CHIAVENATTO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3a ed PDF

Title CHIAVENATTO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3a ed
Author Moises Philipp
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CHIAVENATO, IDALBERTO (1983). Introdução à Teoria Geral da Administração. 3ª Edição. S. Paulo: McGraw-Hill do Brasil. Introdução àTeoria Geral da Administração Copyright O 1976,1979,1983 da Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda. Todos os direitos reservados pela Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda. Ne...


Description

CHIAVENATO, IDALBERTO (1983). Introdução à Teoria Geral da Administração. 3ª Edição. S. Paulo: McGraw-Hill do Brasil.

Introdução àTeoria Geral da Administração

Copyright O 1976,1979,1983 da Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda. Todos os direitos reservados pela Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda.

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Capa: Marco Antonio de São Pedro CIP-Brasil. Catalogação-na-Publicação Câmara Brasileira do Livro, SP Chiavenato , Idalberto,1936 C458i Introdução à teoria geral da administração / Idalberto Chiavenato. - 3. ed. 3. ed. São Paulo : McGraw-Hill do Brasil,1983. Bibliografia. 1: Administração - Teoria I. Título. 83 -0001

CDD - 65 8 .001 Indices para catálogo sistemático: 1. Administração : Teoria 658.001 I.t itL . ; , . ; i, Pon -a c - l3l 3 o . ;-

Rita com muito amor.

II PREFACIO A 3á EDI AO

Dizer que estamos em uma época de mudança e de instabilidade parece até redundância ou afirmação prosaica. Contudo, o que importa é que à medida que o ambiente se torna mais instável e turbulento - como é o que está acontecendo no mundo de hoje -, maior a necessidade de opções diferentes para a solução dos problemas e situações que se alternam e se difecenciam de maneira crescentemente diversa. À medida que o profissional que se dedica à Administração cresce e se desloca dos trabalhos meramente operacionais e orientados para o campo da ação e da operação - onde geralmente utiliza suas habilidades práticas e concretas de como fazer e executar cectas coisas de maneira correta e eficiente -, para atividades administrativas e orientadas para o campo do diagnóstico e da decisão - onde geralmente utiÌiza suas habilidades conceituais de sentir e de definir situações e equacionac estratégias de ação adequadas e eficazes para aquelas situações -, maior a necessidade de se fundamentar em conceitos, idéias, teorias e valores que lhe permitam a orientação e o balizamento do seu comportamento, o qual obviamente influenciará poderosamente o comportamento de todos aqueles que trabalham sob sua direção e orientação. Neste sentido, a Teoria Geral da Administra ão é uma disciplina eminentemente orientadora-do comportamento do profissional de Administração. Ao invés de se preocupar em ensinar a executar ou fazer certas eoisas - o como -, ela busca ensinar quais as coisas que devem ser feitas em determinadas circunstâncias ou ambientes - o porquê. A TGA não visa formar o profissional prático que sai da escola pronto e acabado para executar algumas coisas e tarefas, quaisquer que sejam as situações ou circunstâncias que o envolvam. Pelo contrário, a TGA procura ensinar o futuro profissional a pensar e, sobretudo, a raciocinar a partir de uma bagagem de conceitos e idéias que traz como ferramentas de trabalho. Aliás, o que diferencia o administrador de um simples executor de tarefas é exatamente o fato de que enquanto o segundò sabejazer e executar certas coisas que aprendeu mecanicamente (como desenhar organogramas e tluxogramas, compor orçamentos, opecar lançamentos e registros, montar previsões de vendas etc.), de maneira prática, concreta e imediatista, o primeiro sabe analisar e resolver situa ões problemáticas variadas e complexas, pois apcendeu a pensar,

X

INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Bste livro, quase um manual introdutório, quase uma antologia pela sua própria natureza, é destinado tanto aos estudantes de Administraçâo, como àqueles que necessitam de uma base conceptual e teórica indispensável à prática administrativa. Desejo externar meus sinceros agradecimentos às editoras Atlas, Livraria Pioneira Editora, Edgard Bliicher, Zahar Editores, Serviço de Publicações da Fundação Getúlio Vargas, Vozes, Livraria Freitas Bastos, Editora Pedagógica e Universitária, Livros Técnicos e Científicos, Artenova, e às editoras estrangeiras, pela permissão de fazer referências a textos e gráficos de autores e obras referidos neste trabalho. Idalberto Chiavenato

