Midterm 1 2018, perguntas e respostas PDF

Title Midterm 1 2018, perguntas e respostas
Author Matheus Garutti
Course Psicologia
Institution Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação
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Summary

Análise de imagens e textos relacionando-os aos conteúdos da disciplina de Psicologia...


Description

ESAMC-Campinas Disciplina: Psicologia Profa. Dra. Maria Carolina P.Rodrigues

Correção dos Exercícios- Psicanálise e Teorias Motivacionais

Psicanálise

1. Como você analisaria essa campanha sob a ótica da Psicanálise, levando em conta os conceitos de Id, Ego e Superego? O que a marca pretende passar ao consumidor? Justifique sua resposta.

Resposta: De acordo com a propaganda acima, a marca Dolce & Gabbana apresenta ao público alvo uma cena “supostamente” erótica, sensual e de poder, resultado do uso das roupas e acessórios da marca. Os consumidores têm seu ID estimulado pelos elementos propostos, chegando até, a passar por cima da cena real e implícita, de um estupro, já que a moça está no chão, sendo dominada pelo homem, que a imobiliza. A não percepção dessa ideia pode supor que o Superego dos consumidores é mais fragilizado, não se atendo a esse fato. Mas, caso contrário, a marca também corre um risco de que com essa mensagem, possa afastar compradores, caso a propaganda seja veiculada em culturas mais conservadoras, ou seja, aonde o Superego é mais evidente.

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2. Identifique que Mecanismo(s) de Defesa da Psicanálise está(ão) presente(s) nos textos abaixo. Justifique sua resposta: a) A menina das melissas. É assim que Érica, professora de dança de salão é conhecida na academia que dá aulas. Érica é uma das milhares fãs da marca que participa de comunidades no Orkut que evidenciam o produto. Sabe, exatamente, o material usado na fabricação dos sapatos e dá até dicas de como lavá-los (Consumidor Moderno, 2009); Regressão: A sandália Melissa, originalmente, foi criada para o público infantil. Érica, pela descrição do texto, aparenta ser uma pessoa adulta que se comporta como adolescente, inclusive participando de comunidades em redes sociais, o que configura um comportamento ligado ao mecanismo de defesa Regressão. Projeção: Érica se identifica com a marca Melissa que, provavelmente, mobiliza nela atributos como jovialidade, status, exclusividade, etc...Érica, portanto, se projeta na marca e no seu significado. Racionalização: Pode ser interpretado no texto, por meio, da necessidade que Érica apresenta ao explicar sobre o material usado na fabricação das sandálias e de como limpá-los.

b) De nada adianta o consumidor ser educado para o consumo consciente se não tiver responsabilidade com as próprias contas. Pensando nisso, o Itaú desenvolve, desde 2004, um programa voltado para a educação financeira de seus clientes e de toda população. Entendemos que mais do que apenas ceder o crédito, seria mais importante o lançamento das primeiras cartilhas do uso consciente do crédito (Consumidor Moderno, 2009); Racionalização: Por parte do banco, que se constitui numa instituição financeira, o mesmo oferece cartilhas de consumo consciente, para que o consumidor acabe justificando seu gasto afirmando que o mesmo é consciente e, portanto, racional. Sabemos que um banco não tem interesse algum em tornar o gasto do cliente, um gasto consciente, afinal, ele vive exatamente, de juros e empréstimos, cartões de crédito e cheque especial. Negação: o consumidor nega que o banco, na verdade, tem outros interesses em relação ao produto oferecido.

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c) Os artigos encantam, não porque são caros, mas por causa de sua história", diz o empresário Marcus Barroso, dono de uma coleção com cerca de 100 canetas Montblanc. "Cada caneta que tenho conta um pedaço da minha vida". Projeção: Marcus Barroso se identifica com a marca Montblanc que, provavelmente, mobiliza nela atributos como poder, status, exclusividade, etc..., portanto, ele projeta na marca e no seu significado. Racionalização: Pode ser interpretado no texto, por meio, da necessidade que Marcus Barroso apresenta ao justificar porque coleciona canetas tão caras: "Cada caneta que tenho conta um pedaço da minha vida".

