Estágio e docência: diferentes concepções PDF

Title Estágio e docência: diferentes concepções
Author Mailson Gama
Course Estágio Curricular I
Institution Universidade do Estado da Bahia
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Summary

Este artigo tem por objetivo discutir e compreender o conceito de Estágio e Docência com um olhar abrangente, para tratar destes conteúdos as autoras utilizam diversos estudiosos renomados, que irão discutir e revelar vários caminhos para se tratar da problemática, da formação de professores e pedag...


Description

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poíesis – Volume 3, número 3 e 4, pp 5-24, 2005/2006 Este artigo tem por objetivo discutir e compreender o conceito de Estágio e Docência com um olhar abrangente, para tratar destes conteúdos as autoras utilizam diversos estudiosos renomados, que irão discutir e revelar vários caminhos para se tratar da problemática, da formação de professores e pedagogos a partir da relação teórica e a prática nas atividades de estágio. Para as autoras o estágio sempre foi identificado como a parte prática dos cursos de formação de profissionais em geral, em contraposição à teoria (PIMENTA e LIMA, p.6). Com isso, é de extrema relevância para os licenciandos para que possa pensar e avaliar as teorias estudadas na sala de aula por meio do campo. O artigo inicia mostrando que a pratica não pode ser definida como um momento em que se distancia da parte teórica, além do mais é a partir do estágio de observação que o futuro profissional poderá refleti e analisar os meios pedagógicos, identificar problemas e desenvolver projetos que poderão trazer melhora a ação de aprendizagem nas escolas. Além de despertarmos tendências pedagógicas que poderíamos identificarmos para futuramente trabalhar na sala de aula. Uma das concepções abordada por Lima e Pimenta é o da prática como imitação, assim como qualquer profissão, a profissão de professor também é prática e sem a mesma torna- se impossível que a teoria se consolide. E o modo de aprender a profissão, conforme esta perspectiva, será a partir da observação, imitação, reprodução e, às vezes, da reelaboração dos modelos existentes na prática, consagrados como bons (PIMENTA e LIMA, p.7) que possa contribuir para uma melhoria na ação pedagógica do professor e percorrer caminhos diversos para a melhoria da educação.

Dito isso, o estágio não se reduz apenas em reproduzir a prática de outros profissionais, mas de perceber e analisar criticamente o que poderia ser reinventado para melhores resultados, como também perceber e amadurecer reflexões, elaboração de projetos, que de certa maneira contribuirão para a ‘segurança’ de ser professor. Ao se tratar da prática como instrumentalização técnica, o profissional acaba por priorizar a prática do fazer, segundo as autoras quando ocorre esse processo pode-se gerar equívocos graves no processo de formação profissional. A prática pela prática e o emprego de técnicas sem a devida reflexão pode reforçar a ilusão de que há uma prática sem teoria ou de uma teoria desvinculada da prática (PIMENTA e LIMA, p.9). Como qualquer outra profissão que precisa de desenvolver determinadas habilidades, o docente desenvolve uma qualidade técnica para ministrar aulas, mas é importante salientar que só dominar a fundamentação teórica não é o suficiente, uma vez que essa mesma capacidade técnica não profissionaliza nenhum professor para conseguir abarcar o conhecimento cientifico e nem do quanto é complexo das circunstâncias que podem permear na atuação do dia-a-dia do ser docente. Logo após, a autora no tópico intitulado “o que entendemos por teoria e por prática”, de maneira geral vem nos dizer que todo saber estar vinculado a uma ação, uma vez que colocar o saber em prática existe uma intenção e a teoria é o efeito de determinada prática que foi produzida a partir de uma realidade e pedagogia que passar por um método de análise, fundamentação, logo, de conhecimento. Nesse processo, o papel das teorias é o de iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para análise e investigação, que permitam questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos sujeitos e, ao mesmo tempo, se colocar elas próprias em questionamento, uma vez que as teorias são explicações sempre provisórias da realidade (PIMENTA e LIMA, p.12). Dessa forma, quando o profissional buscar constrói sua práxis, a teoria e a prática se completam. De acordo com Lima e Pimenta toda pesquisa e toda intervenção devem ter uma intenção. Com isso, no aspecto do estágio, a pesquisa no estágio, como método de formação dos estagiários futuros professores, se traduz pela mobilização de pesquisas que permitam a ampliação e análise dos contextos onde os estágios se realizam. Mas também e, em especial, na possibilidade de os estagiários desenvolverem postura e habilidades de pesquisador a partir das situações de estágio, elaborando projetos que lhes permitam ao

mesmo tempo compreender e problematizar as situações que observam (PIMENTA e LIMA, p.14). O papel da teoria é de dar suporte aos professores interpretação de análise para que possam compreender os contextos sociais, políticos, culturais, como também organizacionais podendo refletir até mesmo na sua atividade docente, além do entendimento necessário para intervir teoria-prática no meio escolar. O desenvolvimento desse processo é possibilitado pela atividade de pesquisa, inicia-se com a análise e a problematização das ações e das práticas, confrontadas com as explicações teóricas sobre elas, com experiências de outros atores e olhares de outros campos de conhecimento, com os objetivos que se pretende e com as finalidades da educação na formação da sociedade humana (PIMENTA e LIMA, p.17). Por fim, podemos concluir as autoras abordam o conceito de ação docente, a profissão é uma prática social, que deve estar interligada com as teorias, como também orientar os estudos, pesquisas e maneira geral as ações desenvolvidas ao longo do curso e depois de concluído, permitindo ao estagiário reflexões e análises acerca das diversas vertentes. O trabalho docente somente é produtivo quando o ensino da informação e dos métodos se convertem em conhecimentos, habilidades, capacidades e atitudes no aluno. A capacidade crítica e criativa se desenvolve pelo estudo dos conteúdos e pelo desenvolvimento de métodos de raciocínio, de investigação e de reflexão. Portanto, é preciso que olhemos a educação brasileira, com olhar um esperançoso, sem perder de vista aquilo que é necessário corrigir....


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