Title | Relatório Física 1 MRU Trilho de Ar |
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Course | Física 1 |
Institution | Universidade Tecnológica Federal do Paraná |
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Relatório Física 1 MRU Trilho de Ar...
Ministério da Educação
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Londrina
Engenharia Mecânica DISCIPLINA: FÍSICA 1 – FI61A – TURMA - ME22
EXPERIMENTO:
MRU no Trilho de Ar com Fotosensor
Sumário
Londrina, 5 de abril de 2016.
1 – Introdução ...................................................................................................................... 3 2 – Materiais e Métodos ...................................................................................................... 4 2.1 – Equipamento experimental ................................................................................. 4 2.2 – Procedimento experimental ................................................................................ 4 3 – Dados Experimentais .................................................................................................... 5 4 – Cálculos e Análise ......................................................................................................... 6 4.1 Análise estatística ................................................................................................. 6 4.2 Análise gráfica ...................................................................................................... 7 4.3 Questões complementares .................................................................................... 8 5- Conclusões ...................................................................................................................... 10 6 – Referências ................................................................................................................... 11
1 – Introdução
2
Um corpo está em movimento se sua posição variar com o passar do tempo em relação ao um referencial escolhido, se a posição não mudar com o passar do tempo ele está em repouso ao referencial. “Se nenhuma força atua sobre um corpo, sua velocidade não pode mudar, ou seja, o corpo não pode sofrer nenhuma alteração.” (Halliday, David and Resnick, Robert. Física 8ª ed., volume 1, 2008.)
Para investigar o movimento unidimensional de um corpo, deve-se considerar uma velocidade constante e é preciso procurar uma maneira de compensar/equilibrar as forças que tendem a parar o movimento, como força de atrito e resistência do ar, os quais sempre prejudicam muito alguma parte de certo ensaio. Visando descobrir o quão rápido um objeto se desloca e tendo conhecimento de que os conceitos de rápido ou lento são relativos, assim como os de movimento e repouso, nesse caso, sempre adotando um referencial, pode-se conhecer a velocidade média de um movimento e como ele se comporta a partir da definição da velocidade, considerando a variação de espaço simbolizada por
Δ S e de tempo
Δt .
Ainda sobre o conceito de movimento, pode-se existir em um certo momento dessa mudança de posição, que o corpo em questão pode tanto aumentar a velocidade quanto diminuir, em outras palavras, o corpo pode tanto ir mais rápido quanto mais lento. Isso se deve ao conceito de aceleração, a qual nunca pode estar presente em um MRU (movimento retilíneo e uniforme), caso contrário, seria um corpo em MRUV (movimento retilíneo e uniformemente variado). “O mundo, e tudo que nele existe, está sempre em movimento. Mesmo objetos aparentemente estacionários. ” (Halliday, David and Resnick, Robert. Física 8ª ed., volume 1, 2008.)
2 – Materiais e Métodos 2.1 – Equipamento experimental
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Trilho de ar eletrônico – marca o tempo percorrido entre intervalos de 18mm. Figura 1 – Trilho de ar eletrônico
Imagem capturada em laboratório 2.2 – Procedimento experimental Inicialmente foi ligado o compressor de ar, que criou um “colchão de ar” no trilho onde foi posicionado o carrinho. Na parte central superior do cavaleiro havia 10 marcações, cada uma com 18mm, as quais um feixe de laser foi usado para medir as variações do tempo quando o laser passava pelas marcações. O “colchão de ar” tem o intuito de minimizar o atrito ao longo do caminho percorrido pelo carrinho, para simular um ambiente ideal. O trilho estava conectado com uma central eletrônica com um display que apresentava as medidas de tempo, as quais foram anotadas.
3 – Dados Experimentais Tabela I - consta os dados coletados no trilho de ar, como distância e tempo, entre os intervalos da régua que o percorre.
4
Índice
Intervalos de
Tempo decorrido
Espaço percorrido
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
medidas 0a1 1a2 2a3 3a4 4a5 5a6 6a7 7a8 8a9 9 a 10
ti (s) 0,062 0,127 0,194 0,26 0,326 0,392 0,458 0,524 0,59 0,656
Si (mm) 18 36 54 72 90 108 126 144 162 180
4 – Cálculos e Análise 4.1 Análise estatística Tabela II - consta os valores da análise estatística do experimento realizado.
Índice
Intervalo
Velocidade
Intervalos
Intervalo
de espaço
média no
de
de tempo
percorrido
intervalo
medidas
Δti (s)
Δxi (mm)
v´ i (mm/s)
Desvio da velocidade média δ ´v (mm/s)
Desvio quadrático da velocidade média
(δ v´ )
2
(mm/s)
5
1
0a1
0,062
18
290,32
12,35
152,52
2
1a2
0,065
18
276,92
2,427
5,89
3
2a3
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
4
3a4
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
5
4a5
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
6
5a6
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
7
6a7
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
8
7a8
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
9
8a9
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
10
9 a 10
0,066
18
272,72
-1,773
3,14
n
∑ v i=2744,93 i=1
Com a equação
sv=
√
∑ ( δ vi)2
n
∑ ( δ v i ) =0,593
2 (δ vi ) =¿ 183,53
i=1
n
¿ ∑ i=1
, obtém-se o desvio padrão da velocidade média;
n−1
s v =4,51 Com a equação média.
