Fichamento Schultz. Mailhiot, G. B. Dinâmica e Gênese dos Grupos – atualidade das descobertas de Kurt Lewin PDF

Title Fichamento Schultz. Mailhiot, G. B. Dinâmica e Gênese dos Grupos – atualidade das descobertas de Kurt Lewin
Author lolita dkd
Course Processos Grupais
Institution Universidade Paulista
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Summary

Fichamento, resumo, Schultz, Dinâmica e Gênese dos Grupos
Resumo/fichamento para estudo e simplificação do texto referido...


Description

Contribuições teóricas: Schultz. MAILHIOT, G. B. Dinâmica e Gênese dos Grupos – atualidade das descobertas de Kurt Lewin. Petrópolis: Vozes, 2013. - Capítulo 5. Comunicação humana e relações interpessoais.

Resumo:

Lewin, através de suas capacidades de atenção, vigilância e seu conhecido dos processos em causa no grupo de trabalho, identificou o obstáculo fundamental à integração dos agrupamentos humanos e a sua criatividade. Ele tinha consigo, uma equipe de pesquisadores e com eles, organizou seu Centro de Pesquisas em Dinâmica dos Grupos, no M.I.T. Apesar de possuírem bons recursos, terem um número grande de projetos e pesquisas, e observar uma alta motivação nos membros de sua equipe, identificou que nos momentos em que realizava a auto avaliação de seu trabalho, ocorria uma falta de integração real da mesma, além de um ritmo lento e artificial do encaminhamento de seus trabalhos, além da fraca engenhosidade que manifestavam na exploração dos problemas que eram por eles estudados. Houve um momento, em sua costumeira auto avaliação, que observou novamente esse mal andamento da equipe, que se manifestou pela primeira vez, dizendo: "Se a integração entre nós não se realiza e não se, paralelamente, nossas pesquisas progridem tão pouco, tal fato pode ocorrer em razão de bloqueios que existiriam entre nós ao nível de nossas comunicações." Está hipótese e diagnóstico apesar de hoje ser mais comumente dita, foi formulada ali, pela primeira vez. Dessa forma, promoveu um raciocínio como solução, de que seria necessário, para a melhoria da comunicação do grupo, que se encontrassem periodicamente, em outros lugares, fora do contexto do contexto do trabalho, de maneira que o foco seria apenas a expressão da comunicação de forma autêntica. Assim, pela primeira vez, ocorreu um grupo de pessoas, que tinham comum interesse na realização de uma mesma tarefa, em que dirigiam a auto avaliação de seu grupo sobre os processos de suas trocas de expressões, onde existia um enfoque para as relações humanas, pautada na psicopedagogia do trabalho em grupo. Essa troca de experiências permitiu que Lewin e seu grupo de pesquisadores identificassem as fontes de bloqueio, que criavam zonas de silêncio, e consequentemente, comprometiam sua comunicação interna, devido ao fato de não ser estabelecido um clima de confiança entre eles. Essa identificação permitiu ao longo do tempo, a evolução de suas relações interpessoais, tornando-se mais autênticas, resultando na integração entre eles no campo de trabalho. Descobriu-se então que a produtividade de um grupo bem como sua eficiência estão relacionadas não apenas com as capacidades de seus membros, mas também com a solidariedade de suas relações interpessoais. No ano de 1958, um Psicólogo americano, que era professor em Harvard, W. C. Schutz, cria a teoria dos comportamentos interpessoais e um instrumento capaz de avaliar a qualidade funcional da teoria. A luz de seu pensamento, Schutz traz a compreensão sobre a interdependência e a correlação existente em todo grupo de trabalho entre seu grau de integração e seu nível de criatividade. Inova, principalmente, através de sua teoria das "necessidades interpessoais", que através desse conceito compreende que: os membros de um grupo não consentem em integrar-se senão a partir do momento em que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo. Essas necessidades são fundamentais pois qualquer ser humano, em uma reunião com um grupo qualquer, os experimenta em diversos graus. Em

