Relatórios - Gestão Ambiental e Sustentabilidade PDF

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Incorporando a sustentabilidade no projeto hidráulico e energético; na escolha do local para a instalação do projeto; na localização da obra e na escolha dos materiais; no projeto paisagístico....

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES TUANE RAMOS ROCHA DE OLIVEIRA RGM 11142402362

GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

MOGI DAS CRUZES, SP 2015

Incorporando a sustentabilidade na escolha do local para a instalação do projeto O terreno objeto do estudo localizado na cidade de Mogi das Cruzes pertence a uma zona de mananciais, e, de modo conseqüente possui um alto nível de umidade. A topografia é considerada plana cujo desnível ínfimo não se constitui como barreira para os ventos. Comércios e conjuntos habitacionais compõem os arredores do sítio e seu entorno não possibilita um rico aproveitamento posto que não dispõe de nenhum espécime de vegetal. Este território não faz parte de nenhuma zona de preservação ambiental, e por isso, o Plano Direto Municipal prevê algumas normas: [...] IX – preservar e recuperar o meio ambiente natural e construído [...] em especial, às áreas de interesse ambiental localizados no perímetro de proteção e recuperação de mananciais. A infraestrutura local corresponde às necessidades básicas dos moradores havendo ruas asfaltadas, rede de esgoto e postes de energia elétrica. Outras normas deverão ser levadas à risca no que concerne à implantação do projeto no terreno de acordo com a tipologia da construção. São elas: recuo frontal (5m); recuos laterais (1,5); testada (10m); taxa de ocupação (70%); gabarito quatro andares; coeficiente de aproveitamento (2,8%). Desta forma, seria coerente que o projeto ocupasse o mínimo do terreno e priorizasse áreas verdes para criar uma sintonia na qualidade de vida dos moradores.

Incorporando a sustentabilidade na localização da obra e na escolha dos materiais A forma orgânica tem como propósito trazer à tona o conceito ‘’Natureza Cosmopolita’’, no qual o projeto que está localizado num centro urbano deverá suprir a carência da biodiversidade através do impacto sensorial. Adjacente à linha férrea o fundo do terreno possui um desnivelamento ínfimo que não compromete o projeto. Esquadrias pivotantes envolverão todo o andar com pausas apenas nos ambientes molhados (sanitários) para manter a privacidade. Estas esquadrias permitem melhor controle do fluxo de ar e iluminação natural. O piso escolhido para a área externa será o pisograma, que possui eficácia de 70% na drenagem de água e possibilita a reutilização da água da chuva. A cimentart indústria de prémoldados em concreto possui o selo de qualidade ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). Este selo foi criado com o propósito de avaliar a conformidade dos cimentos com as normas técnicas brasileiras. As rampas e escadas externas serão revestidas de madeira plástica que é resistente a umidade e ecologicamente correta, pois sua fabricação provém da reciclagem de plástico. A empresa wisewood disponibiliza esse material e possui o Selo Verde (ouro) para soluções sustentáveis. O revestimento será de ecotinta bioargila. Esta tinta é elaborada a partir de matérias-primas naturais (argilas, pigmentos naturais e resina orgânica natural) isenta de derivados de petróleo

e com presença mínima de substâncias industrializadas. É inodora e contribui para regular a umidade do ar no ambiente em que foi aplicada. Ideal para pessoas alérgicas. Outros materiais a serem utilizados: tijolo solocimento; película opaca; forro e painéis de ecoplaca. E para concluir, todos os materiais utilizados respeitarão os critérios de origem da obra prima, extinção, processamento, gastos com energia, emissão de poluentes e durabilidade elevando o padrão do empreendimento bem como a qualidade de vida dos moradores.

