Title | Linha DO Tempo HistÓria DA QuÍmica NO Brasil |
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Course | Química Geral |
Institution | Universidade Cruzeiro do Sul |
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Resumo contendo descrição e linha do tempo da História da Química no Brasil - Ordem cronológica...
LINHA DO TEMPO HISTÓRIA DA QUÍMICA NO BRASIL Introdução João Manso Pereira (1750-1820) Químico, não recebeu educação em nível superior, era autodidata, não saiu do Brasil para estudar, adquiriu seus conhecimentos empiricamente e por meio de livros. Publicou 5 obras, dentre elas estão: “Memória sobre a reforma dos 1800
alambiques ou de um próprio para a destilação das águas ardentes”; “Cópia sobre a nitreira artificial estabelecida na Vila dos Santos”, onde propunha obter salitre (utilizado na fabricação de pólvora), de formas artificiais visando a situação econômica da época. Tratou da composição química das cinzas resultantes da queima de espécies vegetais nacionais. Em 1810 o primeiro livro de química foi publicado no Brasil por Daniel
1810
Gardner o “Syllabus ou Compendio das Lições de Chimica”, que por sua vez realizava aulas práticas as quais poderiam comparecer interessados em geral propagando a química. Criação do laboratório químico pratico no Rio de Janeiro, que se interessaria por produtos orgânicos e inorgânicos, possuindo caráter
1812
inteiramente práticos e não dedicado a pesquisa cientifica. O laboratório teria sido criado para descobrir como endurecer o sabão (que por sua maleabilidade dificultava seu transporte e exportação) fabricado nas ilhas de São Tomé. Desenvolvimento Criação do Laboratório Químico do Museu onde passaram a ser realizadas as primeiras análises de combustíveis nacionais e de amostras de pau-brasil. Onde futuramente seriam realizadas as
1824
primeiras perícias toxicológicas do país. João da Silveira Caldeira foi o segundo diretor do Museu substituindo José da Costa Azevedo, publicou a obra Nova nomenclatura química portuguesa, latina e francesa, considerado o primeiro compendio que tratava de assuntos
1838
químicos Ezequiel Correa dos Santos, farmacêutico brasileiro isolou o princípio ativo das cascas do Paupereira, em 1838, e o descreveu como sendo um alcaloide, denominando-o pereirina utilizada contra impaludismo,
inapetência, má digestão, tontura, prisão de ventre e como febrífugo. Devido a sua característica amarga o Pau-pereira se tornou o sucedâneo
da
quina
tornando-se
conhecido
e
amplamente
empregado, pelos médicos da época, em diversas moléstias, principalmente contra febres. Wilhelm Michler (1846-1889) viveu durante sete anos no Brasil, o descobridor da auramina, corante de uso na tinturaria devido à sua cor de ouro. Muito conhecido também pela cetona aromática, que 1846
traz seu nome. Gastou de seu próprio bolso para conseguir montar um laboratório correspondente às necessidades das técnicas mais modernas do trabalho químico experimental para os seus alunos brasileiros. Theodor Peckolt (1822-1912) Alemão de nacionalidade, realizou trabalhos de investigação no
1848
Brasil no Laboratório Químico do Museu Nacional, foi percursor da fitoquímica nacional, teve seus estudos resumidos em basicamente duas obras: História das plantas alimentares e de gozo no Brasil e História das plantas medicinais e uteis do Brasil. Surgimento dos primeiros cursos de química no BrasiL. O primeiro
1910
curso foi de química industrial, no nível técnico, no Mackenzie College que, quatro anos depois, em 1915, se tornou curso de nível superior. Marco importante no ensino da ciência química no Brasil foi a fundação do Instituto de Química no Rio de Janeiro por Mário Saraiva. Com finalidade eminente de formar mão de obra para a
1918
indústria que crescia grandemente. Ainda em 1918, a Escola Politécnica de São Paulo criou seu “Curso de Químicos”, visando também a vinculação com a indústria. O que se converteu mais tarde nos cursos de engenharia química. Criação da Sociedade Brasileira de Química como uma das decisões
1922
do primeiro Congresso Brasileiro de Química, que ocorreu naquele ano, foi a responsável pela edição do primeiro periódico de química
1933
no país: A Revista Brasileira de Chimica. A grafia foi alterada de Chimica para Química.