SUMARIO Parte 1: INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Capftulo l. A Administração e suas Perspectivas . 5 Conteúdo e objeto de estudo da Administração . . . . 6 O Estado Atual da Teoria Geral da Administração . . 9 A Administração na sociedade moderna . . . . . 10 Perspectivas futuras da Administração . I2 Sumário . 14 Perguntas para revisão e discussão . . . . 14 Caso: Método do caso . . 14 Parte 2 : OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO Capftulo 2. Antecedentes Históricos da Adnúnistração . . Influência dos filósofos . 22 Influência da organização da Igreja Católica . . . Influência da organização militar . Influência da Revolução Industrial . . . Influência dos economistas liberais . . . Sumário . 31 Perguntas para revisão e discussão . . . .

21 . 24 . 24 ' 25 29 32

Parte 3 : ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Origens da abordagem clássica

34

XII

INTRODUÇÃO A TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Capftulo 3. Ad istraçãoCientffica A obra de Taylor . . . Administraçâo como ciência . . Organização racional do trabalho. . . . . Princípios da Administração Científ ica Apreciação crítica da Administração Científica Sumário . . . 62 Perguntas para revisão e discussão . . . Caso: Indústria Sâo Pedro, Autopeças S.A. . . Caso: Alfa S. A. . . . 68

. 37 . 40 . 41 . 51 . 55 . 63 . 68

Capftulo 4. Teoria Clásaica da Adntinistração . . . . . 70 A obra de Fayol . . . . . 71 Teoria da Organização Elementos da Administração . . 80 Princípios de Adnúnistração . . 83 Apreciação crítica da Teoria Clássica . 84 Sumário Perguntas para revisâo e discussão . . Caso: Fundição Rio Negro . . . 90 Parte 4 : ABORDAGEM HUMATiÌSTICA DA ADMINISTRAÇÃO Capftulo 5. Teoria das Relações Humanas . 96 Origens da Teoria das Relações Humanas . . . 97 A Experiência de Hawthorne A civilização industrializada e o homem . . . . 106 Funções básicas da organizaçâo industrial . . . 108 Sumário . 110 Perguntas para revisão e discussão . . . 111 Caso: Helny S.A., Ind. e Com. de Embalagens Especiais . . . . 111 Caso : Construtora Imóbilis S A . I 13 Capftulo 6. Decorrências da Teoria das Relações Humanas . . . . 116 Influência da motivaçâo humana . . . . I 17 I derança . . . . 124 Comunicações . 133 Organização informal . 136 Din mica de grupo . . 139 Apreciação crítica da Teoria das Relações Humanas . 144 Sumário . 154 Perguntas para revisão e discussão . . . 155

Caso: Produtos Alimentícios Ce este 1

. 156

SUMARIO

WII

Caso: Loja Independéncia . Caso: Cia. Regéncia de Roupas .

. 159 . 161

P rte 5 : ABORDAGEM NEOCLdSSICA DA ADMINISTRAÇA Capítulo 7. Teoria Neo ica da Ad istração . . Características principais da Teoria Neoclássica . . . Àdministração como técnica social . Centralização X descentralização . . . Funções do administrador . . Sumário . . . Perguntas para revisão e discussão . . Caso: Textim S.A., Produtos Téxteis Caso: Detex . . '

166 166 170 I 3 180 180 18l I83

Capítulo 8. Decorrén s da Abordagem Neocl ica; Tipos de 'zação . Características básicas da organização formal 186 Organização linear . . . 192 Organização funcional 195 Organização linha-"staff" . . . Comissões . . . . 199 Sumário . 207 211 Perguntas para revisão e discussão . . . 211 Caso: Cia. "Açotec" - Ind. e Com. de Aço . 212 Caso: Cia. Manufatureira K . 213 Caso: Cia. Montebelo . 215 Capítulo 9. Decorréncies da Abordagem Neoclássica: Departament o

2I7 Conceito de departamentalização . . . 217 Tipos de depactamentalização : Departamentalização por funções . . Departamentalização por produtos ou serviços Departamentalização geográfica Departamentalização por clientela . . . Departamentalização por processo . . Departamentalização por projetos . . . Departamentalização por outros critérios . . .

