Resenha - A base da cultura: O símbolo PDF

Title Resenha - A base da cultura: O símbolo
Author Robson José de Oliveira Brito
Course Antropologia
Institution Universidade Federal de Pernambuco
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Summary

O homem é o único ser com a habilidade de desenvolver o processo de atribuição de valor a coisas e ações do mundo e de compreendê-las, resultando no desenrolar desse processo, a construção de cultura.
É o que Leslie White (famoso antropólogo estadunidense, conhecido por suas teorias quanto à e...


Description

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Centro Acadêmico do Agreste – CAA Núcleo de Formação Docente – NFD Disciplina: F. Antropológicos na Educação Docente: Sandro Discente: Robson Brito Período: 2º

Resenha – Aula 02

O homem é o único ser com a habilidade de desenvolver o processo de atribuição de valor a coisas e ações do mundo e de compreendê-las, resultando no desenrolar desse processo, a construção de cultura. É o que Leslie White (famoso antropólogo estadunidense, conhecido por suas teorias quanto à evolução cultural) chama de “Simbologizar” no livro Conceito de Cultura. No capítulo A base da cultura: O símbolo, o autor aborda a discussão à cerca do que é cultura e como se dá o processo de criação da mesma. Segundo White “Simbologizar” é a capacidade de originar, definir e atribuir significados, de forma livre e arbitrária, a coisas e acontecimentos no mundo externo, bem como de compreender esses significados. E um detalhe interessante é que esses mesmos significados não podem ser percebidos a partir dos sentidos, mas, sim pela atribuição a experiências ou atos, podendo se expressar em cores e em objetos. Além de sons, permutações e combinações de sons, e sinais que representam esses sons. Resumindo, os significados são constituídos de forma livre e arbitrária independentemente dos sentidos presentes durante uma ação ou fato. Outro ponto importante é a diferença entre os conceitos de “Simbolizar” e “Simbologizar”. Diferente do que já foi discutido anteriormente, “Simbolizar” se diferencia de “Simbologizar”, pois é considerado como o ato de representar algo através de um símbolo. Mas o que se entende por símbolo?

Símbolo é logicamente algo relacionado ao próprio ato de simbolizar, por tanto, pode ser interpretado como o que representa ou substitui outra coisa. Logo depois é definido o conceito de sinal, como sendo “uma coisa que indica outra coisa”. Existem dois tipos de sinais: (1) os que têm um significado inerente a eles e a seus respectivos contextos e (2) aqueles que não têm significado intrínsecos. No que se refere à significação, é notável que os sinais, são compreendidos pelos sentidos e os símbolos, não. Mas, à medida que a experiência é repetida, verifica-se a transformação de símbolos em sinais, por conseguinte, vale ressaltar que a estrutura ou forma física é o veículo que transmite o significado. Por isso entende-se que o símbolo precisa de um significado e de uma estrutura física para poder ser um símbolo. No final do capítulo, observa-se que posteriormente a capacidade de “Simbologizar” ganhar expressão, se iniciam automaticamente os processos de criação e construção de cultura e de humanização dos indivíduos. No capítulo seguinte – Homem e Cultura – Leslie White estreita ainda mais a relação entre homem e cultura, como o próprio título já sugere. Ele aborda a questão da vida social do ser humano, distinguindo-a da organização social de outras espécies que são determinadas biologicamente. Aprofundando esse questionamento, ele busca, de maneira precisa na evolução biológica, as conexões entre biologia e vida social. Adiante, é assinalada a importância histórica e constitutiva da cultura para o ser humano. Estabelecendo-se uma associação, por exemplo, de como o conhecimento foi transmitido de geração para geração, a começar pela expressão verbal, depois pela escrita, as novas formas digitais de registro de conhecimento e etc. Finalizando sucintamente que a cultura como um todo depende da “Simbologização”, e que esta, por sua vez, se manifesta principalmente no discurso articulado. Entretanto, qual é afinal o papel da cultura? Segundo o autor “o papel da cultura é tornar a vida segura e duradoura para a espécie humana”. Em consequência disso, é demonstrado diretamente, a dependência da cultura para atender as necessidades humanas, que podem ser classificadas dentre as que podem ser satisfeitas com os recursos materiais existentes no mundo exterior e as que não podem ser satisfeitas com eles (como o psicológico e o espiritual, a título de exemplo). A cultura em si, leva para o cotidiano dos seres humanos, recursos ao nível ideológico, sociológico e tecnológico.

No que diz respeito à investigação científica sobre cultura, o que é mais relevante é a origem, função e variação de cultura. E é mostrado claramente que é o homem quem a determina, não deixando de lado, o fator físico, pois é essencial para o entendimento, como White diz tacitamente, “se o homem não tivesse uma visão tridimensional e cromática, a cultura seria diferente”. Com isso, chega-se a conclusão que, a relação entre homem e cultura é muito profunda, e que para assimilar esse elo se faz necessário que prioritariamente, deve-se compreender o homem como um tipo de animal e que origem e função são palpáveis à compreensão humana, mas no que se refere a variações, isso se torna um obstáculo, pois não consegue explicar com veemência a totalidade do conceito de cultura. Vê-se que é um estudo muito atual devido a sua correlação com as novas ciências e com certeza, o livro em destaque, é indicado a todos os estudantes de antropologia....


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