Dualismo Platônico PDF

Title Dualismo Platônico
Author Miguel Corrêa de Sou
Course Filosofia
Institution Universidade do Oeste de Santa Catarina
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Summary

Resumo referente ao dualismo platônico -segunda análise-. Aula ministrada pelo professor Joao Paulo....


Description

DUALISMO PLATÔNICO – Manu Gomes O mundo real é o mundo das ideias, que contém as formas ideais de tudo. Nós nascemos com os conceitos dessas formas ideais em nossas mentes, já o mundo ilusório em que vivemos – o mundo dos sentidos- contém cópias imperfeitas das formas ideais. Por exemplo, reconhecemos as coisas no mundo, como cães, porque reconhecemos que são cópias imperfeitas dos conceitos em nossas mentes. Ou seja, tudo nesse mundo é uma ‘’sombra’’ de sua forma ideal no mundo das ideias. Evidentemente que Platão ter concluído que tudo que há no mundo sensível tem um correspondente matemático que permite sua leitura racional implica que as qualidades das coisas que percebemos (cor, cheiro, peso) não definem a coisa. É a essência dessas coisas que podem ser apreendidas pela razão que permitem conhecê-las verdadeiramente. Dessa forma Platão não só explicava a existência da mudança das coisas, como também afirmava a possibilidade de um conhecimento que estivesse além dessas mudanças e para o qual todas as mentes deveriam se esforçar. Não é à toa que, na sua Academia, Platão exigia que os postulantes conhecessem geometria. O conhecimento matemático do mundo era a porta de entrada para a dialética de Platão. A tarefa assumida por Platão e seus discípulos buscou encontrar as expressões matemáticas que estariam por trás dos fenômenos, de forma a expressar a relação dialética existente entre elas, seja essa relação de identidade ou diferença, conformidade ou não, domínio ou submissão. Essa ordem certamente existiria, pois só a ordem justificava a alma de um aristocrata como Platão. A maioria ocasional e contingente da democracia que condenou seu mestre era inadmissível. Para conhecer e relacionar algo com algo, obtendo um resultado de compreensão todo, é fundamental estabilizar esse algo. Acontece que as coisas do mundo não são assim. Pelo contrário tudo o que esta sob os céus é corruptível, transforma-se, dilui-se. Assim os gregos imaginavam o seu inferno, que era banhado pelos rios Letes, o rio do esquecimento. Nele, tudo virava liquido, liquefazia-se, deixava de existir na forma conhecida. Esse inferno era o contrário do mundo das Ideais de Platão. No mundo das Ideias tudo era estável, permanente, imutável. A verdade tinha de ser assim. Platão, em A República, no livro VII, imaginou a seguinte alegoria para explicar o ‘’caminho’’ do pensamento: um grupo de pessoas vivia em uma caverna e só via, projetada no fundo dessa caverna, as sombras dos objetos que existiam fora dela. Como só viam essas sombras, essas pessoas acreditavam que viam a realidade. Porém, um desses habitantes livrou-se das amarras que os prendiam ao fundo da caverna e foi em direção à saída. No primeiro momento, ele ficou cego pela luminosidade mas, lentamente e com esforço, foi se acostumando e viu um mundo muito mais rico e complexo. Esse mundo iluminado era o mundo das ideias. As imagens do fundo da caverna eram a realidade sensível, perceptível. O esforço de sair da caverna, e que não era uma possibilidade para todos, era a tarefa do filósofo. E o seu papel, a partir de então, era comandar as pessoas do fundo da caverna para uma nova vida. Para o aristocrático Platão, não era o povo que poderia governar uma cidade, mas os filósofos, os únicos capazes de conhecer a verdade objetiva, destituída das deformações e enganos dos sentidos. ‘’Os reis deverão ser filósofos e os filósofos deverão ser reis’’. Platão não aceitava o relativismo e a falta de finalidade das coisas. Esse mundo de constantes mudanças e ações sem propósito não fazia sentido.

O plano metafísico (mundo absoluto, das ideias, da essência) é onde tudo é fixo e perfeito, ou seja, inteligível. Já o plano físico (mundo relativo, dos sentidos, da forma) é o mundo sensível, onde tudo mutável e imperfeito. Nesse sentido, eu concordo com a teoria das ideias de Platão, pois ela analisa e explica profundamente a forma como conhecemos o mundo. Além disso, é um modo de pensar que tem aproximadamente 2500 anos, mas mesmo assim se mostra relevante e pertinente nos dias de hoje....


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