Cenários de resposta - Unidade 5 PDF

Title Cenários de resposta - Unidade 5
Author Margarida Correio
Course portugues
Institution Escola Secundária da Ramada
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Páginas Domínio / texto Cenário de Resposta296 Compreensão do Oral1.a. V b. V c. F − Lutou contra esses princípios. d. V e. V f. V g. V h. F − Detetou-se na sua poesia e na sua vida uma dimensão angustiante. i. F − Foi substituído por um princípio imanente. j. V k. V l. V m. V296 Expressão Oral Refe...


Description

Sentidos 11, Unidade 5 – Antero de Quental, Sonetos completos

Páginas

Domínio / texto

296

Compreensão do Oral

Cenários de Resposta

Cenário de Resposta

1. a. V b. V c. F − Lutou contra esses princípios. d. V e. V f. V g. V h. F − Detetou-se na sua poesia e na sua vida uma dimensão angustiante. i. F − Foi substituído por um princípio imanente. j. V k. V l. V m. V

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Expressão Oral

Referir, por exemplo: • educado segundo os princípios da religião católica, foi confrontado com os valores inerentes à religião e à realidade cultural e intelectual que encontrou em Coimbra (contacto com autores e obras). Este contacto desenvolveu-lhe o espírito crítico e fê-lo olhar para o ser humano e para o mundo de modo diferente e inovador; • descrente no cristianismo em consequência da evolução do seu pensamento (fruto do conhecimento que foi adquirindo); • pioneiro, considerado pelos colegas mestre de toda a polémica da Questão Coimbrã; • lutador contra a mediocridade e adepto da vontade de europeizar Portugal; • obra marcada por contradições, conflitos interiores e por uma nova conceção do mundo.

297

Informar

1.1 [A] 1.2 [B]

298

Informar

1. a. V b. F − A busca constante de um sentido para a vida é uma das suas preocupações fundamentais. c. V d. V e. V

Sentidos 11, Unidade 5 – Antero de Quental, Sonetos completos

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Educação Literária “O palácio da ventura”

Cenários de Resposta

1. O poema apresenta um caráter narrativo na medida em que se faz referência à personagem do cavaleiro e à caminhada que ele realiza, remetendo-nos para um passado histórico, a Idade Média (ação). Possui também um caráter épico, uma vez que a personagem enfrenta as dificuldades da viagem (desertos, sóis, noite escura), na busca da felicidade, revelando uma atitude combativa e persistente. 2. O uso da maiúscula destaca o sentido desses vocábulos, conferindo um valor negativo ao verso onde os dois primeiros vocábulos surgem e um valor positivo onde surge o último. 3. Estes versos traduzem a coragem e a persistência do sujeito lírico, na persecução do seu objetivo, a busca do Ideal, do Absoluto. 3.1 O tom enérgico é conferido pela enumeração das ações empreendidas pelo sujeito poético (“Com grandes golpes bato à porta e brado” – v. 9), pelo valor semântico das formas verbais utilizadas (“bato” e “brado”), pela sonoridade forte, conferida pelos sons consonânticos /b/, /g/, /p/ e pelo uso do imperativo, revelador da ânsia do “eu” que pretende alcançar a paz do outro lado do “palácio encantado da Ventura”. 4. Estes versos traduzem a confirmação da angústia e da desilusão; são o culminar do desespero do cavaleiro cuja busca da felicidade o levou à descoberta de que, para lá das portas douradas, se encontra apenas o vazio. 5. A euforia ou entusiasmo acompanham o sujeito poético no início, uma vez que acredita poder encontrar o que busca. Porém, a disforia apossa-se dele durante o percurso que faz (veja-se a 2.a quadra), dominando-o. O entusiasmo renasce quando vê a possibilidade de alcançar o Ideal (1.o terceto e 1.o verso do segundo), mas novamente se observa a disforia, nos dois últimos versos. 6. As metáforas “cavaleiro andante” (referência ao próprio sujeito poético) e “palácio encantado da Ventura” (que é, simultâneamente a alegoria da felicidade), transportam-nos para o mundo da infância e para a Idade Média, o que enfatiza a ideia de distância mas também de um mundo fantástico, portanto, de conotação positiva, ou seja, eufórica. No entanto, as expressões “Quebrada a espada” e “rota a armadura” representam metáforas de conotação negativa, simbolizando o fim do sonho, a deceção, logo, a disforia. 7. Conotação positiva – “Sonho”, “cavaleiro andante”, “fulgurante”, “pompa e aérea formusura”, “portas d`ouro”, “fragor”; Conotação negativa: “desertos, sóis, noite escura”, “Quebrada a espada”, “rota a armadura”, “o Vagabundo, o Deserdado”, “meus ais”, “Silêncio e escuridão”. 8.1. Oração coordenada – “Com grandes golpes bato à porta”. Oração coordenada copulativa – “e brado”. 8.2. Sujeito – (eu) subentendido; complemento oblíquo – “à porta”; modificador (do grupo verbal) − “Com grandes golpes”.