220 221 ` 224 228 230 231 232 235

185

Escolhas de alternativas de departamentalização . . . Apreciação crítica da departamentalização . . Sumário 238 Perguntas para revisão e discussão . . . Caso: Empresa loly Móveis S.A

235 237 239

XIV

INTRODUÇÃO A TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Capftulo 10. Administração por Objetivos (APO) . . 241 Origens da Administração por Objetivos . . . . 242 Características da APO . . 242 Fixação de objetivos . . . 246 Planejamento estratégico e planejamento tático . . . . . 250 Ciclo da APO . . 255 Desenvolvimento de executivos . . . . . . 259 Apreciação crítica da APO . . . 262 Sumário . . . . . . 265 Perguntas para revisão e discussão . . . . 267 Caso: Ferramentas Franco S.A . . 267 Parte 6 : ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO Capftulo 11. Modelo Buroaático de Organização . . . 275 Origens da Teoria da Burocracia . . . . . 276 Origens da Burocracia . . 277 Características da burocracia segundo Weber . . 282 Disfunções da burocracia . . . . 291 Interação da burocraeia com o ambiente . . . . 297 Graus de burocratização nas organizações . . . 300 Apreciação crítica da Teoria da Burocracia . . 305 Sumário . . . . . 313 Perguntas para revisão e discussão . . . 314 Caso: Ind. Mobilenha S.A. . . : 315 Caso: O Supervisor Henricão . . 316 Capítulo 12. Teoria Estruturalista da Administração . . . . . 319 Origens da Teoria Estruturalista . . . . 320 A sociedade de organizações . . 322 Análise das organizações . t . . 327 Tipologias das organizações . . 333 Objetivos organizacionais . . . . 337 Ambiente organizacional . . . . . 340 Con itos organizacionais . . . . . 340 Sátiras à organização . . . 346 Apreciação crítica do estruturalismo . . . 354 Sumário . . . . . . 357 Perguntas para revisão e discussão .. . . . . 358 Caso: Ind. de Calçados New York Ltda. . . . . 359

SUMARIO

XV

Parte 7 : ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO Capítulo 13. Teoria Comportamental da Administração 364 Origens da Teoria Comportamental 365 Novas proposições sobre a motivação humana . . 366 Estilos de administração . 373 Sistemas de administração 377 Organização como um sistema social cooperativo 384 Processo decisorial 386 Homem administrativo. . . 391 Comportamento organizacional . . 392 Con lito entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais . 395 Apreciação crítica da Teoria Comportamental . . 397 Sumário . 402 Perguntas para revisão e discussão 403 Caso: Eletro Bimba S.A. . 404 Caso: Grupo XYZ 405 Caso : Euterpe Lt da 406 CapftWo 14. Teoria do Desenvolvimento Organizacional (D.O.) . . . . Origens do D.O. 408 As mudanças e a organização . . . 414 O que é desenvolvimento organizacional . 422 O processo de D.O 427 Modelos de D.O. 428 Apreciação crítica do D.O 460 Sumário . 463 Perguntas para revisão e discussão 464 Caso: Engeconsult 465 Parte 8 : ABORDAGEM SISTEMICA DA ADMINISTRAÇÃO CapftWo 15. Cibernética e Administração . . . . Origens da Cibernética . . Principais conceitos da Cibernética . . . . Conceito de entrada (input) . . . Conceito de saída (output) . . . . Conceito de caixa-negra (black box) . . . Conceito de retroação (feedback) Conceito de homeostasia Conceito de informação .

470 471 472 478 479 480 482 483

408

Principais conseq éncias da Cibernética na Administração . . . .

