Doença de Marek e Leucose Aviária PDF

Title Doença de Marek e Leucose Aviária
Author MARIA CAROLINA NARVAL DE ARAÚJO
Course Ornitopatologia
Institution Universidade Federal de Pelotas
Pages 11
File Size 214.3 KB
File Type PDF
Total Downloads 28
Total Views 137

Summary

Anotações de aula da cadeira de ornitopalogia....


Description

04/05/17 Doença de Marek e Leucose Aviária São as duas doenças mais importantes de formação de tumoral nas aves, por isso são colocadas no mesmo dia. A leucose já foi extremamente importante na avicultura mundial e na avicultura brasileira, mas a doença de Marek hoje é mais importante. Tanto que eu já comentei nas aulas anteriores sobre as vacinas obrigatórias, que há um confundimento, algumas pessoas dizem “a vacina de Marek é obrigatória para as aves”, não, ela não é obrigatória, ela é obrigatória apenas para gerar a GTA para transportar os pintinhos, é necessário vacinar no incubatório para doença de Marek, ela é obrigatória para transporte, então dá uma ideia de importância dessa enfermidade. Doença de Marek Ela possui várias formas, uma forma com tumores viscerais, uma forma com tumores na pele, outra forma que vai comprometer os nervos periféricos (uma forma nervosa) e uma outra forma ocular. Características – É uma doença linfoproliferativa caracterizada pela infiltração de células linfoides. Então o vírus vai infectar esses linfócitos e esses linfócitos vão migrar para vários tecidos, ao migrarem para esses tecidos vão ocorrer as diferentes formas dessa enfermidade. Ou seja, nos nervos periféricos as aves vão ter dificuldade de locomoção, asas caídas, atonia de papo, depende de qual nervo periférico essas células infectadas vão se alojar. Essas células linfoides podem chegas nas gônadas, na íris (aí as aves vão ter a forma ocular da enfermidade, a cegueira), vísceras, músculos e na pele (apresentando a forma epitelial da enfermidade). Na forma epitelial, quando as aves passam pela depenadeira, fica um aspecto muito feio, não podendo comercializar de forma alguma. Então, doença linfoproliferativa com infiltração de células linfoides que contém vírus e essas células vão se alojar em diversos tecidos e a partir daí nós teremos as várias formas/apresentações da doença de Marek. Outro aspecto extremamente importante, já que vai infectar células linfoides, é a questão da imunossupressão, essa é uma doença imunossupressora, vocês já viram a doença de Gumboro, que o birnavirus vai lesar a Bursa de facricius e essas aves vão ter uma diminuição na produção dos linfócitos B, consequentemente uma diminuição na produção dos anticorpos, eu já disse pra vocês que tem que vacinar pra doença de Marek, mas se essas aves tiverem o vírus da doença de Gumboro, por exemplo, não vão responder a vacina, pois a doença de Gumboro é uma doença imunossupressora, assim como a doença de Marek. Sempre que a gente tiver uma doença imunossupressora, agentes oportunistas vão se apresentar no lote, principalmente colibacilose por Escherichia coli. Prejuízos – Por ser uma doença imunossupressora quais os prejuízos que nós vamos ter? Falhas vacinais, gastos com ATB, desuniformidade do lote, refugagem de algumas aves (sacrifício), tudo isso é prejuízo econômico e não queremos isso de forma alguma. Lembrando que nós podemos ter uma doença imunossupressora junto com algum agente oportunista ou com uma outra doença viral, por exemplo. Como dizia um professor “o local que a gente sempre vê uma doença por vez é aqui, no campo podemos ter várias doenças ocorrendo ao mesmo tempo” e se nós tivermos uma doença imunossupressora esse quadro fica mais evidente e mais fácil de ocorrer.

