Gametogênese masculina e feminina PDF

Title Gametogênese masculina e feminina
Course Embriologia Comparada
Institution Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Summary

o resumo aborda tanto a gametogênese masculina quanto a feminina, relatando quando ela começa, quais hormônios estão envolvidos, local de atuação, tempo que decorre e todo o processo até que ocorra a fecundação....


Description

GAMETOGÊNESE →Consiste na conversão das células primitivas em gametas, tanto masculino quanto feminino, envolvendo dois tipos de diferenciação celular: mitose e meiose. → A partir da sexta semana, ocorre a diferenciação do embrião; antes disso, o desenvolvimento é igual para os dois. → As gônadas são, inicialmente, um par de cristas (cristas genitais ou gonadais), sendo formadas pela proliferação do epitélio celomático e pela condensação do mesênquima subjacente. → As células germinativas, por sua vez, se originam do epiblasto (que possui origem extraembrionária) e migram pela linha primitiva. -Por volta da 3ª semana, encontram-se entre as células endodérmicas na parede da vesícula vitelínica, próxima ao alantoide. -Durante a 4ª semana, por meio de migração ameboide, encontram-se ao longo do mesentério dorsal do intestino posterior. -No início da 5ª semana, chegam às gonadas primitivas -No entanto, invadem as cristas genitais somente na SEXTA semana. -Antes e enquanto as células germinativas primordiais chegam nas cristas, os cordões sexuais primitivos estão sendo formados (ocorre pela proliferação do epitélio do sulco genital e suas células penetram o mesênquima subjacente), e são, em ambos os sexos, conectados ao epitélio superficial. As gônadas, ainda não passíveis de distinção, são chamadas de indeferenciadas. → Caso o embrião seja masculino, o gene SRY comandará a síntese da TDF (fator determinante dos testículos) que fará a diferenciação de células gonadais somáticas em células de Leydig e de Sertoli, impedindo que a oogênese ocorra. Os cordões sexuais, também pela influência do TDF, continuam a proliferar e a penetrar fundo na medula, formando os testículos ou cordões medulares. → Enquanto as células germinativas do ovário entrem em meiose na vida fetal (sofrem bloqueio da meiose na Prófase I, devido à alta concentração de AMPc), as do testículo somente entram em meiose na puberdade. *Acredita-se que a sinalização para o início da meiose se deva ao ácido retinoico (AR). GAMETOGÊNESE MASCULINA → Envolve os processos que ocorrem na transformação de espermatogônias em espermatozoides. → Período Fetal: durante o período fetal as células germinativas primordiais masculinas se encontram nos cordões seminíferos dos testículos. Junto a elas, encontramos, também, as células de Sertoli – células de suporte, que são derivadas do epitélio superficial dos testículos. Essas células – de Sertoli – secretam o hormônio antimülleriano (AMH) , que suprime o desenvolvimento dos precursores do trato reprodutor feminino (ductos de Müller). O HCG – proveniente da mãe – induz a formação de células de Leydig/intersticiais entre os cordões seminíferos. São essas células que secretam testosterona – indutoras da formação do sistema reprodutor masculino. → Após o parto: sem o HCG materno, as células de Leydig são degeneradas. → Pré-puberdade: a adrenal produz, em pequenas quantidades, andrógenos, fazendo com que as células primordiais originem as espermatogônias → Puberdade: os cordões sexuais, que não possuem luz, adquirem um lúmem, transformando-se em túbulos seminíferos. Ainda, a produção de FSH e LH pela hipófise –

