Resolução de exercícios sobre o filme Joaquim e sua relação à formação social brasileira PDF

Title Resolução de exercícios sobre o filme Joaquim e sua relação à formação social brasileira
Course História das Relações Internacionais no Brasil
Institution Centro Universitário de Brasília
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Resolução de exercícios sobre o filme Joaquim e sua relação à formação social brasileira...


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1- Explicar o contexto social brasileiro retratado no filme Joaquim. (de 12 a 15 linhas) O filme Joaquim retrata diversos pontos relevantes sobre o contexto social brasileiro no final do século XVIII. Tiradentes trabalhava como um funcionário do Estado em Minas Gerais. Grande parte do seu trabalho estava concentrado na exploração de riquezas do território brasileiro, na época, colônia, para a Coroa Portuguesa. Na obra, é também mostrado como pessoas de origem africana e indígena são escravizadas e entendidas como posse. Essa dinâmica de compra e venda fica bastante clara nos trechos nos quais Joaquim demonstra interesse em comprar Zuá e quando ele concorda em vender seu escravo João para a esposa deste. Mas o filme não mostra o racismo apenas pelas leis. Em diversos momentos, o desdém e o entendimento de que pessoas de pele mais escura ou mestiças têm traços ruins é ilustrado. Uma cena onde isso é mostrado de forma explícita é um diálogo entre Joaquim e seu chefe. Após o chefe anunciar que pretende contratar alguém de confiança para vigiar seu colega Manoel, Tiradentes questiona quem seria o contratado. O chefe responde que não sabe, mas “não sendo preto ou mestiço, pode ser qualquer um.”

2- Explicar a formação política de Tiradentes a partir do filme Joaquim. (12 a 15 linhas) Conforme a obra cinematográfica apresenta, de início, Joaquim era um obediente funcionário do Império português. No entanto, com o passar do filme, Tiradentes se depara com uma série de conflitos que gradualmente vão modificando sua percepção de mundo. O protagonista tinha o objetivo conseguir uma promoção para ter dinheiro para comprar Zuá, moça escravizada pela qual Joaquim era apaixonado. Joaquim se decepciona profundamente após não receber sua promoção, recebida por seu colega de trabalho, um português que Tiradentes entendia como indigno de recebe-la por apoiar atos de corrupção. Este fator, junto com muitos outros conflitos menores com o império português contribuíram para que o personagem

começasse a entender a presença portuguesa em solo brasileiro como predatória. Além disso, a paixão por Zuá e a aceitação em libertar João de sua escravidão podem significar que o Joaquim estava começando a entender a dominação que ele mesmo exercia. Com isso, as frustações pessoais se complementaram ao seu contato com os independentistas, que trouxeram ideias de liberdade e igualdade, muito influenciadas pelo iluminismo e pela revolução estadunidense que culminaram no desejo de revolta de Joaquim.

3- Analisa o filme do ponto de vista da construção narrativa histórica (fontes) e da estética. (10 a 12 linhas) Em relação às possíveis fontes históricas do filme, pode se notar que foram mesclados fatos históricos com escolhas artísticas. A obra baseia-se em fontes históricas ao reportar as profissões que Joaquim exerceu, sua insatisfação por não ascender além do posto de alferes e na sua aproximação com grupos críticos e contrários à dominação de Portugal, por exemplo. No entanto, como toda obra artística que não tem pretensões de ter validação de documento, diversas liberdades criativas foram tomadas e não representam informações formalmente documentadas. Sobre a estética, nota-se que o filme a todo o momento busca apresentar um realismo nas imagens. A iluminação em sua grande parte parece natural, muitas imagens explícitas com violência, nudez e até mesmo uma cena de estupro, além de informarem algo no contexto da obra, demonstram uma procura por uma imagem “crua”. Outro ponto relevante é que o filme traz uma representação “mais humana” de Tiradentes. Não se busca apresenta-lo nem como um vilão, nem como um herói.

4- Quem foi a América Latina a partir dos conteúdos tratados até o momento nesta atividade. (15 a 20 linhas)

O século XVIII na América Latina, em geral, foi marcado por uma dinâmica entre colônia e metrópole, onde as metrópoles Espanha e Portugal utilizavam os territórios das colônias para exploração de recursos e de mão de obra. Neste contexto, os povos originários eram explorados ou até mesmo escravizados pelos Impérios e o tráfico de pessoas da África que seriam utilizados como escravos no continente foi constante. Porém, as ideias do iluminismo, a Revolução Francesa, e a experiência da recente Revolução Americana aos poucos influenciaram e fortaleceram a formação de diversos grupos independentistas nas então colônias dos dois Impérios. A partir do início do século XIX, os eventos da Guerra Peninsular (1807-1814) tiveram impactos negativos no Reino de Portugal e no Império Espanhol, que foram enfraquecidos em termos de poder, minando, assim, suas capacidades de exercerem controle sobre colônias e resultando em diversos vácuos de poder na América Latina. Estes vácuos, então, foram uma oportunidade para os grupos contrários ao domínio das metrópoles buscarem a independência. Com isso, a partir de 1808, ocorreu uma série de guerras da independência na América Latina, que resultaram posteriormente, em diversos processos de independência. Á medida em que os conflitos ocorriam, mais fraco se tornava o poder exercido nas colônias e mais propício ao processo de independência os territórios estavam....


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