Agente etiológico – (lembrando que eu não pergunto agente etiológico, sempre busco algo que seja importante, como o diagnóstico e o controle da enfermidade) é um vírus DNA herpesvirus da família Herpesviridae, já adianto pra vocês, que por ser um vírus dna, as vacinas para essa enfermidade, ao contrário de bronquite que a gente já viu, as vacinas pra doença de Marek elas protegem, hoje nós não temos nenhum problema com a proteção dada com as vacinas utilizadas a campo, elas funcionam perfeitamente. Um aspecto importante do agente etiológico: amplamente distribuído nas criações avícolas. Então não é à toa que o ministério da agricultura através de portaria exige a vacinação para que a gente possa transportar essas aves, então lá no incubatório, no primeiro dia de vida, têm que receber a vacina para doença de Marek, isso é extremamente importante e tem que ser feito. Existem alguns sorotipos, não se preocupem que eu não vou perguntar isso para vocês, o sorotipo 1 é o único oncogênico. A doença de Marek é uma doença de galinha, existe um vírus parecido com a doença de Marek, mas não é chamado de doença de Marek, que ocorre em anatídeos e também já foi isolado em perus, mas causa doença EM GALINHAS somente. Formas de apresentação – (já comentamos) Se essa célula linfoide estiver infectada por esse herpesvirus ela vai se infiltrar nos nervos periféricos (não no SNC); podemos ter a forma epitelial da enfermidade, que vai nos mostrar um aspecto muito feio nas carcaças após passarem pela depenadeira (tem presença de tumores nos folículos das penas); a forma ocular da enfermidade, onde as aves vão ficar cegas; algumas situações, já exemplifiquei isso quando falamos em biosseguridade, onde eu falei em níveis de amônia no ambiente, poucas são as situações em que nós temos cegueira em aves de produção, são 3: aumento de amônia no ambiente (no inverno é um problema sério, pois nós queremos ter um conforto térmico e o manejo das cortinas é menor, a renovação do ar é menor, a amônia então pode levar à cegueira nas aves), doença de Marek e aspergilose (o fungo Aspergillus pode levar a cegueira). Isso é importante num quadro clínico para chegar ao diagnóstico. E outra forma, a mais importante delas, é a forma visceral. É a forma onde nós vamos ter muita condenação de frango no abatedouro, pois ocorre a formação de muitos tumores. Essas aves vão estar abaixo da curva de crescimento esperado e lá no abatedouro, na parte final do ciclo das aves, vamos ter muita condenação por doença de Marek. Então essa é, sem dúvida nenhuma, a forma mais importante de apresentação da doença. Epidemiologia da enfermidade – Existe um hospedeiro natural que é a galinha, raro em outras espécies, então em uma criação para fora, onde é comum a mistura de várias espécies, a gente não precisa se preocupar, por exemplo, se tiver Marek em galinha, nós não vamos ter Marek nos patos, gansos e perus. Predominantemente nas aves jovens, de 3 a 4 semanas e, se esse lote conseguir chegar a idade de abate, lá no abatedouro nós vamos ter uma grande condenação de carcaça por causa dos tumores (na forma epitelial ou na forma visceral, que é a mais importante). Aves jovens é predominante, mas a literatura cita uma “Marek tardia”, pois toda regra tem uma exceção. A questão da idade das aves era muito importante quando nós tínhamos ocorrendo na avicultura brasileira Leucose Aviária, que também forma tumores, e doença de Marek, onde se diferenciava facilmente pela idade, Leucose é uma doença de aves mais velhas, aves adultas e Marek é uma doença de aves jovens, mas esse vírus da doença de Marek, em alguns casos, poderia causar tumores em aves mais velhas, como poedeiras chegando a maturidade sexual, com 16 a 20 semanas de vida, mas isso é raro de acontecer, então a gente vai trabalhar aqui com a Marek em aves jovens e a Leucose em aves adultar, que é o comum de acontecer, como eu disse, não vamos trabalhar com exceções, não vou colocar um caso clínico na prova de uma Marek