d) Por que será que, por mais que a gente tente, muitas vezes é incapaz de abandonar determinadas memórias afetivas: imagens que construímos de nós mesmos, velhos amores, antigos padrões de comportamento? E parece que não adianta mesmo fugir – tais memórias são nossa bagagem, estarão sempre a nos acompanhar. Negação: a capacidade de negar a realidade de que algumas memórias possam nos fazer mal ou não serem mais necessárias a nossa vida. Racionalização: justificar que, pela dificuldade de lidar com elas ou com a necessidade de esquecê-las, justifica-se que no fundo, elas são importantes para nossa vida pois fazem parte da nossa bagagem. e) A verdade é que muitos de nós fazemos o possível para não assumir nossas próprias culpas. Assim, despendemos energia e tempo demais procurando costas alheias para assentá-las. “A questão é que o alívio de transferir responsabilidades para os outros é ilusório”, explica a escritora e filósofa americana Marietta McCarty, autora do livro How Philosophy Can Save Your Life (“Como a filosofia pode salvar sua vida”, sem edição no Brasil). Porque basta olhar de perto com a lente da consciência os fracassos da nossa vida para enxergar ali mais das nossas marcas do que somos capazes de admitir. “Transferir nossas responsabilidades para os outros só ajuda a nos tornarmos mais impotentes perante elas, porque nos sentimos ainda mais incapazes de agir sobre nossa própria vida”, escreve ela. “Se a culpa é do outro, ela não me pertence, então não tenho nada a fazer a respeito”, pensamos. Dessa forma, acabamos nos isentando não apenas da culpa, mas da capacidade de lidar com ela. Negação: a capacidade de não assumir nossas próprias culpas, negando nossa responsabilidade. Projeção: pela dificuldade emocional, projetamos no outro a responsabilidade de nossas ações, portanto, o outro passa a ter “a culpa”, não eu. 3

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f)

Olho com ternura para o meu chapéu de veludo verde. Ele já teve belas flores de camurça cor de ferrugem num dos lados das abas e, com certeza, dias de maior esplendor e glória quando o comprei numa sofisticada loja em Washington D.C. Naquele tempo eu tinha 22 anos e fazia minha primeira reportagem como enviada especial fora do Brasil. Foi quando o chapéu se converteu numa espécie de amuleto para mim. A primeira vez que o usei foi em Paris, e a estadia na capital francesa, onde fiz minha pós-graduação, se prolongou por mais dois anos. Depois, sempre com ele na mala, viajei para lugares tão exóticos quanto Hong Kong, sul da China, Indonésia ou o norte da Tailândia. Mais tarde, passei outra longa temporada em sua companhia aos pés dos Alpes italianos. O chapéu verde parecia atrair tantas viagens quanto o mel atrai abelhas. Se ele tivesse um passaporte, teria todas suas páginas carimbadinhas. Por despertar tão boas memórias, nunca me permiti jogá-lo fora. Com isso, ele se transformou numa espécie de coisa imortal.

Projeção: a jornalista projeta no chapéu verde, um objeto de uso pessoal, o significado de amuleto, responsabilizando o chapéu pelas oportunidades de viagem que teve durante a vida. Racionalização: justifica o não se desfazer do chapéu, mesmo já desgastado, porque o mesmo sempre lhe deu sorte e acabou se tornando um objeto “imortal” em sua vida.

g) Um grupo de homens ofendidos com a campanha da Bombril, “Mulheres Evoluídas”, foi ao Conar para pedir suspensão da publicidade. Eles alegam que o tema abordado é um estímulo à discriminação. O Conselho recebeu, mas arquivou o pedido. Nos filmes da campanha, Dani Calabresa, Marisa Orth e Monica Iozzi satirizam os homens e ensinam lições de “adestramento" do sexo oposto. Racionalização: os homens justificam, socialmente, seu desgosto pela campanha e o incômodo que se sentiram na forma como o seguimento masculino foi abordado, por meio da discriminação que sofreram e, não de fato, por não terem aceitado a abordagem e acreditado que homens não podem ser tratados dessa forma. Negação: os homens negam, que na prática, podem sim ser submissos às mulheres, ainda que não assumam.