contrapartida, essas mesmas necessidades, são interpessoais no sentido em que somente em grupo e pelo grupo, poderão ser devidamente satisfeitas. Em suas pesquisas, Schutz consegue identificar três necessidades interpessoais fundamentais: 1 - Necessidade de Inclusão - seria a necessidade que todo membro de um grupo experimenta, de se sentir aceito, integrado e valorizado pelos outros membros. Também tentará verificar seu grau de aceitação, onde fará buscas de provas de que não é ignorado, isolado ou rejeitado pelos integrantes favoritos do grupo. Nota-se a inclusão de um membro quando ele se sente definitivamente incluído em um grupo, em que se percebe como participante ativo de cada uma das fases do processo de tomada de decisões. De acordo com o grau de maturidade de cada um, segundo o nível de sua socialização, e necessidade de inclusão vai condicionar e determinar suas atitudes em grupo mais ou menos madura, mais ou menos evoluídas. Por exemplo, os indivíduos que são menos socializados procuram fazer parte do grupo tendo atitudes de dependência, principalmente sob os integrantes que possuam um status mais privilegiado. Em contrapartida, indivíduos que ainda não superaram a fase de revolta que é típico da adolescência agem de maneira em que tentam se impor ao grupo através de atitudes de contradependência, e forçar, dessa forma, sua inclusão no grupo. E os indivíduos que são mais socializados são os únicos que encontram uma satisfação adequada a sua necessidade de inclusão, através de relações sociais que são cada vez mais positivas, e adotam atitudes de autonomia e interdependência com os outros integrantes. 2 - Necessidade de controle - seria, para cada membro a definição de suas responsabilidades dentro do grupo e dos demais membros. Seria a necessidade de sentir responsável por aquele que constitui no grupo a estrutura, as atividades, os objetivos, o crescimento e seus progressos. Dessa forma, os menos socializados adotarão atitudes infantis ao exprimir sua necessidade de controle onde se absterão de suas responsabilidades, e as passarão para outros indivíduos, para Schutz, essa atitude se denomina de "Abdicadora". Os membros que se sentem rejeitados tenderão a cobiçar o poder, e adotarão atitudes de autocratas todas as vezes em que lhe derem tarefas e responsabilidades. Os mais socializados, nessas ocasiões, tenderão a se mostrarem democratas, ao pensar no controle do grupo em termos de compartilhamento de responsabilidades. 3 - Necessidade de afeição - para Schutz seria o fundamental, onde o indivíduos participantes de um grupo tem a necessidade de provar, serem totalmente valorizados pelo grupo, ou seja, o desejo de se sentirem insubstituíveis, onde o grupo não conseguiria existir sem ele. Os menos sociáveis, nesse momento, tentam satisfazer suas necessidades de afeto através de relações de privilégios, possessivas e exclusivas, adotando atitudes infantis, onde esperam ser aceitos no papel de criança mimada do grupo, desejam em segredo, estabelecer relações hiper pessoais. Aqueles que se sentem rejeitados adotam atitudes de defesa contra as necessidades de afeição que experimentam, agindo com aparente indiferença ou frieza, onde ocultam suas necessidades de afeição, e se mostram como hipopessoais. Já os indivíduos mais socializados, não seguem nem os mecanismos de diferença, nem os mecanismos de compensação, mas sim, possuem a necessidade de afeição onde encontram plena satisfação nos laços de solidariedade e fraternidade, dessa forma, estabelecem relações a nível interpessoal. A compreensão de Schutz a respeito das necessidades interpessoais encontrarem satisfações adequadas, se dá pelo grau de autenticidade das comunicações que iniciam e se estabelecem entre os membros de um grupo.

A explicação científica da natureza da comunicação humana se dá a partir do estabelecimento de um contato Psicológico entre duas ou mais pessoas, onde há a necessidade e não apenas o desejo de comunicação, em que se falem e se escutem, mas é necessário que haja o reencontro entre si. Dentro dessas pesquisas, foi possível assimilar a variação da comunicação, segundo os instrumentos utilizados para se estabelecer o contato com o outro. Nesses instrumentos, a comunicação pode ser verbal, onde se utiliza a linguagem oral ou escrita para se contactar, essa comunicação oral, é mais frequente. Outro tipo de instrumento seria a comunicação não verbal. Nela, estão inseridos os gestos, as expressões faciais, as posturas. No que se diz respeito sobre as pessoas implicadas, é necessário a distinção entre comunicação a dois e comunicação de grupo. As comunicações a dois podem ser pessoais, quando existe o encontro entre dois seres que se percebem em relação a reciprocidade, como na amizade, no amor, ou na fraternidade. Se essa comunicação for autêntica, a tendência é de duração e permanência. Também existem comunicações a dois que são provisórias, como no caso dos profissionais, onde o profissional consultado dá e a pessoa consultante recebe, dessa forma estabelecem comunicações verticais. Já as comunicações de grupo, podem ser intragrupo, quando ocorre entre membros do mesmo grupo ou inter-grupos quando constituem em trocar o contato entre dois ou mais grupos. Os objetivos podem se distinguir entre comunicação consumatória, que teria por finalidade a troca com o outro, onde acompanha gratuidade e espontaneidade. E a comunicação instrumental, que ao contrário, é sempre utilizada e acompanhada por segundas intenções. As formas de comunicação vem sendo cada vez mais diversas, principalmente a distância, graças às constantes invenções e evoluções. Porém, a comunicação humana não pode começar nem se estabelecer, enquanto houver distâncias psicológicas que precisam ser transpassadas por aqueles que desejam se comunicar. Lewin, com suas pesquisas, constituiu um pré requisito para aqueles que queiram entrar em comunicação humana. As vias de acesso são chamadas de canais de comunicação, alguns canais são formais, que são comumente utilizados para se comunicar com pessoas em importantes posições. Também existem os canais de comunicação espontâneos, onde os interlocutores utilizam a comunicação aberta, confiantes e constantemente acessíveis. A Barular, conclui em seu trabalho, diversos tipos de redes de comunicação, isolando em quatro tipos diferentes: 1 - Redes horizontais - são duas, e se especificam em não poder aparecer, nem se estabelecer, se não apenas em clima de grupo igualitário. A primeira dessas duas redes são as Redes em círculo, que constituem uma rede perfeita que pode existir se não em grupo ou estrutura de trabalho e poder realmente democráticos. O segundo é chamado de Rede em cadeia, típico dos grupos "laissez-faire", em que o líder exerce autoridade de forma passiva, recusa-se a assumir seus papéis e responsabilidades, e a comunicação não se estabelece, apenas se há afinidade e atrações entre os membros. As outras duas redes se denominam de Redes verticais. A primeira é a Rede em Y, que se caracteriza as comunicações de um grupo aparentemente democrático perto de se tornar autocratico. As comunicações que eram abertas, agora são fechadas e artificiais, um dos membros do grupo tende a cobiçar o poder para si. A outra rede vertical é a Rede em roda,

