PPR - Retentores OU Grampos DE Retenção PDF

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PPR - Retentores OU Grampos DE Retenção...

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AULA 9 RETENTORES OU GRAMPOS DE RETENÇÃO 

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São os componentes de uma prótese parcial removível que, ao se relacionarem com as coroas dos dentes suportes, têm como função resistir às forças de deslocamento a elas aplicadas. São componentes da prótese que se relacionam diretamente com as coroas dos dentes. Função: suportar a força oposta ao eixo de inserção. Grampos mantêm a prótese em boca. Localização: os grampos podem ser extra ou intra-coronários; Número de dentes envolvidos: podemos ter um grampo simples, geminado ou múltiplo Função: o grampo pode ser direto ou indireto; Ação retentiva do grampo: pode ser circunferencial, com ação em ponta (ponta ativa em barra) Os grampos de retenção são os únicos componentes flexíveis de uma estrutura metálica

Localização Extracoronária: fora da coroa. Retentores extracoronários: são os grampos de retenção que envolvem, externamente, a coroa dentária, e, através de sua estrutura metálica, fornecem a retenção necessária para manutenção da PPR em boca quando em função Intracoronária: dentro da coroa. São usados normalmente associando PPR com prótese fixa. Retentores intracoronários: composto por uma parte fêmea e uma parte macho, as quais são justapostas de maneira a conferir retenção pela fricção ocorridas entre as suas paredes – muito utilizado em PF associada a PPR Na graduação planejaremos somente casos de grampos extracoronários.

Número de dentes envolvidos Simples: envolve apenas um dente Geminado: envolvem dois dentes. Os grampos estão unidos Múltiplo: envolve mais de dois dentes Retenção Retentor direto: relacionado diretamente com o espaço edentado Retentor indireto: distante ao espaço edentado Ação retentiva 1. Grampo circunferencial: abraça o dente, envolvendo toda a coroa. Tem um braço por vestibular e outro por lingual 2. Grampo de ação em barra (ação em ponta): apresenta um gancho (alça), normalmente por vestibular

1. Grampo circunferencial Partes constituintes:   

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Apoio: fica na oclusal Corpo: localizado na proximal, é um conector menor. Liga o apoio com os braços. Braço de retenção: origem no apoio, vem pela vestibular. É o único componente que passa pelo equador protético, a ponta ativa fica na zona de retenção, abaixo do equador protético. É dividido em três terços: rígido, semi rígido e ponta ativa – é a única parte flexível do grampo (parte que passa pelo equador protético) Braço de oposição:

Indicações: dentes pilares posteriores; espaços protéticos intercalados Possui menor ação retentiva em relação aos grampos de ação em ponta, é menos estético Trajetória horizontal; começa no corpo do retentor; 2/3 no terço médio; ponta ativa no terço cervical Originam-se no apoio oclusal; atuam no sentido ocluso-cervical; divididos em terço; possuem ação por abraçamento; menor ação retentiva; estética não favorável Vantagens: são excelentes quanto a sua capacidade de conferir suporte, estabilidade e abraçamento adequado; não há retenção de alimento entre o grampo e a fibromucosa A extremidade do braço é chamada de ponta ativa e está localizado totalmente na zona retentiva. Somente a ponta ativa atravessa o equador protético, as outras partes ficam acima.

2. Grampo de ação em barra (ação em ponta) Há um pequeno contato com a coroa, apenas em um ponto; o seu traçado é de gengival para oclusal; alcança a zona retentiva sem passar pelo equador protético Trajetória vertical; começa na malha da sela; cruza borda livre da gengiva em 90°; ponta ativa no terço cervical. Vem de baixo para cima, está em contato com a superfície dentaria somente na ponta ativa do grampo. Indicações: exigência estética; necessidade de maior retenção; próteses dentomucossuportadas (classe I e II de Kennedy – casos de extremo livres, nos dentes ao lado do espaço edentado); por isso se faz uso das pontas calibradoras, para estabelecer a exata posição da ponta ativa do grampo qualquer que seja o ângulo de convergência da coroa

