Resenha Crítica - O Caso dos Exploradores de Cavernas PDF

Title Resenha Crítica - O Caso dos Exploradores de Cavernas
Author Mateus Freitas
Course Introdução ao Direito
Institution Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação
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Summary

Resenha crítica sobre o livro "O Caso dos Exploradores de Cavernas"...


Description

Mateus de Freitas da Conceição 101180566

Resenha Crítica: “O Caso dos Exploradores de Cavernas” O livro “O Caso dos Exploradores de Cavernas” mostra aos leitores o quão complicada e subjetiva pode ser a justiça, onde a moral e o direito podem acabar se confundindo dentro de um julgamento. A história contada pelo autor do livro, Lon Fuller, retrata muito bem essa dupla interpretação, apresentando as diferenças entre Jusnaturalismo e Juspositivismo. O livro conta a história de cinco membros de uma sociedade espeleológica que exploravam uma caverna quando ocorreram deslizamentos que acabaram fechando a única saída da caverna, os deixando presos. Os exploradores conseguiram manter contato com o exterior através de um rádio, porém, devido ao fato de outros deslizamentos ocorrerem, o que acarretou na morte de dez operários que tentavam ajuda-los, o resgate ainda demoraria cerca de 10 dias, na melhor das hipóteses. Os cinco espeleólogos já estavam ficando sem alimentos e sem recursos e por isso, foi sugerido por um deles, Roger Whetmore, que fosse feito um sorteio, onde o escolhido deveria ser morto para alimentar os outros quatro e os manter vivo até o resgate. Por se tratar de uma solução polêmica e delicada, as autoridades religiosa e médicos não decidiram não se manifestar quando consultados pelo Whetmore, que acabou sendo o sorteado, servindo de alimento para os outros quatro sobreviverem. Os companheiros de Roger Whetmore conseguiram ser resgatados e encaminhados à um hospital para se tratarem fisicamente e psicologicamente de todo o acontecido. Porém, acabaram sendo indiciados e condenados por homicídio, onde um conselho de jurados acabou optando por os declarar culpados e condenados à pena de morte pelo juiz. Essa decisão acabou dividindo a população e o próprio conselho de jurados, decidindo então fazer uma votação entre os juízes pra decidir o desfecho do caso. Nesse momento, a divisão entre jusnaturalistas e juspositivistas veio à tona. Enquanto os jusnaturalistas, como o juiz Foster, votavam a favor da inocência dos réus, alegando que não estavam julgando o caso em si, mas sim o valor das leis do Estado, que estariam em risco, caso inocentassem os exploradores, os juspositivistas, como Keen, por mais que se sentissem comovidos pela situação, acreditavam que a lei deveria ser seguida, e que todos deveriam pagar pelo homicídio que cometeram. Após uma votação bem disputada, foi decidido que os réus eram culpados e que deveriam pagar com pena de morte, sendo então enforcados. Essa história retrata de forma muito interessante, como as leis do Estado nem sempre são justas, por mais que devessem trazer Justiça para a população. Há muitas situações onde o réu, por mais que tenha cometido algum crime, tenha o cometido para garantir a própria segurança e sobrevivência, como é o caso dos exploradores, que

inclusive com o consenso do próprio Whetmore, que morreu para os salvarem, acabaram sendo condenados injustamente à pena de morte, pois decidiram seguir à risca as leis do Estado, fazendo com que não somente o Whetmore tenha morrido, mas também todos os outros quatro que apenas tentavam sobreviver. É interessante também, como foi introduzido na história as diferentes perspectivas entre jusnaturalismo, que defende os valores como pressuposto e existência de leis naturais, e o juspositivismo, onde apenas as leis impostas pelo Estado são vistas como Direito propriamente dito....


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