Introdução a Clinica Cirúrgica PDF

Title Introdução a Clinica Cirúrgica
Course Clinica cirúrgica veterinária
Institution Universidade Federal do Piauí
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Summary

Introdução a clinica cirúrgica veterinária, abordagem cirúrgica para as patologias: fistulas, sínus, ulceras, gangrena, queimaduras, infecções cirúrgicas e emergências cirúrgicas. ...


Description

INTRODUÇÃO A CLINICA CIRURGICA É dividida em propedêutica (utilizada para estabelecer o diagnostico) ou terapêutica (com a finalidade curativa). Classificação: 1 - Pela perda de sangue: Cruenta (com muita perda) e incruenta (com pouca perca). 2 – Finalidade 2.1 - Curativa (em que o procedimento cirúrgico é necessário). 2.1.1 – Emergências (intervenção imediata) 2.1.2 – Urgência relativa: as quais se tem tempo para estabilizar o animal antes que este entre em cirurgia. 2.1.3 – com graves alterações funcionais: é necessário ao mesmo tempo executar o procedimento cirúrgico e fazer o tratamento das alterações funcionais. 2.2 – De conveniência: São realizadas em pacientes hígidos, com finalidade econômica, zootécnica ou estética, sendo a ultima proibida. 2.3 – experimentais: realizadas com finalidade de estudos. 3 – técnicas utilizadas 3.1 – Conservadora: conserva o tecido afetado. 3.2 – Mutiladora: extirpa total ou parcialmente um órgão. 3.3 – Reparadora: reparação de tecido o órgão afetado 4 – resultado: Paliativa (não tem cura total) ou Radical (cura total). 5 – Prognostico: Leve ou Grave # Pacientes animais tem ausência da consciência de risco cirúrgico. FISTULA É uma patologia causada pela conexão entre um órgão ou de um vaso sanguíneo com outra estrutura que normalmente não estão conectados. Comunicação entre duas cavidades com passagem de liquido fisiológico. O orifício normalmente é circular com as bordas endurecidas. Os sinais clínicos pode um orifício de drenagem, um trajeto fistuloso, infecções secundarias, alopecia e hiperpigmentação. Diagnostico: Anamnese, inspeção, exploração mecânica, fistulografia com contraste. Tratamento: excisão cirúrgica da fistula ou revulsão química com iodo. Alem de tratar a causa. Prognostico: fistula uretrorretal: bom se n tiver outras complicações. Profilaxia: impedir a reprodução destes animais pelo caráter congênito da doença. No TGI exames como uretrocistografia retrogradam, retocolonoscopia retrograda, cistografia ou uretrografia com contraste e em alguns casos proctoscopia. Nas tetas deve ser feito a desobstrução seguida do fechamento cirúrgico com escarificação das bordas. Salivar: pode ser feita a retirada da glândula totalmente.

Fistula perianal ou furúnculose anal: é uma doença infecciosa com envolvimento imunológico, para tanto se faz necessário tratamento com imunossupressores após a cirurgia. Fistula retovaginal: lugação da vagina ao reto que pode estar associada ao anus imperfurado. É observado pela saída de fezes pela vulpa. (diagnostico: enema de bário. Tratamento cirúrgico/anoplastia e prognostico reservado) Fistula infraorbitária: tem comprometimento osteolitico de uma das três raízes do quarto dente pré-molar superior, uni ou bilateralmente. Com contaminação da pulpa e consequente fistula. (endodontia ou exodontia). Fistula oronasal pode ocorrer em decorrencia de peiodontite grave. (fecamento cirurgico) SINUS Trajeto acidental decorrente de uma infecção com produção de exsudato, que permite a drenagem de liquido patológico e surge da separação de planos faciais. Tem as outras características semelhantes a fistula. ULCERAS São escavações de uma superfície que não evoluem para cicatrização por um fator perpetuante. Tipos: cutânea (pele), de mucosa externa (boca, anus) e interna, complexa (atinge vários tecidos), traumática (causada por agente externo), de pressão (degeneração progressiva do tecido), isquêmica (decorrente de isquemia). A causa da ulcera é a irritação continua e intermitente. Tratamento é cirúrgico com cicatrização de segunda intenção, com retirara do agente causador da ulcera. GANGRENA É a necrose tecidual causada pela proliferação de microrganismos anaeróbicos, podendo ter sintomas locais (região edemaciada. Saliente, bordas se separam) e gerais (toxemia). Tratamento: profilático: evitar as causas de gangrena. Curativo: retirada cirúrgica + antisséptico e quadros SC gerais da atb tbm. #Gangrena gasosa: é causada por bactérias anaeróbicas produtoras de gás AC. Butirico e acético, e suas enzimas proteolíticas degradam tecidos tornando-so escuros, tumefeitos e creptantes, o tec afetado é completamente destruido. (Clostridium). Tratamento: penicilina. #gangrena seca: abortos mumificados, casos fisiológicos: queda do cordão umbilical. Patológico: intoxicação, frio e congelamento. #Gangrena úmida: tem odor fétido, ocorre em cadáveres. São isquemias graves, intensas e de rapida instalação nas extremidades. Tratamento: amputação ou retirada da área afetada. QUEIMADURAS São as lesões cutâneas causadas por extremo frio, calor, eletricidade, radiação ionizante e certos químicos. Classificação: Tipo: térmica (contato muito frio/quente); elétrica; químicas; radioativas.

