Title | Resenha do filme filha de Deus |
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Author | Robson José de Oliveira Brito |
Course | Fundamentos Da Educação |
Institution | Universidade Federal de Pernambuco |
Pages | 2 |
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Um suspense. Um filme que possui demasiadas cenas, aparentemente chatas, vazias e desinteressantes aos olhos desatentos. Mas para quem prestou atenção nos pequenos detalhes, rico em caracterizações realísticas que mechem com o psicológico do telespectador e com temas da Psicanálise de Freud. ...
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – CAA CURSO DE PEDAGOGIA – NFD DISCIPLINA: Pedagogia Hospitalar – 2018.2 PROF.: Anna Rita Sartore Alunas (os): Robson José de Oliveira Brito
RESENHA CRÍTICA DO FILME “FILHA DE DEUS”
Um suspense. Um filme que possui demasiadas cenas, aparentemente chatas, vazias e desinteressantes aos olhos desatentos. Mas para quem prestou atenção nos pequenos detalhes, rico em caracterizações realísticas que mechem com o psicológico do telespectador e com temas da Psicanálise de Freud. Dirigido por Gee Malik Linton e com um elenco de figuras hollywoodianas, o longa lançado em 2016 nos leva durante 1h e 42 min a reconhecer em suas tramas a forte realidade sobre abuso, estupro e assassinato. Conta a história de uma jovem, Isabel de la Cruz (Mira Sorvino), que diz ter sido testemunha de um milagre e que começa a vivenciar estranhos acontecimentos e a do detetive Scott Galban (Keanu Reeves), que busca a verdade sobre a misteriosa morte de seu parceiro. Mas estas histórias se confluem. Para entender como esse processo se dá é necessário ter um conhecimento mínimo em Psicologia. Ao que tudo indica Isabel foi abusada pelo pai quando criança e a forma de seu inconsciente conseguir viver com isso foi criando uma nova realidade. Da mesma forma quando sofreu o abuso no metrô a forma de lidar com esse episódio traumático foi criando outro “delírio alucinatório” - engravida de Deus. A realidade, em ambos os casos, é tão brutal que sua mente faz uma dissociação do ego, produzindo os “delírios alucinatórios”. Estes são uma forma de negar os acontecimentos. O inconsciente é amplo, vasto, às vezes confuso e sempre misterioso. É como tenta explicar a metáfora do iceberg, onde a parte emersa é o consciente e a parte submersa é o inconsciente. Parte esta que não se pode ver do iceberg e a que ocupa, na realidade, a maior parte da nossa mente. A narrativa chama a atenção para isto. Por esta razão recomendo que todos que possam assistir, o façam. Vençam os primeiros minutos
cansativos e apostem nessa história que conta com um final surpreendente e que noz faz ir além, do campo passivo da contemplação para o campo ativo da reflexão.
Referências
A MENTE É MARAVILHOSA. A teoria do inconsciente segundo Sigmund Freud . Disponível
em:
Acesso em: 07/11/2018....