Mecanismo do Parto PDF

Title Mecanismo do Parto
Course Prat. Prof. IV - Ginecologia E Obstetricia
Institution Universidade de Marília
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Mecanismo do Parto, Assistência ao parto e Puerpério Canal de Parto: É a passagem que o feto percorre ao nascer, desde o útero até a abertura vulvar. Conformação em “L” Formado pelo trajeto duro e mole: - Trajeto duro: conjunto dos ossos ilíaco, sacro e cóccix - Tecidos moles: composto pela parte inferior do útero, colo uterino, canal vaginal e períneo. Bacia Obstétrica: Estreitos: Superior, Médio e Inferior (diminuem de diâmetro como um funil) Estreitos importantes:  Conjugado verdadeiro (conjugado obstétrico): 10,5cm  Conjugado anatômico: 11cm  Conjugado diagonal: 12cm  Transverso médio: 12cm  Oblíquos: 12cm  Biciático: 10,5cm  Conjugada exitus: aumenta 1,5cm com o deslocamento do cóccix Bituberoso: 11cm Tipos de bacia: Ginecóide: mais comum, melhor prognóstico para parto vaginal Antropóide: macacos, facilitam distocias, prognóstico de parto vaginal razoável Andróide: masculina, pior prognóstico para parto vaginal - Platipelóide: achatada, maior chance de distocia de insinuação Variedade de posição na apresentação cefálica: É a relação que existe entre pontos de referência do polo fetal (região occipital) com pontos de referência da bacia materna (direita ou esquerda, anterior ou posterior) Diâmetro suboccipitobregmático: menor diâmetro (9,5cm) Atitude da cabeça fetal: Apresentação fletida Apresentação de bregma Apresentação de fronte Apresentação de face Mecanismo do Parto: É o conjunto de fenômenos passivos e ativos que o feto sofre no decurso de sua passagem pelo canal de parto 96% apresentação cefálica fletida Tempos do mecanismo de parto: 1. Insinuação Acomodação do polo cefálico Planos de DeLee (em cm): 0: espinha isquiática

-3, -2 e -1: acima da espinha isquiática +1, +2, +3 e +4: abaixo da espinha isquiática Planos de Hodge (paralelos): 1º plano: borda superior da sínfise púbica 2º plano: borda inferior da sínfise púbica 3º plano (plano 0 de DeLee): nível das espinhas isquiáticas 4º plano: ponta do cóccix Passagem do diâmetro biparietal do feto através do estreito superior da bacia Feto posiciona diâmetro suboccipito-bregmático na pelve Fim da insinuação quando a cabeça fetal está no plano 0 de De Lee 2. Descida Polo cefálico insinuado percorre a distância do estreito médio para o estreito inferior da pelve materna Assinclitismo (movimento de lateralização da cabeça fetal): Anterior: sutura sagital mais próxima do sacro Posterior: sutura sagital mais próxima da pelve (mais frequente) Cinclitismo: sutura sagital na mesma distância entre sacro e pelve 3. Rotação interna Finalidade: colocar a sutura sagital no diâmetro anteroposterior da bacia materna (lambda abaixo da pube - Y) A rotação interna pode ocorrer no sentido horário ou anti-horário 4. Desprendimento do polo cefálico A cabeça fetal desprende-se do estreito anterior, com auxílio do deslocamento do cóccix Movimento de deflexão da cabeça 5. Rotação externa Restituição da variedade de posição prévia (volta para a posição inicial) 6. Expulsão Desprendimento da cintura escapular (ombro anterior e depois ombro posterior) Desprendimento do polo pélvico Diagnóstico de Trabalho de Parto: - Presença de contrações uterinas rítmicas em intervalos regulares capazes de levar a alterações de colo, que vão progressivamente aumentando em frequência e intensidade; e que não diminuem com o repouso da gestante - Padrão contrátil inicial: 2 ou mais contrações a cada 5 minutos, com duração de 4060 segundos - Apagamento e dilatação ( ≥ 3cm ao toque) progressivos do colo uterino Falso trabalho de parto: contrações descoordenadas, bem perceptíveis, porém que cessam e sem dilatação do colo uterino *Perda do tampão mucoso e rotura das membranas são sinais menos específicos de trabalho de parto Contrações: Trabalho de Parto Trabalho de Parto falso

