Patologias do Sistema Hemolinfático PDF

Title Patologias do Sistema Hemolinfático
Course PATOLOGIA ESPECIAL VETERINÁRIA
Institution Universidade Castelo Branco
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resumo da aula...


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PATOLOGIAS DO SISTEMA HEMOLINFÁTICO - RESUMO Linfonodos Histofisiologia: O linfonodo possui região cortical externa e uma medular interna. É um órgão que possui a forma de um rim, ou caroço de feijão. Nos suínos o linfonodo é invertido (os nódulos são centrais – córtex e cápsula) e a medular é periférica. Algumas aves (pombos e galináceos) não possuem linfonodos. As aves aquáticas (como os pingüins) possuem poucos. A cortical é composta por: Cápsula: tecido conjuntivo denso, Trabéculas: emitidas pela cápsula; Seios: tecido linfóide frouxo. São espaços que drenam a linfa. Se subdivide em Subcapsular (abaixo da cápsula) e Peritrabecular (ao lado das trabéculas) A linfa é um plasma, um líquido oriundo dos tecidos, e que tem que retornar a ele. É filtrado pelos linfonodos. A linfa passa pelo linfonodo em baixa velocidade, pois ela é rica em antígenos e eles precisam ficar retidos no linfonodo (pela filtração). Isso ocorre para que o organismo detecte se há algum lugar do corpo que está com problemas (alguma lesão) e desloque seus linfócitos (células de defesa) para esta região. A circulação no linfonodo segue a seguinte ordem: Vaso linfático aferente seio subcapsular seio peritrabecular seios medulares vaso linfático eferente. Alterações Alterações cadavéricas: o linfonodo fica muito macio e desmancha com facilidade. Em animais obesos, a gordura pode invadir o órgão e causar manchas brancas no parênquima. Em regiões onde há partículas de carvão no ar, pode ocorrer antracose, que são pigmentos formados pelo pó de carvão. Na macroscopia o órgão apresenta-se enegrecido e na microscopia visualiza-se macrófagos com o citoplasma enegrecido. Também podem apresentar hemossiderina, que são pigmentos formados pelo ferro liberado pela hemólise de hemácias. O órgão apresenta coloração acastanhada, enegrecida. Na microscopia o citoplasma dos macrófagos se mostra acastanhado. Atrofia: diminuição do órgão. Macroscopicamente se mostra pequeno, com volume reduzido. Dependendo do agente pode haver fibrose da cápsula (na dissecção se mostra rígido). Microscopicamente observa-se células pequenas, menores que o normal. Hiperplasia: aumento do número de células (não do tamanho). Os centros germinativos ficam bem evidentes pelo aumento do número de células sendo produzidas. O órgão fica com seu volume aumentado. Ao corte visualiza-se pontinhos brancos (onde se localizam os centros germinativos). Distúrbios inflamatórios O linfonodo drena as moléstias dos órgãos adjacentes. Quando há distúrbios inflamatórios, há presença de neutrófilos. O linfonodo fica hiperplásico (inchado). Na dissecção o parênquima, que estava inchado, protruído, vasa ao corte da cápsula. Pode haver material purulento, se ocorrer penetração de bactérias, formando um abscesso. Em processos inflamatórios crônicos, o

linfonodo fica ressecado (na superfície) e a cápsula muito espessa e rígida ao corte. Um exemplo de distúrbio inflamatório é a linfadenite caseosa, que acomete caprinos e ovinos. Causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis. É conhecida como pseudotuberculose ovina, e identificada pelo aparecimento de abscessos nos linfonodos em diversas partes do corpo do animal, com predominância na região peitoral externa, causando sérios prejuízos à sua pele, que perde o valor comercial. Distúrbios neoplásicos O linfossarcoma também é chamado de linfoma (erroneamente, pois é uma terminologia de benigno para um tumor maligno). A macroscopia do linfossarcoma se caracteriza por uma massa tumoral bem grande, branca acinzentada e macia ao corte. Na microscopia observa-se células maiores que os linfócitos comuns, com hipercromatismo nuclear (o núcleo se mostra ainda mais basofílico) – o que é uma característica de neoplasia maligna. Os nucléolos ficam muito evidentes. Algumas células apresentam núcleo com fenda (clivado), irregular. Também ocorre monotonia celular (todas as células apresentam o mesmo tamanho). Pode ocorrer a forma leucêmica, que surge quando metástases do linfossarcoma chegam à medula óssea, comprometendo a hematopoiese. Baço Histofisiologia Nas aves, o baço é ovóide e não alongado como nos mamíferos. Apresenta polpa vermelha e polpa branca. Na polpa branca se encontram os folículos linfóides. Os folículos apresentam uma arteríola central e um centro germinativo, rico em linfoblastos. Possui feixes de musculatura lisa entre os folículos e nas trabéculas. A polpa vermelha possui feixes de músculos lisos, vasos sangüíneos, células reticulares (fazem fagocitose, participando da defesa). Também possui seios esplênicos e cordões esplênicos. O baço tem função de defesa e de armazenamento de sangue. A prioridade entre essas funções varia entre os animais. No cavalo a prioridade é o armazenamento de sangue, já em cães é a defesa. Distúrbios degenerativos Atrofia: pode ser causada por toxinas, doenças virais. O órgão se apresenta enrugado, menor e firme ao corte. Hiperplasia: quando o baço é requisitado para qualquer função, ocorre hiperplasia do órgão, com aumento dos centros germinativos. A borda fica mais arredondada (normalmente é fina). No parênquima, após o corte, verificam-se pontinhos brancos que correspondem aos centros germinativos. Rupturas: normalmente causadas por lesões, traumatismos. Pode ocorrer por estar congesto (muito hiperplásico) e qualquer movimento mais brusco do animal levar a sua ruptura. Amiloidose: baço sagu. Aspectos macroscópicos – pontinhos brancos e duros no parênquima, lembrando verruguinhas (são altos) ou grãos de tapioca. Se diferenciam dos centros germinativos, pois estes só aparecem na superfície de corte e são lisos. Aspectos microscópicos – se coram com vermelho congo.

Distúrbios inflamatórios Esplenite: infecção no baço. Se apresenta hiperplásico, hiperêmico, supurado (se a infecção for por bactérias purulentas)....


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