Psicologia Construtivista PDF

Title Psicologia Construtivista
Course Psicologia
Institution Universidade Nilton Lins
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Conceitos a respeito da psicologia construtivista ...


Description

Psicologia Construtivista  O método clínico de Jean Piaget O método clínico-crítico utilizado por Jean Piaget em suas pesquisas tem como característica principal a intervenção sistemática do experimentador diante da conduta do sujeito, seja na relação verbal e ou na manipulação de objetos com explicação, por meio de respostas às explicações ao conteúdo em questão, dadas pelo sujeito.  A epistemologia genética ou concepção Piagetiana A Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida. O desenvolvimento é observado pela sobreposição do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Assim, nesta formulação, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente.  Estágios/estádios definidos por Piaget e suas especificidades Estágio sensório moto (0-2 anos): Nessa etapa do desenvolvimento, o bebê gradualmente se torna capaz de organizar atividades em relação ao ambiente por meio de atividades sensório motoras. A criança passa do nível neonatal, marcado pelo funcionamento dos reflexos inatos, para outro em que ela já é capaz de uma organização perceptiva e motora dos fenômenos do meio. A consciência da criança sobre o meio externo se expande lentamente, conforme suas ações se deslocam de seu próprio corpo para objetos. É dividido em 6 subestágios, e neles o bebê vai coordenando percepções sensoriais e comportamentos motores simples a fim de conhecer o mundo que o cerca. Em seu desenvolvimento, o bebê vai adquirindo, dentre outros, a capacidade de perceber a permanência do objeto, desenvolve reações circulares, e inicia suas representações simbólicas. Reconhecem o mundo externo e o exploram deliberadamente. Estágio pré-operacional (2-7 anos): A criança interioriza o meio, sendo capaz agora de representá-lo mentalmente. O desenvolvimento da representação cria as

condições para a aquisição da linguagem, pois a capacidade de construir símbolos possibilita a aquisição dos significados sociais existentes no contexto em que a criança vive. Nesse estágio, há um desenvolvimento marcante da linguagem, há o desenvolvimento da função semiótica, onde as crianças utilizam símbolos para representar a realidade. O egocentrismo está bastante presente nas crianças, elas possuem uma incapacidade de pensar através das conseqüências de uma ação e de entender noções de lógica; desenvolvem o conceito de conservação, e ainda não desenvolveram a capacidade de manipular informações mentalmente. Operatório

concreto

(7-12

anos): Após

equilibrações

sucessivas, há

um

desenvolvimento cognitivo das operações mentais das crianças, que vai pensando logicamente sobre eventos concretos, mas ainda possui dificuldades de lidar com conceitos hipotéticos e abstratos. Isso implica, dentre outros, na capacidade de combinar, separar, ordenar e transformar objetos e ações, bem como da noção de reversibilidade e o raciocínio silogístico. A criança apresenta um declínio do egocentrismo, começa a se socializar em grupos, reconhecendo uma liderança. Compreendem regras e estabelecem compromissos. Possuem uma linguagem socializada, mas ainda têm uma inabilidade em entender pontos de vista diferentes. Assim, por meio das operações, os conhecimentos construídos anteriormente pela criança vão se transformando em conceitos. Operatório formal (a partir de 12): Nele, são desenvolvidas capacidades de se pensar em conceitos abstratos e no próprio processo de pensamento. Há a presença de pensamento hipotético dedutivo, raciocínio lógico, raciocínio dedutivo, capacidade de resolução de problemas e de pensamento sistemático; a linguagem está desenvolvida, permitindo discussões lógicas e que cheguem a conclusões. É o período em que há a maturação da inteligência do indivíduo, em que há a capacidade de pensar sobre o seu próprio pensamento, ficando cada vez mais consciente das operações mentais que realiza ou que pode realizar diante do meio que o cerca. Podese

dizer,

então,

que

o

desenvolvimento,

na

concepção

piagetiana,

é

fundamentalmente um processo de equilibrações sucessivas que conduzem a maneiras de agir e de pensar cada vez mais complexas e elaboradas.  Processo de assimilação, acomodação e adaptação na teoria de Piaget, e suas relações

Na teoria de Piaget a assimilação é a incorporação de um novo objeto ou ideia ao que já é conhecido, ou seja, ao esquema que a criança já possui. A acomodação, por sua vez, implica na transformação que o organismo sofre para poder lidar como o ambiente. O equilíbrio entre a assimilação e a acomodação é chamado de adaptação e este processo explica a organização progressiva do desenvolvimento mental. Assim, diante de um objeto novo ou de uma ideia, a criança modifica seus esquemas adquiridos anteriormente, tentando adaptar-se à nova situação. Não há assimilação sem acomodações, mas também não existem acomodações sem assimilação, ou seja, o meio não provoca simplesmente o registo de impressões ou a formação de cópias, mas desencadeia ajustamentos ativos.  Diferenças entre estruturas mentais e estágios de desenvolvimento e a importância para a teoria de Piaget Em cada momento do desenvolvimento, uma estrutura mental é responsável pela forma particular de se abordar o meio e de se emitir determinada resposta, auxiliando no restabelecimento da adaptação e organização do meio. Os estágios do desenvolvimento são marcados por períodos bem delineados, nos quais a criança tem o desenvolvimento das funções de conhecimento, de representação e das funções afetivas. A cronológica pode variar de uma pessoa para outra sem que a sequência dos estágios seja alterada. Ambas são importantes para a teoria de Piaget, pois nos informa que ao observarmos a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos entender melhor o desenvolvimento cognitivo humano. Suas pesquisas sobre a epistemologia genética e a psicologia do desenvolvimento tinham o objetivo de entender como o conhecimento evolui. Com isso, conseguimos compreender que estudar o desenvolvimento humano, dentro dessa perspectiva, possibilita conhecer as características de cada faixa etária, em cada etapa da vida (denominados estágios).  Os jogos e o desenvolvimento infantil de acordo com Jean Piaget Para Piaget o início das atividades lúdicas está em sintonia com o desenvolvimento da inteligência, relacionando-se com os estágios do desenvolvimento cognitivo. Assim, a cada etapa do desenvolvimento está relacionado um tipo de jogo que

