No Tempo dos Cavaleiros da Tavola Redonda, de Michel Pastoureau PDF

Title No Tempo dos Cavaleiros da Tavola Redonda, de Michel Pastoureau
Course História Medieval
Institution Universidade do Estado de Santa Catarina
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO (FAED) DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DISCIPLINA: MEDIEVAL DOCENTE: CAROLINE JAQUES CUBAS DISCENTE: MARIANI CASANOVA

FICHAMENTO 5/5 TEXTO 11 (NO TEMPO DOS CAVALEIOS DA TÁVOLA REDONDA) ‘’A realidade, porém, é outra. As proezas de Gawain as aventuras de Lancelot não acontecem. [...] A guerra não e gloriosa, mas mercenária [...] uma grande distância entre as cores brilhantes do sonho e o cinza banal da existência cotidiana’’ (p. 101) ‘’[...] A guerra privada tem suas regras próprias, é declarada em ao e devida forma, e dura enquanto não for suspensa por uma trégua ou encerrada por uma paz’’ (p. 102) ‘’[...] as guerras entre nações não existem. Não há senão lutas entre um senhor e seu vassalo, rivalidade entre dois feudos, vingança entre duas linhagens. [...] ‘’ (p. 102) ‘’[...] um meio eficaz de aumentar a fortuna e o poder. [...] os bens saqueados servirão para pagar os mercenários, fortificar os castelos [...] A guerra, portanto, consiste menos em vencer ou matar o inimigo do que em [...] saqueá-lo.‘’ (p. 103) ‘’ [...] mostram-se mais dispostos a recorrer à negociação, que se manifesta sob formas variadas [...]’’ (p. 103) ‘’As guerras privadas [...] são sempre conflitos intermináveis que devastam os campos e degeneram em banditismo. A Igreja foi a primeira a intervir nesse flagelo ‘’ (p. 104) ‘’ [...] duas grandes regras: a paz de Deus e a trégua de Deus. A primeira destina-se a proteger os não-beligerantes [...] A segunda proíbe as hostilidades em certos períodos do ano [...] essas regras caíram um pouco em descrédito desde que a Igreja resolveu ampliá-las [...]’’ (p. 104 e 105) ‘’[...] a atividade essencial do cavaleiro não é mais a guerra, mas o torneio’’ (p. 105) ‘’A segunda metade do século XII é marcada por uma certa decadência das instituições militares [...] Em troca da terra que lhe foi outorgada em feudo, o vassalo deve ao senhor [...] uma ajuda militar [...] O serviço militar devido pelo plebeus é mais difícil de definir, pois varia de região para região. [...] (p. 106)