488

XVI

INTRODUÇÃO À TEORlA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Sumário . . . . . 489 Perguntas para revisão e discussão . . . . 490 Caso: Ind. Farmacêutica Remédio S.A. . . . . . 490

Capítulo l6. Teoria Matemática da Administração . . 493 Origens da Teoria Matemática na Administração . . . . 494 Processo decisorial . . . 494 Necessidade de modelos matemáticos em Administração . . . . 497 Pesquisa operacional . . . 498 Apreciação crítica da Teoria Matemática . . . . 505 Sumário . . . . . . 507 Perguntas para revisão e discussão . . . . 507 Caso: Cia. de Navegação do Rio São Francisco . . . . . 508 Capftulo 17. Teoria de Sistemas . . . . 512 Origens da Teoria de Sistemas .. 5I2 Conceito de sistemas . . 515 Parámetros dos sistemas . . . . . 518 O sistema aberto. . . . . 520 A organização como um sistema aberto . . . . 523 Modelos de organizações . . . . 527 Apreciação crítica da Teoria de Sistemas . . . 537 Sumário . 541 Perguntas para revisão e discussão . . . 542 Caso: INPEL - Ind. Nacional de Papéis S.A. . . 543 Parte 9 : ABORDAGEM CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO Capftulo l8. Teoria da Contingéncia . 551 Origens da Teoria da Contingência. . . 552 Ambiente . . . . . . 557 Tecnologia . . . . 563 As organizaçdes e seus níveis . 573 Conclusdes . . Apreciação crítica da Teoria da Contingência , 577 Sumário . 5 79 Perguntas para revisão e discussão . . . . 580 Caso: Cia. de Perfuradeiras Carneiro S.A. . . . . 580 Bibliograf'ia . . Ìndioe Onomástico . . Oe AnâlftiCO

PARTE l

INTRODUCÃO À TEORIA GERAL DA ADMNISTRACAO

O mundo de hoje é uma sociedade composta de organizações. Todas as atividades voltadas para a produção de bens (produtos) ou para a prestaçâo de serviços (atividades especializadas) são planejadas, coordenadas, dirigidas e controladas dentro de organizações. Todas as organizaç s sgo constituídas de pessoas e de recursos não-humanos (como recursos físicos e materiais, recursos financeiros, reGursos tecnológicos, recursos mercadológicos etc.). A vida das pessoas depende das organizáções e estas dependem do trabalho daquelas. As pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, se divertem, são tratadas e morrem dentro de organizações. As organizações sáo extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes, de características diferentes, de estruturas diferentes, de objetivos diferentes. Existem organizações lucrativas (chamadas empresas) e organizações não-lucrativas (como o Exército, a Igreja, os serviços públicos de natureza gratuita, as entidades filantrópicas etc.). A Teoria das Organizaçees (TO) é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo das organizações em geral. Pelo seu tamanho e pela compiexidade de suas operações, as organizações guando ating m um certo porte precisam ser adr inistradas e a sua Qdministruçdo requer todo um aparato de pessoas estratificadas em diversos níveis hierárquicos que se ocupam de incumbências diferentes. A administração nada mais é do que a conduçflo racional das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não-lucrativa. A Administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorrem dentro de uma organização. Assim, a Administração é algo imprescindível para a existência, sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a Administraçdo, as organizações jamais teriam condiçdes de existir e de crescer. A Teoria Geral da Administrução (TGA) é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da Administração em geral, não se preocupando onde ela seja aplicada, se nas organizaç es lucrativas (empresas) ou se nas organizaçdes não-lucrativas. A TGA trata do estudo da Administração das organizações. INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO A Administração revela-se nos dias de hoje como uma das áreas do eonhecimento humano mais impregnadas de complexidades e de desafios. O profissional que utiliza a Administração como meio de vida, pode trabalhar nos mais variados níveis de uma organização: desde o nfvel hierárquico de supervisão elementar até o nível de dirigente máximo da organizaçáo. Pode trabalhar nas diversas especializações da Administração: seja a Adminrs tra âo da Produção (dos bens ou dos serviços prestados pela organização), ou a Administração Finonceira, ou a Administração de Recursos Humanos, ou a Administração Mercadológica, ou ainda a Adminislração Géral. Em cada nivel e em cada especialização da Administração, as situações são altamente diversificadas. Por outro lado, as organizações são também extremamente diversificadas e diferenciadas. Não há duas organizações iguais, assim como não existem duas pessoas idênticas. Cada organização tem os seus objetivos, o seu ramo de atividade, os seus dirigentes e o seu pessoal, os seus problemas internos e externos, o seu mercado, a sua situação financeira, a sua tecnologia, os seus recursos básicos, a sua ideologia e política de negócios etc. Em ceda organização, ponanto, o administrador soluciona problemas, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, desenvolve estratEgias, efetua diagnósticos de situações etc., exclusivos daquela organização. Um

