Fichamento texto - Cultura e identidade - D PDF

Title Fichamento texto - Cultura e identidade - D
Course Identidade e Cultura
Institution Universidade Federal do ABC
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Summary

Professora - Arlene Ricoldi
Curso - Identidade e cultura (quadrimestre 2016.2)...


Description

CUCHE, Denys – A noção de cultura nas ciências sociais, Capítulo 6 – Cultura e identidade (pp..175-202)

Da mesma forma que o conceito de cultura nas ciências sociais sempre foi um produto de muito anseio, há outro que merece destaque, ainda que os conflitos para compreendê-lo sejam mais recentes, o de identidade. Algumas vertentes como a psicologia social tentam explicá-lo como um instrumento que permite pensar a articulação do psicológico e do social em um indivíduo. Deste modo, deve-se admitir a proximidade entre as concepções de identidade cultural e cultura. Isto posto, o autor apresentará dentro das concepções de identidade, a objetiva, subjetiva, relacional e a situacional. A concepção objetiva, como já pressupõe o próprio nome, é mais direta e buscar de fato um padrão para a formação da identidade. Segundo seus adeptos, a identidade é uma condição imanente do indivíduo, ou seja, deriva de suas raízes. Esta visão aproxima-se muito com a corrente culturalista no que se refere ao princípio da herança cultural como influenciador direto de nossos traços e comportamentos, remetendo-nos assim, às teorias ‘’primordialistas’’, sito é, aquelas que atribuem à identidade etno-cultural como princípio gerador do estabelecimento dos primeiros vínculos sociais. A segunda delas, a subjetiva, não compactuará com a necessidade de uma única condição como responsável para a formação da identidade. Pelo contrário, ela pensará que a identidade nada mais do que consiste no processo de formação das representações sobre a realidade social, sendo estas os sentimentos de vínculos ou identificações com uma coletividade imaginária. Assim sendo, a escolha nunca é individual, ou melhor, o outro define a identidade. A concepção relacional estabelecerá uma relação entre a identidade com a ordem das relações e posições entre os grupos sociais. De acordo com os que assim pensam nossa identidade existe sempre em relação à outra como um resultado dos procedimentos de diferenciação que são utilizados por determinadas camadas. De acordo com esta ideia, a identidade de alguém mais ‘’rico’’ nunca será similar a de alguém ‘’pobre’’. A última delas conforme o pensamento do autor é a situacional. O exemplo dado por ele são os ‘’Hmong’’, povos que no Laos são vistos como ‘’selvagens’’, todavia quando imigraram à França, eram vistos como ‘’bons estrangeiros’’, pela fama de trabalhadores. Em suma, a concepção situacional de identidade relaciona a situação das relações interétnicas como definidores da imagem de um grupo, ou seja, somos o que somos dependendo de onde estamos.

O texto começa a trazer em discussão a importância no processo de reconhecimento de uma identidade cultural. Muitos deles definem sua identidade nacional baseada em apenas uma única cultura, gerando os famosos estereótipos de que ‘’todos os ....... são assim’’. Há outro aspecto relevante nesta parte do texto. As carteiras de identidade são necessárias para um controle do estado frente à identidade de alguém. Por isso, o ‘’trocar de identidade’’ é um crime. Não é preciso negar também a heterogeneidade de um grupo social. Duche afirma que certas ideologias nacionalistas corroboram para o medo de algumas pessoas assumirem este fator, dadas algumas políticas nacionalistas que exaltam a ‘’raça pura’’. Além disso, existe a negativa visão da dupla identidade a qual afeta demasiadamente os imigrantes. Aqui, o autor buscar frisar que a síntese de diferenças culturas é a identidade. Como já mencionados acima, os imigrantes sofrem muitos atos xenofóbicos. Por isso, muitos deles utilizam-se de estratégias para identificar-se, de tal forma que a identidade é construída por meio da necessidade. Um exemplo disso são aqueles que ocultam sua necessidade para escapar de torturas como os cristãos quando interrogados pelo Estado islâmico, ou os judeus que viviam na Alemanha entre as décadas de 1930 e 1940. Deste modo, a identidade se constrói, reconstrói e se desconstrói em acordo com as situações. O autor conclui este capítulo afirmando que não existe uma identidade cultural em si. Segundo ele, a grande questão não é saber quem é determinado, mas sim o que significa recorrer à identificação do mesmo....


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