Vantagens: menor contato do retentor com o dente dificulta o acumulo de biofilme; desvantagens: estrutura metálica atravessa a borda livre da gengiva; alívio do sulco e gengiva marginal favorece acúmulo do biofilme na região cervical, sendo mais desfavorável que o circunferencial neste quesito; Grampo de ação de ponta – vantagens: mais estéticos; mais retentivos que os circunferenciais por causa da deformação elástica por torção; mais eficientes em classe I e II de Kennedy Biomecânica A quantidade de retenção mecânica de uma prótese parcial removível é dada pela somatória de retenção obtida por todos os grampos de retenção planejados. Fundamentos essenciais para o desenho de um grampo retentor: abraçamento, passividade Abraçamento – é o envolvimento de mais de 180° da circunferência do dente suporte Passividade – é a condição pela qual o dente suporte se mantem sem tensão quando o retentor está assentado. O abraçamento de um dente serve para uma parte fazer a retenção, e a outra parte neutralizar essa força, para que o dente não apresente mobilidade. Quando for ação em barra, há um apoio e um conector menor que ajudam a estabilizar, a fazer a passividade. O grampo deverá abranger mais de 180° do dente suporte. O grampo só será ativo quando estiver em necessidade funcional (ex.: ao comer, falar, espirrar etc). Quando o paciente estiver em repouso, o grampo deve estar passivo, sem exercer nenhum tipo de força no dente. Braço de retenção Possui formato de meia cana ou semi-circular. O braço de retenção deve ser passivo quando em posição e ativo em movimentos funcionais; a quantidade de retenção deve ser mínima necessária para resistir ao deslocamento provocado pelas forças mastigatórias Tem por finalidade reter a prótese quando forças no sentido gengivo-oclusais forem aplicadas sobre a PPR. Está, normalmente, localizada por vestibular do dente. O braço de retenção possui afilamento progressivo na largura e espessura do grampo, até chegar na ponta ativa. Isto faz com que ele tenha flexibilidade. Fatores que influenciam na retentividade de um grampo de retenção: 1. Valor do ângulo de convergência cervical; 2. Distância entre a ponta ativa do grampo e o equador protético; 3. Flexibilidade do grampo 1. Ângulo de convergência cervical (anatomia da coroa): pode assumir valores maiores ou menores conforme a convexidade da coroa; quanto maior o ângulo, maior será a força necessária para remover o ângulo da região retentiva. A retenção de um grampo é diretamente proporcional ao ângulo de convergência cervical do dente pilar. Quanto maior o ângulo, mais fácil de achar a zona retentiva.

2. Distância entre a ponta ativa do grampo e o equador protético: esta distância é diretamente proporcional ao grau de retenção do grampo. Se mudarmos a ponta calibradora, há uma mudança na zona retentiva – já devemos definir no planejamento da PPR o tipo de liga que iremos usar 3. Flexibilidade do braço de retenção: é a resistência à deformação do metal que gera retenção e tal resistência é proporcional à flexibilidade do braço de retenção. Flexibilidade do grampo: espessura do grampo (quanto mais espesso, menos flexível); comprimento do grampo (quanto mais comprido, mais flexível); secção transversal do grampo; tipo de liga; planos de curvatura; Braço de oposição/reciprocidade Em um grampo circunferencial, estará bem definido, abraçando o dente por lingual. Em um grampo de ação em ponta, estará transformado em outros componentes, com a mesma função. Pode estar na forma de apoio, placa, conector menor... A reciprocidade poderá ser conseguida pelo emprego de conector menor, placa proximal e apoio Função: reciprocidade é a capacidade do dente de resistir ao deslocamento horizontal durante a solicitação do retentor. Neutraliza a tensão provocada pelo braço de retenção. Função de reciprocidade: mantem o elemento dentário em posição, protege o pilar de movimento; força contrária ao braço de retenção. Ao colocar o grampo no dente, o braço de oposição já deve encostar na estrutura coronária quando o braço de retenção tocar no dente. Localizado sempre acima do equador protético. Diametralmente localizado em relação ao braço de retenção. Características do braço de reciprocidade: afilamento da espessura e não largura; largura: terço médio; diametralmente ao de retenção. A largura se mantém a mesma, pois não deve ser flexível. Braço de oposição: a largura ocluso-gengival do braço de oposição deve ser igual a extremidade do braço de retenção O braço de contenção e retenção devem ser simultâneos...