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3. Baseando-se no texto abaixo, identifique como estão simbolizadas as estruturas psíquicas Id, Ego e Superego. Justifique sua resposta. Os pré-adolescentes, “tweens”, são crianças entre 8 e 14 anos que estão entre (between) a infância e adolescência. Por causa de sua crescente participação no mundo social e econômico, as informações sobre seus hábitos e comportamentos em relação ao consumo, compra, organização econômica e influências do meio (mídia e relações interpessoais), tornamse importantes e necessárias e podem contribuir para o conhecimento de como pensam e agem em situações cotidianas e em relação ao mundo que está a sua volta. Essas crianças e jovens adquirem, rapidamente, habilidades para lidar com as novas tecnologias, auxiliando adultos no manuseio de computadores e outros aparelhos eletrônicos. Eles estão mais do que nunca expostos a um sem número de informações que solicitam comportamento ávido de consumo e parecem demonstrar que não possuem estratégias de ação e reação para lidar com tais abordagens. Além disso, têm independência financeira que os fazem autônomos quanto a suas compras. O acesso à televisão acirra ainda mais essa enxurrada de informações. Tudo leva a crer que o ritmo biológico e psicológico, necessário para a adaptação do ser humano a novas situações, é desrespeitado no atual contexto de mundo globalizado. As consequências podem ser observadas pelos comportamentos inadequados ou pouco racionais que têm se manifestado, principalmente, quanto ao consumo. Os “tweens” representam três mercados em potencial, o deles próprios, a influência que podem exercer em suas famílias e em relação ao futuro, porque sua fidelidade às marcas pode ser um instrumento de socialização poderoso em relação a seus futuros filhos. As mudanças provocadas pela globalização são observadas nas relações sociais e nas novas necessidades humanas, estas são mediadas por simbolismos que podem provocar desejos e consumo manipulados pelas estratégias de marketing. Os novos símbolos criados passam a ser constituidores da identidade dos “tweens”. Não se sabe ainda as consequências deste perfil para as próximas gerações. As preocupações da infância atual são diferentes das da infância de gerações anteriores, o que torna as crianças possuidoras de características cognitivas que não são as mesmas descritas nos livros de psicologia. Pode ser que se esteja diante de um problema intercultural. Não se sabe o quanto as mudanças sociais, políticas, culturais, científicas, tecnológicas, desde as duas Grandes Guerras e, atualmente com o fenômeno da globalização, possam ter contribuído para com possíveis mudanças ou quais seriam estas mudanças nas crianças e como se manifestam em seus comportamentos. Donos de características invejáveis, os “tweens” seduzem os pais, avós, familiares.

Resposta: o texto acima aborda a exacerbação do ID na maioria dos adolescentes. É possível afirmar, levando em conta os dias atuais que os pais têm estimulado muito mais o consumo, até pela dificuldade de poderem estar o tempo todo com os filhos. As recompensas se concentram em presentes, viagens que, de alguma forma, tentam suprir o papel do afeto. 5

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O Processo de Castração, necessário na Fase Fálica está cada vez mais difícil de ser aplicado. As mães “perderam” essa capacidade de dar limites o que vêm, significativamente, prejudicando o desenvolvimento do Superego. Dessa forma, o Id apresenta maior impulso para influenciar o EGO a externalizar comportamentos impulsivos, sedutores, caracterizando um consumo cada vez maior e sem limites. Teorias Motivacionais Sou economista, formado pela Universidade Regional do Paraná de Blumenau, em Santa Catarina. Neste ano, terminei o curso de especialização em economia financeira pela Unicamp. Não falo inglês. Pretendo retomar as aulas que interrompi por dificuldades financeiras em breve. Tenho 30 anos e trabalho em um grande banco privado há 9 anos. O banco adota o sistema de carreira fechada. Até hoje recebi somente uma promoção. Tenho um amigo que trabalha num banco concorrente com o mesmo tempo de empresa, que já é gerente de produto. Minhas dúvidas:  Devo sair do banco e procurar algo melhor?  Ou devo continuar acreditando no sistema de carreira fechada com a esperança que meu dia vai chegar? Saliento que não sei fazer outra coisa além de ser caixa de banco. 1. Identifique as necessidades presentes no relato do economista (Afiliação; Poder e Realização) e as tendências de personalidade desenvolvidas: Medo do Fracasso e Expectativa de Êxito. Se necessário, justifique sua resposta usando trechos do texto.

