Resenha crítica do filme Mar Adentro PDF

Title Resenha crítica do filme Mar Adentro
Course Deontologia
Institution Universidade do Estado da Bahia
Pages 2
File Size 60 KB
File Type PDF
Total Downloads 13
Total Views 137

Summary

Resenha crítica do filme Mar Adentro, de Alejandro Amenábar...


Description

MAR Adentro. Direção de Alejandro Amenábar. Espanha: Heminoptero & Sogecine, 2004. 1 DVD (125 min.), son., color. MAR ADENTRO

O filme Mar Adentro relata a trágica história de um homem chamado Ramón Sampedro, que ficou tetraplégico após um acidente na praia, quando era jovem. O fato aconteceu quando Ramón se jogou no mar, num momento de distração, e por erro de cálculo quebrou o pescoço, acarretando em 28 anos imóvel sobre uma cama. O filme tem duração de 125 minutos e é classificado como os gêneros de drama, biografia e romance. O protagonista, extremamente lúcido e com plena convicção do que queria (ou do que não queria mais), achava que já estavam mais que suficientes aqueles 28 anos em que passou sendo "um peso" para sua família, embora seu irmão, cunhada, sobrinho e pai não concordassem com isso. Dessa forma, resolveu lutar na justiça pelo direito de decidir sobre sua própria vida. Nesta luta, Ramón conheceu personagens importantes para o desfecho da sua história: Julia (advogada que se ofereceu para cuidar do caso) e Rosa (jovem que conheceu a história de Ramón pela televisão e que se tornou uma grande amiga). Sampedro se envolveu emocionalmente com essas duas personagens. Com Julia o resultado dessa aproximação foi a criação de um livro, com textos escritos por Ramón. Além disso, a negação dos juízes pelo pedido de eutanásia e a revelação de uma doença degenerativa de Julia, fez com que os dois arquitetassem um suicídio duplo, mas que não chegou a ser concluído. Já com Rosa, os sentimentos despertados geraram uma paixão capaz de fazê-la ir contra a própria vontade para ajudar o seu amor (Ramón). Com um plano bem elaborado, distante dos olhos da Justiça, e com a participação de amigos, sua cuidadora Gené e Rosa, Ramón resolveu dar fim, de uma vez por todas, à sua insignificante vida (como ele mesmo dizia). De posse de todas as suas faculdades mentais e de sua inteligência tomou uma solução de cianeto de potássio cuidadosamente pesada e deu adeus à vida. O filme discute um tema polêmico e um dilema ético que perpassa gerações: a eutanásia, que difere da que acontece em alguns países pelo estado de consciência do paciente. Como na vida real, a história provoca questionamentos em vários âmbitos da sociedade. O poder judicial, que nega o pedido de Ramón; a igreja, com a justificativa de que Deus é o dono da vida; e a família, que influenciada pelos sentimentos de amor envolvido e doutrinas religiosas, não aceita perder um familiar, por vontade espontânea do próprio. De caráter reflexivo e com o objetivo de questionar, indagar e promover a discussão sobre o tema, o filme se assemelha muito com outro lançado recentemente, intitulado “Como eu era antes de você”, no qual o

paciente também tetraplégico desejava a morte. Da mesma forma que nesse filme, Mar Adentro mexe profundamente com o psicológico do telespectador, fazendo com que cada um assuma diferentes posicionamentos sobre o tema, baseado em concepções religiosas e bagagens socioculturais próprias. Este fato faz com que o filme se torne um dilema e exerça no público uma dificuldade em julgar decisões de pessoas que estão envolvidas e condicionadas a determinadas circunstâncias como certas ou erradas ou ainda, em ser a favor ou contra determinada prática, neste caso a eutanásia.

Opinião da Resenhista (1ª Pessoa): Este é um tema tão polêmico que não consegui encaixar a minha opinião detalhada na resenha acima. Dessa forma, peço licença à professora para colocá-la neste espaço. Analisando a questão abordada no filme eu posso concluir que não saberia como agir. Extrapolando para a vida real, o máximo que eu posso supor é que estaria condicionada a ser contra a eutanásia, caso eu fosse parente de Ramón. Pois, além do amor ao familiar, também estariam envolvidas questões religiosas nas quais eu acredito. Porém, se eu fosse a vítima, talvez eu não quisesse continuar a sofrer e suponho que eu seria a favor da eutanásia. Isto faz com que, novamente, fique claro que não há uma única resposta, certa ou errada. Há apenas diferentes concepções, pontos de vista e circunstâncias que influenciarão grandemente nas decisões das pessoas....


Similar Free PDFs