tardia como um pega ratão para vocês, a gente tem que trabalhar com aquilo que é mais provável de acontecer no campo. Transmissão – a transmissão é horizontal, nos ajuda bastante, não tendo a transmissão vertical já ajuda bastante na hora do controle, não precisamos nos preocupar com as matrizes, então o nosso foco qual é, a vacina dos pintinhos de primeiro dia no incubatório, pois são esses que vão desenvolver a enfermidade. Não existe a transmissão vertical, não precisa se preocupar com o controle das matrizes, nosso foco é com os pintinhos ao eclodirem no incubatório. Fonte de infecção – é o vírus associado as penas e as fezes. Já que existe a forma epitelial, esse vírus vai se desprender do organismo da ave, assim como a Bouba aviária, também o vírus se espalha após romper as células, no rompimento e morte celular esse vírus é liberado no ambiente, contaminando o ambiente ele vai contaminar a cama de aviário, lembrando que a cama de aviário é utilizada de 10 a 12 lotes, dependendo da empresa, essa cama vai ser rica em vírus e esse vírus vai infectar o próximo lote a utilizar a cama, daí então a necessidade da vacinação em incubatório. Por isso ministério da agricultura exige, para o transporte das aves, a vacinação para doença de Marek, pois as chances das aves se depararem com esse vírus é muito grande, é um vírus que está disseminado nas criações. Patogenia – aquela velha história, biologia não é matemática, trabalhamos um pouco com números na doença de Gumboro, na forma clínica e na forma subclínica da enfermidade, lembrando que essa variação de dias ela pode ocorrer pois nós estamos trabalhando com biologia. Do primeiro ao quinto dia ocorre a inalação do vírus pelas aves, ele é englobado por alguns glóbulos brancos, mas principalmente linfócitos T (alguns linfócitos B também) e esses glóbulos brancos vão aos seus órgãos de destino, baço, timo e Bursa de fabricius, lembrando que é uma doença imunossupressora, já temos vírus infectando esses órgãos linfoides de extrema importância, baço e timo para produção de linfócitos T e a Bursa importante para a produção de linfócitos B. Lá pelo quinto dia ocorre a morte de alguns linfócitos, chama-se de fase citolítica ou produtiva, é a fase em que a replicação viral é muito grande e ele se replica nessas células (no primeiro momento nos linfócitos B, ocorre uma resposta imunológica da ave, ela começa a reagir e reduz para uma infecção latente, característica dos herpesvirus; mas é uma infecção latente que dura muito pouco. Num primeiro momento replica em muitos linfócitos B, lembrando que no incubatório é comum a vacinação no primeiro dia de vida das aves, vacina para Bouba, Marek, Gumboro, aí a gente já tem o comprometimento dessas vacinas pois essa é uma doença imunossupressora. Ao final da primeira semana nós temos resposta imune das aves com a produção de muitos linfócitos T, esses também vão ser suscetíveis a algumas infecções latentes, mas podem já nesse momento se tornarem células tumorais. Já na primeira semana algumas aves podem apresentar um início de formação de alguns tumores. Mas não é o período de maior formação dos tumores, os tumores vão se formar um pouquinho mais tarde, mas já em algumas aves (talvez por alguma variação da cepa) já na primeira semana já tenha formação de tumores. A partir daí ocorre a formação de um antígeno na superfície desse tumor, que é chamado de antígeno de superfície tumoral associado a doença de Marek, que se chama de antígeno MATSA. Ele aparece na superfície de alguns linfócitos T e por alguns métodos de diagnóstico se consegue fazer o diagnóstico (imunohistoquímica, por exemplo) já nessa fase da infecção. Então com 7 dias a gente já consegue fazer o diagnóstico da doença de Marek, pela presença desse antígeno na superfície de alguns linfócitos. Há a produção de anticorpos e da imunidade celular