√
σ v=
∑ (δ v i )2
, obtém-se o desvio padrão da média da velocidade
n .(n−1)
σ v =1,42
4.2 Análise gráfica
6
S (mm)
Gráfico de MRU (Trilho de Ar) 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
f(x) = 272.55 x + 1.18 R² = 1
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
t (s)
Com o auxílio do software Excel, foi obtida a função e o gráfico de espaço (s) em milímetros pelo tempo (t) em segundos dos valores observados no trilho de ar.
A partir da função obtida e feita a comparação com a equação horária da posição
x = x 0 +v . t
é possível observar 272,55
que equivale à
velocidade média do cavaleiro e que 1,1813 equivale a posição
x1
Dessa forma, não se pode afirmar que a reta passa pela origem pois
v
que é a
do cavaleiro no trilho. x
não admite “0” na
função.
7
Além da análise da função e a gráfica, há também o valor de “R”, que é o coeficiente de correlação, ou seja, quanto estão alinhados os pontos do gráfico. Esse valor, quanto mais próximo de 1, significa que os pontos estão perfeitamente ou quase perfeitamente alinhados, é fornece o grau de confiabilidade da análise feita no experimento. Figura 2 – Gráfico do MRU no trilho de ar
Imagem capturada para relatório Ao utilizar a equação da reta
( x , y ) = ( 0,524 , 144)
e
( y− y 0 )= m(x−x 0 ) , com os pontos
(x 0 , y 0 ) =( 0,062,18) , os quais foram usados para traçar a reta
intermediária, obtém-se o valor de
m=272,72 , o que permite afirmar que os valores são
plausíveis e há uma relação confiável tanto ao utilizar o aplicativo, quanto na utilização da equação matemática da reta. Além disso, esse valor informa, se a velocidade no caso, é 8
positiva, negativa ou nula. Nesse caso, observa-se que a velocidade do cavaleiro é positiva em relação ao referencial. Para obter uma reta com inclinação máxima, os pontos
( x , y ) = ( 0,392 , 108 )
e
( x 0 , y 0 ) =( 0,260 ,72)
são escolhidos. Nota-se ao encontrar
m=272,78 , por mais que os valores sejam diferentes, ainda terá um valor próximo ou
igual à outros pontos escolhidos na dispersão, pois ao escolher os pontos e ( x 0 , y 0 ) =( 0,062,18)
( x , y ) = ( 0,652 , 180 )
atingirá m=272,72 .
4.3 Questões complementares Além das velocidades obtidas entre os intervalos do cavaleiro, é possível auferir a velocidade média, que utiliza o espaço percorrido total e o intervalo de tempo total. vm =
( 180 −18 ) ΔS 162 ⟹ vm = ⟹ v m=272,72 ⟹ v m= Δt 0,594 ( 0,656 −0,062 )
Tabela III – Análise do método dos mínimos quadrado para obtenção de equação
aeb
da
y=ax + b . (Eixos x=tempo ; y=espaço¿
Índice
xi [ti (s)]
yi [Si (mm)]
xi.yi
xi 2
1
0,062
18
1,116
0,00384
2
0,127
36
4,572
0,016
3
0,194
54
10,476
0,037
4
0,26
72
18,72
0,0676
5
0,326
90
29,34
0,106
6
0,392
108
42,336
0,153
7
0,458
126
57,708
0,209
8
0,524
144
75,456
0,274
9
0,59
162
95,58
0,348
10
0,656
180
118,08
0,430
n
∑ x i=3,589 i=1
n
∑ y i=990 i=1
n
∑ x i . y i=453,38 i=1
n
x i2=1,644 ∑ i=1
9
Para o cálculo do valor “a”, tem-se:
( )( ) ( )( (∑ ) (∑ ) n
n
n
n
i=1
i=1
i=1
i =1
)
∑ y i . ∑ xi2 − ∑ x i . ∑ x i . yi
a=
n
x −
n.
2
n
2 i
i=1
⟹ a=0,102
xi
i=1
Para o cálculo do valor “b”, tem-se:
(∑ ) ( ) (∑ ) (∑ ) ( ∑ ) n
n. b=
i=1
n
n
i=1
i=1
xi . y i − ∑ x i . n
x −
n.
i=1
2
n
2 i
yi
⟹ b=148,35
xi
i=1
Observando os valores obtidos, não há como deduzir uma relação entre esses e os obtidos no software e aqueles obtidos com a equação da reta. As hipóteses variam de ser um erro grave de organização dos valores, como também as fórmulas estarem com os parâmetros trocados (a e b), ou ainda, sinais podem estar equivocados dentro da equação. Porém, como são hipóteses, segue-se assim os valores encontrados de
aeb .
5- Conclusões Desconsiderando as imperfeições do trilho, a resistência do ar e até uma possível inclinação mínima, devido à delicadeza do instrumento, é possível afirmar que a resultante das forças no cavaleiro é nula, o que implica seu movimento retilíneo e uniforme. Assim, é factível a observação do cavaleiro obedecendo à lei da inércia, a primeira lei de Newton. Também é plausível uma interpretação da segunda lei de Newton para o sistema observado. Se a mudança de movimento é proporcional à força imprimida e, essa força é nula, a mudança de movimento não ocorrerá. Logo, permanece como está, devido à primeira lei.
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Pode-se citar também a praticidade e velocidade dos softwares para análises estatísticas extremamente úteis na gestão de dados. Certamente são excelentes ferramentas nas mãos de pesquisadores competentes. 6 – Referências [1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de Física: Mecânica, vol 1. 8 ed. LTC, 2008.
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