Title | Resumo Arritmias Cardíacas |
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Author | Fernanda Amorim |
Course | Cardiologia |
Institution | Centro Universitário Cesmac |
Pages | 13 |
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Resumo de aula + anotação de livros...
Arritmias Cardíacas
Arritmia Alteração da frequência, formação e/ou condução do impulso elétrico através do miocárdio. É dividida em taquiarritmia (FC >100bpm) ou bradiarritmia (Fc 100bpm, ritmo regular e atrial. Pode ter como causas IAM, intoxicação digitálica, cocaína, hipoxemia, DPOC.
TTO: Tratar as possíveis causas, manobras vagais, e se não houver sucesso antiarrítmicos como a propafenona. Entretanto ela é contra indicada em pacientes com doença cardíaca estrutural.
Taquicardia de reentrada nodal Pode ou não ser uma taquicardia, mas a frequência cardíaca está elevada. O paciente nasce com duas vias de condução dentro do nódulo AV, a alfa e a beta. A alfa conduz de forma tranquila e lenta, tendo um período refratário curto e a beta de forma rápida tem um período refratário mais longo. Se assemelha a bloqueio de ramo direito. O paciente refere palpitação, “coração saindo pela boca”
TTO: Se o paciente estiver estável faz manobra vagal, adenosina, verapamil ou diltiazem. Se instável faz oxigênio, sedativo e cardioversão.
Taquicardia por via acessória Presença de uma 2º via condutora entre os átrios e ventrículos , formada por um feixe de fibras denominado via acessória ou via anômala. Ocorre em qualquer idade, principalmente crianças e idosos. Localização da 2ª via (curiosidade): Lateral esquerda (mais comum), póstero lateral, lateral direita, ânterosseptal. A via acessória é um tecido de condução rápida (dependente do canal de Na) e período refratário curto. O que acontece normalmente: o estímulo sai do nó sinusal, passa pelo nó AV, desce pelo feixe de HIS, pelo ramo esquerdo, pelo ramo direito, vem pela fibra de purkinje e chega ao miocárdio. Portador dessa arritmia: o paciente nasce com uma via acessória que liga o átrio e o ventrículo sem passar pelo nó AV. E aí dividimos essa conexão anômalas em: Atrio- ventricular (pré- excitação de WPW) Atrio- Hiss (pre excitação de Lown Ganong Levine) Nodo-ventricular Fascículo ventricular
2.1.5.1 Pré - excitação de Wolff-Parkinson-White (WPW) É a mais comum, via anômala que conecta diretamente os átrios aos ventrículos (Feixe de Kent). O estimulo atrial chega aos ventrículos mais precocemente por essa via (condução rápida): PRi curto 100 bpm. Causas: DPOCgrave *, hipóxia, enfisema pulmonar, doença cardíaca reumática, TEP, Hipocalemia. No ECG: RCI (ritmo cardíaco irregular) Tratamento: Correção de potássio, se necessário, reposição venosa de sulfato de magnésio pode reverter a TAM, mesmo em pacientes normomagnesemicos, caso não houver a reversão, iniciar Bloqueadores do canal de cálcio (verapamil) para diminuir a FC.
Obs: Cuidado com beta bloqueador nesses pacientes, pois a maior causa de TAM é DPOC. No entanto pode usar o mesoprolol por exemplo, que é um beta bloqueador, no entanto, é cardiosseletivo, não age no pulmão.
Fibrilação atrial Arritmia cardíaca muito comum, é caracterizada pelo ritmo de batimentos rápidos e irregulares dos átrios do coração. O batimento sai DOS ÁTRIOS, e não do nó sinusal. E é caótico. A FA associada a cardiopatia é mais comum. A principal complicação é o tromboembolismo – Na fibrilação o átrio não contrai, ele VIBRA. Isso faz com que o sangue não saia totalmente de dentro desse átrio. Sangue parado ali dentro, temos que lembrar TRÍADE DE VIRCHOW – aumenta a chance do trombo. É a principal causa de AVC cardiogênico. Epidemiologia A FA é a arritmia sustentada mais frequente na pratica clínica, e sua prevalência na população geral foi estimada entre 0,5 e 1%. É mais comum em idosos e há maior predisposição no sexo masculino. Apresenta importante repercussão na qualidade de vida, em especial devido a suas consequências clínicas, fenômenos tromboembólicos e alterações cognitivas. As mulheres representam maior massa de pacientes com FA, devido à sua maior sobrevida. Sexo feminino tem maior susceptibilidade a fenômenos tromboembólicos e a mortalidade. Etiologia: HAS, DM, valvulopatias, hipertireoidismo, IAM, apneia obstrutiva do sono (ativa SNS), obesidade, cardiopatias congênitas, libação alcoólica, cocaína, anfetamina, distúrbios eletrolítico, pericardite, miocardite, pós operatório de cirurgia cardíaca, HF e fatores genéticos. Sintomas: Os indivíduos podem ser assintomáticos ou apresentar palpitação, dispneia, tontura, desconforto torácico, sudorese fria.