contra o VDM (vírus da doença de Marek), já há nesse momento uma imunossupressão temporária. Não se preocupem que eu não vou pedir para vocês descreverem a patogenia da doença de Marek, ao falar isso tudo, ao comentar o que acontece na patogenia, quero que vocês memorizem que linfócitos B e linfócitos T vão ser destruídos, vão ser atingidos, consequentemente, uma imunossupressão está ocorrendo; então: a imunidade celular, ao destruirmos os linfócitos T, é comprometida e a imunidade humoral, ao destruirmos os linfócitos B, também é comprometida é isso que eu quero que vocês entendam como a patogenia da enfermidade. Já na segunda semana o que vai ocorrer? Esse vírus vai se espalhar na corrente sanguínea, dentro dos glóbulos brancos infectados, maior parte linfócitos T mas também linfócitos B, então há necessidade que a gente tenha essa disseminação para que as outras formas da enfermidade ocorram. Esse vírus vai para vários órgãos e indo para vários órgãos vai haver formação dos tumores na forma visceral da enfermidade, nas gônadas, fígado, baço, timo; também para as células epiteliais dos folículos das penas, onde a gente vai ter a forma epitelial da enfermidade, a partir daí esse vírus é liberado no ambiente após a morte de algumas células. Então num primeiro momento nós temos linfócitos B e T comprometidos e os órgãos linfoides, a partir da segunda semana esse vírus vai para a corrente sanguínea dentro dessas células linfoides, a partir daí essas células linfoides vão chegar em vários órgãos, aí nós vamos ter a forma visceral da enfermidade; vão chegar na pele, aí nós vamos ter a forma epitelial; podem chegar no olho, aí nós vamos ter a forma ocular; e podem se alojar em nervos periféricos, aí nós vamos ter a forma nervosa da doença de Marek. Sempre o vírus dentro das células linfoides e essas células linfoides que vão se alojar em diversos tecidos. Como eu já havia comentado lá no início, esse vírus se solta do corpo da ave como uma espécie de caspa (células mortas) e torna-se parte do ambiente, da cama, da poeira do aviário e aí outras aves vão inalar esse vírus e vão desenvolver a enfermidade também. A partir das duas semanas nós vamos ter imunossupressão permanente, essa ave vai ter uma imunossupressão muito grave, ou seja, destruição de linfócitos B e T, imunidade humoral e celular dessas aves estão comprometidas. Ocorre um segundo ciclo de infecções citolíticas nos órgãos linfoides (baço, Bursa de fabricius e timo), mais uma vez esse vírus vai se replicar no organismo da ave, a partir desse segundo ciclo que realmente nós vamos ter os problemas nervosos e a formação em maior parte dos tumores. Então 5 a 6 semanas após a infecção as aves começam a formar seus tumores e a partir daí nós vamos ter a forma visceral, a forma epitelial da enfermidade. Mas como vocês podem ver, a partir da segunda semana pode-se notar alguma lesão de necropsia. Num ciclo produtivo curto de uma ave jovem, por exemplo, de um frango de corte (em torno de 35 – 42 dias de vida), em duas semanas de comprometimento o prejuízo econômico já está instalado e aí não tem o que fazer a não ser o sacrifício do lote. É que a partir do segundo ciclo de replicação nos órgãos linfoides é que ele consegue se adaptar ao organismo da ave e consegue realmente formar os tumores a partir dos linfócitos T. Esses tumores se formam muito rápido, se com 14 dias já tem a formação dos tumores, com 35 – 40 dias já tem os tumores bem formados. Aí quando tu vais necropsiar a ave, para começar a ave já tem uma diminuição do crescimento, ao necropsiar tu consegues evidenciar facilmente a formação dos tumores. Mas há necessidade desse segundo tipo de replicação. No comprometimento da Bursa nós podemos confundir com a doença de Gumboro, mas na doença de Gumboro o comprometimento da Bursa pelo birnavirus é bem maior.

