Fichamento- A Civilização do Ocidente Medieval PDF

Title Fichamento- A Civilização do Ocidente Medieval
Course História Moderna
Institution Universidade do Estado do Amazonas
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Fichamento- A Civilização do Ocidente Medieval de Jacques Le Goff (versão digital)
Le Goff, Jacques A civilização do Ocidente medieval/Jacques Le Goff ; tradução de Monica Stahel. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2016....


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Fichamento- A Civilização do Ocidente Medieval de Jacques Le Goff (versão digital) Le Goff, Jacques A civilização do Ocidente medieval/Jacques Le Goff ; tradução de Monica Stahel. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. Disponível em: https://lelivros.love/book/baixar-livro-a-civilizacao-do-ocidente-medieval-jacques-legoff-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/ O Ocidente medieval nasceu sobre as ruínas do mundo romano. Elas foram apoio e, ao mesmo tempo, desvantagem. Roma foi seu alimento e sua paralisia. Colocada por Rômulo sob o signo do fechamento, a história romana, até em seus sucessos, não é mais que a história de uma grandiosa clausura. (p.16). Certamente, os autores desses textos são sobretudo pagãos que, como herdeiros da cultura greco-romana, odeiam o bárbaro que aniquila por fora e por dentro essa civilização, destruindo-a ou aviltando-a. Porém, muitos cristãos, para quem o Império Romano é o berço providencial do cristianismo, sentem a mesma repulsa pelos invasores (p.18). Restava a atração exercida pela civilização romana sobre os bárbaros. Os chefes bárbaros, além de convocar os romanos como conselheiros, com frequência tentaram imitar os costumes romanos, paramentar-se com títulos romanos: cônsules, patrícios etc. Não se apresentavam como inimigos, mas como admiradores das instituições romanas. Podia-se quando muito tomá-los por usurpadores (p.21). Ao norte, bárbaros escandinavos, anglos, jutos e saxões, depois de uma série de incursões na Bretanha (Grã-Bretanha), acabam por ocupá-la entre 441 e 443. Uma parte dos bretões derrotados atravessa o mar e instala-se na Armórica, que se torna a Bretanha (p.24). em grandes dificuldades. Os grupos bárbaros, que se estabeleceram por bem ou à força no território romano, não eram, já não eram se é que tinham sido, sociedades igualitárias. O bárbaro poderá tentar, diante do vencido, prevalecer-se de uma condição bvre tanto mais cara ao colono quando se trata de um pequeno colono (p.28). A linguagem sem emoção dos códigos é o que mais impressiona. Excerto da lei sálica: “Arrancar do outro uma mão, um pé, um olho, o nariz: 100 soldos; mas apenas 63 se a mão ficar pendurada; arrancar o polegar: 50 soldos, mas apenas 30 se ficar pendurado; arrancar o indicador (dedo que serve para atirar ao arco): 35 soldos; outro dedo: 30 soldos; dois dedos juntos: 35 soldos; três dedos juntos: 50 soldos (p.31). imenso espaço. Embora os atos governamentais continuassem a ser sobretudo orais, o uso da escrita foi estimulado, e um dos principais objetivos do renascimento cultural, do qual falaremos adiante, foi o de aperfeiçoar o equipamento profissional dos oficiais reai (p.26).

E também a fragilidade de formações políticas intermediárias: reino da Provence, reino da Borgonha, Lotaríngia destinados a ser absorvidos, apesar de alguns ressurgimentos medievais, até os angevinos da Provence e os grandes duques da Borgonha (p39). É o sinal mais evidente do impulso da Cristandade que se afirma por volta do ano 1000. Esse grande movimento de construção certamente desempenhou papel fundamental no avanço do Ocidente medieval entre os séculos X e XIV. Em primeiro lugar por sua função de estimulante econômico (p.44). Os prussianos só se converterão no século XIII, e sua conversão será a base da formação do Estado alemão dos Cavaleiros Teutônicos, imprudentemente chamados, em 1226, pelo duque polonês Conrado de Mazóvia e Cujávia. Os lituanos, por sua vez, só se converterão depois da união entre a Polônia e a Lituânia, em 1385, e do casamento de Jagiello com a polonesa Edwige, tomandose o rei cristão Vladislas da Polônia e Lituânia, batizado na Cracóvia em 15 de fevereiro de 1386. (p.47). Os sucessivos fracassos, a rápida degeneração da mística da cruzada em política e logo em escândalo não chegaram a abafar por muito tempo aquela grande inquietação. O apelo do além-mar, da “passagem”, agitou ao longo de todo o século XIII, e além dele, as imaginações e as sensibilidades de ocidentais que não conseguiam encontrai' em sua terra o sentido de seu destino coletivo e individual (p.52). O grande comércio também desempenhou um papel fundamental na expansão da economia monetária. Centros de consumo e de trocas, as cidades tiveram que recorrer cada vez mais à moeda para realizar suas transações (p.57). No entanto, apesar dessas adaptações e desses sucessos, a Igreja mais segue a evolução da Cristandade do que a conduz, como fizera na alta Idade Média. Já no fim do século XII as ordens “novas” - Cister e Premonstratense - se renegaram e foram ultrapassadas (p.61). Georges Duby encontrou também no Mâconnais essa periodização, mas ele situa um século depois, por volta de 1160, a transição entre os dois períodos, “o momento em que o tempo dos feudos, das censives (Territórios feudais sujeitos ao censo, tributo anual pelo uso da terra) e dos principados feudais segue-se ao das castelanias independentes (p.66). Na Dinamarca, depois de altos e baixos, a realeza parece sobrepujar os feudais no início do século XIV, mas o rei é tão pobre que em 1319 vê-se obrigado a penhorar seu país junto a seu credor, o conde de Holstein (p.71). Ao lado desses grandes fenômenos de conjunto, acontecimentos, dos quais alguns chamaram a atenção dos contemporâneos e outros só assumiram seu significado aos olhos dos historiadores modernos, anunciam que a Cristandade está entrando em crise (p.75). struturas das mentalidades e das sensibilidades medievais. E antes de tudo a própria disposição dessas novas estruturas. É de conhecimento geral que em cada civilização há

camadas diferentes de cultura, segundo as categorias sociais, por um lado, e os aportes históricos, por outro. Ao mesmo tempo em que essa estratificação, combinações, montagens, misturas também constituem novas sínteses (p.79). Desses santos, o mais famoso é Columbano, que, entre 590 e 615, funda Luxeuil e Bobbio, ao passo que seu discípulo Gall dá seu nome a outro mosteiro destinado a grande irradiação. A essas fundações e outras, Columbano confere uma regra original que, por um tempo, parece contrabalançar a Regra de São Bento (p.87). Decerto, a união das igrejas, ou seja, a reconciliação de Bizâncio com Roma, permanece quase constantemente na ordem do dia, e negociações acontecem sob Aleixo I em 1089, João II em 1141, Aleixo III em 1197 e sob quase todos os imperadores desde meados do século XIII até 1453. A união parece até se realizar no Concílio de Ly on, em 1274, e pela última vez no Concílio de Florença em 1439 (p.99)....


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