Exame físico Ritmo irregular (intervalo RR irregular), ausência de B4 * - porque para ter B4 é necessário ter contração atrial. No ECG não há onda P, e sim onda F.
Classificação da FA: FA paroxística: aquela que é revertida espontaneamente ou com intervenção médica em até 7 dias de seu início. FA persistente: é aquela que se instala e não se interrompe, a menos que seja realizada cardioversão elétrica ou com fármacos. Normalmente são episódios que duram mais de 7 dias e também podem ou não recorrer. FA permanente: é aquela FA onde as tentativas de reversão falharam ou na qual se fez a opção por não tentar a reversão da arritmia. Tratamento na emergência: sintomático:
FAARV + estável hemodinamicamente +
1º conduta: controlar a FC (diltiazem, digital, verapamil, beta bloqueador) . 2º conduta: controlar o ritmo (tentar reverter) – usando cardioversão ou farmacológico (amiodarona). CUIDADO!!! – pode haver trombo dentro do átrio e você não sabe, se você cardioverte e esse átrio volta a contrair normalmente, ele vai liberar esse trombo, causando um tromboembolismo; Se o paciente está com FA, você faz um eco transesofágico e dá negativo pra trombo: faz cardioversão! Se dá positivo: anticoagula antes de cardioverter. b) FAARV + instável hemodinâmico: Cardioversão elétrica Tratamento ambulatorial: Apenas 20-30% mantem em ritmo sinusal após 1 ano, o restante sofre recidiva. São três metas:1. Controlar a FC;2. Reverter ao ritmo normal, se possível (cardioversão elétrica ou fármacos - amiodarona,
propafenona, sotalol);3. Prevenir a embolia (AVC, isquemia mesentérica, embolia femural) - uso crônico de anticoagulante. Ablação dos focos – nem sempre tem sucesso, pois são muitos focos. Nem todo paciente que tem FA vai ter trombo
Taquicardias Ventriculares Taquicardia Ventricular É toda taquicardia que apresenta complexo QRS de duração maior ou igual a 0,12 segundos - Taquicardia com QRS alargado (TV). Com uma sequência de 3 ou mais batimentos de origem ventricular, com frequência 100-250 bpm. Mais temida, pois pode degenerar para Fibrilação Ventricular (morte súbita), marcardor de cardiopatia grave. Tipos: TV Monomórfica sustentada, TV Polimórfica sustentada, TVNS (não sustentada). Etiologia: Cardiopatia isquêmica crônica, cardiopatia chagásica, cardiopatia valvares, displasia do VD, cardiopatias congênitas, distúrbios hidroeletrolíticos, pode ocorrer sem cardiopatia estrutural (TV idiopática) Forma de apresentação: paroxística ( esporádica ou frequente) OU incessante Sintomas: Sincope, palpitação, PCR Monomórfica
No ECG:
FC > 120 bpm QRS alargado Ritmo regular Sem onda p
Polimórfica Tratamento Se o paciente estiver instável hemodinamicamente faz uma desfibrilação imediata. A longo prazo o objetivo é evitar recorrência sintomática da TV e retardar a morte súbita, isso pode ser feito através do uso de amiodarona, cardiodesfibrilador implantável (CDI) e ablação (TV incessante).
Fibrilação ventricular
Os QRS são polimórficos e frequência > 300 bpm. É a maior causa de morte súbita, precedida ou não pela TV sustentada. Tem como sintomas a síncope e MS. O tratamento é feito com RCP, desfibrilação e CDI. Cardioversão x Desfibrilação A cardioversão é sincronizada ao QRS, quando você coloco o aparelho, ele sente o complexo QRS e em seguida choca. O desfibrilador não, porque eu não tenho o estimulo do QRS., são vários focos dentro do miocárdio ventricular, então você desfibrila.
Fibrilação Ventricular Grosseira
Fibrilação Ventricular Fina OBS: Taquicardia Sinusal: É o batimento normal do coração, porém ele está acelerado. Decorrente de uma resposta fisiológica que demanda do corpo mais oxigênio. FC: 100-180 bpm. Causa: exercício físico, estresse emocional/ansiedade, febre, dor, medo, infecção, hipovolemia, sepse, anemia, cocaína, anfetamina, adrenalina. No ECG: ritmo sinusal, duração da onda P: 0.06-.010seg, ritmo regular. Pode ser difícil distinguir onda P de onda T, pelo aumento da FC. Em alguns casos, como nas crises de ansiedade, pode entrar com beta bloqueador....