Ficha de trabalho lusiadas reflexões do poeta canto X correção PDF

Title Ficha de trabalho lusiadas reflexões do poeta canto X correção
Author Mariana Silva
Course Língua Portuguesa I
Institution Universidade de Aveiro
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Sede: Escola Secundária Júlio DinisFICHA de TRABALHO de Português – EDUCAÇÃO LITERÁRIA - Módulo 3 – 10º anoNome: __________________________________________10º __________ nº Data // Nome: __________________________________________10º __________ nº Data // Classificação: ____________________________va...


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FICHA de TRABALHO de Português – EDUCAÇÃO LITERÁRIA - Módulo 3 – 10º ano Nome: ________________________________________________10º __________ nº___ Data ___/___/___ Nome: ________________________________________________10º __________ nº___ Data ___/___/___ Classificação: ____________________________valores. Rubr. Professor _____________________________ Os Lusíadas – Canto X A partir da leitura das estrofes (ver manual) e sua paráfrase, seleciona a expressão que melhor corresponde ao seu conteúdo, riscando a que não interessa. (25 X 0,8)

Canto X (Tétis oferece conhecimento a Vasco da Gama) 75 Depois de satisfeitos os apetites do corpo e após a recompensa da harmonia e da suavidade, Tétis, ornamentada de graça e seriedade, de forma a dobrar a festa daquele dia, diz a Vasco da Gama: 76 A sabedoria suprema vai conceder-te ver com os teus próprios olhos aquilo que os (1) marinheiros/mortais nunca poderão conhecer. Segue-me por este monte cheio de vegetação e mantém-te firme e prudente. Dizendo isto, a deusa guia-o pelo mato difícil de penetrar por um ser humano. 77 Ao fim de pouco tempo, chega ao cume e veem um campo ornamentado de tantas esmeraldas e rubis que se tinha a sensação de pisar um chão divino. Eis que aparec e um (2) penedo/globo, penetrado por uma luz forte que deixava ver tanto o centro como a superfície. 78 Não se consegue perceber de que material é feito, mas percebe-se que é composto por várias (3) esferas/rodas todas com o mesmo centro. Rodando, baixe-se ou levante-se, nunca baixa nem sobe; tem o mesmo rosto em todo o lado; em todo o lado começa e em todo lado acaba, como por magia.

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79 Uniforme, perfeito, apoiado sobre si mesmo, como o Deus que o criou. Quando Vasco da Gama viu este globo, ficou comovido de espanto e desejo. Diz-lhe a Deusa: Aqui te mostro a miniatura do (4) Mundo/continente, para que vejas onde vais e irás e o que desejas. 80 Vês aqui a grande máquina do mundo, feita de (5) éter/cristal e dos quatro elementos e fabricada pela sabedoria que não tem princípio nem fim. À volta da superfície tão lisa deste globo está Deus. Mas não é possível á inteligência humana entender o que é Deus. 81 A esfera que cerca todas as outras, intensamente iluminada e irradiando luz que encandeia, chama-se (6) Empíreo/Suprímeo. Aqui as almas puras encontram o Bem Supremo, fora do alcance da capacidade humana. 82 Aqui só há santos verdadeiros, porque eu, Saturno e Jano, Júpiter e Juno, fomos apenas fantasia. Servimos apenas para fazer (7) passeios/versos agradáveis e aquilo que os humanos nos deram foi pôr o nosso nome em estrelas e planetas. 83 É a Santa Providência, aqui representada por Júpiter, que governa o Mundo com (8) mil/cem espíritos invisíveis. Assim nos ensina a Sagrada Escritura: os bons, pelo exemplo, guiam e favorecem; os maus, pelo contrário, prejudicam-nos. 84 Tal como se lê na Bíblia, assim também a Poesia deu nomes de deuses aos anjos, aos bons e aos maus. 85 Deus tudo manda e opera no mundo de forma indireta. Continuo a mostrar-te as grandes obras da Mão Divina (Deus): debaixo deste círculo, que é imóvel e onde moram as almas puras, corre outra esfera, leve, ligeira e invisível, chamada o primeiro (9) Móbile/Paraíso. 86 Com este grande movimento giratório, vão todos os corpos nele contidos; por isso o Sol se desloca de forma certa, e faz o dia e a noite, flutuando no primeiro Móbile. Por debaixo, gira uma esfera lenta, tão vagarosa e travada que, enquanto o sol faz duzentas voltas, esta faz só uma. 87 Há outra esfera por baixo, enfeitada de corpos lisos e luminosos, que são as estrelas, sempre rodando nos seus eixos, com a mesma distância entre si. Este círculo tem um cinto de Ouro, que contém os doze animais do (10) Noé/Zodíaco, onde o Sol se demora durante um mês. 88 Olha a pintura que as estrelas vão fazendo; olha a Ursa Menor, olha a Ursa Maior, olha (11) Andrómeda/Pitosga e o Dragão. Vê a beleza de Cassiopeia e o rosto de Orionte, Olha o Cisne, a Lebre e os Cães, a Nau e a Lira. (constelações). 89 Debaixo deste grande céu, vês o céu de Saturno; a seguir vem Júpiter e depois, Marte. Vê também o Olho do Céu (Sol), Vénus, Mercúrio e Diana (a Lua).

