Relatório visita técnica à estação de tratamento de água. PDF

Title Relatório visita técnica à estação de tratamento de água.
Author Carlos Corrêa de Sousa
Course Saúde Pública
Institution Universidade do Oeste de Santa Catarina
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Summary

Relatório sobre visita técnica à estação de tratamento de água. ...


Description

Unoesc – Universidade do Oeste de Santa Catarina Relatório da aula a campo: visita às estações de tratamento de água e esgoto da SAMAE no município de Campos Novos. Unoesc – Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Campos Novos Disciplina: Saúde Pública Acadêmico: Carlos Corrêa de Sousa Professora: Aline Pasquali Data:12/04/2019

Hoje conhecemos as estações de tratamento de água e esgoto da SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Campos Novos. A água que alimenta a cidade é captada do riacho Lajeado do Restingão que fica à 5 km da estação de tratamento, sendo conduzida por aquedutos até o local. A vazão do rio é de 120 L/s e a utilização da estação está em 94 L/s, próximo da capacidade máxima. No próprio local de captação a água passa por chicanas horizontais, que são sucessíveis mudanças de direções do líquido, afim de separar sujidades. O processo de limpeza se inicia em um tanque onde ocorre a coagulação. Esta tem como objetivo formar grumos de sujeira através da utilização de policloreto de alumínio. Após, inicia-se a floculação em outro compartimento, onde os grumos se unem e formam partículas um pouco maiores. Em seguida, em outro reservatório a água é estagnada afim de permitir a decantação das sujidades. O próximo passo é a filtração. Neste momento a água passa por uma série de 4 filtros compostos de areia e pedra. Estes retiram boa parte das partículas. Estes filtros são limpos um a um, diariamente através de retro lavagem. O tempo de processamento da água neste esquema convencional leva até 4 horas para ser concluído. Existe ainda uma micro estação, anexa à esta, que realiza todo o processo em apenas 40 minutos. Esta aceleração é cara e o sistema exige constante manutenção. São processados de 6 a 7 milhões de litros de água por dia. Há um reservatório que comporta 2 milhões de litros de água e este, em caso de problemas na estação, pode alimentar a cidade de 4 a 6 horas. Esta enorme “caixa d’agua” tem alta tecnologia e é auto limpante. Cloro e flúor são adicionados. O cloro é utilizado na forma gasosa (antiquado) e é adicionado no reservatório de contato a uma concentração de 1,2 mg/L de água. O mesmo permanece 40 minutos em ação e a porcentagem aceitável para o consumo é de 0,8mg/L. Na estação ocorre também todos os processos de análise da água antes da distribuição. Todos os tanques tem amostras postas a provas de turbidez, ph (alaranjado de metila), cor, gás carbônico livre e alumínio. Além dos testes físicos e químicos, ocorre ainda a análise bacteriológica com a contagem de coliformes fecais e totais. A água branca que chega às nossas torneiras é branca por conta do ar e o seu gosto forte, as vezes, é por conta do excedente de cloro. O cloro, quando reage com a

água forma a cloramina que é maléfica a saúde, mas esta não chega a atingir o consumidor visto que é filtrada anteriormente a distribuição.

Figura 1: primeiro estágio de tratamento de água; a coagulação.

Figura 2: tanque de floculação.

Figura 3: tanques de decantação.

Figura 4: tanque de decantação.

Figura 5, 6 e 7: micro estação de velocidade. Aqui a decantação é invertida. As partículas são aspergidas e então caem numa calha e são levadas. os demais processos são semelhantes.

Figura 8, 9 e 10: laboratórios de análises.

Estação de tratamento de esgoto. Conhecemos também o funcionamento do reator UASB e as lagoas de decantação. Os mesmos respondem por 40% de todo o tratamento de esgoto da cidade. O esgoto chega e é realizada a primeira separação de maiores dejetos. Uma série de tanques filtram partículas maiores e após isso, o mesmo segue para o reator onde acontece uma espécie de compostagem, as bactérias degradam o material biológico e há a sedimentação dos dejetos. Esta separação bruta corresponde a 75% do tratamento. Após isso a água, já mais límpida, segue para as lagoas aeradas, onde a degradação bacteriana prossegue e também a sedimentação, além da filtração. As possibilidades de tratamento disponibilizadas para o município se constituem no reator UASB que compõe-se de biodegradação, as lagoas aeróbicas e o sistema de raízes, onde uma planta com alto desenvolvimento de aerênquimas (geralmente é utilizado o copo-de-leite) é posta para realizar a filtração onde suas raízes oxidam a matéria orgânica do composto injetado. Normalmente esse sistema é trato inicialmente em uma fossa séptica, onde ocorre a primeira decantação. Depois, o esgoto já tratado segue injetado no subsolo sobre uma série de filtros de cascalho e sob uma camada das plantas copo-de-leite.

Figura 1: À esquerda, o primeiro passo do tratamento. A seleção de dejetos maiores.

Figura 2: Reator UASB e a Dieli.

Figura 3: Espuma proveniente dos resíduos de detergentes.

Figura 4: Lagoas aeróbicas de decantação.

Figura 5: Água após todos os processos. A mesma ainda é submetida à ação de bactérias já no rio, onde é depositada.

Conclusão

Com nossa visita às estações de tratamento de água e esgoto, aprendemos o quão complexo é o caminho do nosso recurso hídrico do abastecimento até o seu retorno para um novo consumo. O ponto chave desta visita é aguçar o instinto de preservação, já que uma série de passos deste tratamento poderiam ser evitados se houvesse conscientização em relação ao descarte de lixo de forma inadequada, e economia, tendo em vista que a água é esbanjada e desperdiçada diariamente por grande parte dos consumidores de forma geral....


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