Sinais clínicos – dependendo da forma de apresentação da enfermidade. •









Forma visceral: com o comprometimento de vários órgãos, a ave vai apresentar depressão, caquexia e diarreia esverdeada (principalmente pelo comprometimento do fígado há uma grande formação de tumores no fígado). E pensando em depressão, caquexia, num lote de frango de corte, num lote de aves jovens, a gente quer que elas depositem proteína numa velocidade muito grande, esse é o objetivo, mas muitas vezes não vai ocorrer pois tem um vírus aí causando lesão. A forma visceral é uma forma de grande importância. Forma nervosa: manqueira, incoordenação, torcicolo e paralisia, lembrando que a forma nervosa ocorre devido ao comprometimento dos nervos periféricos, não do SNC, aí a gente tem que diferenciar de doenças mais severas, como doença de Newcastle e Influenza aviária, pois nós não podemos conviver com esses vírus, de forma alguma, a avicultura brasileira ao ter doença de Newcastle ou Influenza aviária tem as exportações paradas e os prejuízos econômicos são muito maiores. Obs.: a forma visceral é a mais comum, seguida da forma nervosa, depois a forma epitelial e por último a cegueira. Obs. 2: temos 2 situações que podemos desconfiar de doenças específicas, a Salmonella galinarum também tem comprometimento de fígado, causando diarreia esverdeada; e doença de Marek. A doença de Gumboro causa diarreia branca e aquosa, Salmonella pulorum também leva a diarreia branca e aquosa. Forma ocular: vai levar a cegueira das aves, fazendo parte daquelas 3 situações específicas causadoras da cegueira que são excesso de amônia, Aspergillus e o vírus da doença de Marek. Se ocorrer algum caso de cegueira tem que chegar nessas 3 situações. A íris fica bem esbranquiçada, ela já não tem mais nenhum tipo de reflexo. Surtos agudos: morte súbita. E esse é o grande problema em fazer o diagnóstico, o relato do proprietário/avicultor em que as aves simplesmente morreram, no relato ele diz que as aves não apresentaram nada, um número grande de aves mortas num lote. Vou dar alguns exemplos: isso aqui é o exemplo de uma forma nervosa, provavelmente os nervos ciáticos estão comprometidos e essa ave não consegue ficar em estação de forma alguma, ao exame clínico nós vamos levantar essa ave, vamos ver se ela tem o reflexo da propriocepção e ela não vai conseguir; ao necropsiar vocês vão encontrar o nervo ciático estressado, pode ser tanto unilateral ou bilateral. Essa foto aqui é um problema, pois esse torcicolo e o opistótono (que pode aparecer também), se eu tirar essa foto daqui e levar para uma aula de surto de Newcastle ou surto de Influenza, também pode aparecer, aí o comprometimento já é um pouco diferente, a abordagem é diferente. Forma epitelial: a carcaça fica com aspecto muito feito, com tumores (linfomas) nos folículos das penas, não pode ser comercializada de forma alguma, pode ocorrer também nas áreas sem penas, mas é mais difícil. O descarte dos animais é através de incineração (de preferência) ou enterrar, mas não levar para a composteira, pois a chance de perpetuar esse vírus é muito grande, ele vai virar adubo, vai ficar no ambiente, o melhor é a incineração, lembrando que o volume é grande, pensando num volume de 15 – 20 mil aves, ou até mais de um galpão em granjas maiores.

Lesões macroscópicas – vão depender da forma da doença. Engrossamento dos nervos periféricos, que podem ser vários, os nervos ciáticos (que é o mais comum) de uma ou ambas as patas, os nervos braquiais, aí ela vai ter o comprometimento de uma asa (uma asa vai ficar mais recolhida do que a outra) e como terceira opção o nervo vago, aí nós vamos ter atonia de papo, o alimento não vai passar do papo, na necropsia o papo vai estar cheio de ração. Tumores linfoides em qualquer órgão (gônadas, fígado, baço, proventrículo...). Atrofia de Bursa e atrofia de Timo (lembrando que são aves jovens, órgãos linfoides primários estão presentes em aves jovens, quais os órgãos linfoides primários de grande importância para que a gente ao necropsiar a ave a gente vá observar alterações? Timo (pela produção dos linfócitos T) e Bursa (pela produção dos linfócitos B), esses dois órgãos vão estar atrofiados, aí a gente pode confundir com outras duas enfermidades que são imunossupressoras e são de aves jovens, anemia infecciosa das galinhas (que é causada por um circovirus) e a doença de Gumboro (que é causada por um birnavirus), temos que ter um cuidado na hora do diagnóstico diferencial. Um dos achados também pode ser oclusão em várias artérias, pela alteração do metabolismo hepático, nós podemos ter oclusão de algumas artérias por gordura (é um achado de menor importância/frequência). E as úlceras na pele pela formação dos tumores é um achado bem evidente. Sem dúvida nenhuma, os tumores linfoides em vários órgãos (só não coloquem na prova “em vários órgãos”, agora eu vou mostrar umas fotos dos principais órgãos que tem presença de tumores e o engrossamento dos nervos periféricos, isso é extremamente importante, é isso que caracteriza a doença de Marek). Tumores linfoides -> coração apresentando tumor (coração totalmente disforme), pulmão completamente alterado na sua forma também apresentando tumor linfoide, aqui nós temos um fígado com muitos tumores na superfície (provavelmente essa ave apresentou diarreia esverdeada), essa foto aqui pessoal (a fot...


Similar Free PDFs