1934
O químico Heinrich Rheinboldt deixou a Universidade de Bonn, na
Alemanha, e mudou-se para o Brasil, junto com outros dois professores alemães. Rheinboldt empenhou-se, junto com Herbert Stettiner e Heinrich 1935
Hauptmann, na criação do Departamento de Química, que culminou,
1939
mais tarde, no Instituto de Química da USP. Fundação da Associação Química do Brasil Chegada do químico austríaco Fritz Feigl, ao Laboratório da Produção Mineral (LPM), a convite do seu diretor Mario Abrantes da
1940
Silva Pinto, para criar o núcleo de microquímica. O legado deixado por Feigl é um marco da química brasileira. Possuía técnica de grande simplicidade e boa sensibilidade analítica, publicou centenas de artigos científicos em periódicos internacionais. Simão Mathias (1908 - 1991) Químico brasileiro nascido em São Paulo, que construiu o primeiro laboratório de físico-química no país e foi desbravador no ensino da
1942
matéria. Primeiro doutor em ciências formado pela USP (1942). Em 1960, como chefe do Departamento de Química, organizou a centralização de todos os departamentos de química existentes na USP num único grande instituto. Giuseppe Cilento (1923-1994) Químico brasileiro, nascido na Itália, estudou moléculas excitadas presentes em sistemas biológicos. Fez contribuições importantes no estudo de processos fotobioquímicos nas células que ocorrem na
1943
ausência de luz: a “fotobiologia sem luz”. Ingressou no curso de química
da
Faculdade
de
Filosofia,
Ciências
e
Letras
da
Universidade de São Paulo, Bacharelou-se em Química (1943) e fez o doutorado. 1945
Otto Richard Gottieb (1920-2011) Químico naturalizado brasileiro, Gottlieb publicou cerca de 700 trabalhos científicos, além de quase uma dezena de livros. O especialista ficou conhecido, primeiro no Brasil, depois no mundo todo, pelo seu desbravador trabalho com produtos naturais, o trabalho do pesquisador no campo da fotoquímica no qual se estudam as moléculas que fazem parte do metabolismo das
plantas. Fundou grupos de pesquisa em Química Orgânica e em Produtos Naturais em diversas instituições como Universidade de Brasília (UNB) e Universidade de São Paulo (USP). Foi docente de vários cursos de pós-graduação e orientou mais de uma centena de trabalhos de mestrado e doutorado, tendo criado uma geração de especialistas em Química de Produtos Naturais cujas raízes se espalharam por todas as regiões do Brasil. Em 1945, formou-se em primeiro lugar no curso de Química Industrial pela Universidade do Brasil (agora Universidade Federal do Rio de Janeiro/ UFRJ). Mauricio Rocha e Silva (1910 - 1983) Descobriu, em 1949, que as enzimas do veneno da jararaca agem sobre as proteínas do sangue, liberando uma substância chamada bradicinina, que hoje é largamente utilizada em medicamentos para o controle da hipertensão. O potente vasodilatador descoberto por ele é amplamente empregado desde a década de 70 e representou 1949
melhora radical na expectativa e qualidade de vida de hipertensos, especialmente quanto a restrições dietéticas. No exterior, Rocha e Silva
pesquisou
a
histamina,
utilizada
em
medicamentos
cardiovasculares. O químico possui mais de 300 trabalhos publicados em revistas como a Nature e Science e, no final da década de 50, organizou o departamento de farmacologia e a pós-graduação da Universidade de São Paulo. 1951
1959
Como resultado da fusão da Sociedade Brasileira de Química e da Fundação da Associação Química do Brasil surge a ABQ- Associação Brasileira de Química. Inclusão do Instituto de Química na Universidade do Brasil. Houve a divisão de indústrias químicas, com isso
obteve
independência da Petrobrás, com o início das operações da refinaria 1960
Duque de Caxias (RJ). Resultou no crescimento de vários setores da indústria química. Ano também em que a pós-graduação foi estabelecida como oficial nas universidades brasileiras. Desenvolvimento dos cursos de pós-graduação no Instituto de
1963
Química, foram criados os cursos de química orgânica e de bioquímica.
Vanderlan da Silva Bozani (1949) Em 1970 veio para São Paulo, se tornou professora do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara e pesquisadora internacionalmente reconhecida por seus trabalhos na área de química de produtos naturais, que, sob a orientação de seu grande mestre, o químico Otto Gottlieb, conquistou reconhecimento 1970
nacional e internacional, inclusive o Distinguished Women in Science, em 2011, conferido pela American Chemical Society (ACS) e pela International Union of Pure and Applied Chemistry (Iupac). Graduada em farmácia pela Universidade Federal da Paraíba. É mestre em química orgânica e doutora em ciências, ambos os títulos obtidos pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP). Com o crescimento da economia do país, houve a necessidade do
1971 1972
aumento da parte Petroquímica, dois anos depois a petroquímica União começou a funcionar em Mauá(SP), foi a primeira central petroquímica brasileira com capacidade de 187 mil T/ano de etanol. Em 73-4 houve uma grande crise do petróleo, onde os preços dos barris aumentaram 300% em cinco meses. Após a crise do país, o setor químico foi o primeiro a ter os preços
1990
liberados, em 98 a Abiquim publicou um estudo sobre a Privatização no Setor Químico. Fundação da Associação Química do Brasil ( AQB) que conta com
2008 parceria com a associação norte nordeste de química (ANNQ), a revista química no Brasil. Gerando referência pelo Brasil.
REFERENCIAS Rheinboldt, H. “A química no Brasil”. In: de Azevedo, F (Org). As ciências no Brasil. Vol. 2, pp.9-89, UFRJ. 1994. Pinto, A. C. “O Brasil dos viajantes e dos exploradores e a química de produtos naturais brasileira”. Quim. Nova, Vol.18, no.6, pp.608-615. 1995.
Ferraz, M. H. M. “Trabalhos e estudos luso-brasileiros em química (1772-1822)”. In: Centenário de Heinrich Rheinboldt 1891-1991 pp.73-83. IQ-Universidade de São Carlos. 1993. Dos Santos, N. P; Pinto, A. C; de Alencastro, R. B. “Theodoro Peckolt: Naturalista e farmacêutico do Brasil imperial”. Quim. Nova, Vol.21, no.5, pp.666-670. 1998. Afonso, J. C; & dos Santos, N. P. Instituto de Química da UFRJ: 50 anos. 319p. Instituto de Química/UFRJ. 2009. Espinola, A. “Fritz Feigl – sua obra e novos campos tecno-científicos por ela originados”. Quim. Nova, Vol.27, no.1, pp.169-176. 2004. Camelo, Thiago. As plantas sem Otto. Publicado em 22/06/2011. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2011/06/as-plantas-sem-otto
Silva, Denise Domingos da; Neves, Luiz Seixas das; Farias, Robson Fernandes. História da Quimica no Brasil. 4°EdiçãoEditora Átomo....