Resenha do texto \"O Plano como Aposta\" - Carlos Matus PDF

Title Resenha do texto \"O Plano como Aposta\" - Carlos Matus
Course Planejamento e Política Econômica
Institution Universidade Federal de Uberlândia
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Resenha do texto "O Plano como Aposta" - Carlos Matus...


Description

Texto: “O Plano como Aposta” – Carlos Matus O texto de Matus trabalha com a lógica de jogos semicontrolados: ou seja, apesar de haver momentos do jogos em que se pode calcular os resultados e movimentos dos demais jogadores com probabilidades e grande segurança, em outros momentos isso não é possível, pois as decisões dos jogadores estão condicionadas a outros acontecimentos, o que torna o cálculo de probabilidades inviável. O autor compara este tipo de jogo com o processo de planejamento do governo. Para ele, o governante está situado entre dois extremos. Um extremo é caracterizado pelo amplo controle de todas as variáveis possível e pleno conhecimento de todas as informações, o que faz com que todos os resultados sejam calculados com certeza e precisão. No outro extremo, não há qualquer controle sobre nenhuma variável e qualquer “aposta é um caso de sorte ou azar”. Assim, como o autor afirma, “o processo de governo situa-se numa zona intermediária entre a certeza absoluta e o puro azar”. As incertezas que tornam o jogo semicontrolado “difuso e nebuloso”, dificultando qualquer previsão, são:

muitas vezes a conversação entre dois jogadores pode se tornar ambígua e dificultar a comunicação (ex: o jogador 1 pode falar A e o jogador 2 entender B);

exercer qualquer controle. Para que o governo consiga implementar seus projetos e obter os resultados desejáveis, é preciso “aprender a jogar no jogo social”. Entretanto, na prática, é comum se deparar com alguns problemas, tais como: jogo social, há diversos jogadores que irão compreender as situações de diferentes perspectivas. Caberia ao governo, enquanto jogador, conseguir explicitar seus objetivos de forma clara para as mais diversas visões; orte incerteza de análise: o governo pode implementar um projeto A visando acontecer B, mas deve ter consciência de que há

diversas variáveis fora de seu controle β que podem dificultar o andamento do projeto. Isso pode ser expresso no triângulo do governo, um esquema que sintetiza a situação do governante na realidade.

circunstâncias a fim de alcançar seus objetivos: por mais que o governante tenha todas as condições favoráveis à implementação de seu projeto, se não conseguir estabelecer uma estratégia coerente, pode não conseguir obter os resultados desejados.

o plano com um complemento de improvisação subordinada: conseguir acompanhar a velocidade dos acontecimentos e ajustar os projetos a ela é um grande desafio. Por isso, a planificação estratégica situacional propõe o conceito de plano modular, que consiste na ideia de construir módulos que podem ser recombinados na medida em que há alterações na realidade, promovendo assim uma constante adaptação. Compreendendo, portanto, as nuances do jogo social que o governante enfrenta ao implementar projetos de intervenção, é possível categorizar a dinâmica do processo de planificação em quatro momentos:

componentes para então definir seus objetivos e problemas a serem abordados.

operacionalizadas para atingir os objetivos estipulados no primeiro momento. Deve também estimar os resultados que deseja alcançar com tais ações. Por isso, como o autor aponta, é preciso “reconhecer a existência da incerteza e das surpresas, trabalhando com cenários, planos de contingência e outros métodos apropriados”.

de diversos modos de jogar para que o plano concebido no segundo momento consiga se concretizar. -se a ação de fato. Porém, vale ressaltar que a ação nunca é a “mera execução do plano mas sim uma adaptação desse às circunstâncias do momento”, dado que a realidade está sempre em constante mudança e sujeita às ações dos demais jogadores....


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