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Educação Literária “Despondency”

1. “ave”, “vela”, “alma lastimosa”, “nota desprendida” (canto), “esperança”, “vida” e “amor”. 2. “ave” é a metáfora de “liberdade” e estabelece-se uma equivalência semântica com “alma”; “vela” é uma metáfora para o sentido da vida. 3. Angústia existencial, sentimento de desalento, sensação de vazio, pessimismo, mágoa, abandono face à vida, à existência. 4. As reticências sugerem a hesitação, a indefinição e o desalento; a exclamação final traduz a emoção causada pela consciência da inutilidade da vida. 5. O paralelismo anafórico (“Deixá-la ir”); a estrutura bipartida / tripartida dos primeiros versos de cada estrofe marcada pela pontuação, o prolongamento / encadeamento do sentido (primeiros versos das duas quadras e do último terceto) pelos versos seguintes; a rima (sons abertos nas quadras / sons fechado nos tercetos); o polissíndeto (vv. 2 e 10); as reticências nos versos finais – são recursos que conferem ao poema um ritmo marcadamente lento, pausado, em coerência com a temática particularmente emotiva do soneto − desalento, abandono, amargura.

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Cenários de Resposta

Sugestão de tópicos para produção da apreciação crítica. 300

Escrita

301

Educação Literária “Lacrimae rerum”

1. O sujeito poético sente-se triste, desolado, pessimista; sofre de uma angústia metafísica que o leva a questionar(-se). 2. A “Noite” é apresentada como confidente, mas não responde aos anseios e dúvidas do sujeito poético (“muda”), pois é alheia ao seu drama psicológico; revela-se também como uma personagem que simboliza a morte (“sinistra”) e enfatiza a ideia de luto e de dúvida. 3. As interrogações traduzem a inquietação metafísica do sujeito lírico, a ânsia de absoluto, e acentuam o caráter inquiridor do poema. 4. O poema inicia-se com uma reflexão do sujeito poético focalizada na primeira pessoa “eu” e na invocação da “Noite”. Na segunda quadra, a reflexão, através da interrogação retórica, adquire uma dimensão universal: a busca da explicação do sujeito é a busca de todo o ser humano. No último terceto, verifica-se o regresso a uma visão particular. 5. Metáfora – “aonde vão teus sóis”, sugere os aspetos positivos que a noite proporciona, dado confortar as almas inquietas, embora essa capacidade já lhe não seja inerente. Personificação da noite – toda a 1.a; apóstrofe − “Noite, irmã da Razão e irmã da Morte” (v. 1). A personificação e a apóstrofe constroem-se em torno do vocábulo “Noite” – ela é o símbolo da própria morte. 6.1 O poema apresenta unidade, dado que o tema, desde a primeira estrofe, vai sendo explorado, ainda que distintamente, ao longo do texto. O último terceto condensa o desencanto espiritual do sujeito lírico (“dúvida e luto”; “perdido”), para concluir (“chave de ouro”) com a referência ao silêncio das trevas. 7. Trata-se de um soneto, constituído por duas quadras e dois tercetos em versos decassilábicos, com rima emparelhada e interpolada, como prova o esquema rimático abba / abba / ccd / eed. 8. – É o sonho das mil e uma noites. (felicidade, harmonia) – Estou triste como a noite. (Infeliz em demasia)

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Educação Literária “A ideia”

1. “Lá” conota o indefinido e é apresentado como um espaço de felicidade, beleza e luz (primeiro terceto), onde o sujeito poético poderá ouvir a voz de Deus (segundo terceto).