Resposta: O economista apresenta Necessidade de Afiliação identificada na busca de um colunista de uma revista, que o ajude a decidir o que fazer em relação a sua carreira. Não consegue resolver sozinho a situação. Não apresenta Necessidade de Poder Individual, embora, no início do texto enumere aquilo que já fez em termos de formação, não há provas de que conseguiu algo significativo para ele. Não apresenta, também, Necessidade de Poder Social, porque não é descrito nenhuma situação de liderança ou desenvolvimento de equipe. Apresenta, inicialmente, Nível de Aspiração Alto, quando cita que se formou em Economia, fez pós-graduação na Unicamp, chegou a estudar inglês e pretende retomar as aulas, mas, ao final do texto, seu real Nível de Aspiração é baixo: “não sei fazer outra coisa a não ser, ser caixa de banco”. A Atribuição Causal está indicada no fato de que, para o economista, é o banco no qual trabalha que é responsável pela sua falta de promoção, dificultando seu desenvolvimento por conta do sistema de carreira fechada, portanto, ele responsabiliza fatores externos pelo seu fracasso. Sua Norma de Referência é Social, porque compara-se ao amigo que trabalha num outro banco e já conseguiu ser promovido. Portanto, de acordo com a análise dos três elementos, pode-se afirmar que o economista apresenta Necessidade de Realização com Tendência ao Medo do Fracasso.

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Até os 23 anos, a jornalista carioca Zara Costa acreditou que sua auto-estima daria uma guinada caso conseguisse perder os 40 quilos extras responsáveis por comentários como “ela tem um rosto tão bonito, mas...”. Dois anos depois, com 45 quilos a menos após uma dieta rigorosa e o corpo remodelado por uma cirurgia plástica, Zara alcançou parcialmente seu objetivo, tornando-se alvo de cantadas e virando, inclusive, personagem de uma reportagem sobre seu novo corpo para a revista Nova, em setembro de 2002. “Apesar de me sentir bem mais feliz com minha imagem no espelho, descobri, mais tarde, que minha auto-estima não dependia apenas da visão externa que eu e as outras pessoas tinham de mim”, diz Zara. “Por mais que tivesse a aprovação externa, precisei fazer terapia para me convencer do próprio valor.” Zara descobriu por si algo com que todos os estudiosos sobre auto-estima, independentemente da linha terapêutica, parecem concordar: enquanto a genuína auto-estima torna a pessoa menos vulnerável a julgamentos externos, a “pseudo auto-estima” depende basicamente da admiração e da aprovação dos outros (Revista Vida Simples). 2. Faça uma análise da situação acima utilizando a Teoria E.R.C. Não deixe de levar em conta também o Processo Frustração-Regressão. Resposta: Zara Costa não apresentava Necessidade de Auto-Estima, pertencente ao Grupo de Necessidades de Relacionamento, segundo a Teoria E.R.C. E por conta disso, concentrou seus esforços em satisfazê-la, submetendo-se a uma dieta rigorosa e cirurgia plástica. Aparentemente, após o resultado parecia feliz. No entanto, com o tempo, foi percebendo que, embora tivesse investido na sua auto-imagem, a mesma não conseguiu suprir sua Necessidade de Segurança, pertencente ao Grupo de Necessidades Existenciais. Foi então, que decidiu procurar um processo de auto-conhecimento, a terapia. Zara teve ativado seu Processo Frustração-Regressão, pois quando se frustrou, percebendo que a estética não era a única saída para seu bem estar, resgatou sua motivação de buscar outra forma de conseguir se ajudar.

“Profissionais da área de saúde mental dos EUA afirmam que as taxas de divórcio entre executivos seniores vêm alcançando níveis inéditos. Perda de amigos e desencaminhamento dos filhos são outros efeitos comuns. E até a empresa acaba prejudicada pela falta de perspectiva do gestor, perspectiva essa desenvolvida fora da rotina”. 3. Levando-se em conta a afirmação acima, como você analisaria essa situação utilizando a Teoria da Hierarquia das Necessidades (Maslow)? Leve em conta, inclusive, as vantagens e desvantagens apontadas nesta teoria para os dias atuais. Resposta: De acordo com a situação acima descrita, é fato comprovar a lógica da Pirâmide de Maslow, porque os profissionais representam executivos seniores, que do ponto de vista da sociedade, estão no topo da Pirâmide, ou seja, com as Necessidades de Auto-Realização 7

ESAMC-Campinas Disciplina: Psicologia Profa. Dra. Maria Carolina P.Rodrigues satisfeitas. No entanto, se o profissional não tiver as necessidades anteriores satisfeitas, segundo Maslow, não há como se manter no topo. Nesse caso, fica claro que, embora estivessem autrealizados, não estavam satisfazendo suas Necessidades de Relacionamento, adequadamente, o que resultou nas altas taxas de divórcio, Maslow é Hierarquia e a mesma deve ser respeitada, nesse caso.

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