Resenha Crítica do filme Gallipoli (1981) PDF

Title Resenha Crítica do filme Gallipoli (1981)
Author Ana Carolina Rehem de Oliveira
Course Relações Internacionais
Institution Universidade do Anhembi Morumbi
Pages 2
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Summary

Resenha crítica do filme Gallipoli (1981) com foco no contexto histórico em que se passa, sendo ele um dos desdobramentos ocorridos durante a Primeira Guerra Mundial. Em suma, a Campanha de Galípoli teve como palco do conflito a península de Galípoli, localizada na atual Turquia, na época sob domíni...


Description

GALLIPOLI. Direção de Peter Weir. Austrália: Associated R & R Films Pty Ltd. / The Australian Film Commission, 1981 1 DVD (108 min.) Ana Carolina Rehem de Oliveira - RA 21219248 - é acadêmica do curso de Relações Internacionais da Universidade Anhembi Morumbi. RESENHA CRÍTICA Esta resenha tem como objetivo analisar criticamente a obra cinematográfica Gallipoli, sobretudo o contexto histórico que nela é retratado, a Campanha de Galípoli, que foi um dos inúmeros desdobramentos ocasionados durante a Primeira Guerra Mundial. Ademais, no decorrer da resenha será destacado o papel desempenhado pela Austrália e Nova Zelândia por intermédio das articulações britânicas. A Campanha de Galípoli teve como palco do conflito a península de Galípoli, localizada na atual Turquia, na época sob domínio dos turcos otomanos. O motivo principal do enfrentamento era a disputa pelo território, em virtude de ser próximo do Estreito de Dardanelos que por estar situado entre a Europa e a Ásia o tornava um ponto estratégico, visto que permitiria a criação de um canal seguro entre os britânicos, franceses e o Império Russo. Além disso, é importante ressaltar que na época o Império Otomano estava aliado a Alemanha e a Áustria-Hungria que por sua vez, eram inimigas da Inglaterra, França e Rússia, então se o Império Britânico conseguisse eliminar os turcos da guerra, enfraqueceria a Alemanha. Entretanto, como bem representado em uma das cenas durante o filme, nesse período uma grande onda de aversão à Alemanha estava se propagando pelo mundo e as suas atitudes políticas e estratégicas como, por exemplo, invadir a Bélgica que havia se declarado neutra diante das alianças dentro da guerra contribuía com a validação da ideia de que eles eram os únicos responsáveis pelo terror que estava assolando a Europa a fora. Logo, a Austrália e a Nova Zelândia se uniram a Grã-Bretanha, com os seus ideais patrióticos e honrosos de ir lutar pelo o seu país. Então, a disputa foi travada entre os turcos de um lado e do outro a combinação das forças francesas, britânicas, australianas e neozelandesas, das quais as duas últimas forças formavam juntas a ANZAC (Australia and New Zealand Army Corps). O desfecho da campanha de Galípoli para o império britânico foi desastroso, os soldados australianos e neozelandeses entraram na guerra sem saberem que estavam sendo enviados para uma missão suicida dada a eles pela Grã-Bretanha. É válido destacar que a razão pela qual os australianos entraram em uma guerra que pode parecer não ter relação alguma com eles, tem a ver com seu relacionamento com a Grã-Bretanha e o seu sentimento de dívida com ela1: Australia’s oldest friend. Since beyond the memory of living man Australians had lived as members of a family of peoples. Their country had grown under the protection of the British Fleet. They would expect help from Britain if trouble came to them and she would expect it of them in turn. (C. E. W. Bean, 1941, p.15).

Em síntese, esse resultado catastrófico foi o efeito de uma série de estratégias britânicas mal planejadas, assim como o fato de terem inferiorizado as forças turcas sem sequer ter um conhecimento prévio, podemos verificar isso com a cena final do filme, 1

First World War Official Histories - Volume I – The Story of ANZAC from the outbreak of war to the end of the first phase of the Gallipoli Campaign, May 4, 1915 (11th edition, 1941) Cap. I - Australia's Position at the Outbreak

onde os soldados australianos e neozelandeses totalmente despreparados, com seus armamentos inferiores e dúvidas sobre o motivo pelo qual continuam lutando, pulam a suas trincheiras seguindo o comando dos seus superiores e vão de encontro com as metralhadoras dos turcos, ao mesmo tempo em que os britânicos se encontram em estado ocioso na beira da praia.

Referências Bibliográficas AUSTRALIAN WAR MEMORIAL. ANZAC acronym. Disponível em: Acesso em: 8 de março de 2019 C. E. W. Bean. First World War Official Histories - Vol. I - The Story of ANZAC from the outbeak of war to the end of the first phase of the Gallipoli Campaign, May 4, 1915. 11th edition, 1941. Cap I EMBAIXADA DA AUSTRÁLIA. Dia ANZAC. Disponível https://brazil.embassy.gov.au/brasportuguese/bp.html> Acesso em: 7 de março de 2019

em:<

PRESSE, Da France. Turquia celebra batalha de Galípoli à sombra do genocídio armênio. Disponível em: Acesso em: 7 de março de 2019...


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