O quadro, em perspetiva, ganha vida com o contraste entre as cores quentes do fundo da paisagem e o azul do rio e da figura humana – cor fria, a conotar desespero. A linha diagonal da ponte encaminha o olhar do obser vador para as figuras humanas, em especial para o rosto da figura central, e, nesta, para a boca, em posição de grito de dor. As linhas sinuosas e fluidas da figura humana e da paisagem – céu e água – originam imagens distorcidas, indiciadoras da dor do sujeito representado, como se o eco do grito distorcesse a própria paisagem, o mundo circundante. A figura representada em primeiro plano transmite sentimentos de angústia e de desespero, sugeridos pela forte expressividade do rosto, nomeadamente dos olhos e da boca, pela colocação das mãos e pela ausência de cabelo. Assim, linhas, formas e cor, tudo se conjuga, acentuando a força expressiva do grito perturbador lançado pela figura central.

2. Trata-se da apóstrofe, que transmite a ideia de determinação e que confere ao soneto um caráter circular, o que poderá significar que, fruto dessa determinação, o sujeito poético está próximo de encontrar (“É que te havemos de abraçar,”) as respostas que procura – a “Verdade!”. 3. Os vocábulos referidos demonstram o caráter reflexivo do poema e a existência de um discurso conceptual, permitindo inferir as várias configurações de que o Ideal se reveste. 4. A Ideia é definida como a consciência, onde reside a própria essência do ser humano – Deus revela-se através da consciência, por isso é um Deus imanente. 5. No poema VII, o sujeito poético procura a Ideia num espaço − “Lá” – que implica distância, logo, transcendência. A Ideia é, aqui, apresentada como símbolo da Verdade. No poema VIII, em oposição a “Lá”, “Cá” conota imanência, logo, a Ideia é definida como a própria Consciência. Confirma-se, assim, a imanência de Deus.

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303

Leitura

Cenários de Resposta

1. Manoel de Oliveira é reconhecido como tendo sido o mais antigo cineasta do mundo em atividade; centenário na idade, manifestava, no entanto, um espírito jovem; desenvolveu um trabalho tendo por base obras com muita qualidade literária, perseguindo sempre o absoluto. 2. Argumentos: 1.o − realizou um trabalho que põe em destaque a importância da palavra; 2.o − os seus filmes permitem uma reflexão sobre a história de Portugal; 3.o − desenvolveu um tipo de cinema que trata temas como a procura de absoluto e a inquietação metafísica. 3. “a ardente procura do absoluto” (l. 21); “revisitando com sensibilidade a tradição cristã” (ll. 21-22); “auscultando também as interrogações de infinito” (ll. 22-23); “foi um grande apaixonado do absoluto” (l. 24). 4. Trata-se de um artigo de opinião, pois nele se explicita claramente um ponto de vista − a cultura portuguesa e a Igreja em Portugal estão gratas a Manoel de Oliveira. Esse ponto de vista é suportado por argumentos e exemplos de forma coerente. Além disso, o texto apresenta um discurso de caráter valorativo (“ampla herança”; “nome indiscutivelmente cimeiro”; “A riqueza imagética do seu cinema”, …) 5. O antecedente é “Oliveira”. 6. Coesão lexical (por substituição).

304

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1. [C]

305

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1. A poesia de Antero marca uma viragem porque se trata de um discurso conceptual; nela se manifesta uma reflexão de cariz ideológico e filosófico, se conciliam emoções opostas e se evidencia uma atitude mental inovadora perante o indivíduo, a vida e o mundo. Antero não seguiu escolas nem movimentos, deu voz a um espírito eminentemente humanista. 1.

307

VERIFICAR

a. F – As suas preocupações abrangiam questões de ordem social, política e filosófica. b. V c. V d. F – O amor, a justiça e a liberdade são valores defendidos por Antero. e. V f. F – Os mistérios da vida, da morte e de Deus são preocupações manifestadas na sua obra. g. F – o abatimento e a angústia resultam do seu drama interior. h. V i. F – O abatimento e a disforia são frequentes na sua obra. j. V k. V l. V 2.1 [A] 2.2 [C]...


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