Debate Freud x JUNG - Um método perigoso PDF

Title Debate Freud x JUNG - Um método perigoso
Course Sociologia
Institution Universidade Estadual do Oeste do Paraná
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Debate Freud x JUNG - Um método perigoso....


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Debate: Freud versus Jung - Um método perigoso. Matheus da Silva Rios Farias No filme “um método perigoso”, de David Cronenberg, a trama desenvolve a amizade e a ruptura entre Carl Gustav Jung e Sigmund Freud que ocorreu por divergências teóricas. O contexto de fundo é o caso de Sabina Spielrein que não se trata de um “pivô” do ocorrido apesar de o ter presenciado em partes - também por um primeira impressão do filme levar a isto, inclusive da própria história ocultar esse processo - ; Sabina foi paciente de Jung e durante seu tratamento começa o auxiliar em suas análises por seu interesse em medicina e por apostarem como terapêutico atividades produtivas, a partir daí inicia-se uma relação amorosa; com o rompimento, Sabina aproxima-se da psicanálise de Freud tornando-se psicanalista. É através da relação entre Jung e Spielrein (e também com psiquiatra Otto Gross) que evidência-se para o primeiro que suas compreensões sobre o psiquismo, em especial, a crítica a ênfase de Freud (apenas) na sexualidade e sua noção de líbido, assim como seus objetivos terapêuticos, são atrapados pela teoria freudiana. Como já dito, inicialmente Jung utiliza-se do método freudiano como forma alternativa de terapia na clínica psiquiátrica em que trabalha, e Sabina é a pessoa a quem Jung inicia a “cura pela palavra” à enquadrando num quadro de histeria, é isto o que o faz travar contato com Freud. Dali em diante Jung torna-se um catalisador da psicanálise freudiana na Suiça e existe uma admiração de ambas as partes. No caso de Sabina, Jung nota relações com o formulado por Freud, da centralidade da sexualidade em sua histeria devido suas atitudes masoquistas serem consequência da violência e abuso de seu pai na infância. Desde o começo da relação entre Freud e Jung havia um desacordo entre a teoria e prática de ambos. O primeiro, a partir de Jung, possuía “vício” em torno da sexualidade, a patologização de tudo, sua “autoridade” que impedia a originalidade dos analistas em suas teorias para a inovação desta ciência e sua resignação diante dos casos buscando apenas o descobrimento da patologia; o segundo, a partir de Freud, queria tornar a psicanálise uma ciência especulativa com misticismo e xamanismo agregado a sua religiosidade dentro do consultório, e por ter relacionado com uma Spielrein e não saber lidar com os impulsos, já que trataria de uma “transferência” - na qual durante a relação entre analista e analisando de aspectos de sua infância, um teatro. A partir desses elementos, é possível ter uma primeira

aproximação do que propõe cada uma de suas teorias, particularmente, é a necessidade de Freud consolidar e consagrar a psicanálise como ciência, e isto diz respeito a sua busca em inseri-la e elaborá-la de acordo com os parâmetros do que entende-se/entendia-se que deveria ser o conhecimento científico “universalizante” e exato, e com isto não incorporar saberes de outras populações que não a dos centros da Europa - a crítica ao “xamanismo” de Jung, é um exemplo - ; e Jung com o interesse de que a terapia, oposta de seu mentor inicial, fosse capaz de não somente descrever as patologias (patologizar) mas fazer com que as/os analisandos reinventem-se ao invés da aceitação da condição psíquica e resignar-se....


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