Incorporando a sustentabilidade no projeto hidráulico e energético Nos projetos hidráulicos e elétricos serão adotas diversas soluções, visto que se trata de um empreendimento onde há consumo em massa. Para o projeto elétrico externo será adotado o principio da energia solar – energia renovável que se beneficia do sol para produção de calor e eletricidade podendo suprir até quatro dias de sol insuficiente. Placas fotovoltaicas serão dispostas nas coberturas dos blocos para melhor compensação da energia. Esta energia poderá ser utilizada para bombeamento de água e iluminação da área de lazer. Aliado ao sistema fotovoltaico o sistema da domótica possibilita um consumo racional da energia elétrica contribuindo para a eficiência energética em relação à sustentabilidade. Dentre seus benefícios, estão: programação horária, gestão e climatização com a temperatura desejada, sensor de movimento, comunicação remota e monitoração do consumo. Para o projeto hidráulico, serão adotadas medidas básicas. Um sistema de captação de água da chuva para fins menos nobres (descargas, limpeza, irrigação de jardins). Para isso, é necessária a construção de um sistema de captação e armazenamento dessa água: a água é captada antes que entre em contato com o solo para evitar contaminação e direcionada para um reservatório. Também haverá reuso de esgoto tratado com as mesmas finalidades antes citadas. A água tratada por esse sistema não apresenta vírus nem bactérias, é inodora e sem cor. Dentre outras medidas estão: caixas acopladas e torneiras com sensores, visando uma economia média de 2mil L por dia.

Incorporando a sustentabilidade no projeto paisagístico Com a disseminação da importância da preservação da natureza para a garantia da sobrevivência da nossa espécie, uma nova vertente vem sendo desenvolvida no ramo da arquitetura de paisagens: o paisagismo ecológico. Seu objetivo é basicamente preservar o ecossistema e a biodiversidade local. Nesse contexto, o projeto paisagístico contará com espécies vegetais nativas da Serra do Itapeti.

- Manacá-da- Serra: Popular no paisagismo devido ao seu florescimento – desabrocha na cor branca e gradativamente tornam-se violáceas. Não possui raízes agressivas e pode ser encontrada em uma variedade anã, conhecida como “ Nana” alcançando de 2 a 3 m de altura. Sua floração ocorre no inverno, contrário da forma arbórea. Deve ser cultivada em sol pleno e em solo drenável. É característica do clima tropical úmido. - Maçandaruba: Árvore de grande porte, madeira pesada, resistente a fungos e cupins. A proposta para essa espécie é criar uma barreira acústica na face Sul do terreno (face adjacente à linha férrea). - Xaxim: Espécie pteridófita nativa da Mata Atlântica. Durante décadas foi extraída irregularmente para a sustentação de samambaias, e decorrente disso, na década de 90 esteve perigosamente em vias de extinção. Atualmente seu cultivo só é permitido para fins paisagísticos mediante autorização do IBAMA. - Árvores de folha caduca: Essa espécie é ideal para manter um equilíbrio térmico em virtude do seu ciclo onde há troca das folhagens. Ocorre geralmente no inverno, liberando passagem para a irradiação solar. O telhado Verde “Os telhados verdes, por longo período da história da arquitetura, vêm sendo utilizados, porém com conotações diferentes. Suas motivações foram estéticas, vernaculares, lazer, ecológicas e por fim sustentáveis. Por este último motivo é que hoje procura-se implantar maiores quantidades de telhados verdes nas cidades utilizando-os como um mecanismo de eficiência energética, de conforto térmico e acústico e um potencial redutor da vazão de água pluvial escoada.” O telhado extensivo se caracteriza pela alta resistência às variações pluviométricas, o que os torna de baixa manutenção quando aliados ás plantas corretas. Estas plantas devem ter resistência a excesso ou falta de água; resistência a variação de temperaturas e variação de insolação. As mais indicadas são as suculentas, geralmente utilizadas para fins ornamentais. É importante ressaltar que estas plantas não tenham raízes profundas e sejam de pequeno porte. Alguns exemplos são: - Bulbine frutescens (Cebolinha-de-Jardim): suporta o clima Tropical e exige pouca manutenção. - Senecio serpens (Senécio Azul): Planta resistente á falta de água e exige pouca manutenção....