado para si mesmo, que vive de forma absoluta. Já o cidadão deve ser educado no circuito público proporcionado pelo Estado, pois é tão somente uma parte do todo, e por esta razão engendra uma vida relativa. Principais obras: As principais obras de Rousseau defendem seu ponto de vista em relação à sociedade e suas crenças, sendo elas:

Discurso sobre as Ciências e as Artes (1749): Rousseau, por meio de seu discurso, vai analisar se o restabelecimento das ciências e das ates vai contribuir para aprimorar ou tornar podre os costumes da sociedade. Ou seja, ele vai analisar as consequências do desenvolvimento das ciências e das ates no comportamento das pessoas. Rousseau acredita que as ciências e as artes é algo ruim para as pessoas, trazem vícios e costumes que de nada as favorece, ou seja, corrompem o homem. Ao ser a obra publicada, a censura cortou vários trechos do original: muitas passagens contra a tirania dos reis e a hipocrisia do clero foram eliminadas. O subtítulo "Liberdade" foi retirado. Porém, ele ataca as ciências e especialmente as artes e literatura como escravizadoras e corruptoras e como instrumento de propaganda e fonte de mais riqueza nas mãos dos ricos. Discurso sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens (1755): Rousseau inicia o discurso fazendo uma distinção das duas desigualdades existentes: a desigualdade natural ou física e a desigualdade moral ou política. A desigualdade natural (sexo, idade, força etc.) não é o objetivo dos estudos de Rousseau, pois como o próprio nome já afirma, esta desigualdade tem uma origem natural e não foi ela que submeteu um homem a outro. A origem da desigualdade moral ou política é o que interessa para Rousseau. Partindo de sua teoria dos dois princípios básicos que regem a alma humana, Rousseau descreve o homem natural como um ser solitário, possuidor de um instinto de autopreservação, dotado de sentimento de compaixão por outros de seu convívio, e possuindo a razão apenas potencialmente, como vemos no ensaio IX: ‘’ "Eles tiveram a ideia de um pai, filho, irmão, e não de um homem. A cabine continha todos os seus companheiros... Fora eles e suas famílias, não havia mais nada no universo. É justamente a falta de razão que possibilita o homem a viver naturalmente: a razão, ou a imaginação que o permite considerar outro homem como seu alter-ego (ou seja, como um ser humano também), a linguagem e a sociedade, tudo isso constitui a cultura, e não são faculdades do estado de natureza. Mesmo assim, o homem natural já possui todas essas características; ele é anti-social, mas é associável: "não é hostil à sociedade, mas não é inclinável a ela. Foram os germes que se desenvolveram, e podem se tornar as virtudes sociais, tendências sociais, mas eles são apenas potenciais."(Segundo Discurso, Parte I). O homem é sociável, antes mesmo de socializar. Possui um potencial de sociabilidade que somente o contato com algumas forças hostis podem expor. Contrato Social (1762): Rousseau no Contrato Social questiona o motivo de os homens viverem sob os grilhões da vida em sociedade, do porquê de os homens abandonarem o estado de natureza, uma vez que todos nascem homens e livres. Ele propõe que todos os homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos, e se desdobra em quatro livros. No primeiro livro Rousseau aborda liberdade natural, nata, do ser humano, como ele a havia perdido, e como ele haveria de recuperá-la e condena a escravidão, como algo

paradoxal ao direito. A conclusão é que, se recuperando a liberdade, o povo é quem escolhe seus representantes e a melhor forma de governo se faz por meio de uma convenção. Essa convenção é formada pelos homens como uma forma de defesa contra aqueles que fazem o mal. No segundo livro Rousseau aborda os aspectos jurídicos do Estado Civil. As principais ideias são desenvolvidas a partir de um princípio central, a soberania do povo, que é indivisível. O povo, então, tem interesses, que são nomeados como “vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade. Evidentemente, o “soberano” tem que agir de acordo com essa vontade, o que representa o limite do poder de tal governante: ele não pode ultrapassar a soberania do povo ou a vontade geral. O terceiro livro se refere às possíveis formas de governo, que são a democracia, a aristocracia e a monarquia, e suas características e princípios. Para Rousseau, a democracia é boa em cidades pequenas, a aristocracia em Estados médios e a monarquia em Estados grandes. O quarto livro retoma a ideia de vontade geral, e afirma que esta é indestrutível. Enquanto numerosos homens reunidos se consideram como um corpo único, sua vontade também é única e se relaciona com a comum conservação e o bem-estar geral. Emílio, ou da Educação (1762): No Emílio, Rousseau propõe, um sistema educativo que permita ao “homem natural” convier com essa sociedade corrupta. Rousseau acompanha o tratado de uma história romanceada do jovem Emílio e seu tutor, para ilustrar como se deve educar ao cidadão ideal. No entanto, Emílio não é um guia detalhado, ainda sim inclui alguns conselhos sobre como educar as crianças. Hoje se considera o primeiro tratado sobre filosofía da educação no mundo ocidental. O texto se divide em cinco “livros”, os três primeiros dedicados à infância de Emílio, o quarto à sua adolescência, e o quinto à educação de Sofia a “mulher ideal” e futura esposa de Emílio, e à vida doméstica e civil deste, incluindo a formação política. O Emílio foi proibido e queimado em Paris e em Genebra, por causa do controvertido fragmento sobre a “Profissão de fé do vigário Savoiano”; porém, apesar, ou por causa de sua reputação, rapidamente se converteu em um dos livros mais lídos na Europa. Durante aRevolução francesa o Emílio serviu como inspiração do novo sistema educativo nacional. Os Devaneios de um Caminhante Solitário (1778): Nos dois últimos anos de vida Rousseau realizou longas caminhadas por Paris e arredores, observando os passantes, a flora – uma de suas grandes paixões –, as edificações e refletindo, amargurado, sobre a sociedade. Sentindo-se isolado pelas críticas à sua obra e às suas posições humanistas, registrou essas impressões em Os devaneios do caminhante solitário, um dos seus livros mais tocantes. Nele a paixão inflamada dos seus primeiros escritos dá lugar ao lirismo e à serenidade, inspirando centenas de pensadores com suas considerações sobre a natureza do homem, sua individualidade e conduta. Em 2 de julho Rosseau termina de escrever os Devaneios. Morre em 2 de julho e é sepultado em Ermenonville. Seus restos mortais foram traslados para o Panteão de Paris em 1794.

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http://www.suapesquisa.com/historia/iluminismo/ http://www.infoescola.com/filosofia/a-filosofia-de-rousseau/ http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/d/discur so_sobre_a_origem_da_desigualdade http://www.culturabrasil.pro.br/rousseau.htm http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Rousseau-Discurso-Sobre-As-Ci %C3%AAncias/371232.html http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/contratosocial.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio,_ou_Da_Educa%C3%A7%C3%A3o...


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