administrador bem sucedido em uma organizaçgo pode não s2-lo em outra. Toda Vez que uma organização pretende admitir um executivo cm scus quadros administrativos, os candidatos são submetidos a uma infinidade dc testes e de entrcvistas que procuram invcstigar em profundidede os seus conhecimentos, as suas caracterfsticas de personalidadc, o scu passado profissional, a sua formação escolar, os seus antecedentes morais, o sCu sucCsso ou fracasso em detCrminadas atividadcs C outras coisas mais. TaIvCz até a sua situação conjugel ou sua cstabilidadC emocional. Isto porquC o executivo dificilmente pode ser trensferido de uma organização pera outra scm que algum problema de adaptação deixe de ocorrer. Mesmo que o executivo tenha profundos conhccimentos de Administração e apresente um invcjável currfculo profissional, ele não é julgado pclo que sabC a respCito das funçõcs que exerce Cm sua especialidade, mas sim pcla maneira com que execute o seu trebetho C os rcsultedos que consegue obter dos recursos disponiveis. Levitt , professor de Administração de Harvard BusinCss School, chcga e rCfutar a existência do "administrudor pm Jrssionol", porquc, enquanto um advogedo ou um médico são considcredos profusionais porque passaram num teste de conhecimCntos acCrce dc suas profssões, o mesmo não acontece com o administrador, cujo conhecimento é apenas um dos múltiplos aspectos ne avaliação dc sua capecitação profissional. Ele não é apenas enalisado pelas organizaçõcs, por sCus conhccimentos tCcnolbgicos de Administração, mas, principalmente, por seu modo de agir, suas atitudes, personelidade e filosofia de trabalho. Segundo Levitt, a finalidade é verificar se esses quelidadCs sc coadunam com os novos padrBCs, com a situação da empresa e o pcssoal que vai trabaIhar com C1C, pois não cxistc uma única maneira cCrta de um edministrador agir ou se conduzir. O que cxiste são maneiras corrctas dc cxccutar dcterminadas tercfas cm cenas empresas, em condições especfficas, por dirigentes de tCmpCramCntos diversos e modos de agir próprios. Aliás, Levitt lembre a lei de indeterminação de Heisenbcrg, pela qual o processo de se bservar um fen8meno altera esse fenômeno. Se na Física a observação dos átomos equivele a altcrar a posição C VClOCidBdC destcs, na administração de uma organização simplcsmcntc a prCsença dC um profissional cm uma determinada função afeta e modifica essa função, indepCndentemente do quc seja rCalizado. A pr scnçe de outro profissional produziria outra alteração. Além do mais, sc a modificeçgo ocorrC, a mencira de agir deve scr e acaba sendo diferente2. Assim, a conclusão óbvia é a de que Administração não é coisa mecânica que dependa de certos hábitos ftsicos que devem ser superados ou corrigidos a fim de se obter o còmportamento correto. Pode-se ensinar o que um administr dor deve fazer, mas isto não o capaciThtodorc LCvitt, "ThC Menagcrial Mcrry-go-round", Harvord Business Review, 1974. Transcr.: "O Cerrosscl dos Administradores", Revisla Expnnsão, I8 sCt. I974, pp. 52 e 66. Z TheodorC LCvitt, Revista Exponsão, cit., p. 54.

PARTE 1 - INTRODUÇÃO A TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO tará efetivamente a fazê-lo em todas as organizações. O sucesso dé um administrador na vida profissional não está inteiramente correlacionado com aquilo que lhe foi ensinado, com o seu brilhantismo acadêmico ou com o seu interesse pessoal em praticar o que lhe foi ensinado nas escolas. Esses aspectos são importantes, porém estão condicionados a caracteristicas de personalidade ao modo ...


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