Grau: depende da profundidade, extensão e localização. 1°: So atinge a epiderme, forma papulas dolorosas, edemaciadas, eritematosa e exsudato, em ate 10 dias ocorre a descamação e cicatrização entre 1 e 3 semanas. 2°: Atinge epiderme e derme. Tem ausência de sensibilidade superficial porque destrói as terminações nervosas, mas tem dor proofunda. A repitelização ocorre de dentro para fora. 3°: Tem completa destruição de todas as estruturas, com severo edema onde se faz necessario diversas cirurgias e tem prognostico reservado ate o final do tratamento. Se tiver grandes volumes de tecidos mortos é um meio de cultura bacteriano e AA circulação não se reestabelece antes de 3 semanas. Queimaduras geram perda de água na área por desvio do liquido do vaso para o espaço intercelular, em queimaduras muito grandes pode levar a quadros de choque. # Em +30% queimadura 3° = difícil reverter. # Em + 50% considerar eutanásia. # Entre 20 e 30% REQUER REPOSIÇÃO HIDRICA: 8 a 1Oml/kg/h EM VASO DE GRANDE CALIBRE DE RINGER COM LACTATO. Alterações: Hematológicas: hemoconcentração seguida de anemia por hemólise + leucocitose. Cardíacas: Choque hipovolêmico. Pode ter IRA por vasoconstrição. Respiratórias: perda do epitélio respiratório, grave edema bronquial e predisposição a angustia respiratória. Protocolo após injuria: 1. 2. 3. 4. 5.

Retirar o agente lesivo. Manter via respiratória. Tratar o choque. Combater a perda de liquido. Em queimaduras químicas lavar abundantemente.

Tratamento: Tópico da ferida, em casos de áreas necrosadas debridar com técnica cirúrgica, enzimática ou autolítica da área. Cobrir a área de granulação. Combater as alterações sistêmicas. Se hematocrito menor que 24% fzr reposição com sangue otal. Se proteína total menor que 3 mg/dl administrar coloide ou plasma fresco. 1° e 2° ATB e bandagem. 3° remover escaras diariamente que é muito doloroso, feito sob anestesia geral. Recomenda-se dieta proteica e nutraceuticos. Estimativa da área queimada Em algumas situações saber a área da queimadura se faz importante. Nas queimaduras, as perdas de liquido ocorrem nas primeiras 6 a 8 horas. ASC= k x m ¹’² (área em m²; Constante por espécie e Massa em kg) % área queimada (cm²)

#1m² = 10.000cm²

%AQ = AQ (cm²)/SCT (cm²) Volume (1ml/kg/%/h): Formula de Parkland

v = 4 x m x (AQ x 100)

