Title | Resenha critica do filme quanto vale ou é por quilo |
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Author | Giovana Rebeca |
Course | Direito |
Institution | Universidade Federal de Rondônia |
Pages | 2 |
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filme quanto vale ou é por quilo ...
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS
A busca pelo interesse próprio em detrimento da miséria do outro.
Maria Fernanda Sena Ayres
O filme “Quanto Vale ou É por Quilo? ” é uma obra cinematográfica com o gênero de drama. O filme é dirigido pelo diretor cineasta, Sérgio Bianchi. A obra trata de uma espécie de crítica social através de analogias entre o passado escravocrata e o cotidiano contemporâneo de suposta exploração de miséria periférica pelas mídias digitais de marketing, através das Organizações não governamentais. O longa inicialmente retrata o passo escravocrata num episodio onde uma mulher negra, que antes era escrava e agora alforriada possuía um escravo que fora roubado a mando de um senhor branco. Joana movida pela revolta junta os documentos de comprovação jurídica de posse do escravo e se junta com outras pessoas e vai contestar o roubo na propriedade desse senhor branco, já em sua propriedade pede que devolva o escravo e o acusa de ladrão. Joana acaba sendo frustrada por não reaver sua posse e ainda ser condenada por perturbação da ordem em área residencial e ofensas morais e raciais ao homem branco que roubou seu escra vo. Conforme dito que o filme percorre entre o passado de escravidão e o tempo contemporâneo, o longa apresenta as intenções das ongs que não são exatamente o que anunciam, revelando-se segundas intenções de ganhos. No decorrer do filme é mostrado um embate entre a organização Sorriso de Criança e a personagem Arminda que toma conhecimento de práticas ilícitas de superfaturamento e caixa dois da Ong. Arminda realizava trabalho na comunidade beneficiada pelo projeto de informática da ong, no entanto, insatisfeita com os resultados apresentados pela Ong, se sente insatisfeita e posteriormente recebe provas concretas dos atos ilícitos e das segundas intenções da Organização Sorriso de Criança. Nessa ocasião, Ricardo Pedroso, que comandava a organização, decide se livrar do desafeto que o ameaçava e contrata Candinho, representado através da analogia escravocrata como capitão do mato.
Capitães do mato “caçavam” escravos fugitivos e os entregavam de volta aos seus senhores em troca de uma recompensa, que no longa apresenta a recompensa como forma capacitadora do capitão do mato sustentar e educar sua família enquanto capturava escravos fugitivos. Candinho é retrato de forma semelhante no tempo contemporâneo, no longa Candinho é apaixonado por sua esposa e descobre que ela está grávida e eles se encontram na situação de moradia de favor com a tia da noiva, sendo pressionado diariamente por ausência de emprego, decide por adentrar em práticas criminosas para poder conseguir proventos para sustentar sua família. Nessas práticas criminosas de Candinho, é contratado para matar Arminda, desafeto de Ricardo Pedrosa. O longa traz críticas ao uso que as Ongs fazem com público carente, os usando como meio para conseguir ganhos financeiros e políticos, retrata de forma clara e de fácil entendimento o cotidianos de várias Ongs existentes que mais se preocupam com a captação financeira em detrimento da venda de miséria. Também crítica o comportamento de vários doadores que apenas fazem isso para fugir de pagamento de impostos e afins. Essas pessoas que estão por trás dessas organizações agem inteiramente pelo lucro e agem de má fé dizendo que o fazem pelo bem comum, pelo público, dizem que agem pois gostam de ver e fazer o bem, no entanto o único bem que veem é aquele que enche seus bolsos. O filme traz boas críticas e válidas de discussão, desempenha um papel importante de debate acerca do tema retratado....