Ocorrência Intervalos Duração Localização

Verdadeiro: Regulares Encurtam progressivamente Aumenta Das costas para abdômen ao Continuam

(pródromo): Irregular Irregular

o

Irregular Tipo cólica menstrual

Em relação Diminuem ou desaparecem repouso Bolsa das águas Pode romper Intacta Dilatação do colo Progressiva Inexistente Assistência ao Parto: É o conjunto de fenômenos passivos e ativos que o organismo materno sofre do início do trabalho de parto até a 1ª hora pós-parto. Período premunitório: - Anterior aos períodos clínicos do parto - Sinais e sintomas: Queda do ventre Adaptação apresentação fetal no estreito superior Percepção de metrossístole Eliminação da Rolha de Schoeder Fases clínicas do parto: 1º Período - Dilatação: Inicia com as contrações uterinas regulares e termina com a dilatação completa do colo uterino Duração: 1 a 24 horas Fase latente: Dilatação de 0-3cm (velocidade de dilatação lenta) Contrações rítmicas e regulares Gestantes de baixo risco, com bolsa íntegra, feto em condições normais e fase de latência: conduta aguardar fase ativa em casa. Fase ativa: Dilatação ≥ 4cm (velocidade de dilatação: 1cm/hora) 2º Período - Expulsão: Inicia com a dilatação completa do colo (10cm) e termina com o nascimento do bebê Duração: de poucos minutos a horas (primíparas: até 2 horas, multípara: até 1 hora) Proteção do períneo materno: manobra de Ritgen (evitar tocotraumatismos maternos e fetais) Auxiliar desprendimento do polo cefálico: Manobra de Kristeller, Fórcipe de alívio, Vácuo extrator Indicações de Episiotomia: Sofrimento Fetal Agudo Puxos maternos insatisfatórios ou Período expulsivo exaustão materna prolongado Fórcipe Feto Grande para Idade Possibilidade de lacerações Gestacional 3º Período – Secundamento ou Dequitação:

Começa com a expulsão total da criança e termina com a eliminação completa da placenta Duração: 5 a 30 minutos Descolamento, descida e expulsão da placenta Decorre da retração e contração da musculatura uterina e redução da superfície interna Mecanismos: Baudelocque Schultze: central (mais comum, face fetal sai primeiro, coágulo retroplacentário) Baudelocque Duncan: lateral ou periférico (face materna sai primeiro, maior sangramento) Conduta ativa: Diminuir a chance de hemorragia puerperal Ocitocina (desprendimento dos ombros ou imediatamente após expulsão fetal) Tração controlada do cordão e massagem uterina (ajudar saída da placenta) Manobra de Jacob-Dublin 4º Período - Greenberg: Corresponde à 1ª hora após saída da placenta Revisão do canal de parto Sutura da episiotomia e/ou lacerações com fio absorvível Período materno com possibilidade de grandes principalmente por atonia uterina Início da amamentação

hemorragias,

Mecanismos: Miotamponagem Trombotamponagem Indiferença miouterina Contração uterina fixa (globo de segurança de Pinard) Avaliação clínica aos 30, 60 e 90 minutos: Volume do sangramento Qualidade da contração uterina Sinais vitais maternos Outras queixas Partograma: Representação gráfica do trabalho de parto - Linha de alerta: no início da fase ativa - Linha de ação: 4 horas depois da linha de alerta Iniciar o gráfico apenas na fase ativa do trabalho de parto: - 2-3 contrações eficientes a cada 10 minutos - Dilatação cervical ≥ 3cm *Na dúvida, aguardar 1 hora e realizar novo toque. Se velocidade de dilatação = 1cm/hora → Fase ativa do trabalho de parto. Dilatação do colo:

(ápice encosta na linha correspondente à

dilatação) Apresentação e variedade de posição: 

Batimento cardíaco fetal: ● Contração de 20-39 segundos: Contração eficaz ≥ 40 segundos: BI: Bolsa íntegra BR: Bolsa Rota LC: Líquido Claro LM: Líquido Meconial AT: Amniotomia...


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