Regra de Wallace: Membro t: 9% / Membro P: 18% / cabeça: 9% / tórax: 18% / Abdome: 18% INFECÇÃO CIRURGICA Ocorre rm decorrência de infecções em cirurgias, tem consequências aos animais e ao bem estar, causando danos psicológicos e financeiros, e aumenta a morbidade e mortalidade no pós-cirúrgico. Mecanismos de defesa: pele, pelos, mucosas, secreções, queratina, pH, cílios, barreira humoral e linfócitos. Interferem no mecanismo de defesa a idade, estado nutricional, uso de corticoides, choques, queimaduras, diabetes melitus, drogas citotóxicas, neoplasias, anestesia geral. Tempo de cirurgia: depois de 90 horas de cirurgia, maiores são os riscos, deve-se trocar as luvas nos primeiros 90’ e novamente a cada 30’. Sinais de infecção: calor, rubor, edema, supuração. Podem ser superficiais (pele e subcutaneo), profundos (tecidos moles) e cavitarios. Fatores: existência do organismo, ambiente tecidual local, mecanismo de defesa local ou sistêmico, tempo de exposição tecidual (tempo áureo após inicio da ferida é 5H). Condições da ferida e tempo de cirurgia, Grau de danificação tecidual em feridas traumáticas, Extensão da dissecação e manipulação do tecido, Experiência do cirurgião e Aplicação ou não de antibiótico. Tipos: Limpas: realizadas em tecidos estéreis, não traumáticas, sem inflamação ou infecção e sem falhas técnicas. Limpo-contaminadas: penetração da microbiota endógena sob controle, como penetração em lumem de órgãos ocos sem extravasamento considerável de conteúdo, sem contaminação externas, sem infecção supurativa, quebra menor da assepsia como perfuração em luva e cirurgias limpas que duram mais de 3 horas. Contaminada: cirurgia de tecidos contaminados mor MO bac abundantes cuja descontainação não é possível, ou procedimentos em conteúdo Gastrointestinal ou urinário infectado que tenha extravasamento. Cirurgia na presença de inflamação não supurada. Cirurgia com graus sérios de falhas. Infectada/suja: cirurgia realizada na presença de pus, processo infeccioso preexistente, tecido desvitalizado ou víscera perfurada. ATB: cefazolina EMERGENCIA Emergência: tratamento medico imediato, risco de vida. Urgência: assistência medica imediata, com agravo a saúde não necessáriamente com risco de vida. TRIAGEM: Determinação da prioridade do tratamento após a avaliação de uma situação clínica, ou seja, priorizar os casos que necessitam de tratamento emergencial e quais sistemas devem receber maior atenção do clínico.

Prioridade 1: Emergência, risco de vida que necessita de atendimento o mais rápido possível. Grave estresse respiratório, mucosas cianóticas ou muito pálidas; choque; TPC > 2 seg.; pulso fraco, temperatura corporal baixa, taquicardia ou bradicardía; crises convulsivas não responsivas; distensão abdominal aguda; trabalho de parto, com distocia; hemorragia copiosa. Prioridade 2: Emergência não tão grave, precisa de atendimento rápido, mas pode aguardar alguns minutos. Estresse respiratório moderado, com coloração de mucosa rosada a pálida, apresenta dificuldade respiratória; hemorragia venosa; desidratação grave (maior que 8%); Nível de consciência alterado, comportamento anormal e vocalização; Crises epilépticas sucessivas; Possível ingestão de corpo estranho a mais de 24 horas; anorexia, vômito, diarréia, distocia e obstrução uretral. Prioridade 3: urgente, paciente que precisa de atendimento, mas pode esperar horas. Estresse respiratório brando; Hemorragia de menor grau; Desidratação moderada; Lesão no sistema nervoso (deficiência espinhal ou periférica aguda); Ingestão de corpo estranho recente (menos que 24 horas); Histórico de trauma, perda de sangue pela vagina, hematúria com ou sem estrangúria. Prioridade 4: paciente pouco urgente. Vômito, diarréia; Fraturas; Feridas; Dor leve (claudicação com apoio intermitente); Prurido; Crise epilética isolada; Edema; Prioridade 5: paciente que pode ser atendido num período superior a 4 horas. ABORDAGEM INICIAL: vias aéreas (auscutação e observação – em apneia iniciar ventilação assistida), respiração, circulação, estado neurológico e lesões externas. Em menos de 5 min. # qualquer trauma deve ficar em observação por pelo menos 24h pois complicações podem acontecer. #paciente com problema respiratório não deve ser feito raio x e nem movimentado muito. TRIADE DA MORTE: Hipotensão, hipotermia e hipocoagulação....


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