acontece da mesma forma para todos os sujeitos. Piaget classificou os jogos segundo a evolução das estruturas mentais em três categorias: Jogos de exercício: a atividade lúdica surge como uma série de exercícios motores, como repetição de gestos e movimentos simples como agitar os braços, sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr, etc, e sua finalidade consiste no prazer do funcionamento. Jogo simbólico: nessa etapa o jogo favorece a assimilação do real e o meio de auto expressão, pois à medida que a criança brinca de casinha, representando papéis de mamãe, papai e filho, ou brinca de escola, ela está, ao mesmo tempo, criando novas cenas e também imitando situações reais por ela vivenciadas. Jogo de regras: o jogo estimula a concentração e regula o comportamento da criança. Nos jogos com regras o prazer é alcançado nos resultados obtidos e no cumprimento das regras

 Luquet e Lowenfeld e as etapas de desenvolvimento do desenho. Luquet possui 4 etapas de desenvolvimento do desenho, são elas: Realismo fortuito, onde por volta dos 2 anos a criança começa a traçar signos sem desejo de representação e descobre uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho. Realismo fracassado, na idade entre 3 e 4 anos, após descobrir a identidade formaobjeto, a criança procura reproduzir esta forma Realismo intelectual: de 4 aos 10-12 anos, a criança desenha do objeto aquilo que sabe, mas não o que vê. essa fase ela mistura diversos pontos de vista Realismo visual: por volta dos 12 anos, a criança já tem uma tem uma perspectiva e é submissa as suas leis, então ocorre um empobrecimento do grafismo que tende a se juntar as produções adultas Lowenfeld possui 5 etapas de desenvolvimento do desenho, são elas: Garatuja: de 1 a 4 anos a criança inicia a fase garatuja desordenada, onde o desenho é caracterizado pela presença desordenada de traços. A segunda fase é a garatuja ordenada, onde estabelece a coordenação visual-motora: há repetições de movimentos, surgindo traços longitudinais e linhas circulares; a terceira fase é a garatuja nomeada, que acontece a partir do momento em que a criança verbaliza

nomeando seus traços, criando histórias aos seus desenhos e demonstrando mudanças de pensamento. Pré-esquema: aos 4 a 7 anos, a criança descobre a relação entre o objeto e a realidade, tendo intuito de representar o mundo que a cerca, procurando estabelecer um esquema de desenhar. Esquema: aos 7 e 9 anos, o desenho corresponde aos primeiros anos escolares, onde a criança desenvolve a organização de seu desenho com uma relação lógica, agrupando seus personagens na parte inferior do papel, como se estivessem no chão. Realismo: aos 9 a 12 anos, há maior representação do natural, o desenho começa a perder a espontaneidade, se tornando condicionada à análise e ao senso crítico, fixando a atenção nos detalhes. Pseudo-naturalista: aos 12 a 14 anos, essa etapa marca o início da racionalização do pensamento, onde não há satisfação apenas com o processo de criar, mas com o resultado desse processo.  Para Jean Piaget o desenvolvimento cognitivo

O desenvolvimento cognitivo seria uma reorganização progressiva dos processos mentais, que evolui de acordo com a maturação biológica e a experiência ambiental. A aprendizagem só acontece com a ordem e desordem daquilo que já existe dentro de cada um.

 A concepção Piagetiana e pensamento da criança que se encontra no período pré-operacional. No período pré-operatório a maturação neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades. O início deste estágio é marcado pelo surgimento da função simbólica, que indica o início do pensamento. Nesta fase a criança desenvolve a linguagem, as imagens mentais e jogos simbólicos, assim como muitas habilidades percentuais e motoras. Piaget refere-se a uma criança dessa fase, como egocêntrica. A criança pré-operacional, vê as coisas sob seu

ponto de vista. Ela acha que todas as pessoas pensam como ela. Como a criança considera seus pensamentos corretos, ela nunca os questiona  A teoria de Piaget e o processo de ensino-aprendizagem. Piaget procurou explicar o aparecimento de inovações, mudanças e transformações no percurso do desenvolvimento intelectual, assim como dos mecanismos responsáveis por essas transformações. Para tanto ele distinguiu em quatro períodos do desenvolvimento cognitivo, são eles sensório motor, préoperacional, operacional-concreto e operacional-formal, deixando visível que ele vem a conceber uma criança em constante processo de aprendizagem, construindo-se pelas interações com o objeto, sendo ações construídas sucessivamente e precisam acontecer ao longo da vida da criança. Independentemente do estágio em que os seres humanos se encontram, a aquisição de conhecimentos segundo Piaget acontece por meio da relação sujeito/objeto. Esta relação é dialética e se dá por processos

de

esquema,

assimilação,

acomodação

e

equilibração,

num

desenvolvimento sintético mútuo e progressivo. Para Piaget quando uma pessoa entra em contato com o novo conhecimento, há naquele momento um desequilíbrio e surge a necessidade de voltar ao equilíbrio. O processo começa com a assimilação do elemento novo, com a incorporação as estruturas já esquematizadas através da interação. Há mudanças no sujeito e tem início o processo de acomodação, que aos poucos chega à organização interna, começa a adaptação externa do sujeito e a internalização já acontece; um novo desequilíbrio volta a acontecer e pode ser provocada por carência, curiosidade, dúvida, dentre outros....


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