específica dos grupos autocraticos, em que todas as comunicações entre os membros são controladas pelo líder. O emissor, é a pessoa que toma a iniciativa da comunicação, e é capaz de saber quando, em que e como o outro indivíduo está acessível a ele. O receptor é aquele a quem se dirige a mensagem, que captará a medida em que estiver psicologicamente sincronizado com o emissor. A mensagem seria o conteúdo da comunicação, e pode ser definida entre ideacional ou afetiva. O código seria o grupo de símbolos que se utiliza da formulação da mensagem, onde o mais utilizado é a escrita ou a oral, mas também existem as expressões da música, da dança, escultura, teatro, mímica etc. O destaque ou a camuflagem seriam o conjunto das decisões do emissor, antes de entrar em comunicação, onde decide-se o modo de apresentação, tonalidade afetiva, ordem, e apresentação da mensagem. Existem alguns fenômenos psíquicos, que são resultado de mal estabelecimento da comunicação, ou quando não consegue estabelecê-la. Quando ocorre o interrupimento de toda a comunicação, existe o bloqueio, quando há a comunicação apenas de uma parte do que os interlocutores sabem, pensam, ou sentem, chama-se filtragem. Os bloqueios e as filtragens causam perturbação das percepções de si e dos outros, tornando as atitudes e comportamentos interpessoais falsos. Esses bloqueios e essas filtragens têm duas causas específicas: a hostilidade autista, onde o autocrata regride em suas relações com o outro a ponto de se tornar inconsciente da existência dos outros. A outra causa seria a transmissão seletiva, onde o autocrata ao tomar para si todo o poder de decisão, desencoraja a liberdade de expressão entre os membros de seu grupo. A distância social, é um fenômeno inter-grupo, onde a distância é mantida pelo simples fato do outro pertencer a um grupo diferente, percebido estatisticamente como o representante de uma classe de um grupo, de uma camada onde possui um determinado status e ocupa determinada função. Os preconceitos consistem em ideias pré concebidas sobre o outro, onde são expressas ideias falsas, fixas e simplistas, quando esses preconceitos são favoráveis, chegam a enfatuação, quando são desfavoráveis, degeneram em intolerância. É fato que o preconceito é um sintoma, geralmente resposta a uma frustração social. Quando essa frustração gera ansiedade, desencadeia em alguns, três mecanismos de defesa: o deslocamento ou a descarga agressiva sobre bodes expiatórios, a racionalização ou a autojustificação. Kurt Lewin, através de suas pesquisas de Psicologia Social percebe que pessoas mais preconceituosas, que o são em um estado caracterológico dispõem de uma personalidade do tipo autoritário. O autoritário é atingido pela fobia do outro, não aceita e nem tolera que os outros sejam diferentes dele. De forma passiva, o autoritário se conforma com todas as expressões sociais, adotando os mitos e os estereótipos dessa sociedade. Em grupo, age favorecendo a cristalização, a petrificação e a esclerose das estruturas sociais. O medo do outro é, na verdade, o medo de si, que agem de forma agressiva, arrogante e intratável com os outros para camuflar sua impotência e esterilidade. Dessa forma, conclui-se que para se chegar ao altruísmo, é necessário que o ser

humano se liberte de sua falsa compreensão de que apenas aqueles que os são parecidos os são próximos. Sendo esse o primeiro passo do aprendizado da autenticidade....


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