‘[...] o rei e alguns grandes senhores podem, em caso de perigo extremo, convocar todos os súditos, vassalos ou vilões, para uma assistência sem limite de tempo [...] o serviço feudal revela-se medíocre’’ (p. 107) ‘’Cada feudatário [...] não traz consigo senão um pequeno número de seus próprios vassalos. [...] Mesmo em tempos de guerra, raramente ele consegue reunir para suas campanhas mais de trezentos e cinquenta ou quatrocentos cavaleiros [...] essa carência [...] tem como consequência o aparecimento de verdadeiros soldados. Pouco a pouco o dinheiro torna-se, de fato, o ‘motor’ da guerra [...] ‘’ (p. 107 e 108) ‘’ [...] admitia-se que [alguns] vassalos [...] podiam pagar uma taxa para obter a dispensa. Essa prática se amplia gradativamente [...] [cobra-se] um imposto a todos os homens livres para subvencionar o exercito real [...]’’(p. 108) ‘’ [...] os mercenários são recrutados essencialmente entre os não-nobres [...] são inicialmente utilizados pelos reis da Inglaterra, mas começam a proliferar [...] tornandose então um flagelo para todo o Ocidente’’ (p. 109) ‘’O equipamento dos combatentes é relativamente bem conhecido [...] as armas velhas eram fundidas para a fabricação de novas [...] o equipamento custa caro [...] raros são os que possuem um completo [...] O [equipamento] de um cavaleiro deveria compreender pelo menos: a cota de malha, o elmo, o escudo, a espada e a lança; o de um escudeiro a cavalo: a jaqueta reforçada, o capacete de ferro, a espada ou o venábulo, o arco ou a besta; o de um infante: a cota de couro, uma cobertura de ferro ou couro curtido para a cabeça, o arco ou a besta [...]’’ (p. 109 e 110) ‘’Examinemos detalhadamente alguns desses diferentes elementos [...] A cota de malha [...] consiste numa espécie de túnica metálica [...] No final do século XII, uma boa cota de malha [...] pesa de dez a doze quilos. O peso aumenta ainda mais no começo do século seguinte [...] [com o surgimento] de malhas duplas e triplas [...] só um pequeno número de cavaleiros tem condições de adquiri-la.’’ (p. 110 e 111) ‘’[...]o cavaleiro [...] [usa uma] espécie de jaqueta de pele ou tecido [...] [para] amortecer os golpes e o atrito. [...] O elmo sofre uma importante transformação ao longo do período [...] pesado e incomodo, serve apenas para o combate [...] se põe o elmo [...] sobre o capuz da cota de malha [...] O escudo tem forma de uma grande amêndoa [...] quando a superfície externa do escudo é de couro ou de tecido, costuma ser pintada e decorada [...]’’ (p. 111 – 113) ‘’A espada é a arma do cavaleiro por excelência. É constituída de três partes: a lâmina, o punho e o botão do punho [...] Todo cavaleiro procura conservar a sua pelo maior tempo possível, antes de transmiti-la ao filho [...] A lança é uma arma de estocada [...] Cavalgando, [...] é levada verticalmente; em combate, é colocada tanto na posição

horizontal quanto na oblíqua [...] Entre as armas de arremesso, é preciso mencionar a atiradeira e, sobretudo, o arco e a besta [...]’’ (p. 113 – 116) ‘’O cavalo ocupa evidentemente uma posição de destaque nas atividades bélicas do cavaleiro [...] os escritores designam de maneira diferente os cavalos de acordo com a função a que se destinam [...] palafrém [...] corcel [...] azêmola [...] Poetas e romancistas descrevem [...]com muitos detalhes o pelo dos cavalos. Os mais apreciados são os inteiramente brancos ou pretos [...] Já os [...] de pelagem escura e os [...] cor de canela, são um tanto desdenhados [...]’’ (p. 117 e 118) ‘’Ao contrário do que se afirma, o uso de esporas jamais esteve reservado [...] à classe dos cavaleiros [...]’’ (p. 118) ‘’As guerras do século XII são batalhas insidiosas, cujas principais [...] operações consistem no devastamento das terras do vizinho e no lançamento de alguns ataques repentinos contra seu castelo. [...] Um cerco é um empreendimento previsto para durar muto tempo [...] não devem apenas resistir aos homens, mas também a um verdadeiro bombardeio de artilharia.’’ (p. 119) ‘’Esses bombardeios não se destinam tanto a derrubar as muralhas ou mesmo atingir os sitiados, mas principalmente a proteger o trabalho realizado na base da fortificação [...] A paciência parece ter sido uma arma mais eficaz que a combatividade, pois sabemos que,no século XII, a queda de uma fortaleza se deve na maioria das vezes ao cansaço, à fome, à epidemia ou à traição’’ (p. 120 - 121) ‘’Até o século XIV, a guerra e a batalha são dois fatos militares fundamentalmente diferentes [...] Vejamos como se desenrola uma batalha de verdade. A tática é relativamente simples. No momento do confronto, cada exéricto alinha-se grosseiramente em três filas [...] cada cavaleiro procura enfrentar apenas um cavaleiro adversário [...] captura-se para depois negociar [...] O dinheiro, também aqui, é o catalisador da batalha’’ (p. 122 e 123) ‘’Nessas batalhas organizadas, a principal vítima [...] é a infantaria, ferida pelos cavaleiros, pisoteada pelos cavalos, liquidada no momento da derrota. De fato, ninguém pede resgate pelos arqueiros e lanceiros [...] eles são simplesmente degolados e saqueados. Entre os cavaleiros, ao contrário, mesmo que os ferimentos sejam numerosos, as mortes são raras’’ (p. 124)...


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