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90 Em todas estas esferas (dos sete planetas), verás diferentes movimentos: uns lentos, outros rápidos; ora fogem do Centro, ora se aproximam da Terra, conforme a vontade de Deus, que fez o fogo, o ar, o vento e neve. Verás no meio de outro (12) continente/círculo mais interior o Mar e a Terra, centro do Universo. 91 Neste centro, fica a terra firme e o mar (13) salgado/instável; verás os vários continentes onde se dispõem as nações, com os seus reis, costumes e leis.

(…) 144 (Exortação final ao rei) Assim foram navegando, sempre com ventos tranquilos, até que avistaram a terra natal desejada. Entraram na foz do (14) Tejo/Guadiana e dão o prémio e a glória ao Rei respeitado e amado. 145 Não mais, Musa, não mais, porque já tenho a lira desafinada e a voz enrouquecida, não de cantar, mas de cantar a gente (15) ignorante/surda e insensível. A Pátria não dá o favor que estimula o talento, porque está envolvida na cobiça e numa tristeza passiva e mesquinha. 146 E não sei por que efeito do destino não tem aquele orgulho e gosto que anima as vontades para agir. Por isso, Rei, vós que estais no trono por vontade de Deus, tomai consciência que sois senhor de (16) vassalos/reinos excelentes. 147 Olhai como vão alegres por esses caminhos, como leões e touros, oferecendo o corpo a fomes e noites sem dormir, a ferro, a fogo, a setas e balas, ao calor e ao frio, aos golpes dos inimigos da fé cristã, ao perigo do (17) desconhecido/infortúnio, a naufrágios, aos peixes do fundo do mar! (…) 149 Dai-lhes apoio e alegrai-os com a vossa presença, aliviai-os de leis rigorosas, promovei os mais (18) corajosos/experientes, para o vosso conselho, porque eles sabem como, quando e onde as coisas têm lugar. 150 Favorecei-os nas suas profissões, de acordo com a capacidade; os Religiosos, que tenham por ofício rezar, com jejuns e disciplina, pelos vícios comuns. Que ambicionem apenas o vento, porque o verdadeiro (19) guerreiro/religioso não busca o dinheiro nem a glória. 151 Estimai os cavaleiros, pois, com a sua coragem, ampliam a fé cristã, mas também o vosso reino, porque aqueles que vão a lugares tão longínquos, vencem com dedicação dois inimigos: os vivos e, sobretudo, os (20) elogios /trabalhos excessivos.

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152 Fazei com que alemães, franceses, italianos e ingleses possam dizer que são bons para serem mandados pelos portugueses e não para mandar neles. Aconselhai-vos apenas com os mais experientes, que acumularam (21) ambição/sabedoria ao longo dos anos. 153 O grande general (22) cartaginês / romano Aníbal Barca troçava do filósofo Formião, quando ele discorria sobre a arte militar, porque ela não se aprende a fantasiar, antes observando e combatendo. 154 Mas quem sou eu para falar, humilde, rude e de baixa condição? Contudo, eu sei que da boca dos pequenos saem os (23) louvores / insultos mais perfeitos. Na minha vida misturam-se o estudo, a experiência e o talento, qualidades que raramente se conjugam numa só pessoa. 155 Uso as armas para vos servir e a (24) pena/mente para vos cantar em verso. Só me falta ser valorizado e aceite por vós. E se o Céu o conceder e for vossa vontade lançar-vos em empreendimento digno de ser cantado, 156 fazendo com que o gigante Atlas tenha medo de vós, ou desbravando as terras do norte de África, comprometo-me a cantar em todo o mundo, de tal forma que Alexandre Magno se reveja em vós, sem ter inveja de (25) Heitor/Aquiles. FIM...


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