induzida pelo hipotálamo – tem ação nas células de Leydig e de Sertoli. O LH faz com que uma nova onda de diferenciação de células de Leydig , a partir de células mesenquimais, ocorra. Assim, a produção de testosterona retorna, e ela se liga às células de Sertoli, promovendo a espermatogênese. O FSH, por sua vez, estimula a produção de líquido testicular e sínteses de proteínas intracelulares receptoras de andrógenos, ao se ligar com as células de Sertoli. Isso faz com que a meia-vida e a concentração de testosterona aumentem. *Importante lembrar que os espermatozoides são produzidos da puberdade até a morte do indivíduo. *As células de Sertoli predominam até a puberdade, e, também, depois, na andropausa senil; são as responsáveis por fagocitar os restos das espermátides no processo de espermiogênese e os gametas danificados; secretam a proteína de ligação ao andrógeno (ABP), que aumenta a meia-vida da testosterona; secretam inibina (feedback –FSH) e ativina (feedbakc + FSH); são elas que formam a barrira hematotesticular. A gametogênese se dá em 4 partes: período germinativo, período de crescimento, período de maturação e período de diferenciação. → No período germinativo, a espermatogônia A (célula tronco) sofre muitas mitoses, continuando até a morte do indivíduo (linhagem regenerativa). Ela pode se transformar em espermatogônia B (linhagem de diferenciação) e, depois, se diferencia em espermatócito I (não é mais célula germinativa) →Durante o período de crescimento, o espermatócito I cresce e começa a migrar em direção ao lúmen. → Enquanto ocorre a migração, o espermatócito I sofre a primeira meiose, o que caracteriza a entrada no período de maturação, tornando-se uma célula haploide (n) chamada de espermatócito II. O espermatócito II sofre, então, a segunda meiose, originando a espermátide. → A espermátide passa, então, pelo período de diferenciação e faz a espermiogênese, virando o espermatozoide. Essa etapa também é composta por 4 etapas: - Etapa do Complexo de Golgi→ grânulas se acumulam no complexo de Golgi, formando um único grânulo, a vesícula acrossomal - Etapa do acrossomo → a vesícula acrossomal se estende sobre a metade anterior do núcleo, formando o capuz acrossômico (contém as enzimas – hialuronidase, neuraminidase, protease e fosfatase – que ajudam na penetração do oócito e suas camadas). Ocorre, também, o início da formação do axonema – projeção do flagelo. - Etapa da condensação do núcleo: o núcleo se condensa, flagelo se desenvolve a partir do centríolo e as mitocôndrias se reorientam para a porção proximal do flagelo. - Etapa da maturação: perda da maior parte do citoplasma (prejudicaria a movimentação) e dos corpúsculos residuais (células de Sertoli são as responsáveis pela fagocitose), o flagelo e a peça intermediária completam seu desenvolve. Ocorre, então, a espermiação (liberação do espermatozoide no lúmen) → Após a espermiação, eles são empurrados, pela contração do túbulo seminífero, até o epidídimo. Ali ocorre a maturação epidídima: aumento da condensação do DNA, reorganização da MP (reduz colesterol e aumenta ác. graxos insaturados: aumenta fluidez da MP, para que o flagelo se movimente mais livremente) *Nos túbulos seminíferos, além das células de Sertoli, existem, também, as células mióides, que ajudam na propulsão do flagelo.

GAMETOGÊNESE FEMININA A oogênese é o processo de diferenciação oogônia → ovócitos maduros. Inicia na vida fetal, é interrompida no diplóteno da prófase I da Meiose, sendo completada somente após a ovulação e a fecundação. → Período fetal: após a chegada das células germinativas primordiais nas gônadas de um embrião feminino, elas se diferenciam em oogônias, e ainda no primeiro trimestre, sofrem inúmeras mitoses. No segundo trimestre, as oogônias duplicam seu material genético, tornando-se oócitos I. Esses oócitos I são envoltos por células epiteliais achatadas, originadas do epitélio superficial do ovário, chamadas de células foliculares. A junção de oócito I e de células foliculares formam o folículo primordial. Esses folículos são o potencial reprodutivo feminino. Os oócitos I entram na primeira divisão meiótica, mas a interrompem logo no inicio, no diplóteno da prófase I (por meio da AMPc, acredita-se que as junções tipo GAP entre as células granulosas e o oócito I podem ser as vias de transferência do AMPc). É durante o período fetal que se tem a maior degeneração de oogônias e oócitos I em atrésicos. → Puberdade: o folículo primordial transforma-se em folículo primário quando as células foliculares passam de achatadas a cuboides, formando um epitélio estratificado de células granulosas. São essas células granulosas que formam a teca folicular. O oócito e as células granulosas secretam uma camada de glicoproteínas na superfície do oócito, formando a zona pelúcida. Conforme, o desenvolvimento, as células da teca se dividem em internas (secretoras) e externas (fibrosas). A partir do momento que há mais de uma camada de células, o folículo deixa de ser primário, passando a ser secundário Passado um tempo, espaços repletos de líquidos aparecem entre as células granulosas, formando antros. Assim, o folículo é chamado de antral ou vesicular. As células granulosas que envolvem o oócito formam o cúmulo oóforo. Imediatamente antes da ovulação os folículos estão inchados, constituindo os folículos vesiculares maduros/De Graaf. → A cada ciclo ovariano, vários folículos começam a se desenvolver, mas, a maioria se degenera em atrésicos. Somente um, normalmente, alcança a maturidade. Quando o folículo secundário está maduro, um pico de LH induz a fase de crescimento pré-ovulatória, fazendo com que a meiose I se complete, formando duas células (uma com a maior parte do citoplasma – oócito II – e a outra com praticamente nada – primeiro corpúsculo polar, que pode sofrer uma divisão subsequente). A célula entra na meiose II, mas é interrompida na metáfase II (bloqueio causado pela MPF). Caso haja fecundação, ela é completada. Se não for fecundada, a célula se degenera. Na chamada ovulação, o oócito e o cumulus oóforo saem juntos do ovário, sendo o COCs (complexo cúmulo oócito) um meio de seleção do espermatozoide e são eles que dão manutenção ao gameta feminino. O folículo, após a ovulação torna-se um corpo lúteo, que produz progesterona (ficando funcional até que haja formação da placenta). A retomada da meiose II somente se dá após a fecundação, ocorrendo a formação do segundo corpúsculo polar....


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